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Relato de viagem de motorhome pela Nova Zelândia: Dias 28 e 29 - Dunedin

O que fazer em Dunedin, na Nova Zelândia
dunedin-nova-zelandia

* Este post é parte de uma série de postagens super completa sobre a viagem de 38 dias dos amigos Rodrigo e Elis à Nova Zelândia

Veremos, nesta postagem, os 2 dias em que nossos amigos estiveram na maior cidade da região de Otago, e segunda maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia, a bonita Dunedin.

Para rever o que já foi publicado aqui no blog sobre esta viagem, deixamos os links a seguir:

Dunedin

Dunedin pronuncia-se “dunídan”. 

Trata-se da segunda maior cidade da ilha sul da Nova Zelândia, e a maior da região de Otago; conhecida como a Edinburgh da Nova Zelândia, pois teve a presença escocesa em sua formação. 

Rodeada por morros e bastante cheia de ladeiras, Dunedin tem muitas atrações interessantes, que conseguimos visitar nestes dois dias seguidos. 

Passamos a primeira noite no Top 10 Holiday Park de Dunedin, como já falamos no final do post anterior, logo que chegamos.


Descendo uma das grandes ladeiras, para a parte mais central da cidade.
Começamos o dia em busca de um lugar para deixar o motorhome, para que, então, pudéssemos conhecer boa parte da cidade andando. 

Um local bem localizado e sugerido pelo Campermate foi ao lado de um grande gramado, chamado The Oval. Deixamos o carro lá e também foi o local em que dormimos duas noites (era permitido fazer o camping free). 

O local também foi ótimo, pois era a apenas uns 300 metros de um Park N Save e uma loja da The Warehouse.


Finalmente, um local para camping free dentro de uma cidade e perto das coisas!

The Extravaganza Fair


Uma coisa que nos chamou a atenção no espaço do The Oval é que estava acontecendo ali um evento chamado The Stravaganza Fair, um tipo de feira hippie, com entrada gratuita, comidas, artesanatos, brincadeiras para crianças e música ao vivo de qualidade.

Não é, portanto, uma atração de Dunedin, mas foi lá que a conhecemos. É uma atração da Nova Zelândia, pode-se dizer.



Logo que chegamos ao local, eu até pensei que fosse um circo, mas é uma feirinha itinerante que percorre toda a Nova Zelândia.




Eles já estavam no último dia em Dunedin, e foi por acaso que conhecemos, já que não estava em nosso roteiro. 

Pelo que informam no site, eles fazem temporadas viajando pelo país durante as estações mais quentes.

Dunedin Street Art Trail


Saímos para andar e ver a cidade. 

Andamos em direção ao ponto mais central, a referência da cidade, o Octagon, e fomos nos surpreendendo com a arquitetura bonita de Dunedin.






Uma outra coisa bem interessante na cidade são os grafites nas laterais dos prédios.

As obras de arte são muito bem divulgadas, e há a proposta de uma trilha para conhecer os street arts. Muitas obras de arte lindas e acessíveis para quem tem disposição para andar bem pelas ruas da cidade!

Eu, que aprecio esses belos murais feitos nas ruas, gostei muito do que vi!







Dica: apesar do mapa do site oficial indicar 28 grafites, já há mais ainda! No mapa da cidade que buscamos no I-Site, estavam indicados 34 deles! Conseguimos ver quase todos, num verdadeiro safari urbano!

O interessante é que o mapa tinha indicação das obras por números, então a gente ia a cada um, curiosos para ver que tipo de desenho era, e qual o tamanho.







Vimos uma parte dos grafites neste dia e complementamos no dia seguinte, procurando em outras partes da cidade que não havíamos percorrido no primeiro dia.




Dunedin Railway Station


A parte da frente da estação de trem, que é cartão postal de Dunedin, tem belos jardins.



Tendo um dos mais belos edifícios da Nova Zelândia, e que continua operacional, o prédio da estação de trem é o cartão postal de Dunedin, com destaque para a fachada de pedra decorada, vitrais piso em mosaico.

A entrada é grátis, sendo que, no piso superior havia uma exposição de artes, e outra exposição sobre os feitos do esporte da Nova Zelândia, sendo que apenas para ver esta última havia necessidade de comprar o ingresso.


O interior da estação também é muito bonito, com belos mosaicos no piso


A plataforma de embarque nos trens. A estação continua operacional.

Na parte superior há uma pequena exposição para os destaques do esporte. A entrada é paga.

Após sairmos da estação, começou a chover, e fomos procurar atrações em locais fechados. Sorte que Dunedin tem muitas opções para um dia de chuva!

