* Este post é parte de uma série de postagens super completa sobre a viagem de 38 dias dos amigos Rodrigo e Elis à Nova Zelândia.
Veremos, nesta postagem, os 2 dias em que nossos amigos passaram pelas distantes estradas de Southland rumo ao Milford Sound, com os majestosos fiordes que são uma das grandes atrações da Nova Zelândia.
É uma das regiões mais isoladas deste mundo, com estradas sem sinal de celular, sem posto de gasolina, mas muita natureza e muita beleza!
Para rever o que já foi publicado antes aqui no blog sobre esta viagem, deixamos os links a seguir:
É uma das regiões mais isoladas deste mundo, com estradas sem sinal de celular, sem posto de gasolina, mas muita natureza e muita beleza!
Para rever o que já foi publicado antes aqui no blog sobre esta viagem, deixamos os links a seguir:
Introdução
Dias 1 e 2 - Auckland
Dias 3 e 4 - Coromandel, Hobbiton, Hamilton
Dias 5 e 6 - Waitomo Caves e Rotorua
Dias 7 e 8 - Rotorua e Taupo
Dias 9 e 10 - Tongariro National Park
Dias 11, 12 e 13 - Wellington
Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs
Dias 16 e 17 - Marborough e Nelson
Dia 18 - Abel Tasman National Park
Dias 19 e 20 - West Coast
Dias 21 e 22 - Haast Pass e Wanaka
Dias 23 e 24 - Queenstown e Glenorchy
Dias 24 e 25 - Queenstown e Arrowtown
Dias 26 e 27 - Southland
Dias 28 e 29 - Dunedin
Dias 30 e 31 - Monte Cook
Dias 32 e 33 - Lake Tekapo
Dias 34, 35 e 36 - Christchurch
Dias 37 e 38 - Auckland - parte 2
Dias 1 e 2 - Auckland
Dias 3 e 4 - Coromandel, Hobbiton, Hamilton
Dias 5 e 6 - Waitomo Caves e Rotorua
Dias 7 e 8 - Rotorua e Taupo
Dias 9 e 10 - Tongariro National Park
Dias 11, 12 e 13 - Wellington
Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs
Dias 16 e 17 - Marborough e Nelson
Dia 18 - Abel Tasman National Park
Dias 19 e 20 - West Coast
Dias 21 e 22 - Haast Pass e Wanaka
Dias 23 e 24 - Queenstown e Glenorchy
Dias 24 e 25 - Queenstown e Arrowtown
Dias 26 e 27 - Southland
Dias 28 e 29 - Dunedin
Dias 30 e 31 - Monte Cook
Dias 32 e 33 - Lake Tekapo
Dias 34, 35 e 36 - Christchurch
Dias 37 e 38 - Auckland - parte 2
Desta vez, estávamos acampados em Drift Bay, outro camping gratuito na extremidade sul do lago.
Chegamos de noite, na escuridão total, sem ter ideia de como era o local, que acabamos descobrindo ao amanhecer.
Iniciamos o dia, curtindo, mais uma vez nesta viagem, um amanhecer na beira do lago Wakatipu. É o lago, com formato de raio, que tem Queenstown bem no meio.
Há duas noites atrás, havíamos dormido em um camping gratuito na extremidade norte, perto de Glenorchy. E na noite anterior, nos hospedamos no camping Top 10 de Queenstown.
Bom dia para todos! |
Vamos ver o que tem aqui fora? |
visual do Lake Wakatipu, aqui em Drift Bay, um local para camping gratuito. Havia outros motorhomes no local |
Estamos no lado sul do lago. Estou olhando para o lado de onde viemos. Alô Queenstown, aquele abraço!!!! |
Após o café da manhã, continuamos nossa viagem, em uma longa jornada em direção à região dos fiordes da Ilha Sul, a Fiordland. No caminho, estava a pequena cidade de Te Anau, localizada a 173 Km de Queenstown.
Fiordland
Atravessamos, neste dia, territórios do
sudoeste da Ilha Sul da NZ, também chamados Te Wahipounamu, reconhecidos como
patrimônio mundial pela UNESCO desde 1990, pela importância natural (incorpora Fiordland,
Westland, Mount Aspiring e Mount Cook National Parks).
