Tudo o que você precisa saber para organizar o seu safari na Tanzânia e no Quênia: descubra quais são os melhores parques nacionais, como são os campings e veículos de safari, qual a melhor época para fazer safari, etc.
Anos atrás, fizemos safaris por conta própria no Kruger Park, na África do Sul, no Etosha National Park e na Otjitotongwe Cheetah Farm, na Namíbia, e contei como foram esses safaris aqui no blog:
- Etosha National Park: fazendo safari por conta própria na Namíbia
- Safari dos guepardos em Otjitotongwe Cheetah Farm na Namíbia: emoção e perrengue do ano
- Kruger National Park na África do Sul
Mas, até a nossa última viagem à África, nunca tínhamos feito um safari em grupo, de vários dias, acampando dentro das reservas, num típico veículo de safari, com teto aberto.
Tivemos várias experiências de safari bem diferentes no Quênia e na Tanzânia, visitando 6 parques/reservas.
No sul do Quênia, fizemos safari por conta própria no Amboseli Park, num carro alugado, como já tínhamos feito no Etosha e no Kruger Park, e nos hospedamos num 'safari camp' todo bacana, o Kibo Safari Camp, com vista para o Monte Kilimanjaro.
No oeste da Tanzânia, fizemos um incrível trekking safari para ver chimpanzés, na fronteira com o Congo e Burundi, às margens do Lago Tanganyika, no parque Gombe Stream.
- Trekking com chimpanzés na Tanzânia: safari no Gombe Stream National Park
- Gombe, o parque dos chimpanzés na Tanzânia: vídeo de viagem
E, ainda, fizemos uma viagem de safari de 5 dias em grupo pelos 4 principais parques nacionais do norte da Tanzânia.
Agora terminei de publicar aqui no blog uma série de posts sobre os safaris que fizemos nestas 4 reservas de vida selvagem na África - é o nosso "diário de bordo", com as dicas práticas e tudo o que você precisa saber para que o seu safari seja um sucesso:
- Tarangire National Park: safari na Tanzânia parte 1
- Serengeti National Park: safari na Tanzânia parte 2
- Cratera Ngorongoro: safari na Tanzânia parte 3
- Lake Manyara National Park: safari na Tanzânia parte 4
Agora, neste post, vou responder às perguntas mais frequentes sobre safari que me fizeram antes, durante e depois da nossa viagem pela África:
- O que é um safari e um 'game drive'
- O que são os 'Big Five' africanos
- Como fazer um safari na África
- Quanto custa fazer um safari na África
- Onde se faz safari na África
- Qual safari fazer na Tanzânia
- Qual safari fazer no Quênia
- O que levar num safari na África
- Quantos dias de safari é o ideal
- Qual é a melhor época para fazer safari
- O que é a Grande Migração
- Safari com crianças, etc
nosso veículo de safari na Tanzânia por dentro |
fazendo safari na espetacular Cratera do Ngorongoro |
Parques nacionais na Tanzânia e no Quênia
felinos no Serengeti National Park |
Onde fazer safari na Tanzânia
- Tarangire National Park
- Serengeti National Park
- Cratera Ngorongoro
- Lake Manyara National Park
- Gombe Stream National Park
- Arusha National Park
- Mahale Mountains NP
- Mikumi National Park
- Mkomazi National Park
- Katavi National Park
- Nyerere (Selous) National Park
- Ruaha National Park
- Saadani National Park
- Tarangire National Park
- Serengeti National Park
- Cratera Ngorongoro
- Lake Manyara National Park
- Arusha National Park
girafa em safari na Tanzânia |
Onde fazer safari no Quênia
- Amboseli Park
- Nairobi National Park
- Lake Nakuru National Park
- Lake Turkana
- Masai Mara National Reserve
- Hell's Gate National Park
- Laikipia Plateau
- Samburu National Reserve
- Buffalo Springs National Reserve
- Tsavo East National Park
- Tsavo West National Park
- Meru National Park
zebras no Amboseli Park, Quênia |
Roteiro de safari no norte da Tanzânia
roteiro de 5 dias de safari pelos parques nacionais do norte da Tanzânia |
História das reservas no Quênia e Tanzânia
É uma equação complicada de resolver, já que o turismo depende da manutenção de grandes números de animais selvagens para serem avistados nos safaris, e os Masai cada vez mais também dependem do turismo.