Toitu Otago Settlers Museum


Após visitarmos a estação, entramos neste fantástico museu, localizado praticamente ao lado da estação, e que tem arquitetura diferenciada e entrada gratuita.


arquitetura do museu: moderno e imponente por fora.


O Toitu Otago Settlers Museum conta a história de Otago e de seus colonizadores.


vídeo: apresentando o museu


a pedra jade

galeria de retratos
vídeo: telas interativas para estimular o conhecimento pela história de Dunedin

vídeo: mais telas interativas mostrando a evolução da cidade

Tem uma ala dedicada a meios de transporte antigos, que gostei muito!







O museu ainda nos dá noção de como o camping e os motorhomes são um hábito já tradicional para os habitantes da Nova Zelândia!




Carregando uma casinha nas costas rumo à natureza.... Eles curtem fazer isso há muitas décadas!
Outra parte é dedicada aos pioneiros escoceses e mineradores chineses. 

Há fotos antigas, artigos domésticos, e até uma grande locomotiva (na entrada do museu). 

Um museu realmente imperdível em Dunedin!


A cidade, fundada por escoceses, no início, era a Nova Edimburgo!

cabanas dos primeiros colonizadores
Uma coisa que achei interessante foram vídeos e exposição de um trailer antigo, mostrando que sair pela estrada com uma “casa nas costas” já é um traço cultural dos kiwis, sendo feito há décadas! Mostra como eles sempre gostaram de ir ao encontro com a natureza.

The Octagon


Saímos do Toitu Museum e andamos até o Octagon. Trata-se do ponto central da cidade, cercado de belos prédios, como a First Church, a St.Paul's Cathedral e a Municipal Chambers, com uma torre de 47 m de altura.

a torre da estação de trem, vista a partir do The Octagon

Dunedin Municipal Chambers

St Paul Cathedral
Há, ali, também o I-Site (ponto de informações turísticas). No centro da praça, uma estátua de Robert Burns, importante poeta escocês.




Dunedin Public Art Gallery


Não parava de chover, mas não tivemos problemas, visto que havia mais uma atração coberta de Dunedin ali mesmo no Octagon, a Dunedin Public Art Gallery.

Trata-se desta galeria de arte, também com entrada grátis, uma pequena, porém bela coleção de quadros, e também algumas obras de arte moderna.



Um quadro que lembra uma janela. Só assim pra ter visto céu azul neste primeiro dia... Mas tivemos mais sorte com o tempo no nosso segundo dia em Dunedin!

Saímos da galeria com mais vontade ainda de ver obras de arte. E então, completamos o nosso primeiro dia em Dunedin andando para ver mais algumas street arts. 

Já era final de tarde, então voltamos para o motorhome para descansar.

29º dia – 24/outubro/2017 – 2º dia em Dunedin


Hoje tivemos um dia com tempo bom, e começamos indo a uma atração localizada na Península de Otago, a uns 14 km do centro de Dunedin.

Larnach Castle & Gardens




O Larnach Castle é o único castelo da Nova Zelândia. 

Construído entre 1871 e 1885 por William Larnach, um empresário e político, seu interior foi criado por artesãos ingleses e italianos.


Os interiores são pequenos mas muito bonitos! E podemos andar livremente entre a mobília.

Neste piano é permitido sentar e tocar, e há até um cartão onde isso está escrito. Então, sentei e testei pra ver se me lembro de alguma coisa que eu sabia tocar no teclado.
 Vídeo: Rodrigo - Live in Concert From Larnach Castle

Os locais onde não podemos sentar são sutilmente sinalizados.


A parte de cima tem belas vistas para a Otago Harbor
Destaque também para o belo jardim, com plantas nativas e exóticas. 

Pode-se subir a torre e ter uma bela vista para os arredores.




Estátua da Alice in Wonderland, segurando um flamingo, escondida atrás do Castelo.


Dica: A entrada é paga, e não é barata (31 NZD), mas tivemos um bom desconto no preço por chegar antes das 9:30 hs (20 NZD). Ao final da tarde, segundo o site oficial, também há esse desconto.

Dunedin Botanical Garden


Em seguida, fomos visitar o Jardim Botânico de Dunedin, mais uma atração um pouco distante do Centro da cidade, e, para isso, utilizamos o motorhome para chegar. Trata-se do jardim botânico, com entrada grátis.