Em boa parte desse território fica o ParqueNacional de Fiordland, com magnífica
beleza natural, relevo formado pela erosão de geleiras e muitos fiordes
comparados aos da Noruega. O mais famoso de todos é o Milford Sound.
Te Anau
Te Anau pronuncia-se “ti-ânou”. Situado
à beira do segundo maior lago da Nova Zelândia, o vilarejo de Te Anau é a
principal base de visitantes para o Fiordland National Park.
Além das caminhadas, há opções de atividades locais como cruzeiros em lago, canoagem e expedições às cavernas Te Anau Glowworm (os vermes luminosos também estão aqui, embora Waitomo seja um lugar bem mais famoso para ver isso!).
Paramos em Te Anau para lanchar.
Depois de muita estrada, chegamos a Te Anau |
Logo encontramos o I-Site, o escritório de informações turísticas |
O local onde estamos agora |
Uma foto do Milford Sound, a grande atração da região de Southland. Só o vimos com céu azul nesta foto mesmo |
A empresa Go Orange, parceira da Milford Cruises para o passeio. Também há um escritório deles aqui em Te Anau |
Além das caminhadas, há opções de atividades locais como cruzeiros em lago, canoagem e expedições às cavernas Te Anau Glowworm (os vermes luminosos também estão aqui, embora Waitomo seja um lugar bem mais famoso para ver isso!).
Paramos em Te Anau para lanchar.
estátua do Takahe, um pássaro existente somente por aqui! |
calçada e parque na beira do Lago Te Anau |
É um lugar bem isolado, mas também com um belo visual do lago e montanhas do outro lado.
Apesar de estar tão distante e ter só 2 mil habitantes, dá pra ver, aqui (como em toda a NZ, no geral), uma estrutura muito boa para qualidade de vida das pessoas e dos turistas!
Esta é a situação comum na Nova Zelândia...Mesmo em um lugar pequeno com cerca de 2 mil habitantes, há um parquinho com ótimo padrão para as crianças... |
...churrasqueiras públicas... |
...banheiros públicos com ótima estrutura... |
ruas tranquilas... |
...jardins bem cuidados e áreas para pic nic... |
...e mais opções para crianças. Aliás, em toda a nossa viagem, não vimos uma criança entretida com tablets ou celulares - aqui, elas têm muito espaço e outras opções mais interessantes |
A dica
mais importante, aqui, é abastecer completamente o carro, pois
deste ponto até o Milford Sound, há uma estrada longa, a Milford Road.
É um bate-e-volta de 117 Km para ir e mais 117 Km voltando pelo mesmo caminho!!!
É um bate-e-volta de 117 Km para ir e mais 117 Km voltando pelo mesmo caminho!!!
Milford Road
A rodovia SH 94, também conhecida como MilfordRoad é uma bela estrada cênica em que se atravessam cenários muito bonitos e
diferentes entre si, com uma parte bastante sinuosa ao se aproximar de Milford
Sound.
Mapa com pontos interessantes da Milford Road. Subimos em direção ao Milford Sound. Ao sair de Te Anau, não há mais posto de gasolina, e logo depois também não há mais sinal de celular |
O tempo para fazer o percurso, que normalmente poderia ser de duas horas, deve ser relativizado, porque há muitos pontos interessantes para parar e tirar fotos.
Inicialmente, paramos no Henry Creek Campsite, um local de acampamentos, pique-niques e onde há banheiros. Coordenadas: -45.232414, 167.811629. Fica a 25 Km após Te Anau, ainda na parte em que a estrada avança rumo a norte pela margem do Te Anau Lake.
Aqui, estava ventando forte, e o lago formava ondas.
Nossa primeira parada, em Henry Creek. Vista para o lago. Muito vento e ondas! Será que dá pra surfar aqui? |
Em seguida, a Milford Road percorre cerca de 33 km praticamente paralela ao leito do Eglinton River ganhando altitude e passando por vários riachos e pontos de parada interessantes para fotos.