a sobrevivência do povo Masai cada vez mais depende do turismo |
Porque não fizemos safari no famoso Masai Mara no Quênia
no Quênia, preferimos conhecer a paisagem espetacular e bem diferente do Amboseli Park |
O que são os Big Five Africanos
- Búfalo
- Rinoceronte
- Elefante africano
- Leopardo
- Leão
os gigantes e perigosíssimos hipopótamos não estão na lista dos Big 5 |
a 1ª vez que ouvimos falar nos Big 5 foi no nosso 1º safari, em 2004, no Kruger Park, na África do Sul, quando esses 2 rinocerontes enormes empacaram nosso caminho |
O que é um safari e um game drive
game drive no Lake Manyara National Park |
15 regrinhas básicas em um safari feliz
- Não é possível acampar nos parques nacionais e reservas fora dos campings;
- Não é permitido andar de carro pelos parques antes do sol nascer ou depois de o sol se por, a não ser que você esteja em um 'night game drive' autorizado;
- Não é permitido sair das estradas e fazer off road;
- O limite de velocidade dentro dos parques é, de regra, entre 40 e 60Km/h;
- Animais de estimação não são permitidos;
- Permaneça todo o tempo dentro do seu veículo durante os game drives (animais selvagens são perigosos e podem estar camuflados);
- Deixe tudo do jeito que encontrou, o que inclui não deixar nenhum tipo de lixo nos parques;
- Não faça barulho para não espantar (nem atrair a atenção) os animais;
- Tenha muito cuidado para não causar incêndios, não use fogo;
- Muito cuidado nas estradas, para não machucar nenhum animal;
- Nem pense em alimentar algum animal;
- Use roupas leves e confortáveis, repelente e protetor solar;
- Se tiver, leve um binóculos, um powerbank e uma câmera com bom zoom;
- Use apenas os banheiros "oficiais" nas 'rest areas' - nem pense em ir ao banheiro "no matinho";
- Siga todas as instruções dos guias e mantenha a calma sempre.
a regra principal: permaneça todo o tempo dentro do seu veículo durante os game drives |
Como fazer um safari na África
- Tarangire National Park: safari na Tanzânia parte 1
- Serengeti National Park: safari na Tanzânia parte 2
- Cratera Ngorongoro: safari na Tanzânia parte 3
- Lake Manyara National Park: safari na Tanzânia parte 4
Veja um exemplo do que estou falando na foto abaixo (este nós fotografamos no Parque Amboseli, Quênia):
Self drive safari
o problema do self drive safari é que o nosso motorista fica que não sabe se dirige ou se fotografa! |
Quanto custa fazer safari na Tanzânia e no Quênia
safari em grupo que escolhemos no norte da Tanzânia |
Então acabamos fazendo estes 2 safaris na Tanzânia, o 1º de 5 dias por U$ 850 e o 2º (dos chimpanzés) de 3 dias por U$ 800 (valores por pessoa).
trekking safari com chimpanzés que fizemos no Gombe Park |
- Aluguel carro 3 dias: U$ 204 + U$ 90 de taxa para pegar o carro em Namanga (tem que depositar mais U$ 500 reembolsáveis referentes ao seguro)
- Água: 60 cada (1,5l)
- Gasolina: 4.450 por 41,3l (107,8 por litro)
- Ingressos do Amboseli Park válidos por 24hs: U$ 35 cada pessoa + U$ 3 do carro = U$ 73
- Bebidas no Kibo Safari Camp: 1.400
- Estadia no Kibo Safari Camp: o preço médio das diárias para casal com 3 refeições incluídas fica entre R$ 1.200,00 e R$ 1.500,00
felizes da vida numa estadia maravilhosa no Kibo Safari Camp no Quênia |
Como funcionam as gorjetas nos safaris
nosso guia Frederick era excelente |
Dá para confiar nessas agências da Tanzânia?
Porque não fizemos o safari dos chimpanzés por conta própria
o trekking com chimpanzés no Gombe Park é tão difícil de organizar quanto de sobreviver na selva hehehe... |
Das vantagens de fazer safari guiado
No safari que fizemos com a agência Suricata Safaris pelos parques nacionais do norte da Tanzânia também chegamos à conclusão que a experiência valeu muito a pena.
Optamos por esse tipo de safari em "excursão" exclusivamente pela economia que ele representava, como eu explico em detalhes abaixo, mas de brinde acabamos descobrindo outros bônus de fazer safaris através de agências, tão diferentes dos safaris self drive com que tínhamos nos acostumado no Kruger Park, Etosha e Amboseli (nunca tínhamos feito um safari com guia antes).
O principal bônus do safari guiado era justamente o guia/motorista!
Era legal porque, quando não conhecíamos um determinado animal, o nosso guia Frederick puxava o livro dele e nos mostrava todos os detalhes - assim que eu sei, por exemplo, que o Pumba (lembram do personagem no filme 'O Rei Leão'?) se chama 'Common Warthog', em inglês, ou 'Ngiri' em Swahili.
Existem inúmeras espécies de antílopes por lá - sem a experiência do Frederick, jamais conseguiríamos identificá-los.
Essa é a maior vantagem de ter um guia no safari: o Frederick nos contava tudo sobre os hábitos de cada animal, contava histórias, e tinha um faro incrível para ver animais que nós não víamos, embrenhados no meio do mato!
Além do mais, ele sabia em que áreas dos parques ir para ver determinados animais - sabia, por exemplo, onde os leões costumam estar, onde ir para procurar hipopótamos, etc. Não é que não seja possível descobrir isso num mapa, ou no centro de informações do parque, e ir por conta própria, mas, com o guia, você ganha todas as informações mastigadinhas.
