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Relato de viagem de motorhome pela Nova Zelândia: Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs

Viajando de motorhome pela Ilha Sul da Nova Zelândia: Kaikoura e Hanmer Springs
Viajando de motorhome pela Ilha Sul da Nova Zelândia: Kaikoura e Hanmer Springs
* Este post é parte de uma série de postagens super completa sobre a viagem de 38 dias dos amigos Rodrigo e Elis à Nova Zelândia

Veremos aqui as primeiras imagens da Ilha Sul da Nova Zelândia, uma região com muitas coisas para admirar!

Como viajamos pela Ilha Sul de motorhome, a partir deste post vocês também encontrarão muitas dicas para viajar pela Nova Zelândia de motorhome 😏

Para rever o que foi publicado antes, deixamos os links a seguir:



14º dia – 09/outubro/2017 – Rumo à Ilha Sul

A ida para a Ilha Sul


Mais um dia chuvoso!

Acordamos e seguimos para o aeroporto de Wellington, que é a cara de O Senhor dos Anéis. Muito legal! 

Também foi uma das poucas vezes que vi um aeroporto com uma estrutura tão boa e até local reservado para se abrir a mala se precisar redistribuir o peso, com balança para pesar de novo.



estamos na Terra Média? 


Também nos surpreendemos com a tranquilidade para o embarque. Levamos o voucher da compra da passagem, com código de leitura, e, usando o totem para check in automático no aeroporto, imprimimos o cartão de embarque e identificação das malas. 

Nós mesmos é que despachamos as malas. A partir deste ponto, nada de burocracia, não pediram nem nossos documentos. Só com cartão de embarque, já estávamos no avião. Como é bom um país desenvolvido e tranquilo, onde impera a honestidade!

vídeo com a decolagem e vista aérea de Wellington


Gostamos muito do padrão da Air New Zealand. 

O interior do avião também é bem bacana, todo preto, inspirado nos All Blacks, o uniforme das equipes esportivas da NZ. 

O voo até Christchurch foi bem rápido, menos de 1 hora. Chegando lá, o clima continuava chuvoso.

A Ilha Sul


Ilha Sul – fonte NZ Tour Maps

A Ilha Sul da NZ tem uma população bem menor que a Ilha Norte, menos cidades, uma cadeia de montanhas bem no meio, e, por isso, um sistema viário mais simplificado, o que nos facilitou a escolha dos caminhos por lá (e assim, conseguimos desenvolver o roteiro num percurso circular, dando uma volta bem abrangente na Ilha).

Nesta segunda etapa da viagem, foi notável a presença maior de montanhas (os Southern Alps, que a atravessam de norte a sul)! Quase sempre havia montanhas por perto!

A Ilha Sul também é considerada a que tem os cenários naturais mais bonitos da NZ, e já tínhamos ouvido isso também de muitos kiwis, quando já estávamos na Ilha Norte (aquele simpático senhor que nos guiou ao topo do Mount Victoria, em Wellington, havia afirmado que a Ilha Sul é, para ele, o mais belo lugar do mundo).

Tudo isso aumentou o nível de expectativa, que já era grande!

Esta segunda etapa de nossa viagem teve um total de 23 dias (destes, 21 dias foram dormindo em motorhome)!


enquanto na Ilha Norte nos concentramos mais nas áreas centrais, na Ilha Sul percorremos praticamente todas as regiões!


Chegando à Ilha Sul


Aeroporto de Christchurch

Christchurch, a maior cidade da Ilha Sul, localizada na região de Canterbury, foi o nosso ponto de chegada e partida, no percurso pela Ilha Sul, a segunda grande etapa de nossa viagem, com um total de 23 dias (destes, 21 dias foram dormindo no motorhome)!
Outra forma de chegada, por muitos viajantes que vêm de Wellington, seria atravessar de barco para Picton.

