Stone Town, Zanzibar: o que você precisa saber sobre a Cidade de Pedra da Tanzânia
Meu lugar preferido na Tanzânia, de longe, foi Stone Town, o centro histórico da capital de Zanzibar, um Patrimônio da Humanidade.
Stone Town é uma maravilha histórica, que vai te recompensar infinitamente pelos dias que tu te dedicares a passear por suas ruelas estreitas e becos.
A cidade é o sonho de qualquer fotógrafo, com suas casas decadentes em estilo árabe se misturando a sacadas e treliças ornamentadas de influência indiana e movimentados bazares orientais se alternando com animadas barracas de rua.
Neste post eu vou te contar tudo o que tu precisas saber para explorar a Cidade de Pedra de Zanzibar: onde comer, onde ficar, como chegar, como se deslocar, os principais pontos turísticos de Stone Town, um pouquinho de história, geografia e curiosidades.
Vamos lá?? Espero que vocês gostem de Stone Town tanto quanto eu!💚
Karibu Zanzibar!
Já publiquei um outro post só sobre as praias de Zanzibar, veja aqui: Zanzibar, Tanzânia: as melhores praias e nossas dicas para aproveitá-las
Para saber mais sobre a nossa viagem pela Tanzânia, comece por aqui:
voando Air Tanzania de Arusha para Zanzibar |
Luukman Restaurant em Stone Town, Zanzibar |
vista do Mizingani Seafront Hotel, nosso hotel em Stone Town, Zanzibar |
as famosas portas e vielas labirínticas de Stone Town, em Zanzibar |
mercado noturno de comida de rua de Stone Town em Forodhani Gardens |
Prison Island, a ilha das tartarugas gigantes de Aldabra |
Catedral Anglicana de Stone Town, construída no exato local onde era situado o antigo mercado de escravos de Zanzibar |
casa de Freddie Mercury em Stone Town, Zanzibar |
Darajani Market em Stone Town, Zanzibar |
Um pouquinho da história e geografia de Zanzibar
Para quem não conhece Zanzibar, vou começar explicando um pouquinho da geografia local: não existe propriamente uma ILHA chamada Zanzibar.
O que existe é o Arquipélago de Zanzibar, no litoral da Tanzânia, formado por várias ilhas chamadas "Ilhas das Especiarias", das quais as mais famosas são Unguja e Pemba, com seu charme legendário e exótico e um ritmo de vida completamente diferente daquele do continente.
Unguja + Pemba = Arquipélago de Zanzibar = Ilhas das Especiarias
De fato, quando chegamos em Stone Town (Zanzibar), vindos de Arusha (no continente), parecia que havíamos desembarcado em outro país - e era mesmo outro país, já que Tanganyika e Zanzibar se uniram recentemente para formar a Tanzânia que conhecemos hoje!
Tanganyika + Zanzibar = Tanzânia
Das 2 ilhas mais conhecidas do arquipélago, Unguja é a maior, e é quase sempre chamada de 'Zanzibar'.
É em Unguja que fica situada Stone Town - a Cidade de Pedra que é o centro histórico de Zanzibar City, a capital do arquipélago - com seu labirinto fascinante de ruelas estreitas!
Aliás, Stone Town, a parte histórica de Zanzibar Town, é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco 😍
Veja abaixo o mapa do Arquipélago de Zanzibar, no litoral da Tanzânia, onde aparecem as principais ilhas - Unguja e Pemba:
Zanzibar é majoritariamente muçulmana, com uma mistura enorme de influências Persas, Árabes, Omanis, Portuguesas, Britânicas e Indianas, tudo num cenário tropical - um verdadeiro caldeirão de culturas, temperado há muitos séculos, do jeito que eu amo!
Quem me conhece e acompanha nossas viagens há mais tempo, sabe o quanto eu amoooo esse tipo de lugar, cheio de histórias - um caldeirão de culturas - com vielas estreitas, casarões com sacadas de madeira penduradas, chamados para orações nas mesquitas, restaurantes locais cheios de frutos do mar, cheiro de temperos, mercados caóticos, tradições exóticas, jogos de futebol e acrobacias na praia e prédios históricos decadentes.
O Arquipélago de Zanzibar é conhecido pelo apelido de Ilhas dos Temperos (ou das Especiarias), em razão das muitas plantações de especiarias - como cravo, canela, pimenta-do-reino e noz-moscada - que existem nas ilhas.
Zanzibar começou no século 8 como um povoado de mercadores persas de Shiraz (hoje Irã).
Entre os séculos 12 e 15, Zanzibar se tornou uma poderosa cidade-estado, exportando escravos, ouro, marfim e madeira, e importando temperos e têxteis.
Os Portugueses chegaram lá em 1498, com Vasco da Gama no comando, e começaram a extorquir tributos em troca de paz, começando assim uma colonização portuguesa que durou 2 séculos, até que os nativos conseguiram correr com os portugueses de lá, e então o domínio passou para os árabes, através do Sultanato de Omã e, depois, para os Britânicos, já no século 19, em razão do movimento abolicionista e do combate ao tráfico de escravos.
Zanzibar se tornou independente de Omã em 1862, e ficou sob um Protetorado Britânico até 1963, quando finalmente ganhou sua independência e, no ano seguinte, se juntou à Tanganyika (a Tanzânia continental), para formar a nova República Unida da Tanzânia.
Stone Town, como já mencionei, é o centro histórico da Cidade de Zanzibar, que é capital do Arquipélago de Zanzibar e fica situada na ilha principal do arquipélago, Unguja.
A Cidade de Pedra é importante tanto historicamente quanto hoje em dia, porque Zanzibar é uma província autônoma da Tanzânia e tempretensões separatistas, além de contar com uma população quase 100% muçulmana, num país onde grande parte da população continental é formada por cristãos e seguidores de crenças tribais.
O Arquipélago de Zanzibar já era famoso desde antes de Cristo e, durante muito tempo, foi destino de refugiados e de mercadores persas, árabes e indianos, que desenvolveram uma cultura própria, o Swahili.
Eu queria conhecer Stone Town desde que ouvi falar desse lugar pela 1ª vez, há mais de 20 anos, e não poderia estar mais empolgada de finalmente estar lá, realizando mais um sonho!
Aliás, sei que parece meio louco, pois a grande maioria dos turistas não passa mais do que algumas horas em Stone Town - a Cidade de Pedra, a caminho das praias-colírio de Zanzibar...mas esse tipo de lugar consegue me empolgar ainda mais do que as praias paradisíacas dessa ilha-colírio - tanto que acabamos ficando uns 3 dias só em Stone Town!
Veja também: Zanzibar, Tanzânia: as melhores praias e nossas dicas para aproveitá-las
Caminhamos Stone Town de um lado a outro.
O centro histórico é pequeno, compacto e bem fácil de explorar, especialmente se você gosta de andar por ruelas labirínticas sem pressa e não tem medo de se perder.
Mas...existem muitas coisas legais para ver lá e cantinhos para explorar, de museus interessantes a uma ilha cheia de tartarugas gigantes.
Por isso, ficar apenas 1 dia em Stone Town, como muitos turistas fazem, não é nem de perto suficiente para quem gosta de explorar esse tipo de lugar, como eu.
Eu diria que o ideal são 2 ou 3 dias em Stone Town, pelo menos, mas eu adoraria ficar uma semana!!
Diário de bordo de Zanzibar - Stone Town
Dia 1 - Arusha - Kilimanjaro Airport - voo para Zanzibar pela Air Tanzania
Dormimos em Stone Town, no Mizingani Seafront Hotel.
O Hilary, da Suricata Safaris (empresa que cuidou de todo o nosso safari na Tanzânia), organizou o transfer, que estava incluído no custo do safari, do nosso hotel em Arusha para o Kilimanjaro International Airport.
Veja mais: Safari na Tanzânia e no Quênia: tudo que você precisa saber para organizar a sua viagem
Às 5hs da manhã o motorista dele nos pegou no Gateway Lodge em Arusha e, antes das 6hs, já tínhamos feito check-in no Aeroporto Kilimanjaro para o voo da Air Tanzania, para as nossas merecidas 'férias das férias' em Zanzibar!
voando Air Tanzania de Arusha para Zanzibar |
Voando Air Tanzania de Arusha para Zanzibar
O lado bom de escolher um voo para Zanzibar às 7h40min da manhã é justamente esse: a viagem de Arusha ao Kilimanjaro Airport é muito mais rápida às 5hs da manhã, quando não tem trânsito e nem pessoas atravancando a estrada!
O check-in deste voo é às 5:40hs.
