Dia 1 Kampala
Dia 1 Pick-up no Aeroporto de Entebbe às 11hs - Transfer para o hotel em Kampala - Passeios em Kampala por conta própria - Hotel: Victoria Mews Hotel
Neste dia nós voamos de Addis Ababa, na Etiópia, para Entebbe, em Uganda, no voo das 8:50AM da Ethiopian Airlines, chegando em Uganda às 10:55AM.
O transfer do Aeroporto de Entebbe ao hotel Victoria Mews, situado no centro da capital Kampala, já estava incluído no nosso safari, que só começaria no dia seguinte. Neste dia estávamos por nossa conta e risco (tínhamos incluído apenas o transfer do aeroporto pro hotel).
Precisávamos primeiro entrar no país com os vistos que já havíamos providenciado online antes de viajar, depois tínhamos que encontrar nosso transfer pro hotel, colocar os simcards pra funcionar, pra ter certeza de que teríamos internet wifi durante os dias de safari, precisávamos também trocar dinheiro no centro de Kampala (dólares ou euros que havíamos levado pela moeda local, o Xelim ugandense) e ainda queríamos aproveitar o resto do dia para fazer alguns passeios em Kampala, a caótica capital ugandense.
Já escrevi sobre todas essas providências iniciais em 2 posts aqui no blog:
Leia lá que assim eu não preciso repetir tudo aqui novamente.
Lá eu contei o que tem para fazer em Kampala, como foram as minhas visitas ao Mercado Owino e à Mesquita Nacional de Uganda, onde ficamos hospedados em Kampala (no
Victoria Mews Hotel), como se deslocar pela capital de Uganda, dicas de segurança em Kampala, os gastos que tivemos na cidade, etc.
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voamos Ethiopian Airlines de Addis Ababa, na Etiópia, para Entebbe, em Uganda |
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ficamos hospedados no hotel Victoria Mews, no centro da capital Kampala |
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estádio no centro de Kampala |
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Mesquita Nacional de Uganda em Kampala |
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Mercado Owino em Kampala |
Dia 2 Santuário de Rinocerontes e a Cascata Murchison no Rio Nilo
Dia 2 Kampala - Ziwa Rhino Sanctuary - almoço no santuário - Murchison Falls National Park - Top of the Falls - Hotel: Fort Murchison Lodge - jantar no lodge
Marcamos por WhatsApp às 6:30hs com o nosso guia Charles para a nossa partida, mas às 6:10hs ele já estava na recepção do hotel nos esperando, nervoso para sair logo e evitar o congestionamento da rush hour da manhã em Kampala.
E ele tinha razão! Quanto mais cedo você vazar da capital, melhor! Mais tarde os engarrafamentos na saída de Kampala ficam realmente impossíveis, e você vai querer chegar cedo na 1ª parada do dia, o santuário de rinocerontes!
Neste dia em que começamos o nosso roteiro em Uganda, paramos para comprar um café da manhã no caminho (pois, quando saímos do hotel, ainda não haviam começado a servir o café), e encontramos com o dono da empresa
Ngoni Safaris Uganda, Sedrick, para pagar a ele em cash os U$ dólares que faltavam (50% do valor total do pacote do nosso safari).
Leia lá para ver todas as dicas práticas do nosso safari em Uganda, ok? Aqui vou me dedicar a detalhar exclusivamente como foi o nosso ROTEIRO, tá?
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paramos para comprar um café da manhã no caminho |
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os primeiros momentos de volta a um veículo de safari são sempre empolgantes! |
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todos os funcionários que conhecemos da agência Ngoni Safaris Uganda foram muito simpáticos |
Ziwa Rhino Sanctuary
Como falei, nossa 1ª parada do safari do dia seria no
Ziwa Rhino Sanctuary, um parque localizado 170Km ao norte da capital Kampala (deu umas 3hs de viagem).
Chegamos no santuário às 9h30min, usamos os banheiros, assinamos uma papelada isentando eles de responsabilidade em caso de ataque de rinocerontes 😜, tomamos um suquinho de melancia oferecido como cortesia e escolhemos o menu do almoço.
Em Uganda e Ruanda é SEMPRE assim: eles sempre te pedem para escolher com antecedência o cardápio do café da manhã, do almoço e do jantar, que daí quando tu chegas para tomar café, almoçar ou jantar, a comida já está preparada te esperando, e normalmente as refeições têm pelo menos uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Eles são bem organizados quanto a isso, e nós achamos a comida muito boa!
Depois de toda essa recepção inicial no parque, lá fomos nós com o guia/ranger Emmanuel rastrear rinocerontes.
Esse é um safari trekking, em que você vai a pé pelo mato atrás dos bichões.
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chegando ao Ziwa Rhino Sanctuary |
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o Ziwa Rhino Sanctuary foi a 1ª parada do nosso safari em Uganda |
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não pode usar GPS e nem drones no Ziwa Rhino Sanctuary |
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era sempre nosso guia Charles quem acertava a papelada, permits e pagamentos nas entradas dos parques, pois estava tudo incluído no nosso pacote de safari |
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mapa do Ziwa Rhino Sanctuary |
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assinamos uma papelada isentando o Ziwa Rhino Sanctuary de responsabilidade em caso de ataque de rinocerontes |
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em Uganda é assim: eles sempre te pedem para escolher com antecedência o cardápio da próxima refeição |
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Ziwa Rhino Sanctuary |
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sede do Ziwa Rhino Sanctuary |
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Ziwa Rhino Sanctuary |
O santuário de rinocerontes Ziwa é um projeto de conservação privado e sem fins lucrativos para os animais ameaçados de extinção em Uganda.
Ele abriga, desde 2005, com muito orgulho, uma espécie animal única, chamada rinoceronte branco, e é o único lugar onde você pode encontrar rinocerontes em Uganda, depois deles terem sido extintos do Parque Nacional de Murchison Falls e do Parque Nacional de Kidepo durante a guerra na década de 1970, juntamente com a caça desenfreada na década de 90.
Em 1960, ainda existiam 2360 rinocerontes-brancos-do-norte na natureza, mas a subespécie acabou extinta na vida selvagem.
A caça ilegal para a obtenção de chifres de rinoceronte, que são ricos em queratina e usados em práticas medicinais, foi o que devastou a população de rinocerontes africanos.
Nosso safari durou aproximadamente 1h30min, sendo que uns 30min foi caminhando até encontrar os rinos (entre ida e volta), e 1h foi só assistindo ao show da vida selvagem 🦏
Nossa caminhada deu 2,3Km, devidamente registrados no
Strava.
Vimos Pumbas (warthogs) e bushbucks também.
E tivemos muita sorte de ver 6 rinocerontes, todos num mesmo grupo!!
O normal é eles estarem divididos em grupos de 3 ou 4 no máximo, por isso digo que foi muita sorte! E ainda estavam super ativos, comendo e tomando banho em poças de lama.
Por isso que mencionei acima que é importante chegar cedo no Ziwa Rhino Sanctuary: se você chegar depois das 10h30min, 11hs, vai pegar eles todos dormindo, então chegue o mais cedo possível!
Tem alojamentos e camping dentro do santuário também, caso você queira se hospedar lá!
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tem ótimos alojamentos dentro do Ziwa Rhino Sanctuary, caso você queira se hospedar lá |
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vimos também Pumbas, cujo nome real, em inglês, é warthog |
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ultimamente o Ziwa Rhino Sanctuary também recebeu zebras |
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quando você encontra merda de rinoceronte fresca, é um bom sinal: estamos perto! |
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o Ziwa Rhino Sanctuary é o único lugar onde você pode encontrar rinocerontes em Uganda |
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os rinocerontes foram extintos em Uganda durante a guerra na década de 1970, juntamente com a caça desenfreada na década de 90 |
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a caça ilegal para a obtenção de chifres de rinoceronte, que são ricos em queratina e usados em práticas medicinais, foi o que devastou a população de rinocerontes africanos |
Como falei antes, a vida selvagem em Uganda foi dizimada durante os longos anos de conflitos civis.
Os rinocerontes foram exterminados e outros mamíferos sofreram uma enorme queda no número - muitos foram parar nas panelas dos combatentes.
No entanto, a guerra não trouxe apenas más notícias: ela também deu tempo aos parques nacionais anteriormente superpovoados para se recuperarem dos efeitos nocivos causados pelo homem (assim como aconteceu na pandemia).
Algo do gênero aconteceu neste santuário de vida selvagem: como os rinocerontes haviam sido exterminados em Uganda, eles juntaram um papai rino queniano com uma mamãe rino americana (vinda - imaginem só - do parque da Disney Animal Kingdom!) e, juntos, eles fizeram um filhinho rino, o Obama, 1º rinoceronte nascido em Uganda depois do extermínio!
O engraçado é que o ex-Presidente dos EUA, Obama, era filho de uma mãe americana e de um pai queniano, por isso o baby rino recebeu este nome!
Hoje em dia já são 44 rinos no Ziwa Rhino Sanctuary e, em breve, eles começarão a reintegrar os rinos do santuário aos parques nacionais de Uganda! Uma história de sucesso, depois da extinção!
E, quem diria, graças a um (muitas vezes criticado) zoológico americano...
Pois é...vejam só: muita gente defende que não deveriam existir parques zoológicos de conservação, que os animais deveriam ser devolvidos ao seu ambiente natural na savana africana...mas, se não fosse uma mamãe rino de um zoo norte-americano, os rinocerontes estariam completamente extintos em Uganda!
Graças ao Animal Kingdom, hoje já existem 44 rinos apenas neste santuário africano!
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todos os rinos do Ziwa Rhino Sanctuary são descendentes do Obama, o 1º rinoceronte nascido na natureza selvagem em Uganda depois do extermínio |
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tivemos muita sorte de ver 6 rinocerontes no Ziwa Rhino Sanctuary, todos num mesmo grupo |
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hoje em dia já são 44 rinos na natureza no Ziwa Rhino Sanctuary |
Nosso guia Emmanuel foi excelente! Nos levou nos melhores spots para fotografar os rinos! Nos passou muita informação sobre os animais!
Você sabe, por exemplo, qual é a diferença do rinoceronte negro para o rinoceronte branco?? Eles se diferenciam não exatamente pela cor, pois ambas as espécies são acinzentadas - sendo o rinoceronte branco de tonalidade mais clara e o rinoceronte negro um pouco mais escuro - e sim pelo formato de seus lábios!
Simmm, o rinoceronte branco tem o lábio quadrado, enquanto que o rinoceronte negro tem o lábio superior pontiagudo! E mais: a diferença no formato dos lábios está relacionada à dieta dos animais, pois os rinocerontes negros comem principalmente árvores e arbustos.
O mais incrível dos vídeos (que publicamos nos stories do
Instagram) é que o Peg os gravou com um CELULAR. Estávamos tão perto dos rinos que nem precisava da lente 24-300mm da Nikon 😳🦏
Houve um único momento mais assustador, quando 2 rinos estavam se "estranhando" um com o outro, e a gente acabou se embretando na FRENTE de uns arbustos, ao invés de irmos para TRÁS dos arbustos, como é recomendado - acabamos ficando encurralados entre os arbustos e os rinocerontes furiosos, tudo o que não deveria acontecer kkkk...
Olhei bem para a cara do guia neste momento e ele estava com os olhos arregalados, daí eu me assustei também 😝
Mas a verdade é que foi MUITA sorte ver eles TÃO ativos às 10hs da manhã!
Prepare-se para o over-rino-posting de fotos 🦏
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nosso guia Emmanuel foi excelente |
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o Peg usou a lente 24-300mm da Nikon apenas para tirar umas fotografias mais de perto dos rinocerontes |
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para tirar uma foto como esta, por exemplo, você precisa de um bom zoom |
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nesta foto dá para ver bem a distância que estávamos dos rinos |
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mas fotos como esta são tiradas com celular, sem nenhum zoom, pois ficamos realmente muito próximos dos rinocerontes |
Uma das informações mais interessantes que o Emmanuel nos passou foi que as mamães rino, quando chegam ao fim de uma lonnnnga gravidez, enxotam o filhote anterior (o mais velho, que ainda está na companhia e aos cuidados dela), até com violência!
Elas dizem algo tipo assim "te criei até agora, meu filho, agora preciso me preocupar com o teu irmãozinho que vai nascer, então te manda e vai procurar a tua turma!"
Correm com o filho mais velho de casa pro baby outro nascer!
Daí os rinos adolescentes machos, recém enxotados pelas mães, começam a andar em bandos de 3 ou 4, para se protegerem dos machos-alfas, que não gostam de ver rinos adolescentes sozinhos, e os atacam.
Não dá para julgar a mamãe rino!
Pensa que uma gravidez de rinoceronte dura em torno de 16 meses para nascer UM bebê rino, e o "filhotinho" nasce pro mundo com 45Kg!!
Por isso elas têm apenas UM bebê de cada vez, e nunca gêmeos, porque seria simplesmente impossível ela carregar 90Kg na barriga 😳
Sem falar que um rino macho adulto pode pesar até bem mais de 3 toneladas!!
Os rinocerontes são os segundos maiores mamíferos terrestres, depois apenas dos elefantes. Os rinocerontes brancos podem chegar a pesar cerca de 3600Kg e têm 2 cornos de tamanhos diferentes.
Ele nos passou muiiito mais informações, tivemos praticamente uma hora observando os rinos e aprendendo TUDO sobre eles e sobre a história dos rinos em Uganda até a extinção e o ressurgimento = renascimento dos rinos no país com esse projeto incrível que está trazendo os rinos de volta a Uganda!
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nosso guia no Ziwa Rhino Sanctuary foi ótimo, nos passou muita informação sobre os animais |
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os rinocerontes brancos podem chegar a pesar cerca de 3600Kg e têm 2 cornos de tamanhos diferentes |
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nosso safari no Ziwa Rhino Sanctuary durou aproximadamente 1h30min, sendo que uns 30min foi caminhando até encontrar os rinos, e 1h foi só assistindo ao show da vida selvagem |
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é importante chegar cedo ao Ziwa Rhino Sanctuary para ver os rinocerontes bem ativos, comendo e tomando banho em poças de lama |
E então era hora de irmos embora e de dar gorjetas pros guarda-parques, que se revezam 24hs/dia para "guardar" os rinos e evitar que caçadores os matem pelos chifres 🤬
Note que, no safari trekking, você é acompanhado todo o tempo pelo seu guia, mas, além do guia, é bem legal também dar uma gorjeta aos guarda-parques, que são integrantes do exército de Uganda, responsáveis por literalmente "guardar o parque" contra a ação de caçadores.