Paramos em MacKay Creek, e neste ponto a paisagem já muda. A estrada chega através de um bosque com muitas árvores, e temos um belo local de parada bem na margem do Eglinton River. Coordenadas: -45.071089, 167.990420
Eglinton Flats
A 52 Km de Te Anau, encontramos este
vale, com uma paisagem lindíssima e bem típica da região: um terreno plano
cercado por gigantescas montanhas.
Ficamos por ali quase uma hora, pois com uma paisagem bonita como essa, fica difícil querer voltar para a estrada! Coordenadas: -45.060447, 167.996419
parada obrigatória para ficar admirando... mais uma paisagem cinematográfica! |
Ficamos por ali quase uma hora, pois com uma paisagem bonita como essa, fica difícil querer voltar para a estrada! Coordenadas: -45.060447, 167.996419
Mirror Lakes
A plaquinha com o nome do local já é colocada propositalmente invertida, para que a vejamos correta no reflexo do lago! |
A 56 Km de Te Anau, oferece uma pequena trilha que leva aos Mirror Lakes, lagos que refletem as montanhas Earl Mountains.
Vale lembrar que nas primeiras horas da manhã o efeito do reflexo na superfície do lago é melhor e mais facilmente visualizado.
O ponto de acesso, na estrada, tem esses bancos estilizados |
é um local bem acessível, com essas rampas |
ali é o local em que fica a plaquinha com o nome do lugar. Nesta hora, no final da tarde, já estava ventando um pouco, o que prejudicou um pouco o reflexo da montanha. |
Há esta plataforma para observação |
Chegamos aqui no final da tarde, e os mosquitos (sandflies) nos atacaram sem piedade! O interessante é ver a plaquinha identificando o local, que o DOC colocou, propositalmente, de cabeça para baixo, para refletir corretamente na superfície do lago.
Cascade Creek
Seguindo adiante, paramos em Cascade
Creek, um local para camping administrado pelo DOC.
Seguindo rumo ao norte, pela Milford Road |
Aqui, embora não seja
particular, não é camping free, e precisamos pagar uma taxa calculada por
pessoa, somente para parar ali e pernoitar.
É que o Campermate só previa mais
uma área assim, mais perto do Milford Sound, e com a taxa ainda mais cara.
Então, optamos por parar aqui mesmo para passar a noite.
Como funciona: A gente paga a taxa, põe
dentro de um envelope com a identificação da placa do veículo, e deposita em
uma urna na entrada do camping.
É bom ser honesto, e pagar mesmo a tal da taxa! Nesse sentido, existe até uma placa curiosa na
entrada do camping dizendo algo tipo: “pague se não quiser ser acordado de
madrugada”.
O interessante de notar é que, apesar do lugar ser bem isolado,
eles fiscalizam mesmo, pois no dia seguinte, às 6 horas da manhã, quando já
havíamos acordado e estávamos tomando café para seguir viagem, passou um carro
do DOC observando se havia o recibo do pagamento no para-brisas dos veículos.
27º dia – 22/outubro/2017 – Milford Sound - viagem até Dunedin
Hora de recarregar as energias, antes de ir dormir |
27º dia – 22/outubro/2017 – Milford Sound - viagem até Dunedin
Acordamos
bem cedo, pois ainda havia um trecho de 43 km em estrada altamente sinuosa pela
frente. E tínhamos horário para pegar o barco e fazer o passeio no Milford
Sound.
O que nos chateou foi que a chuva, que havia parado desde que havíamos saído da Costa Oeste,
voltou a cair forte neste dia. Afinal de contas, o Milford Sound está situado
justamente no sul... da Costa Oeste!
vídeo: Milford Road - rumo ao Milford Sound!
Havíamos anotado várias atrações interessantes para curtir tanto na ida quanto na volta nestes percursos pela Milford Road.
De qualquer modo, acho que dificilmente daria tempo de ver tudo. Seria, mesmo, coisa para preencher dois dias inteiros (o anterior e este), e a ideia seria chegar a Dunedin (nosso destino seguinte) só de noite. Acabamos por deixar a região e ir direto pra lá. Mas falaremos, aqui, quais eram todos os lugares que planejávamos ver, os que fomos e mesmo os que não fomos, pois a informação é sempre útil.
Apesar de chuva, não teve jeito, o Milford Sound era a grande atração do dia e do lugar, e não deixaríamos de ver por nada... Encaramos com chuva e
tudo, e deu pra sentir a grandiosidade do lugar assim mesmo!