O voo de Arusha até Zanzibar da Air Tanzania é de apenas 50min.
Desta vez vimos apenas o Monte Meru, não conseguimos ver o Monte Kilimanjaro da janelinha do avião, como tínhamos visto na chegada à Tanzânia dias antes com a Qatar Airways.
Veja aqui: Como é voar com a Qatar Airways, fazendo conexão em Doha
Mesmo o voo durando apenas 50min, eles serviram café, suco e um bolinho. O voo estava bem, bem vazio!
Outra companhia aérea que vale a pena pesquisar voos entre Arusha e Zanzibar é a Precision Air - compramos voos da Air Tanzania praticamente na véspera de embarcar para Zanzibar porque eram os voos que estavam mais baratos quando pesquisamos, já em Arusha.
Como deu problema no meu cartão Visa para finalizar a compra online, fomos ao escritório da Air Tanzania em Arusha para finalizar o pagamento da reserva, e as funcionárias da companhia aérea nos explicaram que existe um transfer de van/bus da própria Air Tanzania, especialmente para os passageiros deste voo, que sai do centrinho de Arusha para o aeroporto às 5hs da manhã, da frente do restaurante Africafe (pertinho da Clock Tower de Arusha).
Só não sei se é pago ou gratuito, porque, como tínhamos os transfers para o Aeroporto Kilimanjaro já incluídos no nosso pacote de safari, não lembramos de perguntar! Confirme antes!
Leia mais: Arusha, Tanzânia: dicas para conhecer a capital do safari
Pelas passagens aéreas Kilimanjaro Airport - Zanzibar da Air Tanzania, nós pagamos U$ 228 (114 dólares por cada passagem), com franquia de 23Kg de bagagem.
Este era o preço médio desses voos, incluindo taxas.
compramos voos da Air Tanzania para Zanzibar praticamente na véspera de embarcar porque eram os voos que estavam mais baratos quando pesquisamos |
o bom de escolher um voo para Zanzibar às 7h40min da manhã é que a viagem de Arusha ao Kilimanjaro Airport é muito mais rápida de madrugada, quando não há trânsito |
O terminal de embarques no Aeroporto Kilimanjaro é bem arrumadinho. Bem mais arrumado, aliás, do que a área do aeroporto onde desembarcamos na chegada à Tanzânia, dias antes, que é bemmmm meia-boca.
Tem wifi, tomadas, A/C, é super limpo e os banheiros são limpos também (com PH e vaso de sentar).
O sobrevoo dos bancos de areia na chegada em Zanzibar é um espetáculo. O aeroporto fica no sudeste da ilha.
Pousamos em Zanzibar às 8:35hs e, às 8:50hs, já estávamos no táxi para Stone Town.
Na chegada ao Aeroporto de Zanzibar, só tivemos que tirar a nossa temperatura, mostrar os vistos da Tanzânia, que já tínhamos nos nossos passaportes (pois fizemos no Kilimanjaro Airport quando chegamos na Tanzânia pela 1ª vez), preencher um formulário do Governo Revolucionário de Zanzibar, e fomos direto pegar as nossas malas na esteira.
Vale relembrar, como já comentei, que Zanzibar é uma província autônoma da Tanzânia e tem pretensões separatistas, por isso a obrigatoriedade de preencher o formulário do 'Governo Revolucionário de Zanzibar'.
Leia também: Vistos para Tanzânia e Quênia: tudo o que você precisa saber
Junto conosco chegou um voo de Kazan, cheio de russos. Os russos "infestam Zanzibar como pragas" (nas palavras dos próprios tanzanianos), e os nativos não gostam nem um pouco deles, dizendo que são antipáticos, que não se comunicam e não interagem com o povo local. Mas gostam do $$$ deles, isso sim 😜
O Aeroporto Internacional Abeid Amani Karume é o principal aeroporto do Arquipélago de Zanzibar, localizado na Ilha de Unguja, poucos Kms ao sul de Zanzibar City, e tem voos para a África Oriental, Europa e Oriente Médio.
É um aeroporto bem simples e pequeno, parecido com o Kilimanjaro Airport.
Nós conseguimos negociar fácil um táxi do Aeroporto de Zanzibar ao nosso hotel em Stone Town (Mizingani Seafront Hotel) por 20 mil = U$ 9 - não teve stress nenhum.
O trajeto do Aeroporto de Zanzibar ao nosso hotel deu 8Km, e levamos uns 20min.
Se você quiser reservar um transfer do Aeroporto de Zanzibar pro seu hotel com antecedência, tenho este contato abaixo - mas não recomendo, porque é super fácil negociar chegando ao aeroporto e pagar mais barato:
👉Transfers Zanzibus WhatsApp +255625878954.
- Airport - Stone Town 10€
- Stone Town - Kendwa 30€
- Kendwa - Paje 45€
- Paje - Stone Town 30€
embarcando no nosso 1º voo com a Air Tanzania |
mesmo o voo durando apenas 50min, eles serviram café, suco e um bolinho |
o sobrevoo dos bancos de areia na chegada em Zanzibar é um espetáculo |
sobrevoando Zanzibar |
Abeid Amani Karume International Airport em Zanzibar |
na chegada ao Aeroporto de Zanzibar, preenchemos um formulário do 'Governo Revolucionário de Zanzibar' |
o Aeroporto de Zanzibar é bem simples e pequeno |
Mizingani Seafront Hotel: nosso hotel em Stone Town
Chegamos no hotel que havíamos reservado em Stone Town - o Mizingani Seafront Hotel - às 9h10min.
O Mizingani Seafront Hotel lembra muito os 'riads' em que nos hospedamos no Marrocos.
É um prédio histórico, dos 1800, que foi totalmente restaurado, e é absolutamente lindo.
Ficamos no quarto do Sultão, que eu acredito que era o melhor quarto do hotel, no 3° piso, com uma varanda enorme de frente pro mar, e uma vista maravilhosa!
O banho/chuveiro é maravilhoso.
Mizingani Seafront Hotel, nosso hotel em Stone Town, Zanzibar |
reservei o Mizingani Seafront Hotel via Booking |
a localização do Mizingani Seafront Hotel é excelente |
o Mizingani Seafront Hotel fica na Promenade, à beira-mar, perto de tudo e também do Porto de Zanzibar |
Mizingani Seafront Hotel |
ficamos no quarto do Sultão Said, que eu acredito que era o melhor quarto do Mizingani Seafront Hotel |
nosso quarto no Mizingani Seafront Hotel |
banheiro no Mizingani Seafront Hotel |
nosso quarto ficava no 3° piso, com uma varanda enorme de frente pro mar, e uma vista maravilhosa! |
vista do nosso quarto no Mizingani Seafront Hotel |
varanda do nosso quarto no Mizingani Seafront Hotel |
tivemos os entardeceres mais lindos na varanda do nosso quarto no Mizingani Seafront Hotel |
por do sol em Stone Town, Zanzibar, visto da varanda do nosso quarto no Mizingani Seafront Hotel |
Reservei de última hora, pelo Booking, e paguei U$ 97,92 por 2 noites com café da manhã - uma verdadeira pechincha por este padrão de hotel!
Pagar com cash na Tanzânia fica sempre + barato do que pagar com Visa. Para pagar com cartão de crédito, eles sempre adicionam pelo menos +6% no valor final! Isso sem falar no IOF...nem pensar! Se você fizer questão de usar cartão, ao invés de dinheiro vivo, use cartão de débito.
Leia mais: Quanto custa viajar pela Tanzânia, Zanzibar e Quênia
O nosso quarto tinha ar-condicionado bem geladinho (fundamental em Stone Town), televisão, secador de cabelos, frigobar, cofre, etc.
Aliás, o quarto em si era lindo, com uma decoração digna de sultões!!
O café da manhã era um verdadeiro 'brunch', com direito a sopas, comidas salgadas, frutas variadas, sucos, café, estação de omeletes, Nutella, pães variados, bolos, etc.
E ainda tinha uma piscina linda!