Estacionamos num pequeno estacionamento localizado na Lovelock Avenue, e descemos a partir da parte alta do Botanical Garden (lado leste). Mas também há estacionamento perto da entrada do parque na parte baixa, junto à cidade, (lado oeste do parque – a entrada é na Cumberland Street), e acho que teria sido menos cansativo ter parado ali.

Localizado ao norte da cidade, é o mais antigo jardim botânico da Nova Zelândia, tendo reconhecimento internacional pela sua riqueza e variedade de plantas. Iniciamos descendo as encostas, primeiro em uma parte com árvores, cedros do Líbano, e mais adiante descendo por um jardim com pedras e diversas flores coloridas.


monumento no bosque de cedros do Líbano.

da parte alta do Botanical Gardens, podemos apreciar as casas, na parte mais residencial de Dunedin
Descendo para a parte baixa, há um jardim de pedras, com flores de todas as cores!




Na parte baixa do Jardim Botânico encontramos o visitor center, onde se pode obter duckfood grátis e alimentar os patos. 

Também há belas estátuas ao redor.



O café e o information center fecham cedo, por volta das 4 horas da tarde.


estátua do Peter Pan...

... e de Wendy e as crianças, sonhando em voar!





Saímos do parque e fomos andar por esta parte da cidade. 

No meio do caminho, deu para apreciar a bela arquitetura da cidade, presente também nas casas, e ver, rapidamente, a Universidade.


casas sem muro ou com muro baixo, com belos jardins e arquitetura bonita!



University of Otago


Fundada em 1869, é a universidade mais antiga da NZ. 

Tem prédios modernos, mas o destaque apara a bela arquitetura, tanto da parte moderna como do prédio clássico com a torre do relógio.





Além de ser uma referência como uma importante cidade universitária, Dunedin realmente se destaca pela com a riqueza cultural e qualidade dos seus museus, revelando a importância com que trata o conhecimento. Isto se revelou, ainda mais com a visita que fizemos a outro museu de grande qualidade, ali perto da Universidade, o Otago Museum.

Otago Museum


Próximo à Universidade, o Otago Museum, também com entrada grátis, é bem diversificado. A região em que está o Otago Museum também é bem agradável, com uma praça em frente, casas e algumas lanchonetes ao redor.

A entrada para o Otago Museum.
Apresenta um setor de história natural, a história humana da região, com salas dedicadas aos maoris, e à cultura do Pacífico.


O Moa, uma ave gigante, já extinta.

Peixe-lua. Outro gigante!

A foca leopardo. Esse dá medo!

Não podia faltar o kiwi, aqui com seu filhote e seu ovo!
Também há uma parte dedicada a outras culturas do mundo. Gostamos muito da ala marítima, com réplicas de navios e até um grande esqueleto de baleia!






Neste momento da viagem, nós já estávamos familiarizados com a cultura maori!


Achamos tão bom quanto o Toitu Museum. Vale a pena visitar os dois! 

Retornamos ao motorhome, e seguimos para ver mais uma atração inusitada de Dunedin, uma rua inclinada!

Baldwin Street


Não é uma rua inclinada qualquer! A Baldwin Street é reconhecia como a mais inclinada do mundo! 

Logo no início, há uma placa que proíbe a subida com veículos de grande porte a partir de um certo ponto.






Há até uma parte que não recebe asfalto, mas apenas cimento, pois o asfalto não se manteria liso em dias quentes, tamanha a inclinação!

Para quem já tinha, nesta viagem, atravessado o Tongariro, foi fácil! Subi correndo! No topo, ainda bem, tem um bebedor público para a gente se refrescar do calor da subida!


vídeo: Subindo a pé a Baldwin Street

Saímos de lá e fomos com o motorhome a um bonito mirante com vista para a cidade.

Signal Hill Lookout


E um dos locais mais altos de Dunedin. A subida para se chegar de carro ao topo da montanha é muito bonita. A vista é muito ampla de toda peninsula de Otago e da cidade.








a região mais central de Dunedin

A estação de trem e o Toitu Museum, vistos lá do alto.



O local é cercado de mata e também há trilhas ao redor. Assistimos, dali, a um belo pôr do sol!

Após o sol se pôr, voltamos para a cidade.


após o pôr do sol, de volta ao motorhome para voltarmos ao camping free
No caminho, passamos mais uma vez em frente da bela estação de trens, e então fizemos a foto dela se acendendo, que ilustra o início deste post.

Ali por perto da estação há, ainda, mais duas atrações, mas que acabamos não indo. Neste caso, não exatamente por falta de tempo, mas é que optamos mesmo por não ir, embora possam ser interessantes. Explicaremos. 