Só ficou ruim porque nuvens e chuva sempre tiram a visão do topo das
montanhas, e desanima muito de fazer trilhas.... Mesmo assim, vamos enumerar o
que fizemos e o que faríamos se o tempo estivesse bom!
Lake Gunn e Lake Fergus
Logo
após sairmos do camping em Cascade Creek, a estrada passa por dois grandes lagos, o Gunn e o
Fergus.
Não paramos na ida, por causa do horário do barco, e nem na volta, por
causa da chuva forte.
A trilha ao redor dos lagos Gunn e Fergus é recomendada
para quem curte Birdwatching (observação de pássaros). Para fazer esta e outras trilhas em Fiordland, é
altamente recomendável levar um bom repelente.
Logo
adiante, há outras trilhas, como atrações que só compensam se o tempo estiver
ajudando. Havíamos anotado, mas não deu para fazer. São elas: Key Summit Track e Lake Marian Track.
Key Summit Track – Routeburn Track
A Key Summit Track é uma trilha de 3,4 Km leva 3 horas para ser feita em ida e retorno. Ela é só uma parte inicial da Routeburn Track, uma das Great Walks da NZ, que explicamos melhor no post sobre a travessia do Tongariro.
A Key Summit oferece vistas sobre o Parque Nacional Fiordland. Esta caminhada começa em The Divide, cerca de 85 km de Te Anau, ao longo da Milford Road.
A Key Summit oferece vistas sobre o Parque Nacional Fiordland. Esta caminhada começa em The Divide, cerca de 85 km de Te Anau, ao longo da Milford Road.
Do estacionamento, em The Divide, deve-se seguir a Routeburn Track por cerca de uma hora para chegar à Key
Summit Track. A partir daqui é uma subida de 20 minutos para a Key Summit, com
vistas panorâmicas sobre as Montanhas Humboldt e Darran.
Lake Marian Track
A
trilha do Lake Marian tem extensão de 2,4 Km e leva até um lago em um vale entre montanhas. 3 horas para ir e
voltar. No início da trilha, há uma série de cachoeiras. Após este ponto, há
elevações e o caminho se torna mais cansativo. COMO CHEGAR: pouco após The
Divide, deve-se sair da Milford Road e tomar a Hollyford Road. Há um percurso de 1 km
até o estacionamento que é a base de início para a trilha.
Cenário alpino
De qualquer maneira, fazer estas trilhas iria requerer bastante tempo. Portanto,
teria que valer muito a pena. Como o tempo não estava bom, seguimos priorizando
apenas o passeio mais importante do dia, e que já estava com ingresso comprado
e hora marcada.
Seguimos,
então, pela estrada já foi ficando mais sinuosa e sofrendo elevação.
A
paisagem com florestas e lagos deu lugar, repentinamente, a um visual alpino e
até neve próxima da estrada conseguimos ver.
Logo em seguida, chegou a hora de
atravessar um túnel entre montanhas, que eu estava com muita curiosidade de conhecer.
Homer Tunnel
O
Homer Tunnel, construído durante décadas e completado em 1953, tem grande
declividade e não consta com iluminação interna. Com pouco mais 1 km de
comprimento, ele desce mais de 300 metros e também é bem estreito. Muita calma
nessa hora!
Após atravessar o túnel, saímos do outro lado das montanhas dos alpes do sul. Daí em diante são severas ladeiras em descida. Desce toda uma montanha, até chegar ao local de base para os passeios pelo Milford Sound. Vejam no vídeo abaixo como é isso!
Após atravessar o túnel, saímos do outro lado das montanhas dos alpes do sul. Daí em diante são severas ladeiras em descida. Desce toda uma montanha, até chegar ao local de base para os passeios pelo Milford Sound. Vejam no vídeo abaixo como é isso!
vídeo: atravessando o Homer Tunnel (este vídeo foi gravado menos de 20 minutos depois do vídeo publicado logo acima - notem como mudou o cenário!)