Obviamente não existe um valor fixo para as gorjetas, você deixa o quanto puder. Tente ser o mais generoso possível, mas também lembre que essa função de dar gorjetas não está "incluída" no custo do seu safari e vai se repetir quase que diariamente durante a viagem inteira, então tenha um comedimento, uma estratégia na sua cabeça, por exemplo: para grupos de danças e músicos vou dar XX, para guias e guarda-parques vou dar XXX, para carregadores de malas em lodges vou deixar X...enfim, apenas uma sugestão, pois as gorjetas podem acabar pesando no seu orçamento!
Na volta do safari trekking, almoçamos no restaurante do santuário e a comida estava ótima (bife, vegetais, purê e chapatis).
- Bebidas almoço Ziwa Rhino Sanctuary: UGX 10.000
- Gorjetas rangers e guia rinocerontes: UGX 40.000
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ficamos muito, muito felizes com este safari de rinocerontes no Ziwa Rhino Sanctuary! |
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foto também com os guarda-parques do Ziwa Rhino Sanctuary, que são integrantes do exército de Uganda, responsáveis por literalmente "guardar o parque" contra a ação de caçadores |
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e então já era hora de irmos embora 😓 |
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almoçamos no restaurante do Ziwa Rhino Sanctuary |
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a comida do restaurante do Ziwa Rhino Sanctuary estava ótima: bife, vegetais, purê e chapatis |
Murchison Falls National Park - Top of the Falls
Às 12hs seguimos nosso roteiro em Uganda viajando do santuário dos rinocerontes em direção à savana, para o Murchison Falls National Park - o grande parque nacional das cachoeiras Murchison era o nosso destino seguinte neste dia.
Levamos 1h10min/73Km até Murchison Falls National Park - Kichubanyobo Entrance Gate, no povoado de Kibamba. Foi através deste portão que entramos no parque nacional.
Na parte sul do parque a vegetação é de floresta, vimos muitos babuínos e alguns Colobus brancos.
Na parte mais ao norte, a vegetação é de savana.
É ali que fica situada a grande cachoeira Murchison, lugar amado pelo grande explorador Hemingway, e onde o seu avião caiu em 1954.
Leia mais sobre esta aventura fantástica de Hemingway e sua esposa aqui.
Este é um dos melhores parques nacionais de Uganda, e o Nilo lhe dá um cenário verdadeiramente único.
Fomos até Top of the Falls, como é conhecida a parte alta da cascata Murchison, também chamada de Karuma Falls. Um troço absolutamente impressionante!
O Parque Nacional Murchison Falls é famoso justamente porque lá está situada a cachoeira mais poderosa do mundo, que emite grandes volumes de água - cerca de 300m3 por segundo - a uma pressão muito poderosa.
Isso significa basicamente que, a cada segundo, o equivalente a 200 banheiras cheias de água é forçado através de um desfiladeiro com menos de 7 passos de largura.
A pressão é tão grande que o chão treme ao seu redor, sério!
As Cataratas de Murchison são a principal atração do parque nacional, e são a razão pela qual o parque recebeu o nome de Parque Nacional de Murchison Falls.
O Rio Nilo cai em um desfiladeiro com cerca de 7m de largura no ponto das quedas d'água, e depois despenca de 45m de altura, formando uma grande névoa, espirrando água para todos os lados, e criando as magníficas quedas d'água de Murchison.
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chegando ao Murchison Falls National Park |
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antes mesmo de chegar ao parque nacional, já começamos a ver vida selvagem pelas estradas de Uganda |
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a estrada até o Murchison Falls National Park é completamente asfaltada |
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na parte sul do parque nacional das cachoeiras Murchison, a vegetação é de floresta, e vimos muitos babuínos |
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fomos até Top of the Falls, como é conhecida a parte alta da cascata Murchison, também chamada de Karuma Falls |
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o Parque Nacional Murchison Falls é famoso justamente porque lá está situada a cachoeira mais poderosa do mundo |
É muito difícil tirar fotos deste lugar ou filmar, porque molha tudoooo, saímos de lá empapados! Mas confiem em mim quando eu digo que é realmente impressionante, um daqueles lugares onde a gente de fato sente de perto a real força da natureza!
Imaginem um rio como o Nilo sendo estrangulado por um desfiladeiro - a força com que a água despenca ali é algo realmente espetacular.
Eu estava subestimando esse lugar, achando que seria mais do mesmo - "mais uma cachoeira como tantas que se vê por aí" - e saí de lá abismada.
O único porém é que realmente MOLHA TUDO.
#TejeAvisado
O Rio Nilo tem 6.600Km - começa justamente em Uganda e vai até o Mediterrâneo - passando pelo Egito, Burundi, Tanzânia, Ruanda, República Democrática do Congo, Quênia, Uganda, Sudão, Etiópia e Sudão do Sul.
Depois da visita à cascata, cruzamos a ponte que atravessa sobre o Rio Nilo e então vimos vários animais ali naquela área do parque, como antílopes e elefantes. Um pre-safari, para nos preparar para o grande "morning game drive" do dia seguinte!
Do lado esquerdo da ponte, o rio se chama Nilo Albert e, do lado direito da ponte, é chamado Nilo Vitória.
Saímos do parque pelo portão norte, Murchison Falls National Park Northern Gate, chamado de Tangi Gate. A nossa hospedagem era próxima do parque nacional, mas não DENTRO do parque.
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o Rio Nilo cai em um desfiladeiro com cerca de 7m de largura no ponto das quedas d'água, e depois despenca de 45m de altura, formando uma grande névoa |
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a pressão da água é tão grande que o chão treme ao redor da cascata |
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imagine que, a cada segundo, o equivalente a 200 banheiras cheias de água é forçado através de um desfiladeiro com menos de 7 passos de largura |
Fort Murchison Lodge
Ficamos hospedados próximos ao Rio Nilo, usando este local como base para explorar melhor o parque nacional no dia seguinte. Foi maravilhoso ficar 2 noites neste lodge espetacular.
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Fort Murchison Lodge, como mencionei antes,
fica do lado de fora do Murchison Falls National Park. São uns 20min/7Km de distância do portão norte do parque - Tangi Gate - até o hotel.
O povoado ali se chama Pakwach.
Se vê muitas mulheres locais por ali na estrada de chão carregando cana, água, lenha pro fogo e palha pro teto das suas casas. Tudo na cabeça! E só mulheres - não se vê homens carregando nada!
Tem vários lodges por ali, mas acredito que dificilmente algum deles será mais top que o Fort Murchison - acredito que é o melhor custo-benefício da região.
A arquitetura deste hotel lembra uma série de fortes britânicos construídos nas margens ao longo do Rio Nilo no século 19.
A estrada de chão que leva até lá é melhor para veículos 4x4 (nosso veículo de safari era um 4x4), mas vale a pena todo o sacolejo que você terá que encarar para chegar naquele oásis e, devagar, dá para ir até lá num carro comum também.
Eles nos receberam no lodge com suquinhos de frutas e com toalhas umedecidas quentinhas, o que é muito comum nos lodges de Uganda e também em Ruanda, no Quênia e na Tanzânia.
Eu simplesmente ADOREI o Fort Murchison Lodge.
O lugar, as vistas do Rio Nilo, nosso quarto, a piscina, as barracas, o atendimento, a área da recepção (onde o wifi funcionava melhor), a comida, tudo! Tudo excelente!
Tivemos fogueira no por do sol, a piscina era deliciosa e o jantar com salada (tomate, queijo, laranja, abacate e mostarda, uma combinação perfeita), sopa de canela com abóbora, peixe do Rio Nilo e sobremesa foi simplesmente espetacular.
Esses fins de tarde na África...são mágicos!
E o que mais me agradou: incrivelmente, não tinha NADA de mosquitos - pelo menos em junho, quando estivemos lá!
Eu, que sou sempre a maior vítima de todas as picadas de mosquitos, tive dias gloriosos em Uganda, completamente livre de mosquitos! Aliás, como não tinha nada de mosquitos, fui ficando meio inconsequente e mal usei repelente, pois o medo de malária, diferente da Tanzânia, em Uganda era ínfimo.
À noite, como sempre, eles já pegaram os nossos pedidos para o café da manhã e para o almoço (packed lunch) do dia seguinte.
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o Fort Murchison Lodge fica do lado de fora do Murchison Falls National Park, a uns 20min/7Km de distância do portão norte do parque nacional (Tangi Gate) |
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se vê muitas mulheres locais por ali carregando lenha pro fogo na cabeça |
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aviso para os veículos de safari não esquecerem de "baixar o teto" antes de estacionar |
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Fort Murchison Lodge |
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a arquitetura do Fort Murchison Lodge lembra uma série de fortes britânicos que foram construídos nas margens ao longo do Rio Nilo no século 19 |
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banheiro do nosso quarto no Fort Murchison Lodge |
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nosso lindo quarto no Fort Murchison Lodge |
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o Fort Murchison Lodge fica próximo ao Rio Nilo |
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da sacada do nosso quarto no Fort Murchison Lodge tínhamos vista para o Rio Nilo |
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o Fort Murchison Lodge fica do lado de fora do Murchison Falls National Park |
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foi uma delícia chegar de um longo dia de passeios e estrada e ainda aproveitar a piscina do Fort Murchison Lodge |
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nosso quarto era de alvenaria, mas no Fort Murchison Lodge eles também oferecem estas opções de tendas estilo barracas |
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na área da recepção/restaurante do Fort Murchison Lodge o wifi funcionava melhor |
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tivemos fogueira no por do sol no Fort Murchison Lodge |
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esses fins de tarde na África...são mágicos! |
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o jantar de 4 pratos do Fort Murchison Lodge, com salada, sopa de canela com abóbora, peixe do Rio Nilo e sobremesa, foi simplesmente espetacular |
Dia 3 Parque Nacional Murchison Falls
Dia 3 Morning Game Drive no Murchison Falls National Park - Passeio de barco pelo Rio Nilo até a base das cascatas - Hotel: Fort Murchison Lodge - jantar no lodge
No 3º dia do nosso roteiro em Uganda, tomamos café da manhã às 5:30hs no Fort Murchison Lodge e saímos às 6hs da manhã pro safari, que eles chamam de morning game drive.
A paisagem do Parque Nacional Murchison Falls ao amanhecer estava espetacular de tão bonita - a savana em Uganda é muito verde, com uma paisagem e uma luz espetaculares.
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tomamos café da manhã bem cedinho no Fort Murchison Lodge e logo saímos pro morning game drive |
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café da manhã no Fort Murchison Lodge |
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chegando bem cedinho ao Parque Nacional Murchison Falls pro nosso morning game drive |
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a paisagem do Parque Nacional Murchison Falls ao amanhecer estava espetacular de tão bonita |
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a savana em Uganda é muito verde, com uma paisagem e uma luz espetaculares |
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será que ela estava feliz?? |
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amanhecer na savana em Uganda, no Parque Nacional Murchison Falls |
Morning Game Drive no Parque Nacional Murchison Falls
O Parque Nacional Murchison Falls, também conhecido localmente como Parque Nacional Kabalega, está localizado no final do Vale do Rift Albertino e é o maior e mais antigo parque de safaris de Uganda.
Murchison está localizado a 305Km ao norte de Kampala, no Distrito de Masindi, e pode ser acessado por estrada ou por voos.
O parque foi declarado pela 1ª vez como reserva de vida selvagem em 1926, e abriga 76 espécies diferentes de mamíferos e 451 pássaros.
Eles têm todos os Big 5 lá (búfalos, leopardos, leões e elefantes), com exceção do rinoceronte (que só existe no Ziwa Rhino Sanctuary, por enquanto).
Visitantes famosos ao Parque Nacional Murchison Falls incluem Winston Churchill, Theodore Roosevelt, Ernest Hemingway e vários membros da realeza britânica.
As atividades mais comuns no parque nacional são safaris de observação da vida selvagem (foi o que fizemos na manhã deste dia), passeios de barco à base das quedas (foi o que fizemos na parte da tarde deste dia), caminhadas da base até o topo das quedas (Devil's Cauldron), observação de pássaros, etc.
Para quem quer ter uma experiência aérea de observação da vida selvagem, passeios de balão também estão disponíveis dentro do parque. Reserve com antecedência.
A vegetação do Parque Nacional Murchison Falls é composta por savana, floresta ribeirinha e bosques.
Alguns dos animais selvagens que você vai ver por lá são elefantes, girafas Rothschild, antílopes, oribis, leopardos, leões, kobs de Uganda e muitas espécies de pássaros.
Este parque de safari é um destino de vida selvagem que pode ser visitado durante todo o ano, mas a melhor época para visitar e ver animais em abundância é de junho ao final de setembro, ou então de dezembro até meados de março.
Fomos na época certa (em junho de 2024).
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elefante no Parque Nacional Murchison Falls em Uganda |
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eles possuem os Big 4 (búfalos, leopardos, leões e elefantes) no Parque Nacional Murchison Falls em Uganda |
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morning game drive no Parque Nacional Murchison Falls em Uganda |
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búfalo no Parque Nacional Murchison Falls em Uganda
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a beleza do amanhecer na savana de Uganda |
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safari no Parque Nacional Murchison Falls em Uganda |
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adoro essas cenas maravilhosas do amanhecer num safari, quando conseguimos avistar várias espécies de animais diferentes juntos |
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girafas Rothschild |
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vimos muitas girafas no Parque Nacional Murchison Falls em Uganda |
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Pumba |
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Jackson's hartebeest, uma espécie de antílope africano |
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a vegetação do Parque Nacional Murchison Falls é composta por savana (na foto), floresta ribeirinha e bosques |
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Kob Ugandês, um antílope que encontrávamos com frequência nos safaris em Uganda |
Elefantes com passarinhos pousados no lombo comendo parasitas, muitas girafas Rothschild se dando pescoçadas, Pumbas, hartebeest, antílopes, Kob Ugandês, leões na árvore e embaixo dos matos, um carro atolado ao lado dos leões, Charles descendo do carro AO LADO DOS LEÕES, búfalos, muitos pássaros, macacos da savana (patas monkey), etc.
Foi uma manhã de safari maravilhosa!
Só faltou o leopardo para fecharmos os Big 5!
Queria muito ter avistado hienas, mas elas não apareceram.
Também senti falta de zebras, que eram tão presentes nos outros safaris que tínhamos feito na África do Sul, Namíbia, Tanzânia e Quênia, mas, por incrível que pareça, não existem zebras no Murchison Falls National Park!