Há duas empresas que fazem essa travessia: a Bluebridge   e a Interislander. A opção de atravessar com o veículo sai bem caro mas proporciona, segundo muitos viajantes, belas vistas, principalmente na chegada à Ilha Sul. Muitos viajantes fazem, portanto, a travessia, e deixam para pegar um veículo em Picton.


os barcos que ligam Wellington à na Ilha Sul, na chegada, em Picton


O percurso circular planejado para a Ilha Sul


Diferente da Ilha Norte, que somente atravessamos, com um percurso de 1400 Km, os planos para a Ilha Sul foram de fazer um percurso circular, visando devolver o motorhome no mesmo lugar em que pegamos, para não haver custo de deslocamento (nas cotações que fizemos, as locadoras estavam acrescentando esse ônus ao se devolver em local diferente daquele onde se pegou o veículo).

nosso giro pela Ilha Sul

Sendo circular o percurso, poderíamos ter feito em sentido horário ou anti-horário. A ideia foi de fazer no sentido anti-horário, deixando as atrações que nos despertavam maior expectativa para o final, de modo a proporcionar, assim, o clímax da viagem, preferencialmente mais no final.

Deixamos para conhecer Christchurch ao final de todo o giro pela ilha, tendo em vista que parecia ser uma cidade bem interessante, como realmente foi, e contaremos, ao final de tudo, como foi a estadia por lá.

Sobre a escolha e a locação do motorhome


Inicialmente, fizemos uma pesquisa de preços através do site Camper Travel, para ter uma ideia da disponibilidade e dos tipos de veículos.

A empresa que escolhemos para alugar o motorhome (ou campervan, como é chamado lá na NZ) foi a Britz. É uma empresa também presente na Austrália, e coligada com outras duas, a Mighty e a Maui (juntos, eles atendem no RV Supercenter, em Christchurch).

Fizemos a reserva diretamente pelo site da empresa escolhida.

Optamos por um modelo para 4 pessoas, bem espaçoso, pois não eu não queria uma coisa tão pequena para nos abrigar por tanto tempo. No modelo escolhido, a gente teria espaço para se movimentar dentro, e bom espaço, também, para as malas, deixando-as bem acessíveis.

Durante o planejamento da viagem, chegamos a pensar em alugar pela Apollo, pois gostei muito mais da proposta de distribuição interna do espaço nos veículos deles. O problema foi que não vi boas avaliações, sobretudo quanto ao atendimento da Apollo (mal eu sabia o esperar da Britz...).

Outra empresa que cheguei a cogitar para locação foi a Jucy, empresa da própria NZ, que parece ter ótima qualidade, mas estava com os preços bem mais altos.

Em todo caso, há muitas outras empresas locadoras de motorhome na NZ. É incrível como viajar assim é um hábito incorporado à cultura dos kiwis!

Não tivemos, porém, a melhor das experiências com a Britz, e isso ficará explicado, aos poucos, no relato.

Dica: uma forma bem mais econômica de se viajar de motorhome é a opção chamada relocation (o valor da locação, neste caso, pode até sair a custo zero), em que a locadora determina o dia e o lugar em que se deve pegar o veículo e em que dia e lugar devolver. É uma forma de a locadora deixar que o custo de reposicionamento do veículo (gasto com combustível e mão-de-obra) por conta do cliente. (mas isso depende de muita flexibilidade por parte de quem aluga, para adaptar o roteiro ao tempo, origem e destino oferecidos nesses casos, e não tínhamos uma situação assim compatível com o nosso roteiro).

Alguns detalhes a observar sobre o uso do motorhome


embarcando no motorhome

Viajar de motorhome é uma coisa bem diferente de viajar de carro e dormindo em hotel.

Sendo coisas diferentes, é difícil estabelecer um comparativo e dizer o que é melhor. Acredito que isso depende de muitos fatores, e também do perfil de cada pessoa.

Nossa primeira experiência foi, logo de cara, para ficar 3 semanas em um motorhome.

No início, é natural estranhar e ter um pouco de dificuldades, pois o motorhome, assim como uma casa, exige manutenção.

Além do abastecimento (diesel), também é preciso ter uma série de outros cuidados com o motorhome, assim como em geral é necessário com uma casa. São preocupações inexistentes em hotel ou albergue:

1) Cuidar para que não falte água limpa (fresh water),

2) Esvaziar o tanque de água usada para a pia da cozinha e do banheiro (waste water),

3) Esvaziar o compartimento “cassete” do banheiro químico,

4) Descartar todo lixo produzido em um lugar apropriado,

5) Reabastecer o gás de cozinha (botijão, que deve permanecer fechado quando o carro estiver em movimento),

6)  Ligar o carro em pontos de energia com uma frequência de, em geral 3 dias, para manter a carga da bateria interna (powered site, em geral disponível nos campings pagos).