Milford Sound
A primeira visão dos fiordes. O encontro de montanhas enormes, com neve no topo (pena que quase não deu pra ver isso, por causa da chuva), com o mar. Realmente, um lugar imponente! |
O mapa do Milford Sound. O passeio de barco seguiu a linha branca, no sentido horário. |
Chegamos, finalmente, ao Milford Sound, e dá para ver como é um lugar pequeno e com pouca intervenção humana. Há um estacionamento não tão amplo para a fama do lugar, por isso, mais um motivo para se chegar bem cedo aqui. Há uma pista de pouso, para passeios aéreos, um Centro de Visitantes, e também o terminal de embarque e desembarque para os barcos, que é bem moderno e confortável.
O Information Center, com cafeteria! O local tem poucas estruturas, é super isolado, mas atende muito bem ao turismo, como é normal em toda a Nova Zelândia! |
O terminal atende a todas as empresas que embarcam nos passeios pelo Milford Sound. Fiquei impressionado com a qualidade da estrutura que eles têm. parece até um aeroporto!!! |
O interior do barco é bastante confortável |
Tem uma parte interna, aquecida e acarpetada, com mesas e bons sofás, e um deck de observação acima, que podíamos acessar por escada.
O barco iniciou o passeio passando pela lateral sul do fiorde. Nesta foto, acabamos de sair do terminal de embarque. |
O barco se afasta um pouco mais do terminal. Só a gente mesmo na parte superior do barco, pois ventava e estava chovendo. |
Mas quem disse que viemos até aqui pra ver tudo através de uma janela? |
Logo apareceram sequências de cachoeiras. Elas apareceram, nesta parte, em dois andares, e tinham dezenas, talvez mais de uma centena de metros de altura! |
Fantástico esse lugar! |
Deixando para trás aquela sequência de cachoeiras |
Difícil, porém, foi conseguir parar para comer o lanche, pois, toda hora em que o barco se aproximava de uma encosta do fiorde, com muitas cachoeiras, era inevitável querer sair para a parte superior, mesmo com chuva e ventos, para tirar fotos e sentir a grandiosidade do lugar!
vídeo: Navegando pelo Milford Sound
Largamos o lanche e corremos pra parte de cima do barco. Esta é a Fairy Falls!!! |
Essa é uma das cachoeiras em que o barco se aproxima. O efeito que ocorre na água, no ponto de queda, é mágico!!! |
Afastando-se da Fairy Falls. Aqui, dá pra ter uma ideia melhor do contexto. Esta cachoeira ainda é no lado sul do fiorde. |
Estava chuvoso, porém isso não é de todo ruim, pois, segundo nos informaram, se não é tão bom por não conseguirmos ver o topo das montanhas que encontram o mar, pelo menos, o número e o volume das cachoeiras que existem por lá se torna bem mais bonito quando chove.
Esta é a visão no ponto de saída do fiorde para o mar (atrás de nós, nesta foto, já era mar aberto, e aqui já dava pra sentir um pouco as ondas do mar). Aqui, estamos na altura de Anita Bay... |
... e próximo dali, pudemos avistar esses pinguíns nas rochas. Muito legal poder ver os bichos em seu habitat natural! |
O barco fez um percurso de 2 horas até chegar de volta ao ponto de partida. Neste tempo, foi até a desembocadura do fiorde no Mar da Tasmânia. Neste ponto foi possível ver alguns pinguins que pareciam curiosos ao ver o barco se aproximando.
Ao retornar, o barco passou mais próximo da margem ao norte do fiorde, onde estão estas cachoeiras. São as duas quedas d'água que mais se destacam no Milford Sound.
Na maior parte dos tours de barco pelo Milford Sound, o comandante do barco aproxima bem a embarcação de alguma queda d’água, e pode-se, literalmente, tomar um banho com a névoa d’agua gerada pela cachoeira.
Em um dia nublado, são, talvez, os momentos mais espetaculares do passeio!
vídeo: Stirling Falls
Bem próximo da Stirling Falls. Todo molhado de chuva, e agora, também de banho de cachoeira!!! |
Sensacional! Água gelada caindo de 150 m de altura! |
E lá estávamos nós de novo! Os únicos na parte de cima desse barco!!! |
Deixando para trás a Stirling Falls. |
E para fechar, já mais próximo do terminal de embarque e desembarque dos barcos, a maior de todas as cachoeiras daqui, Bowen Falls!
vídeo: Bowen Falls
aproximando-se das Bowen Falls |
Molhados não! Encharcados! Mas felizes com o passeio pelo Milford Sound! |
O lugar também tem passeio de caiaque. Esse é para os mais aventureiros, e com preparo físico! |
Terminamos o nosso passeio, e voltamos direto para o motorhome.