Vimos um calau-gigante-abissínio (ground hornbill) caçando 2 ratinhos!!! Com os 2 ratos no bico gigante do pássaro ao mesmo tempo!!
Também vimos um Jackson's hartebeest, uma espécie de antílope africano.
Vimos ainda muitos passarinhos comedores de parasitas, que possuem uma relação ganha-ganha com os elefantes africanos 🐘
Um dos animais mais fofinhos do parque, e super fácil de avistar, é o Kob Ugandês, um antílope que encontrávamos com frequência, animal símbolo de Uganda, que está retratado no brasão do país e na moeda.
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vimos um calau-gigante-abissínio (ground hornbill) caçando 2 ratinhos |
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olha o pobre ratinho no bico gigante do pássaro! |
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elefante com passarinhos pousados no seu lombo comendo parasitas |
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morning game drive no Parque Nacional Murchison Falls |
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Jackson's hartebeest |
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safari no Parque Nacional Murchison Falls em Uganda |
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Kob Ugandês, animal símbolo de Uganda, que está retratado no brasão do país e na moeda |
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note como o Pumba é todo musculosinho, bem diferente de um porco "normal" |
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muitos passarinhos comedores de parasitas, que possuem uma relação ganha-ganha com Pumbas, elefantes e búfalos, principalmente |
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safari em Uganda no Parque Nacional Murchison Falls |
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Kob Ugandês, um dos animais mais fofinhos do parque nacional |
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as girafas, junto com os guepardos, são o animal mais elegante da savana |
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girafas Rothschild se dando pescoçadas - não conseguimos decifrar se era namoro ou briga, foi uma coisa meio entre tapas e beijos |
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quando tem um engarrafamento desses na savana africana, é porque tem algum Big 5 por perto |
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macaco da savana, também conhecido como patas monkey |
Já tínhamos visto leões no Kruger Park (África do Sul), no Etosha (Namíbia), no Serengeti (Tanzânia)...mas eles não são tão fáceis de se avistar quanto girafas, elefantes, zebras...então é sempre uma grande emoção quando a gente vê um leão num safari! Assim como outros felinos também, como cheetahs e leopardos.
Neste dia, tivemos um mini-perrengue envolvendo o nosso veículo de safari e uns leões kkkkk...
Pois é, vimos uns leões de longe, pendurados em uma árvore, e o nosso guia Charles resolveu tentar se aproximar deles mais um pouco, para podermos ver os felinos de perto.
Ocorreeeeee que, quando chegamos AO LADO dos leões, o maldito carro de safari atolou na areia, caiu num buraco, uma confusão!
E o doido do Charles ainda inventa de DESCER do carro para "examinar" o atolamento, para ver se ele conseguiria desatolar apenas usando o 4x4 do veículo e, pra aumentar o meu pânico, bem quando ele tinha descido do carro e estava examinando o pneu atolado, nós vimos que, além dos leões pendurados no alto da árvore, também tinha leões ali do nosso lado, debaixo da tal árvore, escondidos embaixo de uns matos!!!
Que susto, pensei que ficaríamos atolados ali eternamente sem o nosso guia-motorista! 😂
Mostrei um pouco das cenas do perrengue - o pouco que atinei a filmar no meio da confusão - lá nos stories!
Fizemos safari no Parque Nacional Murchison Falls até às 10hs e então paramos num local para usar os banheiros e comer abacaxi, que o Charles descascou e cortou pra nós.
Depois, às 11hs, fomos fazer o safari de barco no Rio Nilo, até a parte baixa da cascata.
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leões não são tão fáceis de se avistar quanto girafas, elefantes, zebras...então é sempre uma grande emoção quando a gente vê um leão num safari |
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neste dia vimos uns leões de longe, em uma árvore, e o nosso guia resolveu se aproximar deles para podermos ver os felinos de perto |
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ocorre que, quando chegamos AO LADO dos leões, o maldito carro de safari atolou...e acabamos cara a cara com os leões, com o guia do lado de fora do veículo, examinando o pneu atolado! |
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o Charles quase nos matou de susto, e depois foi descascar abacaxis hahahaha... |
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os parques nacionais na África sempre têm umas áreas de descanso como esta, com banheiros, que são os únicos locais onde é permitido desembarcar dos veículos de safari |
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game over, hora de seguir pro safari de barco no Rio Nilo |
Safari de barco no Rio Nilo até a base da cascata
O Parque Nacional Murchison Falls é dividido pelo Rio Nilo Vitória, que mergulha aqueles 45m que mencionei antes sobre a parede do vale remanescente, criando as quedas d'água dramáticas que vimos do alto no dia anterior e que são uma das principais atrações do parque - o evento final em um trecho de 80Km de corredeiras.
A poderosa cascata drena o que resta da energia do rio, transformando-o depois em um riacho largo e plácido, que flui silenciosamente pelo Vale do Rift até o Lago Albert.
Lembra que eu tinha comentado que, do lado esquerdo da ponte, o Rio Nilo se chama Albert Nile e, do lado direito da ponte, é chamado de Victoria Nile?
Pois então - este trecho do rio oferece um dos espetáculos de vida selvagem mais notáveis de Uganda, que só pode ser experimentado por meio de safaris de barco pelo Rio Nilo, em passeios que vão quase até a base das cascatas.
Visitantes assíduos nas margens do rio incluem elefantes, girafas e búfalos, enquanto que os hipopótamos, crocodilos do Nilo e pássaros aquáticos são residentes permanentes.
Os passeios de barco se destacam como as atividades mais populares do parque nacional, porque te levam até a atração principal de Murchison Falls - a cascata que deu nome ao parque.
Na chegada ao local do passeio, tem uma bandinha local tocando música ao vivo com instrumentos típicos - como já expliquei acima, é legal sempre ter $$ trocado para dar uma gorjeta nessas situações e poder então filmar e fotografar.
O tamanho do barco em que o passeio é feito depende do número de turistas naquele determinado dia - nós fomos no barco grande, de 2 andares. Se forem menos turistas, eles usam barcos menores.
Este é o barco que foi usado no nosso passeio - não tem perigo de um hipopótamo virar ESTE barco kkkk...👇
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não havia perigo de um hipopótamo virar o barco usado no nosso passeio |
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este trecho do famoso Rio Nilo oferece um dos espetáculos de vida selvagem mais incríveis de Uganda, que só pode ser experimentado por meio de safaris de barco |
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do lado esquerdo da ponte, o Rio Nilo se chama Albert Nile e, do lado direito da ponte, é chamado de Victoria Nile |
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o passeio acontece no Rio Nilo Vitória, em direção às Murchison Falls, cascatas que dão nome ao parque nacional |
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é possível comprar bebidas e petiscos a bordo do barco de safari |
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o tamanho do barco em que o passeio é feito depende do número de turistas - nós fomos no barco grande, de 2 andares, da foto acima; mas, se forem menos turistas, eles usam barcos menores |
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os hipopótamos, crocodilos do Nilo e pássaros aquáticos são residentes permanentes nas margens do rio |
São 17Km de passeio de barco pelo Rio Nilo e levamos 2h30min (ida e volta) até perto da cascata, mas o barco não se aproxima realmente da base da cascata, achei que fica até bem distante.
Nesse ponto, o passeio foi inclusive meio decepcionante, pois achei que seria uma espécie de Macuco Safari, que chegaríamos bem pertinho da base da cascata, o que não acontece.
Avisei, tá avisado!
Aliás, claro que passear de barco pelo Rio Nilo vendo hipopótamos não tem como não ser uma experiência maravilhosa, gostosa, relaxante...mas, dias depois, fizemos um outro safari de barco em Uganda, num outro parque nacional - Queen Elizabeth National Park - no Kazinga Channel, e foi 2 vezes mais legal que este.
Não posso dizer se foi uma questão de sorte (nos safaris, o elemento "sorte" sempre é importante), ou se o Kazinga Channel realmente tem bem mais animais, mas o fato é que, se eu tivesse que escolher entre os 2 safaris de barco, ficaria com o do Kazinga Channel, no Queen Elizabeth National Park.
O mais legal deste safari de barco pelo Rio Nilo no Parque Nacional Murchison Falls foram os hipopótamos, o Rio Nilo é CHEIO deles nesta região.
O Peg chegou a ver um crocodilo do Nilo, eu não consegui ver 😔 #xatiada
Também não vimos elefantes tomando banho no rio (que veríamos dias depois no Kazinga), nem cegonhas boca-de-sapato (shoebill stork), que eu queria muito ver!
Mas vimos dezenas de hipopótamos, dentro e fora d'água, muitos pássaros (inclusive uma águia linda), antílopes, macacos Colobus brancos, etc.
O lugar é realmente um paraíso para observadores de pássaros. E posso dizer que, para observadores de pássaros, o nosso guia era excelente - fazia o barco parar e mostrava todos os pássaros do trajeto!
Eu gosto de pássaros, mas sou mais de mamíferos kkkkk...
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o Parque Nacional Murchison Falls é dividido pelo Rio Nilo Vitória, que mergulha em uma queda de 45m de altura, criando as cascatas dramáticas que são uma das principais atrações do parque |
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esta foto mostra o mais próximo que o barco do safari chegou da base das cascatas - achei que fica até bem distante |
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são 17Km de safari de barco pelo Rio Nilo, em torno de 2h30min entre ida e volta |
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o mais legal deste safari de barco pelo Rio Nilo no Parque Nacional Murchison Falls foram os hipopótamos, o Rio Nilo é cheio deles nesta região |
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vimos dezenas de hipopótamos, dentro e fora d'água |
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hipopótamo fora d'água, nas margens do Rio Nilo |
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barrancas nas margens do Rio Nilo, onde as aves fazem seus ninhos |
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este safari de barco é um paraíso para observadores de pássaros |
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para observadores de pássaros, o nosso guia era excelente - ele fazia o barco parar e mostrava todos os pássaros do trajeto |
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no próprio barco há um painel com fotos e nomes de todos os animais que encontramos durante o trajeto, especialmente os pássaros |
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eu gosto de pássaros, mas sou mais de mamíferos kkkkk... |
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safari de barco pelo Rio Nilo |
Levamos uma sacolinha com almoço empacotado do hotel e comemos no barco (ovo cozido, coxa de galinha, samosas, suco de caixinha, sanduíche de frango, banana, bolachinha, bolinho) - um monte de comida!
Depois do safari de barco, ainda voltamos ao hotel
Fort Murchison Lodge fazendo game drives pelo caminho!
Por volta das 15hs, chegamos de volta ao alojamento, que era o mesmo da noite anterior.
Hora de relaxar, aproveitar a linda piscina do hotel e curtir o fim de tarde no Rio Nilo, com as iguanas coloridas, os passarinhos cantando e uma cerveja Nile com o por do sol.
Ficamos encantados com umas mini-iguanas laranja com azul que andavam pelos jardins do hotel.
Jantar maravilhoso de novo!
A bicharada que tem nos arredores do hotel é impressionante!
Tu dorme com uns roncos de animais que parece que tem um hipopótamo roncando do teu lado! Mas tem telas nas janelas do quarto, então não entram insetos, e tu podes dormir tranquilamente com as janelas abertas, com ventilador de teto.
Não tem ar-condicionado neste hotel e em quase nenhum lodge de Uganda ou Ruanda, pois a energia elétrica é muito cara e escassa na África, então eles preferem usar ventiladores de teto.
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voltamos ao hotel Fort Murchison Lodge fazendo game drives pelo caminho |
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búfalos idosos abandonados pelo rebanho - são chamados de "losers", que significa "perdedores" 😓 |
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a cara da felicidade voltando ao Fort Murchison Lodge depois de um dia inteiro de safari! |
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chegando ao Fort Murchison Lodge, você pode marcar no mapa do parque nacional onde viu animais durante o seu safari, para ajudar os próximos aventureiros |
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todos os jantares no Fort Murchison Lodge tinham salada, sopa, prato principal e sobremesa, e sempre havia uma opção vegetariana para o prato principal |
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ficamos encantados com umas mini-iguanas laranja com azul que andavam pelos jardins do Fort Murchison Lodge |
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hora de relaxar e aproveitar a linda piscina do Fort Murchison Lodge |
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menu de bebidas do Fort Murchison Lodge |
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curtindo um fim de tarde no Rio Nilo |
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vai uma cerveja Nile com o por do sol? |
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jantar maravilhoso de novo no restaurante do Fort Murchison Lodge |
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jantar no Fort Murchison Lodge em Uganda |
Dia 4 Viagem até o Kibale Forest National Park
Dia 4 Viagem até o Kibale Forest National Park com paradas em plantações de chá e de bananas no caminho - almoço no Restaurante Gardens em Fort Portal - Hotel: Turaco Treetops - jantar no lodge
Tomamos café da manhã às 6:30hs e, às 7hs, já estávamos saindo do Fort Murchison Lodge em direção ao Kibale Forest National Park, para continuar nosso roteiro em Uganda.
Esse é um dia de viagem entre um parque nacional e outro, do Murchison Falls ao Kibale Forest.
Ainda no Murchison Falls National Park, que atravessamos inteiro de norte a sul novamente, vimos Pumbas, tropas de babuínos e waterbucks.
Paramos também num viewpoint do Lago Albert para ver as vistas - o lago separa Uganda da República Democrática do Congo.
Fizemos uma paradinha no caminho em
Hoima, no
Hoima Buffalo Hotel, para ir ao banheiro. Mas, se você tiver intenção de pernoitar em Hoima, recomendo mais o
Golden Castle Hotel Hoima, que me pareceu ter um custo-benefício melhor.
Mais uma parada no caminho, mais adiante, para comprar mangas que as mulheres vendem na beira da estrada.
Elas vestem uma combinação louca de cores e estampas, trabalham com os bebês no colo, e têm sempre uma elegância impressionante!
Acho que é o hábito de carregar tudo sempre na cabeça desde novinhas, elas acabam tendo uma postura naturalmente elegante!
Uganda tem uma grande variedade de grupos tribais. O Lago Kyoga é uma fronteira natural entre os grupos de língua bantu do sul e os grupos nilóticos do norte. As tribos bantu incluem os Basoga, Bagisu e os politicamente influentes Buganda; os Acholi, perto da fronteira com o Sudão, são a tribo nilótica mais conhecida.
