* Este post é parte de uma série de postagens super completa sobre a viagem de 38 dias dos amigos Rodrigo e Elis à Nova Zelândia.
Veremos aqui as primeiras imagens da Ilha Sul da Nova Zelândia, uma região com muitas coisas para admirar!
Como viajamos pela Ilha Sul de motorhome, a partir deste post vocês também encontrarão muitas dicas para viajar pela Nova Zelândia de motorhome 😏
Para rever o que foi publicado antes, deixamos os links a seguir:
Introdução
Dias 1 e 2 - Auckland
Dias 3 e 4 - Coromandel, Hobbiton, Hamilton
Dias 5 e 6 - Waitomo Caves e Rotorua
Dias 7 e 8 - Rotorua e Taupo
Dias 9 e 10 - Tongariro National Park
Dias 11, 12 e 13 - Wellington
Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs
Dias 16 e 17 - Marborough e Nelson
Dia 18 - Abel Tasman National Park
Dias 19 e 20 - West Coast
Dias 21 e 22 - Haast Pass e Wanaka
Dias 23 e 24 - Queenstown e Glenorchy
Dias 24 e 25 - Queenstown e Arrowtown
Dias 26 e 27 - Southland
Dias 28 e 29 - Dunedin
Dias 30 e 31 - Monte Cook
Dias 32 e 33 - Lake Tekapo
Dias 34, 35 e 36 - Christchurch
Dias 37 e 38 - Auckland - parte 2
Dias 1 e 2 - Auckland
Dias 3 e 4 - Coromandel, Hobbiton, Hamilton
Dias 5 e 6 - Waitomo Caves e Rotorua
Dias 7 e 8 - Rotorua e Taupo
Dias 9 e 10 - Tongariro National Park
Dias 11, 12 e 13 - Wellington
Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs
Dias 16 e 17 - Marborough e Nelson
Dia 18 - Abel Tasman National Park
Dias 19 e 20 - West Coast
Dias 21 e 22 - Haast Pass e Wanaka
Dias 23 e 24 - Queenstown e Glenorchy
Dias 24 e 25 - Queenstown e Arrowtown
Dias 26 e 27 - Southland
Dias 28 e 29 - Dunedin
Dias 30 e 31 - Monte Cook
Dias 32 e 33 - Lake Tekapo
Dias 34, 35 e 36 - Christchurch
Dias 37 e 38 - Auckland - parte 2
14º dia – 09/outubro/2017 –
Rumo à Ilha Sul
A ida para a Ilha Sul
Mais um dia chuvoso!
Acordamos e seguimos para o aeroporto de Wellington, que é a cara de O Senhor dos Anéis. Muito legal!
Também foi uma das poucas vezes que vi um aeroporto com uma estrutura tão boa e até local reservado para se abrir a mala se precisar redistribuir o peso, com balança para pesar de novo.
estamos na Terra Média?
Também
nos surpreendemos com a tranquilidade para o embarque. Levamos o voucher da
compra da passagem, com código de leitura, e, usando o totem para check in automático no aeroporto,
imprimimos o cartão de embarque e identificação das malas.
Nós mesmos é que
despachamos as malas. A partir deste ponto, nada de burocracia, não pediram nem
nossos documentos. Só com cartão de embarque, já estávamos no avião. Como é bom
um país desenvolvido e tranquilo, onde impera a honestidade!
vídeo com a decolagem e vista aérea de
Wellington
Gostamos muito do padrão da Air New Zealand.
O interior do avião também é bem bacana, todo preto, inspirado nos All Blacks, o uniforme das equipes esportivas da NZ.
O voo até Christchurch foi bem rápido, menos de 1 hora. Chegando lá, o clima continuava chuvoso.
A Ilha Sul
Ilha Sul – fonte NZ Tour Maps |
A Ilha Sul da NZ tem uma população bem menor que a Ilha Norte, menos cidades, uma cadeia de montanhas bem no meio, e, por isso, um sistema viário mais simplificado, o que nos facilitou a escolha dos caminhos por lá (e assim, conseguimos desenvolver o roteiro num percurso circular, dando uma volta bem abrangente na Ilha).
Nesta
segunda etapa da viagem, foi notável a presença maior de montanhas (os Southern
Alps, que a atravessam de norte a sul)! Quase sempre havia montanhas por perto!