Além disso, há o aspecto mais importante: Saber onde parar para pernoitar.

Isso porque, na Nova Zelândia, há um rigor com o camping free, justificado para que se evite que as pessoas parem em qualquer lugar e despejem lixo, ou causem incômodo.

Tanto faz se for uma barraca ou um motorhome equipado com banheiro e depósitos embutidos de água suja (é o que se chama de “self conteined vehicle”).

Portanto, a regra é que não é permitido pernoitar (a gente viu placas com essa advertência em muitos lugares). Não importa se a área parece ampla, se é uma praça pública ou se há carros estacionados ali durante a noite. Motorhome é diferente porque caracteriza camping, e é melhor não arriscar levar a pesada multa.

A solução, portanto, são os locais onde é autorizado parar para passar a noite (locais gratuitos – os free campings – e os pagos, mantidos pelo DOC.

Também há os campings particulares, mais caros e estruturados, que, no entanto, acrescentam uma despesa extra considerável, se usados todos os dias da viagem). O pernoite chega a ser a metade do custo de um hotel simples, com a condição de poder fazer a manutenção completa do motorhome, ter abastecimento externo de energia, além de poder parar durante a noite. Optamos por fazer uma parada em camping pago particular a cada 3 dias, para ter um pouco mais de conforto.

Vantagens e desvantagens do motorhome


Em nossa experiência, sentimos vantagens e desvantagens da viagem de motorhome, sobretudo porque em algumas vezes tivemos que cuidar desse detalhe do local do pernoite, e definir lá na hora.

Outra coisa é que o aluguel de um motorhome completo, em uma alta estação ou próximo dela, não é barato, e pode, muitas vezes, sair mais caro que o aluguel de um carro e mais as diárias de um hotel basicão.

Também gasta-se tempo e é meio chato ter que fazer a manutenção do veículo, observando todos os itens que enumeramos logo acima.

Mas vamos destacar que há vantagens sim. Vou enumerar 3 vantagens que, pra nós, foram bem relevantes proporcionadas pelo motorhome, e mais uma que foi determinante para o aluguel desse veículo:

1) Permite flexibilidade total na viagem, e colocamos isso em prática, alterando o nosso roteiro no meio do desenvolvimento, conforme contaremos neste relato;

2)  Permite que se livre do tempo e cansaço causado com entra-e-sai de hotéis;

3) Permite que se possa alimentar-se bem sem gastar com restaurantes caros, pois a gente passa a ter uma cozinha sempre conosco (e isso fez com que essa viagem tenha sido a primeira em que fizemos comida fora do Brasil, sendo que comemos de tudo, até arroz e feijão – que encontramos nos supermercados, pronto em lata).

Uma verdadeira casa!

A vantagem determinante foi que a Ilha Sul tem poucas cidades. São, em maioria, pequenas vilas e lugares bem rústicos, sendo assim, bem difícil ter hospedagem para todos lugares em que passamos e paramos.

O motorhome era o nosso abrigo certo o tempo todo, e por isso, acredito que realmente é a melhor forma de viajar pela Ilha Sul da Nova Zelândia.

Pegando o motorhome na locadora


Ainda no aeroporto de Christchurch, entramos em contato por telefone com o escritório da locadora de motorhomes.

Uma dúvida que havia antes da viagem era como faríamos para sair do aeroporto e ir ao encontro do motorhome. Essa parte foi ótima, pois após eu entrar em contato telefônico a empresa mandou um transfer para nos buscar no aeroporto. Não são todas empresas que alugam motorhome que prestam um serviço de transfer assim.

transfer do aeroporto para a locadora do motorhome

Chegando ao RV Supercenter, levamos mais de 2 horas até sermos atendidos... (perdendo um tempo precioso desse dia). Durante este tempo, nos colocaram para assistir ao vídeo instrutivo de como funciona o motorhome. 

O vídeo está disponível no You Tube, e pode ser visto aqui.

Estudando o motorhome!