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café da manhã no Fort Murchison Lodge |
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várias opções no café da manhã do Fort Murchison Lodge |
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entramos novamente no Murchison Falls National Park, para atravessar o parque nacional de novo, desta vez indo do norte pro sul |
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adoro ver essas tropas de babuínos nas estradas, assim como aqui no RS nós vemos vacas ou cavalos nas estradas...lembra a gente de que estamos, de fato, na África! |
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babuíno em Uganda é como cachorro de rua no Brasil |
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cenas de Uganda |
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frete de colchões em Hoima |
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parada no caminho em Hoima, no Hoima Buffalo Hotel |
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aproveitamos para usar o banheiro no Hoima Buffalo Hotel |
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outra parada no caminho, para comprar mangas que as mulheres vendem na beira da estrada |
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essas mangas de Uganda são uma delícia, parece que injetaram açúcar nelas! |
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as mulheres ugandesas vestem uma combinação louca de cores e estampas, trabalham com os bebês no colo, e têm sempre uma elegância impressionante |
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acho que é o hábito de carregar tudo sempre na cabeça desde novinhas, elas acabam tendo uma postura naturalmente elegante! |
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mulheres lindas! |
As estradas em Uganda são boas e asfaltadas, mas as viagens são super demoradas, pois é difícil desenvolver uma velocidade boa, porque existem milhares de quebra-molas (lombadas) a cada poucos metros, e muito movimento de gente a pé nas estradas também!
A mesma situação se repetiria em Ruanda: estradas ainda melhores do que em Uganda, mas trânsito super lento em razão da quantidade de gente que anda a pé pelas estradas, o tempo todo!
Paramos no caminho também para ver plantações de chá, onde a colheita é feita manualmente. Vimos muitas plantações de cana-de-açúcar, banana e milho também.
Chegamos às 13:20hs em Fort Portal, que tem uma curiosidade: é a única cidade do país com nome inglês. Todas as outras cidades de Uganda têm nomes locais. Mas (ainda) tem um monte de lagos e parques nacionais no país com nomes ingleses.
Fort Portal é conhecida por ser a cidade mais limpa do país (embora esteja longe de ser uma cidade realmente limpa)! É um bom ponto de partida para visitar várias atrações turísticas nos arredores.
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um dia de viagem pelas estradas de Uganda
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paramos no caminho para ver plantações de chá |
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a colheita do chá é feita manualmente |
Restaurante Gardens em Fort Portal
Almoçamos no Restaurante Gardens em Fort Portal.
Esse restaurante é bem recomendado e, além do cardápio de comidas "normais" (pizzas, burgers, etc), também tem um buffet livre de comidas típicas de Uganda, que foi uma maravilhosa oportunidade de experimentarmos um pouco de tudo da culinária local!
Nos restaurantes dos lodges, onde normalmente eram as nossas refeições (incluídas no safari), a comida é quase sempre "internacional". Esta foi uma excelente oportunidade de experimentarmos as comidas típicas de Uganda.
Coloque na sua lista de comidas para experimentar em Uganda: matoke (banana verde cozida) e ugali (polenta de milho branco).
O local também tem banheiros e uma boa loja vendendo artesanato regional (coisa rara de se encontrar em Uganda).
E mais uma dica: embora a água seja incluída no pacote do safari (o Charles nos entregava garrafinhas de água todos os dias no carro), as bebidas que consumimos em restaurantes não são incluídas (nem se você pedir água). Para nós, os refrigerantes eram bem em conta, mas, para o seu guia, que está lá a trabalho, não é tão em conta assim, então nós sempre pagávamos a bebida que o nosso guia consumia nas refeições que ele fazia conosco. É um gesto pequeno pra você, que muita gente nem lembra, mas que, para eles, que não ganham TÃO bem assim, faz diferença. Encare como parte da gorjeta 😜
Para você ter uma idéia, um refrigerante em restaurante em Uganda normalmente custava em torno de U$ 1 - e já aviso: NUNCA tem Coca-Zero, só Pepsi!
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almoçamos no Restaurante Gardens em Fort Portal |
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aproveite para usar o banheiro sempre que tiver oportunidade - a chance pode não se repetir tão cedo! |
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o buffet livre de comidas típicas de Uganda foi uma ótima oportunidade de experimentarmos um pouco de tudo da culinária local |
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o Restaurante Gardens em Fort Portal também tem uma boa loja vendendo artesanato regional, coisa rara de se encontrar em Uganda |
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artesanato típico de Uganda |
Às 14:30hs pegamos novamente a estrada.
Logo a paisagem mudou para floresta e começamos a ver babuínos novamente! Tínhamos oficialmente entrado no Kibale Forest National Park.
Desta região é possível ter boas vistas das Montanhas Rwenzori.
Passamos pelo local onde acontece a Bigodi Swamp Walk (um pântano, lugar excelente para observadores de pássaros) e a Bigodi Community Walk (BICOWA), caminhada pela comunidade que eu fiz no dia seguinte e gostei muito, e logo chegamos ao hotel Turaco Treetops, que fica bem pertinho dali (uns 4Km).
O local onde acontece o Chimpanzee Tracking também é bem pertinho desse hotel (uns 6,5Km), que foi um dos pontos altos das nossas hospedagens nesta viagem, simplesmente excelente!
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babuíno no Kibale Forest National Park |
Turaco Treetops Hotel
Chegamos no hotel às 15:20 e, como sempre, fomos recepcionados com um suquinho delicioso de melancia.
Pernoitamos no lodge Turaco Treetops. Ele fica na fronteira com o parque nacional de Kibale e não tem cercas, então os animais, especialmente macacos, se locomovem livremente por ali.
A barulheira e os roncos de animais que a gente escuta no trajeto do quarto à recepção/restaurante/piscina chegam a dar medo!
O proprietário do local é um Australiano que nos levou até o nosso quarto e nos informou que os barulhos que ouvíamos no teto do quarto eram normais, de macacos (no sentido de que não precisávamos nos preocupar com aqueles barulhos), nos explicou tudo sobre as larvas e borboletas que víamos no trajeto e também nos avisou que não poderíamos passear na floresta depois que anoitecesse, porque esse é o horário em que os elefantes selvagens da região ficavam mais ativos - como se eu tivesse alguma pretensão de passear na floresta de Kibale à noite!!😜🐘
O lugar é simplesmente maravilhoso.
O nosso quarto no Turaco Treetops, o fato de estarmos no meio de uma floresta cheia de primatas e de outros animais selvagens, a sacada do nosso quarto, as milhões de borboletas, a arquitetura rústica que eu amo, a área da piscina e do restaurante, super aconchegantes, é tudo lindo, naturalmente chique, meu estilo preferido de lugar, sem nenhuma ostentação e com muita autenticidade. Maravilhoso.
Vale a viagem.
Só faltou um ventilador.
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Turaco Treetops Hotel |
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nosso quarto lindo no Turaco Treetops Hotel |
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banheiro do Turaco Treetops Hotel |
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sacada do nosso quarto no Turaco Treetops Hotel, com vista para a floresta de Kibale |
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atividades sugeridas pelo Turaco Treetops Hotel, todas ali nos arredores do lodge |
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o proprietário do Turaco Treetops Hotel é um Australiano que nos explicou tudo sobre as larvas e borboletas que víamos no trajeto para nosso quarto |
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o Turaco Treetops Hotel é cheiooooo de borboletas de todas as cores! |
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a barulheira e os roncos de animais que a gente escuta neste trajeto do quarto à recepção/restaurante/piscina chegam a dar medo! |
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o Turaco Treetops fica na fronteira com o parque nacional de Kibale e não tem cercas, então os animais, especialmente macacos, se locomovem livremente por ali |
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arquitetura rústica que eu amo no Turaco Treetops Hotel |
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olha a lindeza deste pilar! |
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no Turaco Treetops Hotel é tudo lindo, naturalmente chique, meu estilo preferido de lugar, sem nenhuma ostentação e com muita autenticidade |
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menu da próxima refeição no Turaco Treetops Hotel |
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área do bar e restaurante no Turaco Treetops Hotel |
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um fim de tarde maravilhoso no Turaco Treetops Hotel |
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área da piscina do Turaco Treetops Hotel |
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o Turaco Treetops Hotel é simplesmente maravilhoso |
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o Turaco Treetops Hotel é o tipo de hospedagem que vale a viagem! |
E o mais incrível de tudo: o hotel estava LOTADO. Nunca que eu imaginei que havia tanto turismo gringo em UGANDA!
Inicialmente, achei o pacote do nosso safari caro (mesmo sendo um dos mais em conta que encontrei no
site de pesquisas), mas durante a viagem, considerando que os 'permits' de gorilas e chimpanzés são carérrimos (U$ 800 + U$ 200 = U$ 1000), que todos os outros ingressos e passeios eram incluídos, a qualidade top de todos os hotéis em que ficamos hospedados e das refeições que nos serviram nos restaurantes...já
fiquei achando o preço que pagamos muito bom!
Passei até a acreditar que, se fôssemos somar tudo para fazer essa viagem de forma independente, por conta própria, mais o aluguel do carro 4x4, diesel, etc, etc, era capaz de ficar + caro do que pagamos pelo pacote completo da agência Ngoni Safaris Uganda!
Pelo que pesquisei no
Booking, todos os hotéis incluídos no nosso pacote de safari eram bem caros! Imagino que os hotéis fazem preços melhores para agências nas diárias e também nos valores das refeições do que no Booking para viajantes independentes!
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Turaco Treetops Hotel |
Aproveitamos bastante a piscina e o bar do hotel Turaco Treetops naquele final de tarde com por do sol inesquecível.
Aliás, fico sempre tão embasbacada com os sundowners africanos, que só lembro de fotografar depois que o sol já se foi.
O fim de tarde maravilhoso que tivemos neste dia, acompanhado de um vinho branco sul-africano, era tudo o que eu poderia querer na vida 🙏
Um brinde à aventura!
No Turaco Treetops, as taças de vinho branco/tinto custam U$ 5, as cervejas custam U$ 3 ou 4, dependendo da marca, e os refrigerantes custam U$ 1.
O nosso jantar no Turaco Treetops foi maravilhoso também, com sopa de entrada, filé ao molho de pimenta negra e purê de batatas com vegetais de prato principal, além de mousse de chocolate de sobremesa.
Atendimento muito bom também, tanto do gerente Australiano quanto dos locais ugandenses que trabalham lá.
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aproveitamos bastante a piscina do hotel Turaco Treetops naquele final de tarde com por do sol inesquecível |
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piscina do Turaco Treetops Hotel em Kibale Forest |
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bar do Turaco Treetops Hotel |
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área de estar no Turaco Treetops Hotel (só falta um ventilador de teto) |
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Turaco Treetops Hotel em Kibale Forest, Uganda |
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área da piscina do Turaco Treetops Hotel |
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piscina do Turaco Treetops Hotel em Kibale Forest, Uganda |
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o fim de tarde maravilhoso que tivemos neste dia, acompanhado de um vinho branco sul-africano, era tudo o que eu poderia querer na vida |
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fico sempre tão embasbacada com os sundowners africanos, que só lembro de fotografar depois que o sol já se foi |
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restaurante do Turaco Treetops Hotel em Kibale Forest, Uganda |
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o nosso jantar no Turaco Treetops foi maravilhoso |
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por do sol no Turaco Treetops Hotel em Kibale Forest, Uganda |
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no Turaco Treetops, as taças de vinho branco/tinto custam U$ 5, as cervejas custam U$ 3 ou 4, dependendo da marca, e os refrigerantes custam U$ 1 |
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jantar no Turaco Treetops com sopa de entrada e filé ao molho de pimenta negra e purê de batatas com vegetais de prato principal |
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mousse de chocolate de sobremesa no jantar do Turaco Treetops Hotel |
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uma noite inesquecível no Turaco Treetops Hotel |
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estávamos no meio de uma floresta cheia de primatas e de outros animais selvagens |
Dia 5 Kibale Forest National Park
Dia 5 Rastreamento de Chimpanzés no Kibale Forest National Park - Bigodi Community Walk - Viagem até o Queen Elizabeth National Park - Linha do Equador de Uganda - Evening Game Drive no Queen Elizabeth National Park - Hotel: Buffalo Safari Lodge - jantar no lodge
Tomamos café da manhã às 6:30hs: uma french toast e um muesli com iogurte e mel deliciosos - o mel de Uganda é maravilhoso!
Não esqueça que é recomendado comer comida de quem vai rastrear chimpanzés 😂
Tinha tanta coisa boa no cardápio do café da manhã (incluído) do hotel Turaco Treetops que era até difícil escolher - podia pedir tudo o que quisesse do menu.
Foi o melhor café da manhã da viagem! Mas não exagere no seu pedido: lembre que você está na África, um lugar onde o desperdício de alimentos é até ofensivo!
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café da manhã de quem vai rastrear chimpanzés |
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não exagere no seu pedido de café da manhã: lembre que você está na África, um lugar onde o desperdício de alimentos é até ofensivo! |
E então seguimos para a 1ª atividade do dia, um dos momentos mais esperados da nossa viagem, o Chimpanzee Tracking, no Parque Nacional Kibale.
O Parque Nacional Kibale protege a floresta tropical úmida e perene de Uganda. Ele varia em altitude entre 1100 e 1600m. Apesar de abranger principalmente florestas perenes úmidas, o parque Kibale tem paisagens diversificadas, e é uma das últimas extensões remanescentes na África que contém tanto florestas de planície quanto montanhosas.
O parque foi criado em 1932, e formalmente estabelecido em 1993, para proteger uma grande área de florestas que antes eram exploradas (pela madeira).
Kibale Forest forma uma floresta contínua com o Parque Nacional Rainha Elizabeth, e essa junção dos parques cria um importante corredor de vida selvagem de 180Km, sendo um grande destino de ecoturismo e de safaris, conhecido pela sua população de chimpanzés habituados e outras 12 espécies de primatas.
A Floresta Nacional de Kibale tem uma das maiores diversidades e concentração de primatas na África.
É o lar de um grande número de chimpanzés ameaçados de extinção, bem como do macaco Colobus vermelho (status: em perigo) e do raro macaco L'Hoest (status: vulnerável).
Existem 13 espécies de primatas no Parque Nacional Kibale: o parque protege várias comunidades habituadas bem estudadas de chimpanzés, bem como outras espécies de macacos da África Central, incluindo o Mangabey de Uganda, o Colobus preto e branco e o macaco azul.
O Kibale Forest National Park é famoso pela sua população de quase 1500 chimpanzés, o parente mais próximo do ser humano.
Embora o Parque Nacional da Floresta de Kibale seja acessível durante todo o ano, a melhor época para visitar o parque é durante a estação seca, quando as trilhas estão mais secas e transitáveis, de dezembro a fevereiro, e depois de junho a setembro.
O clima no parque costuma ser agradável, com temperaturas médias anuais de 14ºC a 27ºC.