A
Ilha Sul também é considerada a que tem os cenários naturais mais bonitos da
NZ, e já tínhamos ouvido isso também de muitos kiwis, quando já estávamos na
Ilha Norte (aquele simpático senhor que nos guiou ao topo do Mount Victoria, em
Wellington, havia afirmado que a Ilha Sul é, para ele, o mais belo lugar do
mundo).
Tudo
isso aumentou o nível de expectativa, que já era grande!
Esta
segunda etapa de nossa viagem teve um total de 23 dias (destes, 21 dias foram
dormindo em motorhome)!
enquanto na Ilha Norte nos concentramos mais nas áreas centrais, na Ilha Sul percorremos praticamente todas as regiões! |
Chegando à Ilha Sul
Aeroporto de Christchurch |
Christchurch, a maior cidade da Ilha Sul, localizada na região de Canterbury, foi o nosso ponto de chegada e partida, no percurso pela Ilha Sul, a segunda grande etapa de nossa viagem, com um total de 23 dias (destes, 21 dias foram dormindo no motorhome)!
Outra
forma de chegada, por muitos viajantes que vêm de Wellington, seria atravessar
de barco para Picton.
Há
duas empresas que fazem essa travessia: a Bluebridge e
a Interislander. A opção de atravessar com o veículo
sai bem caro mas proporciona, segundo muitos viajantes, belas vistas,
principalmente na chegada à Ilha Sul. Muitos viajantes fazem, portanto, a
travessia, e deixam para pegar um veículo em Picton.
os barcos que ligam Wellington à na Ilha Sul, na chegada, em Picton |
O percurso circular planejado para a Ilha Sul
Diferente da Ilha Norte, que somente atravessamos, com um percurso de 1400 Km, os planos para a Ilha Sul foram de fazer um percurso circular, visando devolver o motorhome no mesmo lugar em que pegamos, para não haver custo de deslocamento (nas cotações que fizemos, as locadoras estavam acrescentando esse ônus ao se devolver em local diferente daquele onde se pegou o veículo).
nosso giro pela Ilha Sul |
Sendo circular o percurso, poderíamos ter feito em sentido horário ou anti-horário. A ideia foi de fazer no sentido anti-horário, deixando as atrações que nos despertavam maior expectativa para o final, de modo a proporcionar, assim, o clímax da viagem, preferencialmente mais no final.
Deixamos
para conhecer Christchurch ao final de todo o giro pela ilha, tendo em vista
que parecia ser uma cidade bem interessante, como realmente foi, e contaremos,
ao final de tudo, como foi a estadia por lá.
Sobre a escolha e a locação do motorhome
Inicialmente, fizemos uma pesquisa de preços através do site Camper Travel, para ter uma ideia da disponibilidade e dos tipos de veículos.
A
empresa que escolhemos para alugar o motorhome (ou campervan, como é chamado lá
na NZ) foi a Britz. É uma empresa também presente na
Austrália, e coligada com outras duas, a Mighty e
a Maui (juntos, eles atendem no RV Supercenter, em
Christchurch).
Fizemos
a reserva diretamente pelo site da empresa escolhida.
Optamos
por um modelo para 4 pessoas, bem espaçoso, pois não eu não queria uma coisa
tão pequena para nos abrigar por tanto tempo. No modelo escolhido, a gente
teria espaço para se movimentar dentro, e bom espaço, também, para as malas,
deixando-as bem acessíveis.
Durante
o planejamento da viagem, chegamos a pensar em alugar pela Apollo, pois gostei muito mais da proposta de
distribuição interna do espaço nos veículos deles. O problema foi que não vi
boas avaliações, sobretudo quanto ao atendimento da Apollo (mal eu sabia o
esperar da Britz...).
Outra
empresa que cheguei a cogitar para locação foi a Jucy, empresa da própria NZ, que parece ter ótima
qualidade, mas estava com os preços bem mais altos.
Em
todo caso, há muitas outras empresas locadoras de motorhome na NZ. É incrível
como viajar assim é um hábito incorporado à cultura dos kiwis!
Não
tivemos, porém, a melhor das experiências com a Britz, e isso ficará explicado,
aos poucos, no relato.