O vídeo não ajuda muito o aprendizado para quem estiver (como nós estávamos), ainda sem a experiência em motorhome, pois não mostrava exatamente o veículo que pegaríamos. Aliás, mostrava diferentes formas de se ligar ou desligar diversos sistemas. 

Só serviu para aumentar a ansiedade. Mais fácil do que isso seria uma pessoa para nos mostrar, na prática, o veículo que a gente teria.



No supercenter já é possível comprar vários tipos de mantimentos que podem ser úteis durante a viagem de motorhome. Durante a espera para sermos atendidos, pelo menos o ambiente é confortável e ficamos tomando cafezinhos.

Optamos, no momento de preenchimento dos papeis, por fazer um pagamento de um pacote adicional que cobria, além de todos os impostos (o imposto sobre o combustível, segundo nos informaram, era calculado sobre a quilometragem percorrida, e seria calculado e pago ao se devolver o carro), também o tanque de diesel e botijão de gás cheios. Valeu a pena, sobretudo pela praticidade e ganho de tempo, já que não precisaríamos mais ter que resolver isso ao final da viagem com o motorhome.

Enfim, ao meio-dia, entregaram o carro. Debaixo de chuva!

todos a bordo!!!

Nessa hora da entrega, podia ser num local coberto para podermos ver com calma as funcionalidades do motorhome por fora.

Isso seria muito importante, pois são diversos compartimentos e portas, com diversas chaves, que nos primeiros dias confundimos porque eram todas bem parecidas. 😕

Só para citar:

1- tampa para encher o tanque de água,
2- porta para tirar o banheiro químico para limpeza,
3- porta para bagageiro,
4- porta onde ficava o botijão de gás que precisava ser desligado toda hora em que o veículo ficava em movimento,
5- porta para tirar a mangueira de escoar a água suja, 6- porta de entrada na parte de trás do motorhome, além das portas da cabine).

Colocamos as malas para dentro e uma moça nos demonstrou rapidamente como tudo funcionava. 

O motorhome veio todo bem completinho, com jogo de pratos e talheres, cafeteira, panelas, além de jogos de cama. Mais um ponto positivo a se destacar, pois isso não é sempre que vem incluído em empresas que alugam motorhome.



primeiros contatos com o interior do motorhome

Outro ponto positivo é que junto com o veículo já vinha incluído um GPS, e com o programa Campermate embutido.

funcionária da locadora, explicando sobre as funcionalidades do GPS

No entanto, não nos forneceram o Tourism Radio, que é um sistema fixado ao para-brisa, orientado por GPS, que envia ao rádio, descrições de mais de 2200 de pontos de interesse. 

É como viajar com um guia de viagem particular. Fica a dica, sobre a existência disso...

vídeo mostrando como é o Tourism Radio


Parecia que estava tudo em ordem com o carro e que nós iríamos adaptando e aprendendo na prática, então partimos com o motorhome, pegando a estrada.

Dirigindo o motorhome


As primeiras impressões com o motorhome nos assustaram. É bem diferente de dirigir um carro, e a gente vinha de um Corollinha 0 km!

A gente pisa e ele demora bem mais para acelerar. Para frear também era preciso pisar com mais força. Não sei essas características eram do modelo que recebemos (um Mercedes já com 160 mil km rodados), ou por causa do tamanho.

Também, por causa do conjunto de coisas disponíveis no interior do veículo, incluindo todo um jogo de cozinha, qualquer passadinha em um quebra-molas fazia aquela barulheira. No início foi meio ruim, mas acabamos nos acostumando. Apelidamos o nosso veículo de “trambolho”.

Uma medida importante, antes de deixar Christchurch, era passar no supermercado e fazer compras. Seguimos a dica da lista de compras para motorhome, na página do Felipe, o Pequeno Viajante

O espaço interno do motorhome era generoso, e deu pra acomodar tranquilamente tudo o que compramos. A Elis acabou achando que seria melhor ter alugado um motorhome menor. Esse que pegamos, realmente, era um pouco exagerado só para um casal, e ofereceu um pouco de dificuldade nas horas de estacionar durante a viagem; mas acho que foi bom ter espaço sobrando, ainda mais para passar 3 semanas.

vídeo: primeiros momento com o motorhome – saindo de Christchurch

Chegando a Kaikoura


A estrada estava em obras quando passamos, tendo em vista um terremoto que ocorreu no final de 2016, causando sérios danos e até a interrupção da estrada no ponto entre Kaikoura e Blenheim.

vídeo: indo para Kaikoura


Se a estrada não estava muito boa, uma coisa boa de se dizer é que, pelo menos, vimos muita gente trabalhando na restauração das rodovias, em toda essa região da NZ!