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chegando ao lar dos chimps! |
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um dos momentos mais esperados da viagem, o Chimpanzee Tracking, no Parque Nacional Kibale |
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o Charles sempre acertava os permits pra nós, e só tínhamos que assinar formulários de isenção de responsabilidades |
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um a um, os turistas vão chegando, alguns com escolta kkkkk... |
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regras do rastreamento de chimpanzés - a idade mínima para participar desta atividade é de 12 anos |
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sede do Parque Nacional Kibale |
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sala onde é realizado o 'briefing' antes da caminhada |
Rastreamento de Chimpanzés
Em Kibale eles usam a expressão "tracking", de "rastreamento" de chimpanzés, e não trekking (caminhada).
Para chegar até os chimps, é feita uma caminhada pela floresta que pode durar de 30min a 3hs, afinal eles são animais selvagens, e estão sempre em movimento na floresta.
Os grupos de visitantes são limitados a 6 participantes por família de chimpanzés e, assim que os encontramos, ficamos 1h inteira com eles, compartilhando o espaço, a curiosidade, e a intimidade deles.
É uma experiência preciosa, que você não esquecerá nunca mais na vida. Posso garantir.
O trekking com chimpanzés tem um custo de U$ 200 por pessoa - e o Bigodi Swamp Walk custa U$ 14 por pessoa - estavam ambos os passeios incluídos no nosso safari, então não pagamos nada. Novamente, só pagamos bebidas e gorjetas.
Entramos no Kibale Forest National Park pelo Kanyanchu Visitor Center, que é onde acontece o Chimpanzee Tracking.
Dá uns 6,5Km do hotel Turaco Treetops até o Kanyanchu Visitor Center.
Menores de 12 anos de idade não podem participar desta atividade de rastreamento de chimpanzés.
Outras regrinhas importantes no rastreamento de chimpanzés:
- Não usar flash nas fotos
- Não levar nenhuma comida
- Levar água
- Não usar sapatos abertos
- Usar chapéu para não ser batizado por um chimp (eles adoram jogar coisas nas nossas cabeças)
Tem que usar máscaras (aquelas da pandemia), calças e blusas de mangas compridas (para te proteger e evitar de você se machucar no mato, com galhos de árvores, arranhões, picadas de insetos, etc), tênis bons para caminhadas no mato (que não escorreguem) e repelente de insetos.
O uso de máscara é obrigatório quando chegamos perto deles, para evitar que a gente transmita doenças pros chimpanzés - lembre que o nosso código genético é quase igual ao deles, então eles pegam as nossas doenças também!
A regra é ficar a pelo menos 8m de distância dos chimpanzés - mas, se eles se aproximarem de ti, não precisa fugir, nem correr, basta ser amistoso.
É muito importante ir ao banheiro e fazer xixi ANTES de começar a caminhada.
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eu & meu amigo chimp! |
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o filhotinho chimpanzé meta fazer macaquices, todo serelepe! |
Assim que chegamos ao Kanyanchu Visitor Center, acontece um briefing, e logo eles dividem os turistas presentes no local em grupos de 6 pessoas com cada guia.
O nosso grupo era bom: uma senhora inglesa fotógrafa de cavalos com uma câmera com zoom que daria para fotografar Marte, uma engenheira civil polonesa que mora na Arábia Saudita e um casal do leste europeu que não falava uma palavra de inglês.
Todos caminhavam bem no mato, não tinha nenhum bocaberta atrasando o grupo.
Encerrado o briefing, lá vamos nós!
Além disso, vão 2 soldados armados do Exército de Uganda junto com cada grupo de turistas - são os guarda-parques (aos quais é de bom-tom dar uma gorjeta no final).
Os rastreadores, que são os responsáveis por nos ajudar a encontrar os chimpanzés no meio da floresta, já estarão no meio do mato a essa hora - em algum momento, você vai encontrá-los, porque eles ficam lá na floresta rastreando a localização dos chimps e se comunicando com os guias por rádio.
É assim que os guias ficam sabendo aonde nos levar para encontrarmos cada família de chimpanzés!
Ou seja: gorjeta para os rastreadores também!
Os fuzis que você vai ver com os guias, soldados e rastreadores são para assustar elefantes selvagens que são comuns nesta área. NÃO serão usados nos chimpanzés em nenhuma hipótese, nem se eles te atacarem.
Saímos às 8h25min e voltamos às 11h40min. No total, deu 3h15min de atividade.
A trilha deu aproximadamente 5Km pelos meus cálculos (entre ida e volta, no total) - eu esqueci de iniciar e de parar os aplicativos Strava/Wikiloc, pra variar!😜
Aprendemos tantas coisas interessantes!
Se vocês olharem os meus stories do
Instagram, vão perceber que eu não me desgrudo do guia. Quem vai na frente vê muito mais e ainda escuta os comentários do guia 😜
Se você vai lá no fundo da fila, quando chegar, muitas vezes os chimpanzés já vazaram e você perde de vê-los, pois eles são muito rápidos - tem que ser rápido para acompanhá-los na floresta, não dá pra ficar de bobo lá atrás!
Vimos, por exemplo, um cocô recente de um dos elefantes selvagens que andam pela floresta de Kibale: a semente que havia dentro do cocô é de uma fruta que fermenta no estômago dos elefantes e, se esses animais não fossem tão enormes e fortes, ficariam bêbados, pois a fermentação cria álcool suficiente para deixar um elefante tonto!
E mais: os cascudos dependem desses cocôs de elefantes para colocar os seus ovos. É o ciclo da natureza, uma cadeia alimentar perfeita.
Vimos um grupo com 8 ou 9 chimpanzés! E tivemos bastante tempo com 5 deles!
Vimos chimpanzés deitados no mato, vimos chimpanzés no alto das árvores comendo e jogando os figos na nossa cabeça, vimos uma mamãe carregando o filhote nas costas, vimos um filhote rodopiando nas árvores, vimos chimps enormes subindo nas árvores.
Vimos um chimp que perdeu uma luta com o macho dominante 5 anos atrás, levou uma mordida no braço e até hoje tem problemas neste braço - é muito legal porque o guia conhece a história de vida de cada um dos chimpanzés da família.
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Quando visitamos esta família de chimpanzés, eles estavam procurando comida (árvores frutíferas), e daí eles vão "nos levando" junto com eles pela floresta, porque todas estas comunidades que visitamos são de chimpanzés habituados a seres humanos.
Isso é uma coisa bem importante de esclarecer: as famílias de chimpanzés que recebem visitas de turistas nestas atividades são sempre compostas de animais que estão "habituados" com seres humanos há muito tempo, mas isto não significa que você esteja seguro, como se fosse um zoológico: os chimpanzés continuam sendo animais completamente selvagens, e estão em total liberdade no seu próprio habitat, então não vá achando que eles estão "de boas"...todo cuidado e respeito é necessário!
Vimos uma chimpanzé com a bunda vermelha - isso significa que ela está menstruada ❤️
Você sabia que, na hora de reproduzir, as chimpanzés fêmeas sempre escolhem os machos dominantes (os mais fortes e influentes politicamente na comunidade) e se somem com eles no mato por 3 ou 4 dias?
É tudo uma questão de saber escolher bem o pai dos seus filhos!
Enquanto eu filmava tuuudo com o meu celular (nem é necessário ter um bom zoom na câmera, pois os chimpanzés ficam muito próximos de você), o Peg fez umas imagens dignas de National Geographic - é óbvio que vai ter overposting, né!? 🐵
Foi uma experiência simplesmente sensacional, sem qualquer exagero.
É difícil encontrar palavras para descrever o que foi de maravilhoso esse Chimpanzee Tracking; foi difícil me recuperar das emoções dessa manhã espetacular!
Só pelos chimpanzés, já valeria a viagem até Uganda!🐵
Às vezes, esta atividade com os chimpanzés pode ser ofuscada pelos gorilas das montanhas, que são o grande objetivo da viagem, mas acredite em mim: é impressionante ver os nossos parentes mais próximos - os chimpanzés - no seu habitat natural.
É realmente emocionante.
Na chegada de volta à sede do parque nacional, ainda recebemos um certificado de participação na atividade de rastreamento de chimpanzés 💓
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Se você nunca leu sobre isso, antes de viajar pesquise sobre as histórias das 3 mulheres que estudaram os primatas na natureza e garantiram a conservação das espécies:
- Jane Goodall, que pesquisou os chimpanzés no Parque Nacional de Gombe na Tanzânia;
- Dian Fossey, que estudou os gorilas das montanhas de Ruanda e da República Democrática do Congo; e
- Birutė Galdikas, que estudou os orangotangos em Bornéu, na Indonésia.
Era lá na Tanzânia, em Gombe Stream, que a Dra. Jane Goodall vivia e fazia as suas pesquisas sobre os chimpanzés, pesquisas que provaram toda a sofisticação intelectual e emocional de não-humanos, dos chimpanzés em particular.
Vocês sabiam que mais de 99% do código genético dos chimpanzés é igual ao dos seres humanos?
Em 2005, pesquisadores sequenciaram o genoma dos chimpanzés. Ficou constatado que nós, humanos, compartilhamos cerca de 99,6% do nosso DNA com os chimpanzés, fazendo deles os nossos parentes vivos mais próximos.
Já com os gorilas, a semelhança genética é de 98,4%.
E que eles fabricam e usam ferramentas - coisa que, até os estudos da Dra. Jane, acreditava-se que só os humanos faziam?! Pois é, as pesquisas dela foram revolucionárias!
Com o apoio do renomado antropólogo Louis Leakey (que também apoiava as pesquisas da Dian Fossey em
Ruanda), Jane Goodall descobriu que não são apenas os seres humanos que têm personalidade - os chimpanzés também são capazes de pensamentos racionais e de emoções como alegria e tristeza, e têm personalidades únicas e distintas.
Ela também observou comportamentos como abraços, beijos, tapinhas nas costas e até mesmo cócegas, o que as pessoas na época consideravam ações "humanas".
A Dra. Jane Goodall insistia que esses gestos são evidências dos laços estreitos, de apoio e afeto que se desenvolvem entre membros da família de chimpanzés e outros indivíduos dentro de uma comunidade, que podem persistir ao longo de uma vida de mais de 50 anos.
Essas descobertas dela sugeriam que semelhanças entre humanos e chimpanzés existiam em mais do que genes apenas, mas poderiam ser percebidas também nas emoções, na inteligência e nas relações familiares e sociais que eles mantinham.
A pesquisa de Goodall em Gombe ficou mais conhecida pela comunidade científica por desafiar 2 crenças de longa data na época: que apenas os humanos poderiam construir e usar ferramentas, e que os chimpanzés eram vegetarianos passivos.
Os chimpanzés de Gombe matam e comem até 1/3 da população de macacos Colobus do parque a cada ano. Isso, por si só, foi uma importante descoberta científica dela, que desafiou os conceitos anteriores de dieta e comportamento dos chimpanzés.
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Chimpanzés: é melhor em Uganda ou na Tanzânia?
Alguns de vocês devem lembrar que fizemos trekking com chimpanzés no Gombe Stream National Park na Tanzânia, né?
Só vou dizer uma coisa: em Uganda, o nosso rastreamento de chimps foi ainda melhor - vimos mais chimps, eles estavam ainda mais próximos de nós, e por mais tempo, além de ter sido bem mais fácil de encontrá-los!
Nos vídeos que publiquei nos stories, não dá para perceber como o solo da floresta é irregular e difícil de percorrer - nos vídeos parece fácil hehehehe...mas a verdade é que eu nem cansei neste dia - a minha ofegância era de animação mesmo!
Mostrei bastante coisas lá nos stories do
Instagram.
Tem que ter cuidado com o terreno da floresta ao caminhar, porque tem muito cipó onde é fácil prender o pé e tropeçar (teve gente no nosso grupo levando tombão), muitos galhos de árvores para se cravar (até num olho), então tenha bastante cuidado para não se machucar e estragar o seu passeio...
Mas, pelo menos, em Kibale (Uganda) não tinha muitas subidas íngremes nas montanhas, como tinha em Gombe (Tanzânia)! Achei bem mais fácil o caminho até encontrá-los em Uganda do que na Tanzânia...
Masssss...lembre que, para cada grupo de 6 turistas, é designada uma família de chimps, e isso pode ter sido pura sorte nossa. Pode ter sido simplesmente que o nosso grupo foi designado para encontrar uma família de chimpanzés que estava mais próxima da sede do parque...sei lá!
Não tem como afirmar que a experiência é mais fácil em Uganda, porque talvez os outros grupos de turistas tenham passado trabalho para encontrar as suas respectivas famílias de chimpanzés. Não sei dizer como foi a experiência do pessoal dos outros grupos, porque não os encontramos no final.
Contei tudo sobre o nosso 1º safari de chimpanzés, que foi na Tanzânia, aqui:
BICOWA - Bigodi Community Walk
Encerrada a atividade com os chimpanzés perto do meio-dia, o nosso guia Charles perguntou se tínhamos interesse em fazer alguma das caminhadas que são oferecidas por ali: a Bigodi Swamp Walk ou a Community Walk.
A Bigodi Swamp Walk acontece num pântano, um lugar maravilhoso para observadores de pássaros.
Já a Bigodi Community Walk, conhecida pela sigla BICOWA, é uma caminhada pela comunidade de Bigodi, que obviamente foi a minha escolhida!
Foi muito legal!
Visitamos a igreja da comunidade, participamos da cerimônia do café na casa da Coffee Queen, passamos pela escola local, vimos um moço fazendo artesanato em madeira, fomos até o local onde as mulheres da comunidade fazem cestas de palha, num sistema de cooperativa, e ainda experimentamos suco, cerveja e gin de banana na casa do Banana Man.
Só faltou visitar o curandeiro da comunidade, que não estava em casa para nos receber!
Esse tour pela comunidade de Bigodi começou às 12hs e terminou às 14hs - fomos lá direto, depois do trekking dos chimpanzés.
Foram 2hs caminhando pela comunidade de Bigodi (uma pequena aldeia), visitando diferentes casas de pessoas que vivem ali e que aceitam receber visitas de turistas para mostrar como eles vivem, e um pouco das suas vidas cotidianas, da cultura e das tradições do pessoal de lá.
Imperdível! Eu AMEI esse Community Walk. As 2 meninas da comunidade que me acompanharam no passeio também me mostraram plantações de banana, café e chá.
Foi tão legal conhecer um pouquinho mais da vida (difícil) dessas mulheres ugandesas, que é a vida da maioria das mulheres africanas.
Esse é um tour guiado por membros da comunidade e pago - custa U$ 20 por pessoa (estava incluído no nosso safari).