Dica:
uma forma bem mais econômica de se viajar de motorhome é a opção chamada relocation (o valor da locação, neste
caso, pode até sair a custo zero), em que a locadora determina o dia e o lugar
em que se deve pegar o veículo e em que dia e lugar devolver. É uma forma de a
locadora deixar que o custo de reposicionamento do veículo (gasto com combustível
e mão-de-obra) por conta do cliente. (mas isso depende de muita flexibilidade
por parte de quem aluga, para adaptar o roteiro ao tempo, origem e destino
oferecidos nesses casos, e não tínhamos uma situação assim compatível com o
nosso roteiro).
Alguns detalhes a observar sobre o uso do motorhome
embarcando no motorhome |
Viajar de motorhome é uma coisa bem diferente de viajar de carro e dormindo em hotel.
Sendo
coisas diferentes, é difícil estabelecer um comparativo e dizer o que é melhor.
Acredito que isso depende de muitos fatores, e também do perfil de cada pessoa.
Nossa
primeira experiência foi, logo de cara, para ficar 3 semanas em um motorhome.
No
início, é natural estranhar e ter um pouco de dificuldades, pois o motorhome,
assim como uma casa, exige manutenção.
Além
do abastecimento (diesel), também é preciso ter uma série de outros cuidados
com o motorhome, assim como em geral é necessário com uma casa. São
preocupações inexistentes em hotel ou albergue:
1) Cuidar
para que não falte água limpa (fresh water),
2) Esvaziar
o tanque de água usada para a pia da cozinha e do banheiro (waste water),
3) Esvaziar
o compartimento “cassete” do banheiro químico,
4) Descartar
todo lixo produzido em um lugar apropriado,
5) Reabastecer
o gás de cozinha (botijão, que deve permanecer fechado quando o carro estiver
em movimento),
6) Ligar
o carro em pontos de energia com uma frequência de, em geral 3 dias, para
manter a carga da bateria interna (powered site, em geral disponível nos
campings pagos).
Além
disso, há o aspecto mais importante: Saber onde parar para pernoitar.
Isso
porque, na Nova Zelândia, há um rigor com o camping free, justificado para que
se evite que as pessoas parem em qualquer lugar e despejem lixo, ou causem
incômodo.
Tanto
faz se for uma barraca ou um motorhome equipado com banheiro e depósitos
embutidos de água suja (é o que se chama de “self conteined vehicle”).
Portanto,
a regra é que não é permitido pernoitar (a gente viu placas com essa
advertência em muitos lugares). Não importa se a área parece ampla, se é uma
praça pública ou se há carros estacionados ali durante a noite. Motorhome é
diferente porque caracteriza camping, e é melhor não arriscar levar a pesada
multa.
A
solução, portanto, são os locais onde é autorizado parar para passar a noite
(locais gratuitos – os free campings – e os pagos, mantidos pelo DOC.
Também
há os campings particulares, mais caros e estruturados, que, no entanto,
acrescentam uma despesa extra considerável, se usados todos os dias da viagem).
O pernoite chega a ser a metade do custo de um hotel simples, com a condição de
poder fazer a manutenção completa do motorhome, ter abastecimento externo de
energia, além de poder parar durante a noite. Optamos por fazer uma parada em
camping pago particular a cada 3 dias, para ter um pouco mais de conforto.
Vantagens e desvantagens do motorhome
Em nossa experiência, sentimos vantagens e desvantagens da viagem de motorhome, sobretudo porque em algumas vezes tivemos que cuidar desse detalhe do local do pernoite, e definir lá na hora.
Outra
coisa é que o aluguel de um motorhome completo, em uma alta estação ou próximo
dela, não é barato, e pode, muitas vezes, sair mais caro que o aluguel de um
carro e mais as diárias de um hotel basicão.
Também
gasta-se tempo e é meio chato ter que fazer a manutenção do veículo, observando
todos os itens que enumeramos logo acima.