Infelizmente,
por causa da chuva forte, tivemos optamos por pegar a estrada e ir embora logo após o passeio de barco. E,
assim, não conseguimos fazer nem uma trilha fácil, que tínhamos em nosso
roteiro. Ficou para a próxima... A trilha anotada seria esta:
Milford Foreshore Walk
Com
boa acessibilidade, esta trilha passa pela floresta de faia e ao longo da orla arenosa de
Milford Sound, onde se podem ter vistas fabulosas de Mitre Peak - é uma
caminhada fácil e curta em loop de 400 m.
Ao sairmos
de Milford Sound, porém, paramos em uma atração da Milford Road localizada bem
próximo do Centro de Visitação ao fiorde:
Cleddau Valley - The Chasm Walk
Localizada
a 9,5 Km de Milford Sound e 109 Km de Te Anau, esta pequena trilha, com boa
acessibilidade, oferece vistas de fortes correntes de água, que formam caminhos
pelas rochas do local. Em um tempo estimado de 20 minutos (ida e volta), passamos
por várias pontes ouvindo o barulho do rio Cleddau, que corre bem forte ali.
Paredões de pedra escorrendo água sem parar do topo das montanhas |
O acesso para a trilha do The Chasm |
É uma trilha sobre pedras escavadas pela força das águas |
vídeo: The Chasm
Voltamos à estrada e, logo em seguida, foi o momento de passar novamente pelo Homer Tunnel.
Nesta hora, em que tivemos que esperar para ser liberada a subida (pois o túnel funciona em mão única, de tão estreito), tivemos uma grata surpresa.
Pudemos observar, do nosso lado, pousado na beira da estrada, um kea, um tipo de papagaio alpino, típico da região.
Na porta do Homer Tunnel, uma criatura típica da região montanhosa da Ilha Sul da NZ estava esperando para se despedir de nós, o papagaio alpino... |
...mas pode me chamar de Kea! |
O bicho é bem curioso, e famoso por morder as borrachas da janela dos carros. Mas este ficou quietinho, como se estivesse nos desejando boa viagem.
Atravessado
o túnel, voltamos pela mesma estrada (Milford Road) até Te Anau.
Abastecemos o
veículo e de lá seguimos direto para Dunedin, uma cidade na costa leste da Ilha
Sul.
Nesta etapa, além do longo percurso que teríamos para cruzar a ilha de
oeste para leste (400 Km, aproximadamente, desde Milford Sound). Foram umas 5 horas de estrada, tocando direto e passando novamente por Te Anau, parando só para abastecer e fazer um rápido lanche.
Pelo menos, ao sair de Te Anau direto para o lado leste, predominaram estradas planas e foram os trechos onde deu pra andar mais rápido com o motorhome em toda Ilha Sul (respeitando o limite de velocidade, é claro!).
Desistimos, portanto, de ir a alguns lugares que também estavam no roteiro, o que acho que foi mesmo a melhor escolha, pois abreviamos o que já seriam 160 km a mais neste dia!!!
Pelo menos, ao sair de Te Anau direto para o lado leste, predominaram estradas planas e foram os trechos onde deu pra andar mais rápido com o motorhome em toda Ilha Sul (respeitando o limite de velocidade, é claro!).
Desistimos, portanto, de ir a alguns lugares que também estavam no roteiro, o que acho que foi mesmo a melhor escolha, pois abreviamos o que já seriam 160 km a mais neste dia!!!
Acho que só daria certo fazer tudo o que não foi feito (tanto na Milford Road como para os pontos a seguir descritos) com todo um dia a mais e tempo bom.
Fizemos esse corte no roteiro, então, novamente adotando a estratégia de ganhar tempo (como
havia sido com a supressão do Arthur’s Pass, em dia chuvoso).