Fotos e vídeos são super bem-vindos! Eles querem muito divulgar esse projeto de caminhadas comunitárias.
Outros custos:
- Mini-gorila de madeira: U$ 5
- Gorjeta para a guia do BICOWA: U$ 5
- Mini-cestinha de palha em BICOWA: UGX 25.000
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sede da BICOWA - Bigodi Community Walk |
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eles me explicaram como é a cerimônia do café, desde a colheita dos grãos verdes |
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todo o processo de elaboração do café |
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a 1ª parada da BICOWA foi na casa da Coffee Queen, e eu nunca imaginei que fazer um simples cafezinho desse tannnnto trabalho! |
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dependendo do quão tostados forem os grãos, mais ou menos forte será o café, que em Uganda é sempre Arábica, o mais forte |
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cerimônia do café na casa da Coffee Queen |
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foram 2hs caminhando pela comunidade de Bigodi, uma pequena aldeia no interior de Uganda |
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Bigodi Community Walk |
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experimentei o amendoim, o café e também o chá, que elas fazem com capim limão e camomila |
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visitamos o local onde as mulheres da comunidade fazem cestas de palha |
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cestas de palha feitas artesanalmente usando cascas de banana para obter a tonalidade amarelada |
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a tonalidade avermelhada vem do urucum |
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as mulheres da comunidade trabalham num sistema de cooperativa, em que os lucros são compartilhados igualmente entre todas |
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elas são verdadeiras artistas - foi muito legal conhecer um pouquinho mais da vida (difícil) dessas mulheres ugandesas, que é a vida da maioria das mulheres africanas |
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bem que tentei fazer uma cesta, com a ajuda dessas artistas, mas sou um desastre em trabalhos manuais - na verdade, a única coisa em que eu sou craque mesmo é fazer roteiros perfeitos de viagens kkk... |
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tenho evitado comprar souvenirs nos últimos anos porque não tem mais espaço em casa, mas, quando a gente vê o artesão trabalhando com tanto carinho, é difícil resistir |
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o forno das bananas na casa do Banana Man |
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das bananas, eles extraem gin, cerveja e suco! |
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adorei a oportunidade de visitar diferentes casas de pessoas que vivem ali e que aceitam receber turistas para mostrar como vivem, e um pouco das suas vidas cotidianas, da cultura e das tradições locais |
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as 2 meninas da comunidade que me acompanharam na caminhada também me mostraram plantações de banana, café e chá |
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experimentamos suco, cerveja e gin de banana na casa do Banana Man |
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fotos e vídeos são super bem-vindos - eles querem muito divulgar esse projeto de caminhadas comunitárias |
Linha do Equador de Uganda
Após a fantástica experiência com os chimps e a caminhada pela comunidade de Bigodi, pegamos a estrada para continuar a nossa jornada até o Queen Elizabeth National Park às 14hs.
No caminho, paramos na Linha do Equador de Uganda.
O Equador é a linha imaginária ao redor do meio do planeta Terra. Ele fica situado a meio caminho entre o Pólo Norte e o Pólo Sul, a 0 graus de latitude, dividindo o planeta em 2 hemisférios: o hemisfério norte, para cima da linha, e o hemisfério sul, abaixo desta linha.
Sei que a foto abaixo não é memorável, mas ela é importante pra mim: pela 1ª vez, consegui colocar os pés nos 2 hemisférios (norte e sul) simultaneamente 😜
Chegar à Linha do Equador é um marco para qualquer viajante, assim como ultrapassar o Círculo Polar Ártico, passar pelos Trópicos de Câncer e de Capricórnio, ir a Greenwich...enfim - me faltava pisar na Linha do Equador, e neste dia eu pude riscar mais este "feito" da minha wishlist!
Valeu, Uganda, por me proporcionar TANTO. Tanto mais do que eu esperava!
Vale registrar que existiam outros lugares mais bonitos para pisar na Linha do Equador em Uganda, pois esta linha imaginária atravessa todo o país, e este local ainda estava em construção.
A vantagem deste ponto é que ele estava bem no nosso caminho, pertinho do Queen Elizabeth National Park.
A Linha do Equador, também conhecida como Paralelo Zero, atravessa 13 países em 4 continentes: América, África, Ásia e Oceania.
Os 13 países atravessados pela Linha do Equador são: Equador, Brasil, Colômbia, Gabão, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, República do Congo, Quênia, Somália, Uganda, Indonésia, Kiribati e Maldivas.
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Linha do Equador de Uganda |
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existem outros lugares mais bonitos para pisar na Linha do Equador em Uganda, pois este local turístico ainda estava em construção quando estivemos lá, mas valeu! |
Buffalo Safari Lodge no Queen Elizabeth National Park
Entramos no
Parque Nacional Rainha Elizabeth a caminho do
Buffalo Safari Lodge, nosso alojamento desta noite, que fica situado DENTRO do parque nacional, com direito a waterbucks e
elefantes rondando a piscina do hotel.
Entramos no Parque Nacional Queen Elizabeth pelo Kasenyi Gate.
No hotel, nos receberam com as toalhas umedecidas e os suquinhos de frutas deliciosos de sempre.
Aproveitamos bastante a piscina do Buffalo Safari Lodge, que tem uma vista incrível para um waterhole do parque nacional onde os animais vão tomar água.
O hotel também oferece binóculos, que são bem úteis para ver os animais da área da piscina.
O Buffalo Safari Lodge é maravilhoso, tem ventilador, o nosso quarto era lindo (mesmo sem ter vista) e super confortável.
O banho é que não era tão bom quanto nos outros 2 hotéis que tínhamos ficado hospedados nos dias anteriores, e o wifi era sofrível - acredito que estes 2 defeitos deste alojamento são decorrentes do fato de que ele fica situado dentro do parque nacional, num lugar bem remoto.
O atendimento é aquela simpatia de sempre - às vezes até meio excessiva (ficam te bajulando, sabe?).
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chegando ao Buffalo Safari Lodge, dentro do Queen Elizabeth National Park |
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recepção do Buffalo Safari Lodge no Queen Elizabeth National Park |
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nosso chalé no Buffalo Safari Lodge |
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quarto no Buffalo Safari Lodge |
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Buffalo Safari Lodge no Parque Nacional Rainha Elizabeth |
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banheiro do nosso quarto no Buffalo Safari Lodge |
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um banho de piscina com por do sol na savana do Parque Nacional Rainha Elizabeth, o que mais eu poderia querer?! |
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aproveitamos bastante a piscina do Buffalo Safari Lodge |
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o Buffalo Safari Lodge tem uma vista incrível para um waterhole onde os animais do Parque Nacional Rainha Elizabeth vão tomar água |
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esta é a vista da recepção/restaurante do Buffalo Safari Lodge |
Ficamos hospedados no Buffalo Safari Lodge por 2 noites, dentro do Queen Elizabeth National Park.
O preço da diária nesta época, que eu me dei ao trabalho de pesquisar, estava em UGX 1.013.035. Para saber o preço de uma diária deste hotel em dólares, é só dividir por 3.765 (cotação do xelim ugandense para o dólar).
Eu fiz a conta, dá U$ 270 por dia, o que, pra nós, é caríssimo. Se ele não estivesse já incluído no nosso safari, jamais pagaríamos este valor por uma diária de hotel em Uganda. Quem dirá por duas diárias!
Estou começando a gostar desse negócio de "pacote"😅
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se a estadia no Buffalo Safari Lodge não estivesse incluída no nosso safari, jamais pagaríamos este valor por uma diária de hotel em Uganda |
O jantar no Buffalo Safari Lodge foi ótimo - salada de milho e T-bone com molho e purê. De sobremesa, bolo de chocolate.
O hotel tem jogos no lounge, como o típico Igisoro, uma variante para 2 jogadores da Mancala.
Conhecemos esse jogo na Tanzânia, onde se chamava Mancala. Em Uganda se chama Igisoro. Acredito que eles têm umas regras diferentes, mas o tabuleiro é praticamente igual.
Pelo que me explicaram, esta é uma variante do jogo Omweso, do povo Baganda, que é jogado principalmente em Uganda, no Burundi e em Ruanda. Omweso é o tradicional jogo de Mancala do povo de Uganda.
O Igisoro, assim como o Omweso e outras Mancalas da África Oriental, como Bao (encontrado na Tanzânia e países vizinhos), são jogados com um tabuleiro de 4×8 e 64 sementes.
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o Buffalo Safari Lodge tem jogos no lounge, como o típico Igisoro, uma variante para 2 jogadores da Mancala |
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um drink com por do sol para celebrar mais um dia perfeito na África |
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o jantar no Buffalo Safari Lodge foi ótimo |
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restaurante do Buffalo Safari Lodge |
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você tem ideia do quão mágico é tomar um banho de piscina vendo os elefantes do Parque Nacional Rainha Elizabeth rondando a piscina do hotel?? |
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momentos para guardar na memória e no coração |
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jantar no Buffalo Safari Lodge - T-bone com molho e purê |
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sobremesa no Buffalo Safari Lodge |
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Buffalo Safari Lodge no Parque Nacional Rainha Elizabeth |
Terrorismo em Uganda
Nosso roteiro tinha previsão de um night game drive nesta noite, mas os safaris noturnos estão suspensos no momento - segundo o Charles, devido a um "incidente" em que 2 turistas gringos desapareceram lá num safari noturno, então o Charles nos ofereceu um evening game drive (que seria à tardinha, antes de anoitecer), mas, como já estávamos BEM cansados neste dia, preferimos ficar curtindo a piscina do hotel e o por do sol maravilhoso de cada dia.
Fiquei curiosa para saber mais sobre este incidente e fui pesquisar, e então descobri que o tal "incidente" tinha sido na verdade um ataque terrorista 😜
No site
gov.uk, que é ótimo para pesquisar riscos em viagens - dica do pequeno viajante: pesquise sempre na aba
Foreign travel advice - eu descobri que turistas e cidadãos estrangeiros podem ser alvo da ADF em áreas próximas da fronteira com a RDC.
O grupo ADF (Allied Democratic Forces ou Forces démocratiques alliées) é um grupo rebelde islâmico que atua em Uganda e na República Democrática do Congo (RDC). É considerado uma organização terrorista pelo governo de Uganda e pelos EUA, ligada ao Estado Islâmico.
Foram registrados vários ataques terroristas no oeste do Uganda, em áreas próximas da fronteira com a RDC, especialmente em torno da passagem fronteiriça de Bwera.
Em outubro de 2023, mais especificamente, 2 turistas gringos e seu motorista foram mortos pela ADF no Parque Nacional Rainha Elizabeth.
ESTE, então, era o "incidente" a que o Charles se referia!
O casal, uma sul-africana e um britânico em lua de mel, estavam fazendo safari acompanhados de um guia local no Parque Nacional Rainha Elizabeth, quando foram atacados e assassinados pelos terroristas islâmicos, que ainda colocaram fogo no veículos deles e mataram também o guia ugandês.
Aqui alguns links que relatam essa história:
Note que esse evento foi noticiado pela BBC, Reuters, Le Monde, Al Jazeera, etc, ou seja, todas as maiores agências de notícias do mundo publicaram a respeito, mas notícias do continente africano não chegam ao Brasil.
Coloquei essas informações aqui porque eu acho importante que vocês saibam, mas obviamente não é para desestimular ninguém de ir para Uganda, muito pelo contrário.
Tenho plena convicção de que as probabilidades de alguém sofrer um ataque terrorista são muito maiores nos EUA, em Paris ou em Bali, do que em Uganda. Você corre muito mais perigo numa viagem ao Rio de Janeiro do que numa viagem a Uganda, se olhar as estatísticas, então...
Acho apenas que esta é mais uma boa razão para viajar por Uganda com uma agência, e não por conta própria, ainda mais se você tem vontade de viajar para os lados de Ruanda e da RDC, que são áreas de maior risco, já que, se não fosse pelo Charles nos comentar sobre o tal "incidente", nós jamais tomaríamos conhecimento desses perigos, dessas coisas que só um local sabe.
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chegando ao Queen Elizabeth National Park, que, por incrível que pareça, já foi palco de um ataque terrorista em Uganda |
Dia 6 Queen Elizabeth National Park e Kazinga Channel
Dia 6 Morning Game Drive no Queen Elizabeth National Park - almoço no lodge - Passeio de barco pelo Canal Kazinga - Hotel: Buffalo Safari Lodge - jantar no lodge
Tomamos café da manhã no hotel Buffalo Safari Lodge às 6:30hs e saímos às 7hs pro safari da manhã no Queen Elizabeth National Park.
Este parque nacional é conhecido por sua abundante vida selvagem, incluindo elefantes africanos, búfalos africanos, kobs de Uganda, hipopótamos, javalis, porcos gigantes da floresta, crocodilos do Nilo, leopardos, hienas pintadas, chimpanzés e leões.
No total, o parque abriga 95 espécies de mamíferos, 10 espécies de primatas, como chimpanzés, e 618 espécies de aves.
É a 6ª maior diversidade de aves do mundo, e a mais alta da África, tornando-o um destino perfeito para safaris de observação de pássaros em Uganda.
Existem cerca de 400 leões em Uganda e o Parque Nacional Rainha Elizabeth tem cerca de 130 leões e é considerado o parque mais visitado de Uganda, sendo o melhor lugar para ver leões, incluindo os famosos leões escaladores de árvores.
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café da manhã no Buffalo Safari Lodge |
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vista do café da manhã no Buffalo Safari Lodge |
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entramos no Parque Nacional Queen Elizabeth pelo Kasenyi Gate |
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o Queen Elizabeth National Park é conhecido por sua abundante vida selvagem |
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kob de Uganda |
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búfalos africanos |
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o parque abriga 95 espécies de mamíferos |
Eles também se orgulham da grande diversidade de habitats do parque, que incluem lagos, savanas, florestas e zonas úmidas.
O Queen Elizabeth National Park se situa na parte oeste de Uganda, entre os Lagos Edward e George, com o Canal Kazinga atravessando a sua área.
O parque recebeu o nome da Rainha da Inglaterra em 1954, após a sua visita ao local.
A estação seca, que vai de janeiro a fevereiro e de junho a setembro, é considerada a melhor época para visitar, sendo a alta temporada de safaris em Uganda de junho a setembro.
As espécies migratórias chegam de agosto a dezembro e de março a maio, sendo estes os melhores períodos para quem quer observar pássaros.