Além disso, ele nos ensinava os nomes dos animais em Swahili, e são sempre super fofos:
- Girafa = Twiga
- Zebra = Pundamilia
- Leão = Simba
- Elefante = Tembo
Veja também: Playlist de músicas e minidicionário de Suaíli para uma viagem à África
o principal bônus do safari guiado é justamente o guia/motorista - o Frederick nos dava verdadeiras aulas sobre a fauna africana! |
Outra vantagem de ter um guia liderando o safari era que, quando encontrávamos um animal que não é tão comum de se ver, como cheetahs, leopardos ou leões, os guias se comunicavam entre eles, via rádio, e logo começavam a chegar outros veículos de safari - quando a gente percebia, já tinha uma aglomeração de carros ao nosso redor, disputando o melhor espaço nas estreitas estradinhas dos parques nacionais.
engarrafamento nas estreitas estradinhas do Serengeti |
Outro bônus desse tipo de safari é o fato de que as refeições estão 100% incluídas, e tivemos a sorte de ter um cozinheiro maravilhoso para o nosso grupo!
Durante todo o nosso safari de 5 dias, eu não cansava de me impressionar como o nosso cozinheiro Charles fazia comidas tão saborosas com tão pouco, e em condições tão adversas.
No dia em que fizemos game drive no Tarangire, por exemplo, acho que o Charles já tinha cozinhado nosso almoço de manhã cedo, antes mesmo de acordarmos para o café da manhã, pois, quando chegamos na área de piquenique para almoçar, o guia Frederick simplesmente sacou das profundezas do nosso carro de safari aquelas viandas e panelas cheias de comida boa saída não sei de onde - e estava tudo quentinho!
Não sei explicar que mágica eles faziam...
Devo alertar, contudo, que achamos a comida no safari dos chimpanzés bem mais fraquinha do que no safari da Suricata Safaris. Não sei se é um padrão, ou se depende de ter sorte com o cozinheiro. A comida do Charles, cozinheiro da Suricata, era excelente, mas a comida feita pelo cozinheiro da Gombe Safaris era meramente para matar a fome.era impressionante como eles surgiam com aquela comida deliciosa do nada! |
nosso cozinheiro do safari, o Charles, fazia comidas super simples, mas muito saborosas |
Em resumo, continuo amando fazer safari por conta própria, em carro alugado, nós mesmos dirigindo, mas achamos essa experiência de fazer safari em "excursão" bem legal!
Embora não estejamos acostumados a ter um guia escolhendo os caminhos por nós, achamos o Frederick ótimo guia, super paciente com as nossas intermináveis perguntas sobre os animais, fotos e vídeos, parava sempre que a gente pedia, dava todas as explicações necessárias, encontrava animais que não havíamos visto, nos emprestava os binóculos (que não levamos)...sem falar que, como o Peg lembrou, é um conforto ter alguém dirigindo o veículo, enquanto você se preocupa só em curtir os animais!
Self drive safari tem seus pros e contras, como tudo na vida - e eu continuo curtindo fazer tudo por conta própria, mas, nesta experiência, consegui ver a parte positiva de fazer safari com um guia também!
Sem falar que tivemos muita sorte em ter um grupo bem legal de ótimos companheiros de safari, de quem acabamos ficando bons amigos e com quem nos divertimos bastante ao longo dos 5 dias que passamos juntos!
o Peg amou não ter que se preocupar em dirigir! |
o Frederick e o Charles (guia/motorista e cozinheiro, respectivamente) cuidavam de tudo - achei bem bom não precisar me preocupar com nada! |
Quanto custa fazer safari por conta própria no Serengeti e Ngorongoro
- Ingresso para a Área de Conservação de Ngorongoro - U$ 70,80
- Ingresso pro Serengeti - U$ 70,80
É necessário ter todo um planejamento logístico e uma matemática estilo planilha de Excel que eu detesto ter que fazer!
camping público na área de conservação do Ngorongoro |
um veículo 4x4 é fundamental, especialmente no Ngorongoro |
Onde fazer safari por conta própria
fazendo self drive safari em carro alugado no Amboseli Park, no Quênia |
Upgrade nos alojamentos do safari
Ela fez um 'upgrade' no safari, e ficou hospedada em alojamentos mais bacaninhas, e não em barracas de camping como nós - isso é perfeitamente possível, basta pagar a diferença de preço entre as hospedagens.
um dos safari camps "chiques" onde ficou hospedada a Lisa, nossa companheira de safari que fez upgrade nos alojamentos, no Serengeti |
Encontros noturnos nos campings não cercados
Se você acha que não conseguirá dormir com rugidos de animais selvagens por perto, é melhor nem ir para a savana africana, porque não tem muita opção!
nossa única "proteção" contra os animais selvagens à noite era a nossa barraca |
Quantos dias de safari é o ideal no norte da Tanzânia?
depois de 5 dias de safari, você já não acha tanta graça a cada zebra ou girafa que vê pelo caminho! |
Dá para fazer safari com crianças?