Chovendo sem parar, fizemos o percurso de 200 Km entre Christchurch até Kaikoura. É uma estrada que começa plana. Em certos pontos passa a ter morros e muitas curvas e na parte final passa bem rente ao mar.


Kaikoura


Kaikoura é uma pequena cidade costeira (no idioma maori, 'kai' significa comida, e 'koura', lagosta), onde o mar e as montanhas dos Alpes do Sul se encontram. 

É o lugar perfeito para entrar em contato com a vida marinha, passeando pela costa e saboreando um prato de frutos do mar.

Chegamos a Kaikoura no final da tarde (18 hs), de modo que, como já sabíamos, estava tudo fechado. Mesmo na chuva, demos uma rápida volta pela cidade. Só de olhar já pra ver como as atividades giram em torno da rica vida marinha do local.






Como estava entardecendo, procuramos um local para parar o motorhome e passar a nossa primeira noite na “casa sobre rodas”. 

Fomos até o estacionamento do WhaleWatch, um centro de observação de baleiras (o que parece ser um interessante passeio turístico, mas não fizemos), de frente para a praia, seguindo sugestão do blog do Felipe, o Pequeno Viajante.


 primeira noite dentro do motorhome – preparando a janta


Fizemos a janta e não saímos mais de dentro do carro, pois chovia muito. Também ficamos um pouco preocupados porque o lugar estava vazio, já de noite. Sabe aquela sensação “será que pode parar aqui?”... 

Mas deu tudo certo, apesar de ser a primeira experiência! Foi muito diferente dormir num lugar assim, ouvindo as ondas do mar arrebentando logo ali próximo!


15º dia – 10/outubro/2017 – Kaikoura e Hanmer Springs


vista para o Oceano Pacífico ao acordar!

Amanhecemos com uma bela vista para o mar! 

A chuva deu uma trégua, não resistimos e saímos um pouco do carro para andar naquela praia em que não havia areia, mas pequenos cascalhos. 

As nuvens se dissiparam e conseguimos ver as belas montanhas dos Alpes do Sul, ali bem perto do mar!


Vídeo: acordando de frente para o mar de Kaikoura


Vídeo: caminhando à beira-mar em Kaikoura


os Southern Alps, vistos da praia de Kaikoura

a paisagem típica de Kaikoura: mar e montanhas juntos!

Já que chegamos tarde no dia anterior, nos restou este dia, e tivemos que escolher. Entre a observação de baleias ou de golfinhos, ficamos com esta segunda opção.

Dolphin Encounter


Seguimos dirigindo até a sede do Dolphin Encounter

Este consiste em um passeio de barco que leva os turistas para observação de golfinhos, sendo possível também o mergulho próximo a eles (neste caso, o preço é maior, eles fornecem uma roupa e, na volta, a oportunidade de tomar banho).

Dolphin Encounter

Nós já havíamos visto um vídeo num programa de TV que mostra como é esse passeio. Algo realmente incrível, com centenas de golfinhos nadando juntos! Um passeio caro, mas queríamos muito fazer! Fizemos a reserva para o meio-dia. Por pouco não conseguimos embarcar no tour de 9 da manhã.

Kaikoura Peninsula Walkway


A ideia, então, passou a ser a seguinte: Enquanto não chegava a hora do passeio com golfinhos, resolvemos fazer a nossa primeira trilha na Ilha Sul. Com o tempo disponível, daria para fazer somente a metade do caminho, mas já estava valendo a experiência.

Paramos o motorhome no estacionamento que existe junto ao Point Kean, onde há uma colônia de leões marinhos. Ali, a vista das montanhas junto ao mar de Kaikoura, também é muito bonita!


Este simpático leão marinho estava na trilha, solto na natureza, bem pertinho de nós!