Fiquei realmente apaixonada por esse hotel - entrou com certeza na minha lista dos top 10 hotéis que já fiquei na vida!
o Mizingani Seafront Hotel era lindo, com uma decoração digna de sultões |
o Mizingani Seafront Hotel lembra muito os 'riads' em que nos hospedamos no Marrocos |
se você for com bebê, terá direito a um berço de mini-sultões para seu filhote kkkk... |
já contei que o Mizingani Seafront Hotel lembra muito os 'riads' em que nos hospedamos no Marrocos? |
o Mizingani Seafront Hotel fica situado num prédio histórico, dos 1800, que foi totalmente restaurado, e é absolutamente lindo |
e o Mizingani Seafront Hotel ainda tinha uma piscina linda |
detalhes da decoração no Mizingani Seafront Hotel |
você pode se hospedar no quarto do Freddie Mercury no Mizingani Seafront Hotel hehehe... |
café da manhã com vista do mar no Mizingani Seafront Hotel |
salão de café da manhã no Mizingani Seafront Hotel |
café da manhã no Mizingani Seafront Hotel em Stone Town |
o café da manhã no Mizingani Seafront Hotel em Stone Town era um verdadeiro 'brunch' |
café da manhã no Mizingani Seafront Hotel com direito a sopas, comidas salgadas, frutas variadas, sucos, café, estação de omeletes, Nutella, pães variados, bolos, etc... |
típica arquitetura Swahili no Mizingani Seafront Hotel |
decoração Swahili também! |
área da psicina no Mizingani Seafront Hotel |
Mizingani Seafront Hotel |
recepção do Mizingani Seafront Hotel |
fiquei realmente apaixonada por esse hotel |
o Mizingani Seafront Hotel entrou com certeza na lista dos top 10 hotéis que já fiquei na vida! |
encantada com a arquitetura/decoração do Mizingani Seafront Hotel |
piscina do Mizingani Seafront Hotel |
Onde ficar em Stone Town, Zanzibar: outras dicas
Nós realmente amamos o Mizingani Seafront Hotel, mas, se na época da sua viagem as tarifas não estiverem muito boas, ou não houver disponibilidade, tenho outras dicas de hotéis em Stone Town, Zanzibar que posso te recomendar.
Na hora de reservar hospedagem em Stone Town, aliás, eu fiquei bem em dúvida entre eles, pois todos me pareciam ótimos, com ótima localização e acomodações, além de preços razoáveis.
Depois, nas minhas andanças em Stone Town, Zanzibar, acabei passando por todos eles, confirmando as minhas primeiras boas impressões:
- Antonio Garden Hotel
- Tembo House Hotel
- Tembo Palace Hotel
- Emerson on Hurumzi
- Zanzibar Palace Hotel
- Kisiwa House
Se você tem uma graninha sobrando, e quer esbanjar nas hospedagens mais top de Stone Town, as dicas são estas:
- The Neela Boutique Hotel Stone Town
- Sharazad Wonders Boutique
- Park Hyatt Zanzibar (5 estrelas, bem caro)
na hora de reservar hotel em Stone Town, eu fiquei bem em dúvida entre estes, pois todos me pareciam ótimos |
Antonio Garden Hotel em Stone Town, Zanzibar |
o Smiles Stone Town Hotel ficava bem perto do nosso hotel |
Emerson on Hurumzi |
quando voltar a Stone Town, eu gostaria de me hospedar no Tembo Palace Hotel |
Tembo Palace Hotel |
a localização do Tembo Palace Hotel é perfeita |
Park Hyatt Zanzibar |
Passeando em Stone Town na Tanzânia
Como o nosso quarto ainda não estava pronto para o check-in quando chegamos ao hotel às 9hs da manhã, deixamos as nossas mochilas no Mizingani Seafront Hotel e fomos até o Porto de Zanzibar (que coincidentemente ficava praticamente ao lado do nosso hotel) para nos informarmos sobre as passagens de ferry de Stone Town - Zanzibar para Dar Es Salaam.
No final deste post eu conto mais detalhes sobre essa viagem de ferry de Stone Town em Zanzibar para Dar Es Salaam.
Leia mais aqui: Dar Es Salaam, Tanzânia: pontos turísticos e dicas práticas
Na frente do terminal de ferries fica um prédio lindo, o Old Dispensary, construído em 1880 por um arquiteto de Bombaim (hoje Mumbai) em homenagem ao jubileu de ouro da Rainha Vitória.
O Old Dispensary hoje é o centro cultural da Cidade de Pedra.
Old Dispensary |
o Old Dispensary hoje é o centro cultural da Cidade de Pedra |
Fomos também ao Jaws Corner, uma esquina no meio de Stone Town que é considerada um ponto de encontro na cidade.
O ponto negativo é que, quando chove em Stone Town, inunda completamente as calçadas e a gente tem que caminhar pelo esgoto - é meio nojento 😝
Depois de uma pancada de chuva que durou menos de 5min, o centro histórico de Stone Town - que é espetacular - ficou imediatamente alagado por uns 15min, até que a água baixasse novamente!
E, em novembro, chove praticamente todos os dias em Stone Town, por alguns minutos - é justamente a época das 'short rains', como eles chamam (chuvas curtas).
Jaws Corner Zanzibar |
esquina no centro de Stone Town que é considerada ponto de encontro na cidade |
quando chove em Stone Town, inunda completamente as calçadas da cidade e a gente tem que caminhar pelo esgoto - é meio nojento |
depois de uma pancada de chuva que durou menos de 5min, o centro histórico de Stone Town ficou imediatamente alagado por uns 15min |
Descansamos no hotel no período mais quente do dia - entre 13hs e 17hs - e saímos novamente para explorar Stone Town no fim da tarde.
Eu só queria que aquele por do sol de Zanzibar não terminasse mais 😎
Queria poder ficar horas a fio passeando pelas ruelas estreitas de Zanzibar com aquela luz incrível do fim de tarde - a Golden Hour - vendo as crianças tomarem banho de mar e os adolescentes fazerem acrobacias e jogarem futebol na praia...
Foi tão lindo que lembro que, mal havia chegado em casa, de volta no Brasil, e já sentia saudades de doer de Zanzibar...é possível isso?!
Existem diversos programas legais para se fazer em Stone Town no por do sol, que é sempre especial por lá:
- Assistir os acróbatas na praia ali nos arredores do Livingstone Beach Restaurant;
- Participar da happy hour no maravilhoso hotel Park Hyatt Zanzibar, todos os dias às 6PM;
- Assistir o sol mergulhar no Oceano Índico nos Shangani Gardens;
- Ver a gurizadinha jogando futebol na frente do Mizingani Seafront Hotel.
Quase todos os hotéis localizados na Promenade (rua à beira-mar) oferecem algum tipo de happy hour.
Com relação à segurança em Stone Town, nos sentimos super seguros todo o tempo, andamos pelas ruelas de Stone Town à noite, tudo super escuro, sem nenhum problema.
Dar Es Salaam e Nairóbi podem ser mais complicadas, mas em Stone Town - e em Zanzibar em geral - talvez por ser uma ilha, não vimos problemas de segurança.
- Dar Es Salaam, Tanzânia: pontos turísticos e dicas práticas
- Nairóbi, Quênia: pontos turísticos e dicas práticas de viagem
eu só queria que aquele por do sol de Zanzibar não terminasse mais |
queria poder ficar horas a fio passeando pelas ruelas estreitas de Zanzibar, com aquela luz incrível do fim de tarde, a Golden Hour |
eles têm muito orgulho do próprio país, e com razão! |
queria poder ficar horas a fio vendo as crianças tomarem banho de mar no final da tarde... |
e os adolescentes fazerem acrobacias e jogarem futebol na praia... |
Zanzibar é um fascinante caldeirão de culturas, aproveite! |
até hoje sinto saudades de doer de Zanzibar |
assistir o sol mergulhar no Oceano Índico é um programa imperdível em Zanzibar |
nos sentimos super seguros todo o tempo em Zanzibar, andamos pelas ruelas de Stone Town à noite, tudo super escuro, sem nenhum problema |
Onde comer em Stone Town, Zanzibar: Luukman Restaurant
Depois fomos almoçar no Luukman Restaurant.
Este foi, de longe, o nosso restaurante favorito em Stone Town, e voltamos lá várias vezes!
Nossos pratos favoritos lá foram o camarão ao leite de coco, chapatis e shakes de frutas. Não se fixe muito no cardápio que eles vão te oferecer: o melhor é ir no balcão e ver o que tem de mais fresco de frutos do mar e pedir!
Outra ótima pedida que experimentamos lá foi o curry de polvo e de camarão com chapati 😋
Também vale a pena experimentar o shake de melancia com lima, maravilhoso! E os shakes de abacaxi + maracujá e o de coco são deliciosos também!
Pagávamos em torno de 30 mil pelas refeições lá (com gorjeta incluída).
Lembre que U$ 1 = 2308 TSh.
É um restaurante excelente, simples, cheio de locais...provavelmente o mais recomendado na Cidade Velha - não deixe de ir!