Mas
vamos destacar que há vantagens sim. Vou enumerar 3 vantagens que, pra
nós, foram bem relevantes proporcionadas pelo motorhome, e mais uma que foi
determinante para o aluguel desse veículo:
1) Permite
flexibilidade total na viagem, e colocamos isso em prática, alterando o nosso
roteiro no meio do desenvolvimento, conforme contaremos neste relato;
2) Permite
que se livre do tempo e cansaço causado com entra-e-sai de hotéis;
3) Permite
que se possa alimentar-se bem sem gastar com restaurantes caros, pois a gente
passa a ter uma cozinha sempre conosco (e isso fez com que essa viagem tenha
sido a primeira em que fizemos comida fora do Brasil, sendo que comemos de
tudo, até arroz e feijão – que encontramos nos supermercados, pronto em lata).
Uma verdadeira casa! |
A vantagem determinante foi que a Ilha Sul tem poucas cidades. São, em maioria, pequenas vilas e lugares bem rústicos, sendo assim, bem difícil ter hospedagem para todos lugares em que passamos e paramos.
O motorhome era o nosso abrigo certo o tempo todo, e por isso, acredito que realmente é a melhor forma de viajar pela Ilha Sul da Nova Zelândia.
Pegando o motorhome na locadora
Ainda no aeroporto de Christchurch, entramos em contato por telefone com o escritório da locadora de motorhomes.
Uma
dúvida que havia antes da viagem era como faríamos para sair do aeroporto e ir
ao encontro do motorhome. Essa parte foi ótima, pois após eu entrar em contato
telefônico a empresa mandou um transfer para nos buscar no aeroporto. Não são
todas empresas que alugam motorhome que prestam um serviço de transfer assim.
Chegando
ao RV Supercenter, levamos mais de 2 horas até sermos atendidos... (perdendo um
tempo precioso desse dia). Durante este tempo, nos colocaram para assistir ao
vídeo instrutivo de como funciona o motorhome.
O vídeo está disponível no You Tube, e pode ser visto aqui.
O vídeo está disponível no You Tube, e pode ser visto aqui.
Estudando o motorhome! |
O vídeo não ajuda muito o aprendizado para quem estiver (como nós estávamos), ainda sem a experiência em motorhome, pois não mostrava exatamente o veículo que pegaríamos. Aliás, mostrava diferentes formas de se ligar ou desligar diversos sistemas.
Só serviu para aumentar a ansiedade. Mais fácil do que isso seria uma pessoa para nos mostrar, na prática, o veículo que a gente teria.
No supercenter já é possível comprar vários tipos de mantimentos que podem ser úteis durante a viagem de motorhome. Durante a espera para sermos atendidos, pelo menos o ambiente é confortável e ficamos tomando cafezinhos.
Optamos,
no momento de preenchimento dos papeis, por fazer um pagamento de um pacote
adicional que cobria, além de todos os impostos (o imposto sobre o combustível,
segundo nos informaram, era calculado sobre a quilometragem percorrida, e seria
calculado e pago ao se devolver o carro), também o tanque de diesel e botijão
de gás cheios. Valeu a pena, sobretudo pela praticidade e ganho de tempo, já
que não precisaríamos mais ter que resolver isso ao final da viagem com o
motorhome.
Enfim,
ao meio-dia, entregaram o carro. Debaixo de chuva!
todos a bordo!!! |
Nessa hora da entrega, podia ser num local coberto para podermos ver com calma as funcionalidades do motorhome por fora.
Isso
seria muito importante, pois são diversos compartimentos e portas, com diversas
chaves, que nos primeiros dias confundimos porque eram todas bem parecidas. 😕
Só
para citar:
1- tampa para encher o tanque de água,
2- porta para tirar o banheiro químico para
limpeza,
3- porta para bagageiro,
4- porta onde ficava o botijão de gás que
precisava ser desligado toda hora em que o veículo ficava em movimento,
5-
porta para tirar a mangueira de escoar a água suja, 6- porta de entrada na
parte de trás do motorhome, além das portas da cabine).
Colocamos
as malas para dentro e uma moça nos demonstrou rapidamente como tudo
funcionava.
O motorhome veio todo bem completinho, com jogo de pratos e talheres, cafeteira, panelas, além de jogos de cama. Mais um ponto positivo a se destacar, pois isso não é sempre que vem incluído em empresas que alugam motorhome.