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o Queen Elizabeth National Park abriga 618 espécies de aves |
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eles se orgulham muito da grande diversidade de habitats do Queen Elizabeth National Park |
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o Queen Elizabeth National Park é considerado o parque mais visitado de Uganda |
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manada de búfalos ao amanhecer no Queen Elizabeth National Park |
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uma parada para descanso no morning game drive no Queen Elizabeth National Park |
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esta parada para descanso com banheiro, barzinho e bancas de artesanato e vendas de souvenirs fica num viewpoint às margens do Lago Bunyampaka |
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Lago Bunyampaka no Queen Elizabeth National Park |
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ali ao lado fica situada uma outra opção de hospedagem dentro do parque nacional, o Kasenyi Safari Camp |
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nesta parada para descanso tem bancas de artesanato e vendas de souvenirs |
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tenha a moeda local trocada para pagar pelo uso dos banheiros |
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artesanato à venda na parada para descanso no Queen Elizabeth National Park |
Vimos muitos búfalos, alguns Pumbas, Uganda kobs e a coisa ficou por aí.
Estava bem fraca a manhã de safari, e já estávamos voltando pro hotel, quando avisaram ao nosso guia Charles via rádio que haviam avistado leões numa determinada área do parque, e ele saiu correndo para nos levar até lá!
Umas 30 bifurcações depois, chegamos ao tal lugar, e não havia 1, mas sim 3 leões!
Lindo de ver.
A facilidade com que um deles subiu na árvore foi impressionante.
Ali o binóculos que a agência tem no veículo foi necessário, pois eles estavam muito distantes para tirar fotos boas. Mas salvaram a manhã de safari!
A moral da história é que, mesmo que o safari pareça "perdido", você sempre pode encontrar leões aos 45min do 2º tempo, então não desista!
Ainda mais se forem os famosos leões escaladores de árvores, que são praticamente únicos no mundo - vou contar melhor essa história mais abaixo, no capítulo sobre Ishasha, uma área do mesmo Parque Nacional Rainha Elizabeth que visitamos no dia seguinte e que é conhecida justamente pelos seus leões escaladores de árvores!
Sem falar que esse Parque Nacional Rainha Elizabeth oferece vistas lindas das Montanhas Rwenzori.
Voltamos pro hotel depois das 11hs, almoçamos no
Buffalo Safari Lodge, descansamos e nos organizamos para sair às 13:50hs pro tão esperado safari de barco no Canal Kazinga.
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mesmo que o safari pareça "perdido", você sempre pode encontrar leões aos 45min do 2º tempo, então não desista |
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de primeira, pensamos que eram 2 leões ali perto do tronco da árvore, mas, se você olhar com atenção, verá que há um 3º leão encarapitado mais acima no mesmo galho |
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note a facilidade com que um deles sobe na árvore - parece que está grudado no tronco - não é por nada que eles são chamados de "leões escaladores de árvores"! |
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nesta manhã de safari o binóculos que a agência Ngoni Safaris Uganda tem no veículo foi necessário |
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almoçamos no Buffalo Safari Lodge |
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sobremesa do almoço no Buffalo Safari Lodge |
Safari de barco pelo Canal Kazinga
O Canal Kazinga é um local impressionante, onde centenas de animais vêm beber água ou se banhar nas horas mais quentes do dia.
É um canal natural de 32Km de comprimento em Uganda (percorremos apenas parte dele), que conecta o Lago Edward e o Lago George, no Parque Nacional Rainha Elizabeth.
O Kazinga Channel não tem nada a ver com o Rio Nilo - como expliquei antes, de um lado dele fica o Lake George e de outro lado fica o Lake Edward, que é dividido com a RDC (onde se chama Lac Édouard).
O canal atrai uma variedade de animais, ostentando uma das maiores concentrações de hipopótamos do mundo, além de crocodilos do Nilo, elefantes, búfalos e muitas espécies de pássaros.
Todos esses animais podem ser facilmente vistos num emocionante passeio de barco pelo Canal Kazinga.
Navegamos bem pertinho deles, e foi uma forma bem diferente de vivenciar a natureza da África.
É raro, mas às vezes eu fico sem palavras para descrever o quão incrível são algumas experiências que vivemos.
Essa foi uma delas😅
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o Kazinga Channel é um canal natural de 32Km de comprimento em Uganda, que conecta o Lago Edward e o Lago George, no Parque Nacional Rainha Elizabeth |
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chegando ao porto de embarque do passeio de barco pelo Canal Kazinga |
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um enorme Marabu, cegonha africana carnívora com um bico muito forte e uma bolsa pneumática na base do pescoço |
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o local é usado por pescadores do Canal Kazinga |
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barcos de pescadores no Canal Kazinga |
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hipopótamos |
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elefantes africanos |
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búfalo no Canal Kazinga |
O passeio de barco pelo Canal Kazinga começa às 14hs e dura 2hs.
Esse safari foi top! Como já comentei acima, gostei muito mais deste passeio de barco pelo Canal Kazinga no Queen Elizabeth National Park do que do safari de barco que fizemos dias antes pelo Rio Nilo no Parque Nacional Murchison Falls.
Fizemos 2 safaris de barco em Uganda: o 1º no Rio Nilo, dentro do Fort Murchison National Park, mais ao norte do país, sobre o qual já contei acima, e o 2º foi este, no Canal Kazinga, dentro do Queen Elizabeth National Park.
O 1º foi incrível por estarmos navegando no famoso Rio Nilo, até a base das incríveis Murchison Falls, e também, obviamente, porque foi o nosso 1º safari de barco com hipopótamos.
Mas este safari no Canal Kazinga foi uma barbaridade. Incomparável.
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o Queen Elizabeth National Park tem a 6ª maior diversidade de aves do mundo, e a mais alta da África |
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o Canal Kazinga no Queen Elizabeth National Park é um destino perfeito para safaris de observação de pássaros em Uganda |
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o Canal Kazinga é simplesmente infestado de hipopótamos! |
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o único animal que eles podem garantir que veremos no boat safari com 100% de certeza é o hipopótamo |
O Canal Kazinga é simplesmente IN-FES-TA-DO de hipopótamos!
Inclusive, a guia nos informou de antemão que o único animal que eles podem garantir que veremos no boat safari, com 100% de certeza, é justamente o hipopótamo, porque o Kazinga tem um monte de "escolas" de hipos - não sei o coletivo de hipopótamos em português, alguém sabe??🦛
O safari de barco durou 2hs e teve até avistamento de um raro hipopótamo com vitiligo (uma doença de pele) - vamos ver se vocês adivinham nas fotos abaixo qual deles é o hipo raro!
E, respondendo à pergunta mais frequente que me fizeram: simmmm, eles são perfeitamente capazes de virar um barco. Fácil!
ESSE da foto abaixo é o barco desse safari. Um hipopótamo vira fácil, se se sentir ameaçado/atacado.
Por isso, os capitães dos barcos mantêm uma certa distância, embora a gente tenha ficado em certos momentos a menos de 10m deles. De DEZENAS deles 😜
A grande vantagem de fazer o safari no barco pequeno é justamente poder se aproximar mais das margens, onde os animais ficam "de molho" durante o dia.
Mas, além de hipopótamos, teve muito mais!
A gente viu os búfalos se banhando no canal e não dava pra entender como entraram na água. Pelas barrancas que não foi, né? Aí vimos que eles vão caminhando pelas margens até onde dá para entrar e sair do canal!
Lembram que expliquei nos stories no
Instagram sobre os búfalos chamados de "loosers"? São estes, os "perdedores". A natureza não tem nenhuma empatia e respeito pelos búfalos mais velhos 😜
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este é o barco usado no safari do Canal Kazinga, BEM menor do que o barco usado no passeio que havíamos feito dias antes pelo Rio Nilo; BEM mais fácil para um hipo virar
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em certos momentos, ficávamos a menos de 10m deles - de dezenas deles |
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a grande vantagem de fazer o safari num barco pequeno é poder se aproximar mais das margens, onde os animais ficam "de molho" durante o dia |
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víamos búfalos se banhando no Canal Kazinga e não dava pra entender como entraram na água...até que vimos que eles vão caminhando pelas margens até um ponto onde dá para entrar e sair do canal |
Depois de enfrentar águas infestadas de hipopótamos...ainda encontramos uma família de elefantes inteirinha chegando ao canal para tomar banho!
Foi um dos momentos mais emocionantes do dia!
Ficamos um tempão lá assistindo ao banho da turma. Houve um momento ainda mais especial em que toda a galera de elefantes estava na água se banhando e, de repente, eles todos se viraram para o lado da terra firme, para dar as boas-vindas aos amigos que estavam chegando para o banho!
Aliás, eles perceberam a chegada da outra manada antes de nós, provavelmente porque sentiram a vibração no chão da chegada da outra turma de elefantes!
Tinha um bebê-elefante no meio da galera que, se eu pudesse, tinha trazido pra casa! A coisa mais fofinha que já se viu!
E o mais impressionante de toda essa cena do banho dos elefantes é que a água estava infestada de hipopótamos ali também!
A guia nos explicou que eles - hipos e elefantes - são bons vizinhos, não disputam por comida, nem por território, e não comem os filhotes uns dos outros 🥴
Búfalos também se dão bem com os elefantes.
O passeio só não recebeu nota 10 porque eles poderiam desligar o motor do barco (e calar a boca da guia kkkk) para que a gente pudesse ouvir só o barulhinho da natureza.
Não sei se tem alguma orientação de não desligarem os motores dos barcos por questão de segurança (para poder vazar dali rapidamente, caso seja necessário), mas, pelo menos, poderiam orientar a guia a não falar TANTO.
Por aí vocês já entendem o porquê de nós termos aversão a programas guiados em geral😅
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encontramos uma família de elefantes inteirinha chegando ao Canal Kazinga para tomar banho! |
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vocês não imaginam o estrondo que faz uma manada de elefantes descendo as barrancas para entrar na água - uma emoção! |
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este foi um dos momentos mais emocionantes do dia! |
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ficamos um tempão lá assistindo ao banho da turma |
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o mais impressionante de toda essa cena do banho dos elefantes é que a água estava infestada de hipopótamos ali também |
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eu já estava querendo trazer o bebê-elefante pra casa! |
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a guia nos explicou que hipos e elefantes são bons vizinhos, não disputam por comida, nem por território, e não comem os filhotes uns dos outros |
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assistir ao banho dos elefantes no Canal Kazinga foi um grande privilégio |
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búfalos também se dão bem com os hipos e com os elefantes |
Outro momento especial do dia foi quando vimos o African monitor lizzard ou Lagarto-do-Nilo.
Trata-se de um lagarto gigante da família Varanidae, que inclui o Dragão de Komodo.
O Lagarto-do-Nilo é um dos maiores lagartos do mundo, com 1,5 a 2m de comprimento. Pode ser encontrado no continente africano e foi introduzido acidentalmente na Flórida.
De acordo com a nossa guia, é o 2° maior lagarto que existe no mundo - só perde para o Dragão de Komodo mesmo!
Pelas minhas contas, neste passeio, nós vimos (além de muitas outras espécies de pássaros):
- African fish eagle
- Kingfishers
- Hipos
- Elefantes
- Búfalos
- Lagarto-do-Nilo
- Crocodilos 🐊
Uganda é um dos lugares mais especiais na África para observadores de pássaros, então MUITA gente vai até lá só pra isso!
Estes adoradores de pássaros são até engraçados: não estão nem aí para os elefantes, os búfalos e os hipopótamos, só querem saber de kingfishers, eagles e storks kkkkk...é praticamente uma tara!
Pra ver como, no mundo, realmente tem gosto pra tudo!
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African monitor lizzard ou Lagarto-do-Nilo no galho da árvore |
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ninhos de pássaros pendurados nas árvores do Canal Kazinga |
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olha a quantidade de ninhos de pássaros pendurados em uma única árvore! |
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safari de barco pelo Canal Kazinga |
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nos barrancos do Canal Kazinga, era possível ver os buracos cavados pelas aves para seus ninhos |
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African fish eagle |
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Kingfisher |
O
Buffalo Safari Lodge, hotel onde nos hospedamos novamente nesta noite, fica praticamente nas margens do Canal Kazinga.
Em 10min, depois do safari de barco pelo canal, já estávamos de volta ao hotel.
Chegamos ao hotel às 16hs e tivemos bastante tempo para relaxar e aproveitar a piscina maravilhosa cercada de elefantes e antílopes do Buffalo Safari Lodge antes do jantar.
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relax na piscina cercada por elefantes e antílopes do Buffalo Safari Lodge no Queen Elizabeth National Park |
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um jantar com vista do Queen Elizabeth National Park no Buffalo Safari Lodge |
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os chalés do Buffalo Safari Lodge ficam realmente cercados pela natureza, e é comum passarem elefantes pelas janelas dos quartos |
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piscina do Buffalo Safari Lodge |
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jantar com fogueira no Buffalo Safari Lodge |
Dia 7 Ishasha Tree Climbing Lions
Dia 7 Ishasha Tree Climbing Lions - Fronteira com a República Democrática do Congo - Viagem até o Bwindi Impenetrable National Park - Batwa Pygmies Community Walk - Hotel: Rushaga Gorilla Camp - jantar no lodge - Apresentação de músicas e danças típicas
Em Uganda, como já comentei, toda noite você escolhe os itens do cardápio que vai querer comer no café da manhã do dia seguinte.
É raro algum hotel ter buffet de café da manhã ou de almoço/jantar - as refeições são sempre servidas na mesa - entrada, prato principal e sobremesa.
Neste dia do nosso roteiro em Uganda, nós tomamos café da manhã, fizemos check-out do Buffalo Safari Lodge e pegamos a estrada para o sul, em direção a Ishasha, que é parte do Queen Elizabeth National Park.
Saímos às 8:20hs.
Já começamos o dia vendo elefantes e babuínos cruzando a estrada na nossa frente!
Na estrada de chão - essa foi uma das poucas estradas de chão que pegamos no nosso roteiro em Uganda - chegamos a ver um grupo com 9 elefantes! 3 filhotinhos!
Sobre as estradas de chão, posso dizer que, em todo o nosso roteiro em Uganda, pegamos 2 dias com bastante estradas de chão. O resto da viagem foi praticamente todo por estradas asfaltadas - só saíamos do asfalto por alguns poucos quilômetros para chegar até algum hotel ou até alguma atração, mas, no resto do tempo, estávamos rodando sempre por estradas asfaltadas. Só nos últimos 2 dias, nesta parte mais ao sul do país, foi que pegamos bastante estradas de terra.