Os Masai
visitando uma aldeia Masai em Mto Wa Mbu |
embora seja inegavelmente um programa super turístico, foi muito interessante e concluímos que valeu a pena! |
Guias de viagem e sites sobre safaris no Quênia e Tanzânia
O site Safari Bookings é o 'Booking dos safaris', um site onde dá para comparar e entrar em contato com praticamente todas as companhias de safari da África. É uma ótima fonte onde pesquisar roteiros de safaris, ter ideias do que você quer fazer na sua viagem e comparar preços.
Clique nas áreas específicas dos safaris no Quênia e Tanzânia.
Eu também comprei o guia da África Oriental da Lonely Planet (foto abaixo) - paguei R$ 149,81 e encontrei para comprar aqui.
Site recomendado para para planejar viagens de carro: Roadtrip Africa
Sobre parques nacionais e reservas da Tanzânia: Tanzania Parks
Sobre parque nacionais de reservas do Quênia: Kenya Wildlife Service
guia da África Oriental da Lonely Planet |
A ordem dos fatores não altera o produto num safari
o roteiro básico de safari de 5 dias no norte da Tanzânia inclui visitas aos 4 principais parques nacionais do país, partindo de Arusha |
o roteiro vai mudando e os companheiros de viagem vão se alternando ao longo do safari na Tanzânia |
O veículo de safari
Os carros que eles usam para esses safaris em grupo na África são sempre muito parecidos.
Quando você faz apenas um game drive pago (passeio para ver animais) dentro de um parque nacional, é muito provável que você vá num daqueles veículos que cabem até 12 pessoas, mais ou menos.
São veículos que normalmente não levantam o teto, mas têm as laterais mais baixas, completamente abertas, e cada passageiro garante um assento na janela.
Veja um exemplo na foto abaixo (este nós fotografamos no Parque Etosha, na Namíbia):
estes veículos são usados nos parques nacionais africanos para fazer os game drives (passeios pagos) com grupos de turistas |
Estes NÃO são os mesmos veículos usados nos grupos de safari que viajam por alguns dias juntos pelas estradas e parques da Tanzânia. Note que esses veículos das fotos acima, além de serem totalmente abertos, sequer possuem porta-malas!
Eles não seriam adequados para uma viagem de vários dias, incluindo diversos trechos de estradas fora dos parques nacionais.
Os carros que eles utilizam para esse tipo de safari em grupo que nós fizemos são veículos para apenas 6 passageiros (cada um ganha uma janela), além do guia e do cozinheiro, que vão lá na frente. Cada grupo de safari com 6 turistas tem um guia/motorista (o nosso era o Frederick) e um cozinheiro (o nosso era o Charles), que, juntos, também montam e desmontam as barracas e organizam todo o safari.
Esses veículos são mais confortáveis do que eu imaginava, têm uma tomada e uma entrada USB exclusiva para cada um de nós, água gelada liberada numa pequena geladeira portátil e vários bolsos porta-objetos para guardarmos nossas traquifâncias.
Só não é possível carregar powerbanks nas tomadas dos veículos, pois eles consomem muita energia e aí dá pane no sistema elétrico do carro. Uma colega de safari tentou carregar o powerbank dela no veículo e aí ninguém mais do grupo conseguia carregar os seus equipamentos, deu 'pane' em todas as tomadas. Então nem tente: carregue os seus equipamentos nas tomadas e entradas USB do carro e deixe para carregar o seu powerbank na cozinha do acampamento, onde sempre existem tomadas.
O Peg acabou de editar um vídeo muito bom, mostrando todos os detalhes do nosso carro de safari e também como são os acampamentos do safari no Serengeti.
Assista clicando na foto abaixo:
Para assistir no YouTube, clique aqui.
Quer ver a nossa playlist de vídeos de safaris que fizemos na África? É só clicar aqui!
O teto do carro permanecia fechado enquanto estávamos na estrada e, assim que chegávamos a um parque e começávamos a fazer um 'game drive' (passeio em busca de animais), eles então levantavam o teto e a gente conseguia se movimentar dentro do carro com muita liberdade, e até subir em pé nos assentos, para enxergar melhor.
Nesse caso, lembre de tirar os sapatos, óbvio!
modelo de veículos usados para safaris em grupo, como o que nós fizemos, para apenas 6 passageiros |
nosso carro de safari na Tanzânia - veja que é exatamente igual ao modelo usado pela outra empresa que também aparece na foto |
conseguíamos nos movimentar dentro do veículo de safari com muita liberdade, e até subir em pé nos assentos para enxergar melhor - nesse caso, lembre de sempre tirar os sapatos |
os carros de safari sempre têm vários bolsos porta-objetos para guardarmos nossas traquifâncias (como garrafas de água mineral, protetor solar, câmeras, celular, carregadores de baterias, etc) |
os veículos que eles usam para esses safaris em grupo na África são sempre muito parecidos, seja um safari super-luxo ou um safari baratex como o nosso |
Outra coisa importante de alertar sobre estas viagens de safari em grupo é o seguinte: assim como a ordem de visitação aos parques pode ser alterada no seu roteiro no meio da viagem, como já expliquei acima, os seus companheiros de safari também podem mudar: você pode começar o seu safari pelo Parque Tarangire com um grupo de pessoas que esteja fazendo o safari no Tarangire como último dia dos seus roteiros e, no dia seguinte, você poderá ter um grupo completamente novo para seguir viagem até o Serengeti e o Ngorongoro e, na volta, ter ainda outros companheiros para fazer o game drive no Lake Manyara.