O motorhome veio todo bem completinho, com jogo de pratos e talheres, cafeteira, panelas, além de jogos de cama. Mais um ponto positivo a se destacar, pois isso não é sempre que vem incluído em empresas que alugam motorhome.
primeiros contatos com o interior do motorhome |
Outro ponto positivo é que junto com o veículo já vinha incluído um GPS, e com o programa Campermate embutido.
funcionária da locadora, explicando sobre as funcionalidades do GPS |
No entanto, não nos forneceram o Tourism Radio, que é um sistema fixado ao para-brisa, orientado por GPS, que envia ao rádio, descrições de mais de 2200 de pontos de interesse.
É como viajar com um guia de viagem particular. Fica a dica, sobre a existência disso...
vídeo mostrando como é o Tourism Radio
Parecia que estava tudo em ordem com o carro e que nós iríamos adaptando e aprendendo na prática, então partimos com o motorhome, pegando a estrada.
Dirigindo o motorhome
As primeiras impressões com o motorhome nos assustaram. É bem diferente de dirigir um carro, e a gente vinha de um Corollinha 0 km!
A
gente pisa e ele demora bem mais para acelerar. Para frear também era preciso
pisar com mais força. Não sei essas características eram do modelo que recebemos
(um Mercedes já com 160 mil km rodados), ou por causa do tamanho.
Também,
por causa do conjunto de coisas disponíveis no interior do veículo, incluindo
todo um jogo de cozinha, qualquer passadinha em um quebra-molas fazia aquela
barulheira. No início foi meio ruim, mas acabamos nos acostumando. Apelidamos o
nosso veículo de “trambolho”.
Uma
medida importante, antes de deixar Christchurch, era passar no supermercado e
fazer compras. Seguimos a dica da lista de compras para motorhome, na página do Felipe, o Pequeno Viajante.
O
espaço interno do motorhome era generoso, e deu pra acomodar tranquilamente
tudo o que compramos. A Elis acabou achando que seria melhor ter alugado um
motorhome menor. Esse que pegamos, realmente, era um pouco exagerado só para um
casal, e ofereceu um pouco de dificuldade nas horas de estacionar durante a
viagem; mas acho que foi bom ter espaço sobrando, ainda mais para passar 3
semanas.
vídeo: primeiros momento com o
motorhome – saindo de Christchurch
Chegando a Kaikoura
A estrada estava em obras quando passamos, tendo em vista um terremoto que ocorreu no final de 2016, causando sérios danos e até a interrupção da estrada no ponto entre Kaikoura e Blenheim.
vídeo: indo para Kaikoura
Se a estrada não estava muito boa, uma coisa boa de se dizer é que, pelo menos, vimos muita gente trabalhando na restauração das rodovias, em toda essa região da NZ!
Chovendo sem parar, fizemos o percurso de 200 Km entre Christchurch até Kaikoura. É uma estrada que começa plana. Em certos pontos passa a ter morros e muitas curvas e na parte final passa bem rente ao mar.
Kaikoura
Kaikoura é uma pequena cidade costeira (no idioma maori, 'kai' significa comida, e 'koura', lagosta), onde o mar e as montanhas dos Alpes do Sul se encontram.
É o lugar perfeito para entrar em contato com a vida marinha, passeando pela costa e saboreando um prato de frutos do mar.
Chegamos
a Kaikoura no final da tarde (18 hs), de modo que, como já sabíamos, estava
tudo fechado. Mesmo na chuva, demos uma rápida volta pela cidade. Só de olhar
já pra ver como as atividades giram em torno da rica vida marinha do local.
Como
estava entardecendo, procuramos um local para parar o motorhome e passar a
nossa primeira noite na “casa sobre rodas”.
Fomos até o estacionamento do WhaleWatch, um centro de observação de baleiras (o que parece ser um interessante passeio turístico, mas não fizemos), de frente para a praia, seguindo sugestão do blog do Felipe, o Pequeno Viajante.
Fomos até o estacionamento do WhaleWatch, um centro de observação de baleiras (o que parece ser um interessante passeio turístico, mas não fizemos), de frente para a praia, seguindo sugestão do blog do Felipe, o Pequeno Viajante.
primeira noite dentro do motorhome –
preparando a janta
Fizemos a janta e não saímos mais de dentro do carro, pois chovia muito. Também ficamos um pouco preocupados porque o lugar estava vazio, já de noite. Sabe aquela sensação “será que pode parar aqui?”...