Luukman Restaurant em Stone Town, Zanzibar |
cardápio do Luukman Restaurant em Stone Town |
shake de abacaxi + maracujá no Luukman Restaurant em Stone Town |
nossos pratos favoritos foram o camarão ao leite de coco acompanhado de chapatis |
nosso restaurante favorito em Stone Town |
um restaurante excelente, simples, cheio de locais...provavelmente o mais recomendado na Cidade Velha de Zanzibar |
shake de melancia com lima no Luukman Restaurant em Stone Town |
outra ótima pedida foi o curry de polvo e de camarão com chapati |
se você estiver buscando lugares mais baratos para comer, existem vários botequinhos como este, bem em conta |
Onde jantar em Stone Town: Forodhani Gardens
Fomos jantar nas bancas de comida de rua de Forodhani Gardens, um programa turístico obrigatório em Stone Town.
É um mercado noturno de comidas, situado numa praça com um gramado, que acabou virando atração turística de Stone Town - o melhor lugar em Zanbibar para experimentar a culinária Swahili, uma mistura de sabores bantu, árabes e indianos.
Conhecemos lá a Sofia, uma tanzaniana que tem família em Moçambique e fala português!
Escolhemos Zanzibari pizza e shawarma. Tem também os famosos espetinhos de churrasquinho de frutos do mar, mas, além dos preços serem desproporcionais, ainda achei com cara de que aqueles espetinhos estão ali há dias, com jeito de requentados!
Outras opções típicas são a carne mishkaki grelhada no carvão e um ensopado apimentado chamado urojo, de origem indiana, também conhecido pelo nome de "Zanzibar Mix", que leva açafrão, manga e carne grelhada.
Para beber, caldo de cana.
Tudo preparado por vendedores (quase todos homens) com nomes inspiradores como "Mr. Delicious", "Mr. Nutella", "Mr. Big Banana" ou "Mr. Chocolate" 😂
A pizza típica de Zanzibar é feita na hora, com os ingredientes que a gente escolhe - o recheio é praticamente um omelete!
Cada pizza custa 4 ou 5 mil (dependendo dos ingredientes escolhidos e da banca), e o shawarma de frango custa 3.500.
O refrigerante custa entre 1.200/1.500.
No total, gastamos 14 mil - equivalentes a uns U$ 6 - no jantar para nós 2! E isso num lugar super turístico!
Os jardins ficam de frente pro mar, na frente do Old Fort.
bancas de comida de rua de Forodhani Gardens |
banca do famoso Mr. Nutella |
melhor lugar em Zanbibar para experimentar a culinária Swahili, uma mistura de sabores bantu, árabes e indianos |
espetinhos de frutos do mar com preços desproporcionais e cara de requentados |
a pizza típica de Zanzibar é feita na hora, com os ingredientes que a gente escolhe - o recheio é praticamente um omelete! |
preparando uma Zanzibar pizza |
Forodhani Gardens, o mercado noturno de comidas que acabou virando atração turística de Stone Town |
espetinhos no mercado noturno de comidas de Forodhani Gardens em Zanzibar |
Para turistas-raiz, tinham me recomendado também o restaurante do The Passing Show Hotel para jantarmos em Zanzibar, como se fosse um lugar bem "local", mas fomos até lá jantar numa outra noite e achamos o lugar meio estranho, cheio de gente esquisita...então não ficamos.
Se vocês forem lá e gostarem, depois me contem.
restaurante do The Passing Show Hotel em Zanzibar |
Quanto custa Zanzibar
Em Stone Town (Zanzibar), trocamos no banco 2.650 Schilings Quenianos que haviam sobrado da nossa viagem pelo Quênia (cotação 17,5) por 46.375 Schillings Tanzanianos.
Em Paje (Zanzibar) trocamos, numa casa de câmbio estilo Western Union, U$ 300 por 690 mil (cotação U$ 1 = 2300).
Em Arusha, no banco, havíamos trocado dias antes U$ 500 por 1.154.000 Schillings Tanzanianos (TSh) - cotação U$ 1 = 2308.
Ou seja, a cotação em Arusha, no continente, estava um pouco melhor do que na ilha de Zanzibar.
👉Para vocês terem uma boa idéia de quanto vão gastar numa viagem a Stone Town, vejam aqui os custos que tivemos por lá - lembre que a cotação média do dólar na Tanzânia era de U$ 1 = 2308 TSh (Schillings Tanzanianos):
- Passagens aéreas Kili - Zanzibar da Air Tanzania: U$ 228 (114 dólares cada passagem)
- Táxi do aeroporto ao hotel Mizingani: 20 mil
- Manga: 2 mil
- Almoço no restaurante Lukmaan: 30 mil
- Mizingani Seafront Hotel: U$ 97,92 por 2 noites
- Passagens de fast ferry de Zanzibar para Dar Es Salaam (Zan Fast Ferries): 144 mil (U$ 60 por 2 passagens de ida)
- Janta nas bancas de Forodhani Gardens: 14 mil
- Lata de café: 30 mil (U$ 13)
- Lata de Africafe: 10 mil
- Pacote de 6 cervejas (latas) Kilimanjaro: 15 mil
- Escultura de ébano: 45 mil (U$ 20)
- 2 ingressos no Museu da Escravidão: 22 mil (U$ 5)
- Almoço no restaurante Lukmaan: 30 mil
- Passeio de barco ida e volta até Prison Island: 20 mil por pessoa (menos de U$ 10 - eles inicialmente pediram U$ 20)
- Ingresso no santuário das tartarugas: 10 mil por pessoa (U$ 4)
- Janta nas bancas de Forodhani Gardens: 10 mil (5 mil pizza, 3.500 shawarma e 1.500 refrigerante)
- Riquixá da parada do ônibus até o Mizingani Seafront Hotel: 3 mil
- Ingressos do Freddie Mercury Museum: U$ 10 ou 23 mil cada um
- Água mineral litro: 1000
- Almoço no restaurante Lukmaan: 15 mil
Já publiquei um post bem detalhado com todos os custos da nossa viagem pela Tanzânia, veja aqui: Quanto custa viajar pela Tanzânia, Zanzibar e Quênia
👉Custos em Kendwa:
- Ônibus de Stone Town até Kendwa: 2.500 por pessoa = 5 mil
- Hotel Natural Kendwa Villa: U$ 94 por noite = U$ 282 por 3 noites
- Corrida de táxi da estrada ao hotel em Kendwa: 5 mil
- Cerveja + refrigerante no bar do hotel Kendwa Rocks: 10 mil
- Almoço no Fisherman Local Restaurant: 35 mil com gorjeta
- 3 cervejas por 3.500 e uma garrafa de vinho branco Concha y Toro por 20 mil: total 30.500
- Janta no Fisherman Local Restaurant: 25 mil com gorjeta
- Bebidas (4 cervejas e 1 refrigerante): 13 mil
- Almoço no restaurante libanês: 35 mil
- Jantar no restaurante ao lado do hotel, Saba Sabini: 35 mil
- Almoço no restaurante The Corner, em Nungwi: 48 mil
- Táxi de Kendwa até Nungwi: 15 mil
- Passeio de barco Nungwi - Mnemba Island: 80 mil (para nós 2)
- Bebidas no mercadinho: 15 mil
- Cerveja no bar do hotel Kendwa Rocks: 5 mil
- Jantar no restaurante ao lado do hotel, Saba Sabini: 35 mil
👉Custos em Paje:
- Táxi de Kendwa até Paje: U$ 40 + 10 mil
- Almoço local em Paje: 8 mil
- Hotel White Sands em Paje por 2 noites: U$ 90 (U$ 45 por noite)
- Aluguel de scooter por 24hs: 46 mil (U$ 20)
- Permissão para dirigir: 10 mil
- Aluguel de scooter 1/2 dia: 20 mil (U$ 9)
- Gasolina: 7 mil
- Cerveja na praia em Bwejuu: 4 mil
- Janta no restaurante Summer Beach: 40 mil
- Bebidas no mercado: 36 mil (1 garrafa de vinho e 4 cervejas)
- Almoço no restaurante Mr Kahawa: 40 mil
- Janta no restaurante Summer Beach: 45 mil
- Bebidas no The Rock: cerveja U$ 5 e ice tea U$ 4 = 22 mil
- Água mineral pequena: 500
- Ônibus de Paje até Stone Town: 5 mil (2.500 cada um)
pagamos U$ 97,92 por 2 noites no Mizingani Seafront Hotel |
cardápio de restaurante em Stone Town, Zanzibar |
Stone Town tem muitas lojas de artesanato |
loja de souvenirs em Stone Town, Zanzibar |
Diário de bordo de Zanzibar - Stone Town
Dia 2 - Stone Town - Zanzibar
Dormimos em Stone Town, no Mizingani Seafront Hotel.