São as seguintes:

Cadbury World Experience


A Cadbury World Experience é um passeio para conhecer melhor a sede da Cadbury, que se trata da filial de uma marca de chocolates inglesa. Oferece um tour guiado pelo interior da fábrica. É um passeio pago.

Acabamos não animando para visitar. Quem me conhece deve estar perguntando... "Como assim? O Rodrigo, um chocólatra assumido, não quis visitar uma fábrica de chocolates?"

Explico: Nessa altura da viagem, já tínhamos nossa preferência: Achei o chocolate Whittaker’s muito melhor e menos doce. Então, visitar a fábrica da Cadbury seria parecido com levar o torcedor de um time pra visitar a sede do rival. A gente comprava direto o Whittaker’s nos supermercados. Recomendo a barra com 33% cacau e avelãs inteiras. Não fica muito atrás nem dos bons chocolates suíços! Mas o legal é que todos que forem à NZ experimentem as duas marcas de chocolates para eleger qual o preferido.

Dunedin Chinese Garden


Dunedin, como sendo a cidade grande de Otago, região que, desde os primórdios, recebeu chineses na época da exploração do ouro, também tem o seu jardim chinês. A entrada é paga. É um jardim aberto, com um laguinho no meio, relativamente pequeno. Neste caso, acabamos não entrando porque em um dia estava chovendo e no outro estávamos em atrações mais distantes.

Acho que deve até ser uma atração interessante, mas para quem tiver um pouco mais de tempo.

Olveston Historic Home

A Olveston é uma casa histórica construída no início do século XX para o empresário, colecionador e filantropo de Dunedin David Theomin e sua família. Contém obras de arte, móveis e artefatos adquiridos em todo o mundo.

Acabamos não visitando, pois a entrada era um pouco cara (22 NZD), além de não serem permitidas fotos no interior da casa.

E vocês não tinham nenhuma trilha programada para fazer por aqui? .... podem estar nos perguntando... tinha sim, mas desta vez não deu. Era a seguinte:

Tunnel Beach Track

Dunedin também tem um belo litoral. Um dos destaques, e que acabamos não conhecendo, pois o acesso na época em que fomos estava fechado, foi a trilha da Tunnel Beach.

É uma praia ao sul da cidade, cercada de paredões de pedra, e com um arco gigante, também de pedra, formando um lugar bastante cênico. Há, realmente, um túnel no acesso à praia. A caminhada é recomendada de se fazer durante a maré baixa.

Conclusões sobre Dunedin


Chegamos a ter dúvidas se valia a pena ou não incluir Dunedin durante o planejamento da viagem, pois é distante, e não é uma cidade tão visitada como Queenstown ou Christchurch.

Mas a dúvida se desfez nestes dois dias. Dunedin nos deixou muito satisfeitos. Provou ser um destino bem interessante na NZ, e também uma cidade cheia de atrações diversificadas, sendo muitas gratuitas!

Passamos a noite deste segundo dia, novamente no mesmo lugar da noite anterior (ao lado do gramado chamado The Oval), que podia ser usado como camping free.

Na próxima postagem, estaremos novamente pelas estradas da Nova Zelândia! Sairemos de Dunedin, e seguiremos rumo ao norte pelo litoral da região de Otago.

Continuaremos pela estrada, a partir de Oamaru, rumo às montanhas dos Southern Alps, em direção à mais alta de todo o país, o Monte Cook, também chamado Aoraki!

Veja outros posts já publicados desta série sobre a Nova Zelândia:

Introdução
Dias 1 e 2 - Auckland
Dias 3 e 4 - Coromandel, Hobbiton, Hamilton
Dias 5 e 6 - Waitomo Caves e Rotorua
Dias 7 e 8 - Rotorua e Taupo
Dias 9 e 10 - Tongariro National Park
Dias 11, 12 e 13 - Wellington
Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs
Dias 16 e 17 - Marborough e Nelson
Dia 18 - Abel Tasman National Park
Dias 19 e 20 - West Coast
Dias 21 e 22 - Haast Pass e Wanaka
Dias 23 e 24 - Queenstown e Glenorchy
Dias 24 e 25 - Queenstown e Arrowtown
Dias 26 e 27 - Southland
Dias 28 e 29 - Dunedin
Dias 30 e 31 - Monte Cook
Dias 32 e 33 - Lake Tekapo
Dias 34, 35 e 36 - Christchurch
Dias 37 e 38 - Auckland - parte 2

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Rodrigo

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1 comentários:

  1. Olá. A Baldwin Street é mais inclinada do que as ladeiras de Olinda? Eu nunca vi rua mais inclinada!

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