Como expliquei antes, eles 'usam' os safaris no Manyara e no Tarangire como 'coringas' para acomodar outros clientes no mesmo veículo, o que se torna mais econômico para a agência que organiza o safari (e, como consequência, para nós mesmos).
É uma forma de 'baratear' o safari.
E mais uma dica importante: não é possível mexer no seu mochilão no porta-malas do veículo de safari durante o dia!
Lembre de levar algum agasalho com você nos dias de safari em que for passar pelas terras altas do Ngorongoro, pois, embora as bagagens estejam todas dentro do veículo de safari, eles não têm como desarrumar todo o porta-malas no meio do dia para você pegar uma jaqueta na sua mochila - quando você sai do acampamento/lodge de manhã, já precisa levar consigo numa daypack tudo o que vai precisar para aquele dia.
Nos dias em que passamos pelas 'highlands' do Ngorongoro, devido à altitude de 2300m, fez um friozinho! Foi o único dia/noite no safari em que realmente precisamos usar um fleece/jaqueta!
não é fácil arrumar todo o carregamento do grupo de safari no porta-malas do veículo, então não venha querer mexer na sua mala durante o dia, porque não vai rolar... |
O que levar num safari na África
Publiquei esta semana um post super completo com todas as dicas práticas do que você precisa levar para um safari na África, inclusive equipamentos para fotos e vídeos e dicas do melhor tipo de roupa para usar em um safari.
É um checklist completo para você usar na hora de arrumar a sua mochila de safari na África, não perca:
O que levar para um safari na África: dicas de como arrumar a sua mochila
é bom avisar que o ideal num safari é levar uma mochila pequena - malas grandes e duras não são a bagagem mais adequada para safaris! |
Receita de safari feliz: paciência e persistência
Não foi uma nem 2 vezes que rodamos mais de 1h dentro dos parques nacionais da Tanzânia praticamente sem ver animais!Muitas vezes víamos zebras, gnus, girafas, antílopes e elefantes, mas, no 4º dia de safari, ver zebras e gnus já não despertava mais tanta emoção, de tantos milhares (sim, milhares!) que já tínhamos visto, e já estávamos querendo ver só felinos ou animais diferentes, que ainda não tivéssemos visto.
Chega um ponto, lá pelo 3° dia de safari, em que a gente já diz "olha, mais uma girafa", e dá de ombros, sem sequer pegar a máquina fotográfica.
Já li que, nos horários mais quentes do dia, os animais selvagens ficam quietos na sombra, dormindo depois de se alimentar, e por isso seria mais fácil vê-los de manhã cedo ou no final do dia, quando estão mais ativos, em busca de água - o que realmente parece bem lógico.
Mas eu não posso afirmar que isso seja uma regra, pois tivemos dias de safari em que também vimos muitos animais nos horários mais quentes do dia, justamente entre as 10 e as 14hs - e a conclusão a que eu cheguei é que realmente não existe uma regra: o jeito é ter muita paciência e persistência, a receita de um safari feliz, que então os animais mais incríveis aparecem!
Um safari é realmente uma caixinha de surpresas!
Quando a gente já está quase desistindo, achando que não vai mais encontrar animais naquele dia, eles começam a pipocar na frente do nosso veículo!
as cenas mais lindas do safari pertencem aos mais persistentes! |
Melhor época para fazer safari na Tanzânia e Quênia
Em quase todos os lugares em que a gente pesquisa, eles dizem que a melhor época para fazer safari na Tanzânia e no Quênia é a estação seca, aproximadamente entre o final de junho e outubro.
Aliás, de um modo geral, as estações secas são sempre as melhores épocas para fazer safari em qualquer lugar, seja na Tanzânia e Quênia, seja na África do Sul ou na Namíbia, pois é quando os animais não têm muita água à disposição e são obrigados a se movimentar atrás de água, e assim acabam "aparecendo" mais durante os 'game drives', concentrados perto de fontes de água.
Quando chove muito, os animais ficam mais dispersos, pois têm água à disposição em mais lugares.
Além disso, nas épocas do ano mais secas, a vegetação dos parques nacionais também fica menos densa, facilitando o avistamento de animais.
Acontece que a própria estação seca pode variar bastante de um parque nacional para outro: em alguns lugares, eles falam de junho a novembro; em outros, mencionam o período de agosto a outubro como sendo o melhor.
Acho que, no final das contas, tudo depende do ano...assim como em qualquer lugar do mundo, já que o clima anda louco no mundo inteiro!
O que eu posso dizer com certeza, da nossa experiência, é que aconteceram diversas pancadas de chuva durante o nosso safari na Tanzânia, mas, incrivelmente, elas não atrapalharam em absolutamente nada a nossa viagem!