No nosso 2º dia em Stone Town, depois do café da manhã no hotel, começamos o dia trocando os Xelins Quenianos que haviam sobrado por Xelins Tanzanianos num banco perto do mercado.
Depois fomos visitar o Darajani Market.
a caminho do Darajani Market em Stone Town, Zanzibar |
Darajani Market em Stone Town, Zanzibar
O Mercado Darajani é o principal bazaar de Stone Town, em Zanzibar.
Ele também é conhecido como Marikiti Kuu que, em Swahili, significa 'mercado principal'.
O prédio principal do mercado foi construído em 1904, mas depois disso ele já foi aumentado e restaurado.
É principalmente um mercado de venda de alimentos (frutos do mar, carnes, frutas, verduras, grãos, temperos), mas também tem lojas que vendem outros produtos, desde eletrônicos até roupas.
Não é um mercado voltado para turistas que estão atrás de artesanato e souvenirs, e sim um mercado para o público local fazer compras.
A manhã é o momento do dia em que o mercado está mais animado, antes de lotar e do calor sufocante chegar, então vá lá de manhã, quando tudo ainda está mais fresco.
Mas já aviso: é um lugar para quem tem estômago forte. Especialmente a parte que vende carnes. Você tem que ir lá se gosta de visitar mercados locais, pela experiência antropológica.
Se estiver atrás de lugares "Instagramáveis" apenas, não vá.
No Darajani Market a gente percebia claramente como a preocupação com o Covid realmente não existia na Tanzânia - todos bem felizes e aglomerados no mercado em plena pandemia, como se nunca tivessem ouvido falar de um vírus que atacou o mundo inteiro!
Também...vocês acham que as pessoas que almoçam aquelas carnes armazenadas a 37°C realmente vão se preocupar com Covid?
Contei mais sobre esse assunto aqui: Férias do Covid na África: como a Tanzânia está lidando com a pandemia por Coronavírus
Darajani Market em Stone Town |
área de venda de carnes do Darajani Market |
vocês acham que as pessoas que almoçam estas carnes armazenadas a 37°C iam se preocupar com Covid? |
o Darajani Market é um mercado de venda de alimentos, como frutos do mar, carnes, frutas, verduras, grãos e temperos |
não é um mercado voltado para turistas que estão atrás de artesanato e souvenirs, e sim um mercado para o público local fazer compras |
o Darajani Market é um lugar para quem tem estômago forte, especialmente a parte que vende carnes |
vá ao Darajani Market se você gosta de visitar mercados locais, pela experiência antropológica |
mercado de frutos do mar em Darajani Market |
o Mercado Darajani é o principal bazaar de Stone Town |
se estiver atrás de lugares "Instagramáveis" apenas, o Mercado Darajani não é o seu lugar hehehe... |
a manhã é o momento do dia em que o mercado está mais animado, então vá lá de manhã |
Freddie Mercury Museum em Zanzibar
Depois da visita ao mercado, fomos conhecer o Freddie Mercury Museum e a antiga casa do Freddie Mercury em Zanzibar.
Os ingressos do Freddie Mercury Museum custam U$ 10 por pessoa (adultos) e U$ 6 para crianças (menores de 12 anos).
O horário de funcionamento do Freddie Mercury Museum em Zanzibar é das 10 às 18hs.
Freddie Mercury Museum em Zanzibar |
Eu amo Queen desde que tinha 7 anos (Radio Ga Ga, 1984), e já sabia que o Freddie Mercury era natural de Zanzibar - nascido Farrokh Bulsara, filho de pais Parsis vindos da Índia.
Parsis são um grupo étnico-religioso do subcontinente indiano, que praticam o Zoroastrismo. Os Parsis emigraram do Irã para a Índia e para o atual Paquistão no século 10, depois da conquista do Irã pelos muçulmanos, quando passaram a ser perseguidos por praticarem o Zoroastrismo.
Leia mais: Zoroastrismo: o que você precisa saber sobre essa religião
O que eu NÃO sabia, até começar a pesquisar mais sobre Zanzibar para a viagem, é que eles criaram um museu novíssimo em Stone Town, inaugurado no ano anterior à nossa viagem, em homenagem à maior lenda local.
Freddie Mercury dizia que não ia ser apenas uma estrela, ia virar uma lenda - e virou mesmo!
Como dizia a lenda, 'don't stop me now, I'm having such a good time'!!
Coincidentemente, exatamente no dia em que estivemos lá, se completavam 29 anos da morte do astro (22/09/46 - 24/11/1991).
O museu é bem pequeno, mas, se você quiser ler todas as informações disponíveis, vai passar um bom tempinho lá.
É um lugar bom de visitar naquele horário mais quente do dia, em que é quase insuportável andar passeando na rua, pois o museu tem um ar-condicionado maravilhoso!
Freddie Mercury Museum em Zanzibar |
Freddie Mercury dizia que não ia ser apenas uma estrela, ia virar uma lenda - e virou mesmo! |
antiga casa do Freddie Mercury em Zanzibar |
Freddie Mercury Museum em Zanzibar |
o museu é bem pequeno, mas, se você quiser ler todas as informações disponíveis, vai passar um bom tempinho lá |
os ingressos do Freddie Mercury Museum custam U$ 10 por pessoa |
Prison Island: a ilha das tartarugas gigantes de Aldabra
Para terminar de me apaixonar por Stone Town, neste dia ainda fiz um maravilhoso passeio até Prison Island - também conhecida como Changuu Island - a ilha das tartarugas gigantes de Aldabra.
Este passeio é um clássico imperdível para quem vai a Stone Town.
Peguei um barquinho a motor praticamente na frente do meu hotel - Mizingani Seafront - com uma turma de meninas tanzanianas e fui conhecer essa ilha que inicialmente seria uma prisão, mas, aparentemente, pelo que li, nunca serviu realmente como prisão, e sim como um centro de quarentena.
A ilha também abrigava um hotel/restaurante, que estavam desativados quando estivemos lá.
O barco leva uns 15min para chegar lá, saindo da Promenade (calçadão à beira-mar) de Stone Town, ao lado do terminal de ferries (Porto de Zanzibar).
Tem vários barqueiros lá saindo o tempo todo (sem hora certa) até por volta das 15h30min. Eles esperam lotar um barco e partem para a ilha.
Negociei com um deles e paguei apenas 20 mil schilings pelo passeio de barco ida e volta até Prison Island. Esse valor é equivalente a menos de U$ 10. Inicialmente ele tinha me pedido U$ 20 pelo passeio ida e volta, então vale a pena barganhar!
A visita ao santuário das tartarugas é paga separada do barco, e custou 10 mil (em torno de U$ 4).
Você vai querer ficar em Prison Island umas 2hs ou mais, entre o encantamento com as tartarugas, o passeio pela ilha em si e um merecido e maravilhoso banho de mar no Oceano Índico, com água do mar na temperatura perfeita, nem fria nem morna!
Cheguei a cogitar nem fazer esse passeio, me parecia meio pega-turista - mas não é! Na minha opinião, é um passeio realmente imperdível em Zanzibar.
Só vá!
peguei um barquinho a motor praticamente na frente do meu hotel - Mizingani Seafront - com uma turma de meninas tanzanianas |
um maravilhoso passeio até Prison Island, a ilha das tartarugas gigantes de Aldabra |
o barco leva uns 15min para chegar lá |
este passeio é um clássico imperdível para quem vai a Stone Town |
você vai querer ficar em Prison Island umas 2hs ou mais, entre o encantamento com as tartarugas, o passeio pela ilha em si e um maravilhoso banho de mar no Oceano Índico |
a visita ao santuário das tartarugas é paga separada do barco, e custou 10 mil, ou seja, em torno de U$ 4 |
a ilha inicialmente seria uma prisão, mas, aparentemente, pelo que li, nunca serviu realmente como prisão, e sim como um centro de quarentena |
Prison Island também é conhecida como Changuu Island - a ilha abrigava um hotel/restaurante, que estavam desativados quando estivemos lá |
horários de alimentação das tartarugas em Prison Island |
as tartarugas que você vai ver lá são répteis conhecidas como tartarugas-gigantes-de-Aldabra |
Eu fiquei simplesmente apaixonada por aqueles bichos!
As tartarugas que você vai ver lá são répteis conhecidos pelo nome oficial de Aldabrachelys gigantea, popularmente conhecidas como tartarugas-gigantes-de-Aldabra.