The Catlins
Os
pontos que estavam programados seriam na costa de Catlins, região localizada ao longo do canto sudeste
da Ilha do Sul (ao sul de Dunedin).
The Catlins é conhecida pelo seu litoral remoto e lindo, a vida selvagem, e a floresta tropical.
The Catlins é conhecida pelo seu litoral remoto e lindo, a vida selvagem, e a floresta tropical.
Eram
3 atrações que gostaríamos de ter visto por lá (ficou para a próxima trip à
NZ):
Nugget Point Lighthouse
Localizado
na região The Catlins, Nugget Point é um dos mais característicos acidentes geográficos
ao longo da costa de Otago.
O local é um cabo íngreme, onde há um farol e diversas ilhotas rochosas, chamadas de Nuggets.
Uma caminhada de cinco minutos leva ao farol, onde é possível desfrutar vistas incríveis do litoral, nas duas direções. O destaque aqui é o nascer do sol. Chegando lá, é só continuar pela estrada costeira de Kaka Point até o parque Kaimātaitai superior. Coordenadas: -46.445502, 169.807183
O local é um cabo íngreme, onde há um farol e diversas ilhotas rochosas, chamadas de Nuggets.
Nugget Point - foto: Andrew Lonie - Fonte: site do DOC. |
Uma caminhada de cinco minutos leva ao farol, onde é possível desfrutar vistas incríveis do litoral, nas duas direções. O destaque aqui é o nascer do sol. Chegando lá, é só continuar pela estrada costeira de Kaka Point até o parque Kaimātaitai superior. Coordenadas: -46.445502, 169.807183
Purakaunui Falls
Estas cachoeiras ficam localizadas no coração do Catlins Forest Park. É uma caminhada fácil para ver as cachoeiras, que
têm cerca de 20 metros de altura, em três fileiras diferentes. ONDE: Ela fica a
uma distância curta de uma estrada paralela à estrada principal que liga Owaka
e Invercargill. Coordenadas: -46.515929, 169.559060
The Lost Gypsy
É
uma atração paga, mas que parece ser bem diferente e interessante. Trata-se de
uma exposição de objetos construídos pelo artista Blair Sommerville, que
surpreendem pela imaginação e pelo humor. Os objetos são interativos, e demonstram
várias formas de funcionamento de mecânica e autômatos. ONDE: Fica no vilarejo de Papatowai. Coordenadas: -46.560439, 169.468517.
A chegada a Dunedin
No
final da tarde, por volta de 18:30 hs, finalmente chegamos a Dunedin, novamente no território de Otago (onde também estão Queenstown e Wanaka). Depois de
tanta estrada, era o que a gente mais queria: uma cidadezinha mais de porte,
com mais ruas, alguns museus, e outras coisas para ver!
Procuramos o Top 10, pois, em nossa metodologia até aqui, a cada três noites, uma delas estávamos pernoitando em camping particular pago, com um nível a mais de conforto. Antes, havíamos dormido no Top 10 em Picton, Franz Josep, Wanaka e Queenstown.
Na próxima postagem, conheceremos Dunedin, a segunda maior cidade da Ilha Sul, e a principal de Otago.
Veja outros posts já publicados desta série sobre a Nova Zelândia:
Dias 1 e 2 - Auckland
Dias 3 e 4 - Coromandel, Hobbiton, Hamilton
Dias 5 e 6 - Waitomo Caves e Rotorua
Dias 7 e 8 - Rotorua e Taupo
Dias 9 e 10 - Tongariro National Park
Dias 11, 12 e 13 - Wellington
Dias 14 e 15 - Kaikoura e Hanmer Springs
Dias 16 e 17 - Marborough e Nelson
Dia 18 - Abel Tasman National Park
Dias 19 e 20 - West Coast
Dias 21 e 22 - Haast Pass e Wanaka
Dias 23 e 24 - Queenstown e Glenorchy
Dias 24 e 25 - Queenstown e Arrowtown
Dias 26 e 27 - Southland
Dias 28 e 29 - Dunedin
Dias 30 e 31 - Monte Cook
Dias 32 e 33 - Lake Tekapo
Dias 34, 35 e 36 - Christchurch
Dias 37 e 38 - Auckland - parte 2
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