As chuvas rápidas de novembro na Tanzânia vêm fraquinhas, ou muito fortes, e vão embora alguns minutos depois, de repente, assim como chegaram!
E pensar que eu cheguei a cogitar em não ir para a Tanzânia e Quênia nas nossas férias em novembro, porque li em inúmeros lugares que novembro era um mês de 'short rains'...e eu muito preocupada, pensando que as tais chuvas curtas poderiam tornar a nossa viagem uma 💩
Que nada, era até bom quando a chuvinha caía, já que dava uma aliviada no calorão!
Não sei se é sempre assim, ou se foi o meu pacto com São Pedro em ação, mas o fato é que as 'short rains' de novembro na Tanzânia não atrapalharam em nada o nosso safari!
Por isso é que eu digo que, se você não puder ir na estação seca, entre o final de junho e outubro, vá em novembro bem tranquilo!
Claro que sempre é bom se informar sobre a melhor época para viajar para cada lugar, até para não ser pego desprevenido pelo clima ruim, mas, na minha experiência, a melhor época para ir a qualquer lugar é quando nós temos férias!
Já viajei para lugares em épocas muito pouco recomendadas e tive uma baita sorte com o clima, ao mesmo tempo em que fui para outros lugares nas épocas mais recomendadas do ano e pegamos clima péssimo.
O negócio é combinar tudo com São Pedro e apostar na sorte!
Claro que não vai dar certo tentar ver a Grande Migração no Serengeti em fevereiro, assim como não é uma boa ideia ir caçar aurora boreal na Islândia em julho, mas também não adianta ficar naquele desespero de ter que visitar todos os lugares na época "certa", e acabar não conseguindo ir a lugar nenhum.
Se as suas férias são na época "errada", organize o seu roteiro de outra forma, leve capa de chuva, mas não deixe de ir ao lugar dos seus sonhos!
#MinhaOpinião
A Grande Migração e as travessias dos rios
Logo depois que cruzamos o portão que divide a Ngorongoro Conservation Area do Parque Nacional Serengeti, por volta das 14hs, vimos um grupo de milhares de gnus migrando.
Esses animais feiosos e desengonçados, junto com as zebras, são as grandes estrelas de um dos maiores fenômenos da natureza, conhecido como "Grande Migração".
Eles se chamam 'wildebeest', palavra em Afrikaans que significa besta selvagem, mas são mais conhecidos pelo seu nome Swahili, "GNU".
Todos os anos essa espécie de antílope cumpre um ciclo migratório atrás de grama para pastar entre o Serengeti e o Parque Masai Mara, no Quênia, que é considerado um dos mais incríveis espetáculos da natureza.
Ao cruzar o Rio Mara, a caminho do Quênia, muitos deles são mortos, atacados por crocodilos, e por isso às vezes eles ficam semanas a fio reunidos nas margens do rio, aguardando o melhor momento para a travessia, que pode ser fatal, especialmente para os filhotes.
O guia nos disse que certamente tinha mais de 3 mil wildebeest naquele grupo que nós vimos logo que chegamos ao Serengeti!!
De acordo com ele, na época do ano em que estivemos lá (novembro), os gnus vêm para a parte sul do Parque Serengeti para as fêmeas parirem ali!
As bestas selvagens formam uma grande e interminável fila de muitos quilômetros de comprimento quando estão migrando! Onde os primeiros passam, os outros sabem que é seguro passar, e por isso a fila - já que os predadores, como os leões, seguem seus passos atentamente. Quando eles chegam no local aonde pretendem parar, aí eles desmancham a fila e se espalham.
A Grande Migração de gnus, que chega a mais de 1,3 milhão desses animais, acompanhados por um grande número de zebras e um número menor de gazelas, elãs e impalas, segue um padrão igual todos os anos, sempre em busca de pastagens frescas e água.
É uma cena inesquecível, emocionante, o maior espetáculo da vida selvagem no planeta Terra, sem dúvida! E nós ficamos totalmente surpresos e emocionados com esse presente completamente inesperado, pois não esperávamos ver a Grande Migração acontecendo bem na frente dos nossos olhos em pleno mês de novembro!
Antes de viajar, é claro que eu pesquisei, e aprendi que a época do ano mais indicada para ver a Grande Migração é no período que vai de junho a setembro - então como explicar essa 'grande migração' que vimos acontecendo justamente no mês de novembro??
Bom, a 1ª coisa que eu preciso esclarecer é que uma coisa é a Grande Migração, que acontece praticamente o ano todo, e outra coisa, completamente distinta, são as travessias dos rios Grumeti e Mara! Quando as pessoas falam em 'Grande Migração', normalmente estão querendo se referir às travessias dos rios, e daí a confusão!
O Serengeti é famoso justamente por sua migração anual de gnus - e muitas pessoas me perguntam se vale a pena planejar a sua viagem em torno da migração no Serengeti.
Na minha opinião, é tudo uma questão de possibilidades e oportunidades. Explico:
Os guias nos explicaram que é muito difícil acertar exatamente as datas das travessias do Rio Mara, onde acontece o grande show. Mas, ao mesmo tempo, não é difícil encontrar bandos enormes, de milhares de gnus migrando, como nós encontramos, em pleno mês de novembro!