As tartarugas gigantes do Atol de Aldabra, endêmicas das Seychelles, foram levadas para Zanzibar pelos sultões omanis, quando estes governavam o arquipélago, e hoje elas se reproduzem enlouquecidamente em Changuu Island.
Nunca imaginei me encantar tanto por um monstrão pré-histórico daqueles, mas elas são realmente DE-MAIS!!
Essa tartaruga gigante que fez a selfie comigo, por exemplo, segundo um dos guias que estava por lá, pesa uns 200Kg, tem mais de 2x a minha idade, e é o animal mais desengonçado que eu já vi - ela conseguiu até mesmo arrebatar esse título dos gnus!
Elas têm uma carapaça alta e em formato de abóbada marrom-escuro ou acinzentada.
As pernas são robustas, sendo as da frente parcialmente cobertas por escamas grandes. Tanto as patas da frente, quanto as de trás, têm garras muito fortes.
Os machos são maiores do que as fêmeas, e têm caudas mais longas, porque é na cauda deles que fica localizado o órgão copulatório. Os machos têm casco de até 1.22m e pesam até 250Kg, enquanto que as fêmeas têm cascos de até 91cm e pesam até 160Kg.
A maturidade sexual dessas tartarugas gigantes é determinada pelo tamanho delas, e não pela idade. A maioria começa a se reproduzir quando alcançam a metade do seu tamanho adulto, por volta dos 16 aos 30 anos, sendo que os machos levam geralmente 5 anos a mais para amadurecer do que as fêmeas.
A época de reprodução dessas tartarugas é de fevereiro a maio, e as fêmeas normalmente põem os seus ovos à noite. Elas colocam algo entre 9 e 25 ovos, dos quais menos da metade são férteis. Entre 3 e 6 meses depois delas colocarem os ovos, os filhotes nascem.
As tartarugas gigantes de Aldabra são a 2ª maior espécie de tartarugas gigantes que existem, só perdem em tamanho para as tartarugas de Galápagos.
Elas são principalmente herbívoras, com uma dieta de frutas e vegetais, mas também comem caranguejos terrestres e tartarugas mortas.
Tartarugas são os animais com vida mais longa no planeta: esta espécie pode viver mais de 100 anos, com uma expectativa de vida entre 65 e 95 anos.
eu fiquei simplesmente apaixonada por estes bichos! |
as tartarugas gigantes do Atol de Aldabra, endêmicas das Seychelles, foram levadas para Zanzibar pelos sultões omanis, quando estes governavam o arquipélago |
nunca imaginei me encantar tanto por um monstrão pré-histórico desses |
a #selfiedodia é com as tartarugas gigantes do Atol de Aldabra em Prison Island |
elas têm uma carapaça alta e em formato de abóbada marrom-escuro ou acinzentada |
essas tartarugas são os animais mais desengonçados que eu já vi - conseguiram arrebatar esse título até dos gnus! |
as tartarugas são super dóceis, mas você não pode, em nenhuma hipótese, dar comida para elas |
nestas fotos você vê as folhinhas que elas comem - esse é o único alimento que pode ser fornecido às tartarugas, sob pena de colocar a saúde delas em risco |
as pernas das tartarugas são robustas, sendo as da frente parcialmente cobertas por escamas grandes, com garras muito fortes |
tartarugas são os animais com vida mais longa no planeta - esta espécie pode viver mais de 100 anos, com uma expectativa de vida entre 65 e 95 anos |
as tartarugas gigantes de Aldabra são a 2ª maior espécie de tartarugas gigantes que existem, só perdem em tamanho para as tartarugas de Galápagos |
as fêmeas colocam algo entre 9 e 25 ovos, dos quais menos da metade são férteis e, entre 3 e 6 meses depois delas colocarem os ovos, os filhotes nascem |
Muito importante: as tartarugas são super dóceis, mas você não pode, em nenhuma hipótese, dar nenhum tipo de comida para elas. Nas minhas fotos você vai ver as folhinhas que elas comem - esse é o único alimento que pode ser fornecido às tartarugas, sob pena de colocar a saúde delas em risco!
Siga as orientações dos guias e funcionários do santuário.
Tenho fotos de tartarugas para postar por 2 vidas, então me aguentem! 🐢
Quando eu achava que a Tanzânia não tinha como me encantar mais, fui parar numa ilha deserta, cheia de tartarugas superdotadas, no meio do Oceano Índico, com um arco-íris ainda por cima pra completar o cenário de perfeição!
Sem palavras.
Para saber mais sobre as praias de Zanzibar: Zanzibar, Tanzânia: as melhores praias e nossas dicas para aproveitá-las
um arco-íris pra completar o cenário de perfeição |
uma ilha deserta no Oceano Índico com essas cores |
o barqueiro me levou de volta ao lugar onde havíamos embarcado para o passeio |
chegando de volta a Stone Town |
na volta do passeio, o barqueiro me deixou exatamente na frente do Mizingani Seafront Hotel |
se você quiser reservar um barco com antecedência para ir até Prison Island (acho desnecessário), pode tentar falar por WhatsApp com o Mr. Kilo |
Portas de Stone Town
As portas de Zanzibar são famosas, e existem até tours especificamente focados em visitar as portas + conhecidas.
Muitas vezes, as portas são só o que resta quando os edifícios históricos aos quais elas pertencem desabam, o que parece estar ocorrendo em números alarmantes.
Stone Town, como eu já mencionei, é Patrimônio Mundial da UNESCO, mas, devido à falta de financiamento e talvez de vontade política, tragicamente grande parte do seu patrimônio arquitetônico aparenta estar desmoronando.
As portas da frente de muitos edifícios de Stone Town são obras de arte - na maioria das vezes feitas de mogno - e carregam significados profundos. O design de cada uma indicava a riqueza, o status social, a religião e a profissão do proprietário do imóvel.
A porta mais famosa e fotografada de Stone Town é a da mansão de Tippu Tip's, um mercador de escravos e de marfim de Zanzibar do século 18.
A casa estava sendo restaurada quando estivemos lá.
A grande porta decorada em madeira talhada, e os degraus em mármore preto e branco ainda são provas da grande riqueza do histórico proprietário da casa.
a porta mais famosa e fotografada de Stone Town é a da mansão de Tippu Tip's |
Existem cerca de 560 portas históricas ao redor de Stone Town, sendo que a maioria delas tem mais de um século. Elas são muito, muito fáceis de encontrar - basta dar uma caminhada aleatória na Cidade de Pedra que você certamente encontrará as famosas portas históricas de Zanzibar por todo lado!
Algumas portas têm estilo indiano, outras têm estilo Swahili, e ainda outras têm estilo árabe. Elas muitas vezes misturam estilos africanos com desenhos indianos e árabes, que foram trazidos para Zanzibar por comerciantes e migrantes ao longo dos séculos.
A porta de estilo indiano é chamada de porta Gurajati e pode ser reconhecida por suas pequenas venezianas quadradas embutidas na porta. Grandes tachas de latão também são uma característica da influência indiana, um design que era usado para impedir que elefantes derrubassem as portas dos palácios na Índia, embora nunca tenha havido elefantes em Zanzibar, sendo as tachas usadas apenas para efeitos decorativos.
As portas gigantes de madeira mais antigas e humildes têm desenhos Swahili, que geralmente são esculpidos com trepadeiras retorcidas, flores ou outros emblemas.
As portas árabes têm entalhes mais detalhados e intrincados ao longo da moldura da porta e do lintel, geralmente em escrita árabe. Um friso, um painel amplo e decorado que geralmente apresenta uma sequência de entalhes, costuma ficar acima da moldura da porta.
Algumas portas têm pequenas escotilhas, que permitiam acesso rápido quando os proprietários não queriam abrir as enormes portas de mogno (ou para evitar que possíveis intrusos entrassem).
porta de estilo indiano, chamada de porta Gurajati |
as portas indianas podem ser reconhecidas por suas pequenas venezianas quadradas embutidas na porta |
as portas em estilo Swahili geralmente são esculpidas com trepadeiras retorcidas, flores ou outros emblemas |
Old Slave Market Museum and Monument
Ainda em Stone Town, Zanzibar, visitamos também o Old Slave Market Museum and Monument.
Stone Town tinha um dos maiores mercados de escravos do mundo. Atualmente, o local onde era o mercado de escravos é a Catedral Anglicana, uma representação do fim da escravidão.
O comércio de escravos estava entre os negócios mais populares em Stone Town, e era para lá que os escravos eram levados de diferentes partes da África Oriental. De Stone Town, depois de vendidos, os escravos eram então transportados em dhows - barcos tradicionais - para os seus destinos finais.