Mas deu tudo certo, apesar de ser a primeira experiência! Foi muito diferente dormir num lugar assim, ouvindo as ondas do mar arrebentando logo ali próximo!
15º dia – 10/outubro/2017 –
Kaikoura e Hanmer Springs
vista para o Oceano Pacífico ao acordar! |
Amanhecemos com uma bela vista para o mar!
A chuva deu uma trégua, não resistimos e saímos um pouco do carro para andar naquela praia em que não havia areia, mas pequenos cascalhos.
As nuvens se dissiparam e conseguimos ver as belas montanhas dos Alpes do Sul, ali bem perto do mar!
Vídeo:
acordando de frente para o mar de Kaikoura
Vídeo:
caminhando à beira-mar em Kaikoura
a paisagem típica de Kaikoura: mar e montanhas juntos! |
Já que chegamos tarde no dia anterior, nos restou este dia, e tivemos que escolher. Entre a observação de baleias ou de golfinhos, ficamos com esta segunda opção.
Dolphin Encounter
Seguimos dirigindo até a sede do Dolphin Encounter.
Este consiste em um passeio de barco que leva os turistas para observação de golfinhos, sendo possível também o mergulho próximo a eles (neste caso, o preço é maior, eles fornecem uma roupa e, na volta, a oportunidade de tomar banho).
Dolphin Encounter
|
Nós já havíamos visto um vídeo num programa de TV que mostra como é esse passeio. Algo realmente incrível, com centenas de golfinhos nadando juntos! Um passeio caro, mas queríamos muito fazer! Fizemos a reserva para o meio-dia. Por pouco não conseguimos embarcar no tour de 9 da manhã.
Kaikoura Peninsula Walkway
A ideia, então, passou a ser a seguinte: Enquanto não chegava a hora do passeio com golfinhos, resolvemos fazer a nossa primeira trilha na Ilha Sul. Com o tempo disponível, daria para fazer somente a metade do caminho, mas já estava valendo a experiência.
Paramos o motorhome no estacionamento que existe junto ao Point Kean, onde há uma colônia de leões marinhos. Ali, a vista das montanhas junto ao mar de Kaikoura, também é muito bonita!
Este simpático leão marinho estava na trilha, solto na natureza, bem pertinho de nós! |
Visão do estacionamento - nosso motorhome é o maior ali! |
vídeo: leão marinho de pertinho!
Há uma possibilidade de fazer a trilha por baixo, passando pelas pedras próximas ao mar e aos leões marinhos e gaivotas (é um caminho para ser feito somente se a maré estiver baixa).
Também há outra passagem pela parte de cima das falésias. Fizemos essa passagem por cima, o que exige algumas subidas no início, mas com uma vista que alcança mais longe, reforçando a vastidão do mar.
Na parte de cima das falésias também se há campos cercados, o que transmite uma sensação de paz e tranquilidade.
há a possibilidade de fazer o caminho pelas pedras, e ver os leões marinhos que passam por ali mais de perto |
neste ponto, avistamos leões marinhos nadando, como se pode ver no vídeo mais abaixo |
A península é bem cênica! |
há uma trilha bem demarcada |
De um lado, a imensidão do Oceano Pacífico... |
...do outro lado, campos verdes com montanhas ao fundo |
vídeo: leões marinhos no mar de
Kaikoura
Na hora em que começamos a voltar, notamos uma névoa que vinha do mar e, de repente fez o dia se transformar.
Por conta disso, o pessoal da Dolphin Encounter nos ligou, pois nessas condições o passeio precisou ser cancelado. Quase tivemos sorte com o tempo e ficamos sem ver os golfinhos.
Dica gastronômica em Kaikoura
Para compensar, não podia ficar faltando o gosto de uma comidinha do mar! Na volta da península, percebemos que havia um pequeno trailer bem movimentado, especializado em peixes e frutos do mar. Fica à beira do mar, e é o único trailer que vimos por ali.
O nome é: Kaikoura Seafood BBQ Kiosk
Peixes fresquinhos! Kaikoura é um ótimo lugar para degustar! |
quem diria, em um foodtruck, à beira do mar, do outro lado do mundo, cardápio em português! |
os pássaros de Kaikoura ficam de olho na comida e, se a gente deixar, chegam bem pertinho pra almoçar junto |
Paramos ali para almoçar. Eles têm cardápio em diversas línguas, e até em português! Comemos um peixe grelhado delicioso!