De acordo com as chuvas, o padrão da Grande Migração seria assim:
- Dezembro a maio: sudeste (Seronera, Ndutu)
- Maio a julho: corredor oeste
- Julho a outubro: Rio Mara
- Outubro a novembro: área do Lobo
Nós tivemos sorte de vê-los, em pleno mês de novembro, no sul do parque!
A grande dificuldade é conseguir estar lá justamente na época certa para assistir a travessia do Rio Mara - mas eu já fiquei bem satisfeita com o que vimos! Na nossa experiência, independentemente da época do ano, o Serengeti sempre vai oferecer excelentes oportunidades de visualização da vida selvagem.
Além disso, pelo que pesquisei, eu nem teria coragem de pagar os preços exorbitantes cobrados pelos acampamentos móveis que se reúnem perto das travessias dos rios - sem falar nas centenas de outros veículos de safari que estarão se amontoando na beira dos rios junto com você, disputando as melhores "vagas" para assistir às travessias...a época da Grande Migração é obviamente a altíssima temporada de safaris, quando tudo fica muito mais caro e superlotado.
Por outro lado, é claro que ver os rebanhos impressionantes da migração de gnus cruzando o Grumeti e o Rio Mara deve ser realmente uma cena espetacular - tudo tem seus pros e contras - é uma questão de escolha.
O site Expert Africa é uma excelente referência para descobrir a localização da migração de gnus em uma determinada época do ano em mapas - dá uma olhada lá se você quiser conferir onde estará ocorrendo a migração na época da sua viagem.
No corredor oeste, o pico da migração ocorre entre o final de maio e julho, quando mais de 1 milhão de gnus migram para o norte, em uma fila barulhenta de até 40Km de comprimento!
O principal obstáculo enfrentado pelos gnus nesta migração é a travessia das águas cheias de crocodilos do Rio Grumeti.
As travessias normalmente acontecem de junho ao início de julho, e o 1º rebanho a cruzar geralmente corre os maiores riscos. Por isso, essa travessia pode levar até semanas, desde a chegada do 1º gnu à margem sul do rio, para que a verdadeira travessia comece.
Milhares de gnus começam a se juntar nas margens do rio, mas podem demorar muito tempo para criar a coragem necessária - ou encontrar o momento certo de descuido dos crocodilos - para a travessia acontecer de fato.
Vi muitos vídeos dessas travessias de rios no YouTube: é um caos, uma confusão, cenas de verdadeiro pânico entre os pobres gnus e zebras!
Já no Rio Mara, que fica perto da fronteira com o Quênia, mais ao norte, as travessias normalmente acontecem entre agosto e setembro.
Mas garanto a vocês que simplesmente assistir os gnus e zebras se deslocando em filas intermináveis, por quilômetros e mais quilômetros, num grupo de mais de 3 mil animais selvagens, foi uma das imagens mais espetaculares que vimos na vida!
Escrevendo sobre o fenômeno da Grande Migração, lembrei dessa música maravilhosa do Jorge Drexler, que se chama 'Movimiento' - vocês conhecem?
Vale escutar no Spotify, especialmente o parágrafo do meio! ❤
'Apenas nos pusimos en dos pies
Comenzamos a migrar por la sabana
Siguiendo la manada de bisontes
Más allá del horizonte, a nuevas tierras lejanas
Los niños a la espalda y expectantes
Los ojos en alerta, todo oídos
Olfateando aquel desconcertante
Paisaje nuevo, desconocido
Somos una especie en viajeAtravesamos desierto, glaciares, continentes
No tenemos pertenencias, sino equipaje
Vamos con el polen en el viento
Estamos vivos porque estamos en movimiento
Es más mío lo que sueño que lo que toco
Yo no soy de aquí, pero tú tampoco
De ningún lado del todo y, de todos lados un poco
El mundo entero de extremo a extremo
Empecinados, supervivientes
El ojo en el viento y en las corrientes
La mano firme en el remo
Y así ha sido desde siempre, desde el infinito
Fuimos la gota de agua, viajando en el meteorito
Cruzamos galaxias, vacío, milenios
Buscábamos oxígeno, encontramos sueños'
Veja também: Playlist de músicas e minidicionário de Suaíli para uma viagem à África
Nunca menospreze um banheiro num safari na África
Para ir finalizando esse post interminável, uma diquinha de ouro: num safari, nunca menospreze um banheiro!Nas áreas de piquenique dos parques nacionais da Tanzânia e do Quênia sempre existem bons banheiros públicos - aproveite!
Aliás, na maioria dos parques nacionais da Tanzânia e do Quênia, você vai encontrar os 2 tipos de banheiros nas áreas de piquenique: os turcos, que são aqueles com um buraco no chão, e os vasos sanitários comuns, que estamos acostumados.
banheiros turcos são muito comuns por toda a Tanzânia |
E, por incrível que pareça, na maioria das vezes os banheiros dos parques nacionais estão limpos e têm papel higiênico. Eu levei um rolo inteiro de PH na mochila e não chegamos a gastar esse rolo entre eu e o Peg, durante a viagem inteira!