A frota de barcos dhow era uma parte importante da antiga Zanzibar - desde que o Império Omani ganhou supremacia naval no litoral da África Oriental. Os dhows ganharam importância desde o início da década de 1770, quando os comerciantes árabes e indianos começaram a exportar para a África Oriental. Usando os ventos das monções, os comerciantes empreendiam longas e extenuantes jornadas da Índia e de Omã até a ilha tropical de Zanzibar.
Lá pela década de 1840, já Zanzibar havia se tornado um famoso centro internacional para a exportação de especiarias, escravos e marfim.
Os tradicionais dhows desempenharam um papel fundamental no comércio de Zanzibar, e são um ícone tradicional da ilha. Eles eram essenciais no transporte de mercadorias para várias regiões do Oceano Índico.
Mais de 50 mil escravos de diferentes partes da África Oriental eram levados para o mercado de escravos de Zanzibar e vendidos em Stone Town todos os anos durante os séculos 18 e 19. Muitos escravos também eram levados da África Ocidental para lá.
Os escravos que chegavam a Zanzibar eram levados para plantações de cravo e coco, onde trabalhavam nos campos.
Durante os leilões de escravos, eles eram chicoteados, e aqueles que gritavam eram vendidos por menos; os que não gritavam quando chicoteados eram considerados mais fortes, e eram vendidos por valores maiores.
Em Zanzibar o comércio de escravos era liderado por europeus, indianos e árabes, que trabalhavam em conjunto com alguns líderes locais.
O comércio de escravos foi abolido em Zanzibar por volta de 1873.
Na Igreja Anglicana, o altar foi construído no lugar onde os escravos eram chicoteados e, do lado de fora da catedral, há um museu que mostra fotos e informações históricas sobre a escravidão em Zanzibar.
O museu é meio pobre, feito com poucos recursos, mas conta uma história triste e muito impressionante que todos deveriam conhecer.
Vale muito os U$ 5 do ingresso!
O lugar onde hoje está situado o monumento do mercado de escravos em Stone Town é o mesmo local onde os escravos eram trazidos para serem vendidos.
O monumento foi construído em 1998 por Clara Sornas, que usou correntes autênticas para fazer o memorial, localizado do lado de fora da Catedral Anglicana, mostrando pessoas acorrentadas pelo pescoço, exatamente como os escravos eram apresentados às pessoas que os compravam.
Além da exposição sobre a história da escravidão na África Oriental no museu, também há um monumento na parte externa em homenagem àqueles que foram escravizados e comercializados ali mesmo, naquele lugar.
É muito triste.
E, pior ainda, é a visita ao local onde os escravos eram mantidos presos antes e depois dos leilões: uma cela sufocante, minúscula, um lugar apavorante.
Em Stone Town, os escravos incluíam mulheres e crianças, além de homens. Mulheres e crianças eram mantidas em uma cela, e os homens eram mantidos em outra cela separada.
Old Slave Market Museum and Monument em Stone Town, Zanzibar |
entrada do museu sobre a escravidão em Stone Town |
Old Slave Market Museum em Zanzibar |
o museu é meio pobre, feito com poucos recursos, mas conta uma história triste e muito impressionante que todos deveriam conhecer |
o comércio de marfim de elefantes foi em grande parte responsável pelo aumento do comércio de escravos |
Stone Town tinha um dos maiores mercados de escravos do mundo, e o comércio de escravos foi abolido em Zanzibar somente por volta de 1873 |
o museu exibe fotos e informações históricas sobre a escravidão em Zanzibar - o comércio de escravos estava entre os negócios mais populares em Stone Town |
visita ao local onde os escravos eram mantidos presos antes e depois dos leilões: uma cela sufocante, minúscula, um lugar apavorante |
mulheres e crianças eram mantidas em uma cela, e os homens eram mantidos em outra cela separada |
atualmente, o local onde era o mercado de escravos é a Catedral Anglicana, uma representação do fim da escravidão |
o lugar onde hoje está situado o monumento do mercado de escravos em Stone Town é o mesmo local onde os escravos eram trazidos para serem vendidos |
Outros lugares para conhecer em Stone Town
Ali ao lado do museu sobre a escravidão, visitamos a Catedral Anglicana, construída ainda na época do domínio britânico.
Há também uma igreja católica, da época da colonização portuguesa.
Visitamos ainda o Old Fort, um antigo forte que hoje abriga um grande mercado, cheio de lojas de souvenirs, situado perto da Casa das Maravilhas.
O Antigo Forte foi construído entre 1698 e 1701 pelos árabes de Omã, e era usado por eles para se defenderem dos portugueses e de outros rivais.
Catedral Anglicana em Zanzibar, construída na época do domínio britânico |
Old Fort de Zanzibar |
o antigo forte de Zanzibar hoje abriga um mercado de bancas de souvenirs |
informações sobre o Old Fort de Zanzibar, um Patrimônio da Humanidade |
rua de Stone Town, o centro histórico de Zanzibar City |
A crescente influência da Grã-Bretanha em Zanzibar levou à construção de uma série de grandes edifícios em Stone Town, incluindo Beit al-Ajaib, a Casa das Maravilhas, que estava fechada para restauração quando estivemos lá.
A Casa das Maravilhas em Stone Town foi construída em 1883 por Bargash bin Said, que foi o 2º Sultão de Zanzibar, e servia como palácio cerimonial e salão de recepção oficial do Sultão Bargash.
É um lugar legal para quem quer conhecer mais sobre a cultura Swahili, pois a sua arquitetura retrata a mistura da cultura de Zanzibar, Grã-Bretanha, Portugal e Omã nas colunas de ferro fundido, nos entalhes nas portas, nos pátios centrais abertos, dentre outras características.
Na Casa das Maravilhas, as portas foram construídas de forma a que o Sultão pudesse entrar montado em um elefante.
O palácio foi chamado de "Casa das Maravilhas" porque foi o 1° edifício em Zanzibar a ter eletricidade, e também o 1° prédio na África Oriental a ter um elevador.
A torre do relógio foi adicionada após o bombardeio de 1896. O bombardeio ocorreu durante a Guerra Anglo-Zanzibar de 1896, que durou apenas 38 minutos - foi a guerra mais curta da história mundial. As forças do Sultão sofreram cerca de 500 baixas, enquanto apenas um marinheiro britânico ficou ferido.
Também se pode visitar os Banhos Persas Hamamni, construídos pelo Sultão Said Bargash no final do século 19, que foram os primeiros banhos públicos de Zanzibar.
Os banhos persas foram os primeiros banhos públicos em Zanzibar. Na visita aos banhos tem informações sobre eles, exibidas em placas nos banhos e nas câmaras.
Stone Town é cheia de edifícios históricos em péssimo estado de conservação |
a Casa das Maravilhas estava fechada para restauração quando estivemos lá |
Forte Árabe, construído entre 1698 e 1701 pelo clã Busaidi de Omã |
A loja Memories of Zanzibar: uma loja bacana para turistas com preguiça de barganhar, dispostos a pagarem o dobro do que vale cada produto!
Compramos umas latas lindas de café lá - só pelas latas mesmo kkkk...porque cada uma delas custava U$ 13, um absurdo! Aliás, nessa loja todos os preços são em U$.
Compramos também uma lata grande de Africafe - o café mais conhecido da Tanzânia, 100% Arábica, que tomávamos todos os dias durante a nossa viagem pela Tanzânia. A lata grande custa 10 mil.
Outra ótima loja ali pertinho é a Zanzibar Gallery, que vende tecidos, souvenirs, artesanato em madeira, livros e antiguidades.
Um pacote de 6 latas de cerveja Kilimanjaro custa 15 mil (levamos para o frigobar do hotel hehehe...).
E compramos ainda uma escultura de ébano, que nos custou U$ 20, depois de muito barganhar.
Zanzibar tem ótimos lugares para comprar artesanato, e você consegue encontrar coisas lindas lá, mas vai precisar procurar direito, no meio de algumas coisas bem cafonas e malfeitas.
Depois de muitos passeios e de várias comprinhas, fomos curtir a piscina do hotel.