Saindo de Kaikoura rumo a Hanmer Springs
Saímos de lá e pegamos a estrada, nos despedindo, então, de Kaikoura. Seguimos em direção ao interior da região de Canterbury rumo a Hanmer Springs.
a Nova Zelândia revela muito de sua beleza nas estradas |
na Ilha Sul, também avistamos muitas ovelhas na beira das estradas
Hanmer Springs
Chegamos por volta das 16 hs a Hanmer Springs.
É uma pequena vila em meio a uma reserva florestal, com montanhas ao redor, um local muito agradável e que tem uma estância hidrotermal, muito frequentada pelos habitantes da região. Parece uma mini Caldas Novas-GO.
Não percebemos muito a presença de turistas estrangeiros aqui.
A
vila também tem uma boa variedade de cafés, lojas e galerias para desfrutar de
passeios. Mas nossa prioridade aqui foi de relaxar em águas quentes; uma
coisa que, depois de Rotorua, só teríamos nova oportunidade por aqui.
Hanmer Springs Pools & Spa
Além das piscinas termais, o complexo também tem um spa com piscinas, muito legal para quem procura massagens, outros tratamentos ou apenas para relaxamento.
A boa coisa é que ficava aberto até tarde, então ainda daria tempo de aproveitar bem o local!
O
complexo engloba 11 piscinas termais de diferentes tipos e temperaturas, sendo
algumas de hidromassagem, com águas sulfurosas que vão desde 30 a 40 graus
Celsius.
A entrada é paga e o local parece até um clube, com ótima infraestrutura. Dá pra tomar banho lá, pois tem ótimos banheiros.
A entrada é paga e o local parece até um clube, com ótima infraestrutura. Dá pra tomar banho lá, pois tem ótimos banheiros.
Como
tínhamos um cupom de desconto que achamos numa daquelas revistas, teríamos
direito a meia-hora numa piscina de água quente particular, uma espécie de
ofurô.
Por isso, sempre é bom checar todos os cupons de desconto nas revistas e publicações que também conseguimos adquirir nos I-Sites! Aproveitamos!
Por isso, sempre é bom checar todos os cupons de desconto nas revistas e publicações que também conseguimos adquirir nos I-Sites! Aproveitamos!
Saímos
e encontramos, pelo Campermate, um freedom camping (local gratuito para passar
a noite), o Hanmer Amenity Area, que é localizado a poucos quilômetros,
atravessando a vila e saindo um pouco para o lado leste.
Aqui, ficamos um pouco mais
tranquilos ao chegar, porque já havia outros motorhomes estacionados.
Na próxima postagem desta viagem pela Nova Zelândia, continuaremos o nosso percurso, alcançando a parte norte da Ilha Sul, passando pelas regiões de Marlborough e Nelson.
Veja os outros posts já publicados desta série sobre a Nova Zelândia:
Na próxima postagem desta viagem pela Nova Zelândia, continuaremos o nosso percurso, alcançando a parte norte da Ilha Sul, passando pelas regiões de Marlborough e Nelson.
Veja os outros posts já publicados desta série sobre a Nova Zelândia:
Introdução
Dias 1 e 2 - Auckland
Dias 3 e 4 - Coromandel, Hobbiton, Hamilton
Dias 5 e 6 - Waitomo Caves e Rotorua
Dias 7 e 8 - Rotorua e Taupo
Dias 9 e 10 - Tongariro National Park
Dias 11, 12 e 13 - Wellington
Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs
Dias 16 e 17 - Marborough e Nelson
Dia 18 - Abel Tasman National Park
Dias 19 e 20 - West Coast
Dias 21 e 22 - Haast Pass e Wanaka
Dias 23 e 24 - Queenstown e Glenorchy
Dias 24 e 25 - Queenstown e Arrowtown
Dias 26 e 27 - Southland
Dias 28 e 29 - Dunedin
Dias 30 e 31 - Monte Cook
Dias 32 e 33 - Lake Tekapo
Dias 34, 35 e 36 - Christchurch
Dias 37 e 38 - Auckland - parte 2
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