Mas a dica importante, que deve ser vista como uma verdadeira regra durante todos os dias do seu safari, é a seguinte: vá ao banheiro em todas as paradas do safari, mesmo que não esteja com muita vontade naquele momento, pois a próxima parada no game drive certamente vai demorar mais algumas horas, e o guia/motorista não pode simplesmente parar o carro em qualquer lugar para você fazer xixi no matinho...pois pode haver um leão ali no matinho inocente!
Em alguns parques, existem inclusive multas pesadíssimas pros guias/agências que permitirem que algum cliente desembarque do veículo de safari, pois é muito perigoso, tanto para os humanos, quanto para os animais!
Lembre-se que, nos parques nacionais da África, os animais selvagens são livres, estão no território deles, e você é quem está preso na jaula = carro de safari.
acostume-se com a ideia de que, na África, os animais selvagens são livres, e você é quem está preso no veículo de safari |
Usando banheiros turcos na África
Durante a nossa viagem, sempre apareciam alguns comentários de espanto quando eu mostrava esses banheiros nos 'stories' no Instagram - e eu mostrava justamente pro pessoal ir se acostumando com a ideia de que, lá na Tanzânia, isso é o mais comum, embora também seja possível encontrar banheiros de sentar, com vasos sanitários comuns, especialmente em hotéis internacionais.
Aliás, se você for para a Tanzânia e se hospedar apenas em hotéis 5 estrelas, e fizer um safari de luxo, provavelmente só vai ver banheiros de sentar, feitos especialmente para os turistas.
Mas vale dizer que esses banheiros - chamados "banheiros turcos" - são bem comuns em várias partes do mundo, especialmente na Ásia e na África e, depois que a gente se acostuma a usá-los, acabamos descobrindo que, na verdade, eles são beeem "anatômicos", especialmente para fazer o nº 2, pois a posição de cócoras sabidamente favorece hehehehe...😜
Pelo que eu lembro, até os banheiros públicos da praça da minha cidade (Jaguarão - RS) eram desse tipo na minha infância, não sei se continuam assim - mas quem cresceu acampando no Forte de Santa Tereza, no Uruguai, sabe que "squat toilets", ou "banheiros turcos", são bem comuns inclusive na América do Sul, ou seja, não são uma exclusividade africana!
Quem aí já usou um 'squat toilet'?? Achou anatômico ou não curtiu?
você já usou um banheiro turco? |
Como lavar e carregar as roupas sujas do safari na África
Até chegarmos ao Gombe Stream National Park, ainda não havíamos sentido muita necessidade de lavar as roupas sujas desta viagem. Tínhamos suficientes peças de roupas limpas nas nossas mochilas para não precisarmos nos preocupar com isso, e íamos lavando meias, calcinhas, sutiãs e cuecas nas pias dos hotéis ou chuveiros quando necessário.Mas, no final do nosso safari dos chimpanzés, tínhamos tantas roupas imundas dos trekkings na selva e nas montanhas da Tanzânia nas nossas mochilas, que não tínhamos ideia do que fazer com aquilo - e nem tempo suficiente para lavar tudo e esperar secar no banheiro do hotel...sendo assim, como íamos carregar aquelas roupas podres de sujas nas nossas mochilas, sem correr o risco de imundiciar as poucas peças de roupas limpas que ainda tínhamos para vestir, considerando que não existem sacos plásticos na Tanzânia???
Pois é, os sacos e canudinhos plásticos foram abolidos por lei na Tanzânia há alguns anos...
Não quis colocar tudo dentro do mochilão junto com as poucas peças de roupas limpas que ainda nos restavam porque estava tudo úmido de chuva e de suor, e fedendo ainda...se misturasse, íamos acabar ficando com as poucas roupas limpas fedidas também!
Vale o aviso: numa viagem de safari, especialmente se for um trekking safari na selva, leve roupas de secagem rápida, com pouco algodão! As roupas sujam muito com o calor (terra, poeira, suor) e, mesmo que a gente lave roupas insandecidamente nas pias dos hotéis, elas demoram muito a secar, por causa da constante umidade!
E leve também algum tipo de saco ou embalagem para poder carregar, separadas das peças limpas, as roupas sujas - chega um momento na viagem em que dá um certo desespero não conseguir um saco plástico sequer para colocar as roupas sujas ou mesmo o lixo!
Até procuramos lavanderias (já usamos lavanderias em muitas viagens para lavar as nossas roupas), ou uma simples máquina de lavar roupas, mas não encontramos nada que fosse barato, que valesse a pena - só lavanderias de hotéis, que cobram por peça de roupa lavada, a preços de hotel 5 estrelas! 😡
E vocês, costumam lavar as roupas sujas nas viagens? Como fazem? Contem pra gente nos comentários!
MELHOR BLOG QUE LI!!!!!
ResponderExcluirtem muuuuita informação! obrigada!
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