Mais tarde ainda vimos um por do sol espetacular da varanda do nosso quarto no Mizingani Seafront Hotel, e fomos novamente jantar nas bancas de comida do Forodhani Gardens.
loja Memories of Zanzibar, uma loja bacana para turistas com preguiça de barganhar |
artesanato à venda em Stone Town com as frases em Swahili que você certamente aprenderá numa viagem à Tanzânia |
muitas lojas de artesanato e souvenirs pelas ruas mais turísticas de Stone Town |
louca para comprar esses vestidinhos feitos com tecidos de estampas típicas da África Oriental |
pena não ter uma pequena viajante na família para trazer presentes! kkkkk... |
loja de baús de madeira com detalhes dourados típicos de Zanzibar |
assim como em Arusha, em Stone Town você também encontra várias lojas especializadas na venda de Tanzanita, a pedra preciosa típica da Tanzânia |
roupas típicas à venda em Stone Town, Zanzibar |
em Stone Town você encontrará várias lojas de temperos e especiarias, um paraíso para quem gosta de cozinhar |
pelas ruas de Zanzibar você encontrará muitos pintores locais vendendo suas típicas pinturas estilo Tingatinga |
você também encontrará à venda quadros que retratam as ruas de Stone Town, Zanzibar - uma linda recordação da viagem pra levar para casa! |
Diário de bordo de Zanzibar - praias
No dia seguinte, nosso 3º dia em Zanzibar, fomos de Stone Town para Kendwa, a 1ª praia que escolhemos ficar em Zanzibar (dias depois fomos para outra praia, Paje).
Ficamos 3 noites em Kendwa e 2 noites em Paje.
Veja tudo aqui: Zanzibar, Tanzânia: as melhores praias e nossas dicas para aproveitá-las
Tomamos um café da manhã de quem vai enfrentar um verdadeiro 'safari' de dala-dala às 8hs da manhã e fizemos check-out do maravilhoso Mizingani Seafront Hotel com dor no coração.
durante a nossa passagem por Zanzibar, ficamos 2 noites em Stone Town, 3 noites em Kendwa e 2 noites em Paje |
Viagem de ônibus ou dala-dala em Zanzibar
Fomos de mochilas nas costas até o Mercado Darajani em Stone Town, no local onde fica o ponto de partida dos ônibus e dala-dalas.
Os dala-dala são microônibus ou caminhõezinhos convertidos muito comuns em toda Tanzânia, em que as traseiras são abertas e a gente senta frente a frente com outros passageiros. Andar de dala-dala em Zanzibar é confuso, desconfortável e definitivamente um stress, mas também pode ser uma aventura, dependendo do seu ponto de vista, e com certeza é ridiculamente mais barato para o viajante.
Os dala-dala não têm horários fixos - eles partem quando estão lotados. Você só tem que esperar. Não é possível pré-reservar assentos. Tente pegar um assento na janela na frente, perto da saída, para ter uma viagem mais confortável.
Para ir de Stone Town até qualquer lugar em Zanzibar, os dala-dala começam a circular por volta das 5hs da manhã e vão até às 17hs - às vezes até mais tarde, tipo 20hs, na alta temporada, ou quando há bastante movimento de pessoas nas ruas.
Depois de uma tentativa frustrada de pegar um dala-dala - o que estava saindo para Kendwa (nosso destino) só tinha lugar lá no fundão e a minha claustrofobia falou mais alto - resolvemos esperar o ônibus.
Como falei, os preços das viagens de dala-dala são irrisórios: uma viagem de Stone Town até Kendwa custava apenas 2 mil xelins tanzanianos (menos de U$ 1).
Só que, a essa altura, eles já tinham jogado minha mochila lá pra cima do maldito dala-dala e a pobre mochila voltou fedendo a bacalhau 😝
jogaram minha mochila lá pra cima do maldito dala-dala e a pobre voltou fedendo a bacalhau |
os dala-dala são microônibus que fazem transporte coletivo, muito comuns em toda a Tanzânia, com a traseira aberta |
E não estava entendendo porque alguém haveria de querer viajar naqueles terríveis dala-dalas claustrofóbicos podendo viajar de ônibus. A viagem de bus de Stone Town até Kendwa custava apenas 2.500 xelins tanzanianos por pessoa (pouco mais de U$ 1)...até que o ônibus chegou e eu entendi tudo!
Os dala-dalas partem assim que lotam, e então chega o ônibus. Já tinham nos avisado que tínhamos que nos "espertar" quando chegasse o ônibus, para pegar assentos, mas o empurra-empurra em que nos metemos ali foi algo inédito - parecia briga de mulher, com direito a arranhões, pisões no pé e até puxão de cabelo.
E nós carregando nossas mochilas e mochilões no meio daquele furdunço inacreditável.
Surreal messssssmo.
Mas eles se enganaram redondamente se acharam que os gringos aqui iam se ferrar kkkk...não só fomos dos primeiros a entrar no ônibus, como pegamos os assentos bem atrás do motorista.
Uma luta renhida, mas vencemos!!
O ônibus saiu às 10hs do Darajani Market em Stone Town e chegamos em Kendwa quase 11h30min.
Apesar do aperto - não dava nem para se mexer dentro do ônibus, com as nossas mochilas por todos os lados - a viagem foi ok, com a janela escancarada e o vento nos refrescando.
Cada vez que o busão velho parava no meio da estrada, descia um passageiro e subiam 3 - coisa estilo Índia, mesmo!
Isso sem falar nas espigas de milho que os vendedores ambulantes enfiavam na minha cara pela janela do ônibus em cada parada 🌽
Os turistas 'normais' fazem esse percurso de táxi - custa uns U$ 30 a viagem de 1h de Stone Town até Kendwa/Nungwi.
E, para que fique claro, não é unicamente por economia que a gente se mete nestas frias, é por gosto mesmo! Tanto que escolhemos um dos melhores hotéis de Kendwa para nos hospedarmos - o Hotel Natural Kendwa Villa, e pagamos diárias de U$ 98 por cada uma das 3 noites em que ficamos lá. Não íamos morrer por pagar U$ 30 no táxi para chegar lá. Mas...se fosse assim, que histórias teríamos para contar sobre uma viagem de táxi?!
Não se engane: se a gente topa esse tipo de perrengue, é muito mais pelas experiências e histórias, do que pela economia de poucos U$$$.
Talvez haja um pouco de loucura também nessa receita, mas é justamente viajando assim que não faltarão histórias para contar aos nossos netos 🤑
Mostrei mais lá nos stories, espia lá!
o empurra-empurra para entrar no ônibus em Stone Town foi algo inédito - parecia briga de mulher, com direito a arranhões, pisões no pé e até puxão de cabelo |
Diário de bordo de Zanzibar - Stone Town
Dia 7
- Paje - Stone Town (de ônibus)
- Passeios em Stone Town
- Stone Town - Dar Es Salaam (de ferry)
Hoje foi dia de voltar de Paje (praia) a Stone Town, encarando um busão local, para pegar a balsa/ferry entre Stone Town e Dar Es Salaam, a cidade mais importante da Tanzânia.
Leia mais aqui: Dar Es Salaam, Tanzânia: pontos turísticos e dicas práticas
A viagem de ônibus entre Paje e Stone Town foi bem tranquila.
Foi só ir até a rotatória de acesso a Paje e já tinha um bus parado ali cheio de gente. Ainda bem que ainda tinha 2 assentos sobrando pra nós!
A viagem de ônibus de Paje até Stone Town custou 5 mil (2.500 xelins tanzanianos cada um).
Saímos de Paje pouco antes das 10hs e chegamos em Stone Town às 11hs. A viagem foi mais rápida do que pensávamos que seria! São 50Km.
Chegando em Stone Town, ainda pegamos um riquixá por 3 mil da parada de ônibus até o Mizingani Seafront, hotel em que nos hospedamos em Stone Town na semana anterior, onde pedimos para deixar guardadas as nossas mochilas, e saímos para passear mais um pouco a pé em Stone Town 😍
Por último, voltamos ao Luukman Restaurant, com seus sucos de melancia e lima, onde começou a nossa aventura em Zanzibar, para a grande despedida.
Viagem de ferry entre Zanzibar e Dar Es Salaam
O Porto de Dar Es Salaam é o maior porto tanzaniano, utilizado também para escoar cargas provenientes da Zâmbia, do Malaui, de Ruanda e do Burundi.
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o Porto de Zanzibar fica ao lado do hotel onde nos hospedamos em Stone Town, o Mizingani Seafront Hotel - víamos o porto da sacada do nosso quarto |
compramos as passagens de ferry para Dar Es Salaam em Stone Town, indo pessoalmente no Porto de Zanzibar |
sala de embarque no Porto de Zanzibar |
viagem de ferry entre o Porto de Zanzibar e Dar Es Salaam |
a forma mais comum e barata de viajar entre Zanzibar e Dar Es Salaam é de ferry |
saindo de Stone Town em direção a Dar Es Salaam |
ferry que faz a viagem entre Zanzibar e Dar Es Salaam |
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