Visão do estacionamento - nosso motorhome é o maior ali!

vídeo: leão marinho de pertinho!


Há uma possibilidade de fazer a trilha por baixo, passando pelas pedras próximas ao mar e aos leões marinhos e gaivotas (é um caminho para ser feito somente se a maré estiver baixa).

Também há outra passagem pela parte de cima das falésias. Fizemos essa passagem por cima, o que exige algumas subidas no início, mas com uma vista que alcança mais longe, reforçando a vastidão do mar. 

Na parte de cima das falésias também se há campos cercados, o que transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

há a possibilidade de fazer o caminho pelas pedras, e ver os leões marinhos que passam por ali mais de perto

neste ponto, avistamos leões marinhos nadando, como se pode ver no vídeo mais abaixo

A península é bem cênica!

há uma trilha bem demarcada

De um lado, a imensidão do Oceano Pacífico...

...do outro lado, campos verdes com montanhas ao fundo

vídeo: leões marinhos no mar de Kaikoura


Na hora em que começamos a voltar, notamos uma névoa que vinha do mar e, de repente fez o dia se transformar. 

Por conta disso, o pessoal da Dolphin Encounter nos ligou, pois nessas condições o passeio precisou ser cancelado. Quase tivemos sorte com o tempo e ficamos sem ver os golfinhos.

Dica gastronômica em Kaikoura


Para compensar, não podia ficar faltando o gosto de uma comidinha do mar! Na volta da península, percebemos que havia um pequeno trailer bem movimentado, especializado em peixes e frutos do mar. Fica à beira do mar, e é o único trailer que vimos por ali. 

O nome é: Kaikoura Seafood BBQ Kiosk


Peixes fresquinhos! Kaikoura é um ótimo lugar para degustar!

quem diria, em um foodtruck, à beira do mar, do outro lado do mundo, cardápio em português!

os pássaros de Kaikoura ficam de olho na comida e, se a gente deixar, chegam bem pertinho pra almoçar junto

Paramos ali para almoçar. Eles têm cardápio em diversas línguas, e até em português! Comemos um peixe grelhado delicioso!

Saindo de Kaikoura rumo a Hanmer Springs


Saímos de lá e pegamos a estrada, nos despedindo, então, de Kaikoura. Seguimos em direção ao interior da região de Canterbury rumo a Hanmer Springs.

a Nova Zelândia revela muito de sua beleza nas estradas

na Ilha Sul, também avistamos muitas ovelhas na beira das estradas 


Hanmer Springs


Chegamos por volta das 16 hs a Hanmer Springs

É uma pequena vila em meio a uma reserva florestal, com montanhas ao redor, um local muito agradável e que tem uma estância hidrotermal, muito frequentada pelos habitantes da região. Parece uma mini Caldas Novas-GO. 

Não percebemos muito a presença de turistas estrangeiros aqui.




A vila também tem uma boa variedade de cafés, lojas e galerias para desfrutar de passeios. Mas nossa prioridade aqui foi de relaxar em águas quentes; uma coisa que, depois de Rotorua, só teríamos nova oportunidade por aqui.

Hanmer Springs Pools & Spa


Além das piscinas termais, o complexo também tem um spa com piscinas, muito legal para quem procura massagens, outros tratamentos ou apenas para relaxamento. 

A boa coisa é que ficava aberto até tarde, então ainda daria tempo de aproveitar bem o local!




O complexo engloba 11 piscinas termais de diferentes tipos e temperaturas, sendo algumas de hidromassagem, com águas sulfurosas que vão desde 30 a 40 graus Celsius. 

A entrada é paga e o local parece até um clube, com ótima infraestrutura. Dá pra tomar banho lá, pois tem ótimos banheiros.







Como tínhamos um cupom de desconto que achamos numa daquelas revistas, teríamos direito a meia-hora numa piscina de água quente particular, uma espécie de ofurô. 

Por isso, sempre é bom checar todos os cupons de desconto nas revistas e publicações que também conseguimos adquirir nos I-Sites! Aproveitamos!

Saímos e encontramos, pelo Campermate, um freedom camping (local gratuito para passar a noite), o Hanmer Amenity Area, que é localizado a poucos quilômetros, atravessando a vila e saindo um pouco para o lado leste.

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Rodrigo

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