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em Uganda, todas as noites você escolhe os itens do cardápio que vai querer comer no café da manhã do dia seguinte |
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já começamos o dia vendo elefantes cruzando a estrada na nossa frente! |
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nos últimos 2 dias do nosso roteiro em Uganda, nesta parte mais ao sul do país, pegamos bastante estradas de terra |
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nesta manhã chegamos a ver um grupo com 9 elefantes, 3 deles filhotinhos |
Como contei antes, existem aproximadamente 400 leões em Uganda, sendo que 130 deles estão no Parque Nacional Rainha Elizabeth, que é considerado o melhor lugar para ver leões em Uganda, incluindo os famosos leões escaladores de árvores.
É um tanto incomum que leões subam em árvores.
Existem apenas 2 populações em todo o mundo desses leões que realmente sobem em árvores como um de seus comportamentos diários. Uma dessas populações é encontrada no setor Ishasha, na parte sul do Parque Nacional Rainha Elizabeth, em Uganda, exatamente onde estávamos.
A outra população desses famosos Tree Climbing Lions pode ser encontrada no Parque Nacional do Lago Manyara, na Tanzânia, que visitamos há alguns anos.
Nosso plano nesta manhã era explorar o setor sul de Ishasha para rastrear esses leões, que são comumente vistos em árvores como as figueiras e as acácias.
Supõe-se que este tipo de leões sobem em árvores como forma de se proteger contra as moscas tsé-tsé que os picam no nível do solo, enquanto outras pessoas afirmam que eles sobem nos galhos para escapar do calor no chão e aproveitar o frescor e a brisa, mas a verdade é que ninguém pode afirmar com certeza a razão pela qual eles sobem nos galhos das árvores.
O Setor Ishasha do Queen Elizabeth National Park é hoje muito famoso justamente por causa da sua população misteriosa de leões que escalam árvores: os felinos são normalmente vistos deitados preguiçosamente nos galhos das enormes figueiras, olhando para os Kobs de Uganda que pastam nas planícies abertas de Ishasha - e estas são na verdade as principais presas desses leões.
É comum ver esses leões dormindo nos galhos das árvores à tarde, enquanto digerem a comida após o almoço.
Caso você seja perseguido por um leão, optar por subir nas árvores como forma de escapar não ajudará muito, especialmente no Parque Nacional Rainha Elizabeth, já que esses leões têm a capacidade de subir nas árvores.
Mas, quando chegamos em Ishasha, nem os rastreadores de leões do Exército de Uganda, devidamente armados com drones, não estavam conseguindo encontrar os leões naquela manhã.
Pois é, os rastreadores do exército usam drones para encontrar os leões escaladores de árvores em Ishasha, e naquela manhã não estavam com sorte.
Só vimos velvet monkeys com filhotinhos.
Por sorte, já tínhamos avistado os famosos leões escaladores de árvores do Queen Elizabeth National Park no dia anterior, assim nem deu pra ficarmos decepcionados!
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o Setor Ishasha do Queen Elizabeth National Park é hoje muito famoso justamente por causa da sua população misteriosa de leões que escalam árvores |
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paramos em Ishasha para falar com os rastreadores de leões do Exército de Uganda, mas nem eles, devidamente armados com drones, não estavam conseguindo encontrar os leões naquela manhã |
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os rastreadores do exército usam drones para encontrar os leões escaladores de árvores em Ishasha, e naquela manhã não estavam com sorte |
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por sorte, já tínhamos avistado os famosos leões escaladores de árvores do Queen Elizabeth National Park no dia anterior, assim nem deu pra ficarmos decepcionados no Setor Ishasha |
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não vimos leões em Ishasha, mas vimos velvet monkeys com filhotinhos |
Fronteira com a República Democrática do Congo
Não encontramos leões em Ishasha, mas encontramos a fronteira com a República Democrática do Congo.
Não dava para cruzarmos a fronteira, porque é arriscado nessa região e porque os vistos de turista pro Congo são carérrimos 🤑
Lembram que, quando falei do terrorismo em Uganda, eu comentei que foram registrados vários ataques terroristas no oeste do Uganda, em áreas próximas da fronteira com a RDC? Pois é, mas não precisa se preocupar: esta passagem de fronteira que nós fomos conhecer é bem mais ao sul, não é em Bwera, onde ocorreram os ataques terroristas.
De qualquer forma, toda a fronteira com o Congo é complicada e, para ir até a ponte, onde efetivamente se cruza a fronteira, precisa até de escolta armada do Exército de Uganda, o que não era uma opção pra nós, que só queríamos mesmo xeretar, porque não íamos pagar uma fortuna pelos vistos do Congo.
É um lugar meio sinistro, cheio de militares armados com fuzis...não é o tipo de local onde você se sente confortável para ficar tirando fotos, pelo contrário: fotos ali não são nada recomendadas - quando vê, eles ainda apreendem a sua câmera!
Então, como não havia leões à vista nas árvores de Ishasha, seguimos nosso caminho para o
Bwindi Impenetrable Forest National Park -
Rushaga Gorilla Camp, hotel onde íamos pernoitar nesta noite, pertinho da porta de entrada do parque nacional dos gorilas.
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fronteira com a República Democrática do Congo |
Bwindi Impenetrable Forest National Park
O Bwindi Impenetrable Forest National Park, ou, em bom português, Parque Nacional da Floresta Impenetrável de Bwindi, tem um nome super sugestivo, e de fato faz jus ao nome: é um dos lugares mais remotos onde já estive na vida, e olhe que posso dizer que já exploramos alguns lugares bem remotos neste planeta.
Um lugar que parece distante da civilização, com pessoas vivendo em condições precaríssimas. As moradias são realmente ocas, como se vê nos filmes! Fiquei até constrangida de fotografar tanta miséria e precariedade 😢
Parecia que a gente não ia vencer nunca aquelas milhares de curvas em estradas de chão esburacadas e sacolejantes.
Por ali tem até uma curva famosa por ser uma das curvas mais fechadas do mundo, com 15°, pelo que me lembro!
Logo começaram a aparecer montanhas e muitas plantações de chá.
A estrada de chão até o Bwindi Impenetrable National Park é um zigue-zague infinito de curvas-cotovelo pelas montanhas.
Levamos muitas horas para rodar uns poucos Kms. Nem o Google Maps reconhecia as estradas que nós pegamos! Eu tentava nos "encontrar" no Google Maps e ele estava totalmente perdido - o aplicativo simplesmente não marcava nenhuma das estradas por onde estávamos rodando naquele dia.
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o Bwindi Impenetrable Forest National Park é um dos lugares mais remotos onde já estive na vida |
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o Google Maps não reconhecia as estradas que nós pegamos neste dia - eu tentava nos "encontrar" no aplicativo e ele estava totalmente perdido, simplesmente não marcava nenhuma das estradas por onde estávamos rodando naquele dia |
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levamos muitas horas para rodar uns poucos Kms por estradas de chão sacolejantes, em ziguezague pelas montanhas |
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passamos dos 2.300m de altitude neste dia |
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com direito a uma parada no caminho para comprar milho assado! |
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tem até uma curva famosa ali na região por ser uma das curvas mais fechadas do mundo, com 15°, pelo que me lembro |
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logo começaram a aparecer montanhas e muitas plantações de chá |
Foi um caminho bem difícil e, ao mesmo tempo, impressionante. Mesmo tendo sido uma viagem cansativa, sem sinal de celular, eu não deixaria de fazê-la.
Foi educativo.
Foi como um tapa na cara, um abrir de olhos pra nos mostrar que ainda existem lugares assim no planeta.
Neste dia do nosso roteiro em Uganda, comemos um almoço empacotado de Rolex (packed lunch) no carro mesmo, no caminho. Não queríamos perder tempo, pois já havíamos percebido que aquele dia a viagem duraria muitas horas.
Também fizemos algumas (poucas) paradas para banheiro no caminho.
Rushaga é o nome do vilarejo aonde iríamos pernoitar nesta noite, e também o nome da área do parque nacional de Bwindi que nós íamos visitar no dia seguinte, para finalmente vermos os gorilas das montanhas.
O parque nacional de Bwindi é dividido em vários setores com diferentes nomes, e o trekking para rastreamento dos gorilas acontece em outras áreas do parque também.
Escrevi um post aqui no blog específico sobre o Parque Nacional da Floresta Impenetrável de Bwindi e sobre a nossa experiência com os gorilas das montanhas, que foi o que motivou toda esta viagem e também um dos melhores momentos da minha vida:
Gorilas das Montanhas em Uganda na Bwindi Impenetrable Forest
Chegamos no hotel onde pernoitaríamos nesta noite por volta das 15hs - o
Rushaga Gorilla Camp - e logo saí para o
Batwa Pygmies Community Walk.
Rushaga fica a 1912m de altitude, e por isso pode fazer um friozinho lá, principalmente à noite.
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Rushaga é o nome do vilarejo aonde iríamos pernoitar nesta noite, e também o nome da área do parque nacional de Bwindi que nós íamos visitar no dia seguinte para vermos os gorilas das montanhas |
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Rushaga Gorilla Camp |
BaTwa Pygmies Community Walk
Se você decide fazer esta caminhada, o
guia da comunidade dos pigmeus BaTwa virá te buscar no teu hotel, e de lá já fomos caminhando até a comunidade, que era bem próxima do nosso hotel
Rushaga Gorilla Camp.
Esta foi uma das únicas atividades do nosso roteiro em Uganda que era paga à parte - foi uma sugestão do nosso guia Charles.
Claro que você pode pedir pro pessoal da agência já deixar esta atividade incluída no seu pacote do safari, mas sugiro que você deixe para decidir se quer mesmo participar quando estiver lá - porque pode ser que você chegue ao hotel muito cansado depois da longa viagem pelas estradas de chão, sem ânimo para sair para mais uma atividade física (é uma caminhada!).
A atividade custa U$ 25. Talvez para grupos maiores seja possível conseguir um desconto.
A minha caminhada pela comunidade Batwa (dos pigmeus) de Rushaga ficou devidamente registrada no
Strava aqui.
Começamos a caminhada por volta das 15h45min.
O trajeto do hotel até lá, ida e volta, foi de aproximadamente 3,4Km, com ganho de elevação de 77m, e levamos mais ou menos 2hs fazendo esse passeio no total.
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chegando à sede da comunidade dos pigmeus BaTwa |
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o guia da comunidade dos pigmeus BaTwa virá te buscar no teu hotel |
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vilarejo da comunidade dos pigmeus BaTwa |
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sede da comunidade dos pigmeus BaTwa |
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a sede da comunidade dos pigmeus BaTwa fica situada bem próxima do hotel onde nos hospedamos, o Rushaga Gorilla Camp |
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a minha caminhada pela comunidade dos pigmeus Batwa em Rushaga ficou registrada no Strava |
Mas, afinal, como foi visitar uma comunidade de pigmeus em Uganda?
Eu sei bem o quão controverso é decidir (ou não) visitar vilarejos de povos nativos. E escolho visitar sempre que viajantes são bem-vindos. Porque sempre me sinto muito bem-vinda. Sempre consigo sentir o quão felizes eles ficam quando recebem turistas, gringos, mzungu, firangi, farang, foreigners ou seja lá como você for chamado nesses lugares.
Muitos criticam lugares que recebem turistas e que mais se parecem com zoológicos humanos.
Já escrevi mais sobre isso aqui no blog:
Lugares onde os turistas chegam, tiram fotos e vão embora sem aprender nada, sem interagir com ninguém, sem levar nada e sem trazer nada de bom para a comunidade que estão visitando.
Eu acredito que tudo depende do lugar que você escolhe visitar e da forma que você faz a sua visita.
Eu vou porque tenho interesse real em conhecer a vida cotidiana das pessoas, em saber como elas vivem, a sua cultura e também as suas dificuldades.
Mas essa visita à comunidade dos pigmeus de Uganda especificamente foi um soco no estômago. Bem diferente da comunidade de Bigodi, que eu tinha visitado apenas alguns dias antes, e cuja caminhada tinha sido leve, divertida.
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menino da comunidade dos pigmeus Batwa em Uganda |
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sala de aula na escola da comunidade dos pigmeus Batwa em Uganda |
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crianças da comunidade dos pigmeus Batwa em Uganda |
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a escola é super precária, construída de barro pela própria comunidade |
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comunidade dos pigmeus Batwa em Uganda
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a escola é também um orfanato para crianças sem família, e esta é a "cozinha", onde são preparadas as refeições do orfanato e as merendas que as crianças comem na escola |
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uma das tendas onde vivem as senhoras da foto abaixo |
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mulheres Batwa em Uganda |
Fui visitar um vilarejo de pigmeus em Uganda, do povo Batwa, conhecidos por sua pequena estatura.
E a visita não foi nada light. Pelo contrário: foi dolorida, difícil, triste...mas muito necessária.
Vale esclarecer que a palavra Batwa, na língua nativa deles, significa pigmeu. Então, usar a expressão pigmeus BaTwa, como eu estou usando aqui, é errado - uma redundância - é como dizer "pigmeus pigmeus".
Esse povo nativo - também conhecido como Twa - foi forçado pelo governo de Uganda a abandonar as suas terras na floresta, onde viveram como nômades coletores/caçadores por centenas de anos, a fim de preservar os gorilas das montanhas, quando a Floresta Impenetrável de Bwindi se tornou um parque nacional.
O plano para expulsar os Batwa das florestas do sudoeste de Uganda foi traçado na década de 1930, pelos então administradores coloniais, e foi executado no início da década de 1990, depois que o Parque Nacional de Bwindi foi declarado área protegida.
O problema é que eles colocavam armadilhas para caçar animais para a sua sobrevivência, mas os gorilas das montanhas acabavam caindo nessas armadilhas dos pigmeus 🥴
O governo também tinha como justificativa para expulsar os Batwa da floresta o fato de que era necessário proteger os gorilas e chimpanzés de contraírem doenças dos humanos.
Assim, eles foram simplesmente expulsos do lugar onde sempre viveram, sem nenhum tipo de compensação, sem terras para plantar, sem moradias e hoje são um grupo de pessoas ameaçadas de extinção.
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a palavra Batwa, na língua nativa, significa pigmeu |
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tudo depende do lugar que você escolhe visitar e da forma que você faz a sua visita |
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os pigmeus são conhecidos por sua pequena estatura
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eu gosto de visitar essas comunidades porque tenho interesse real em conhecer a vida cotidiana das pessoas, em saber como elas vivem, a sua cultura e também as suas dificuldades |
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as crianças caminham muitos quilômetros, às vezes, para poder frequentar a escola do vilarejo |
O mais triste é que, com o passar do tempo, o povo Batwa perdeu gradualmente o contato com a sua cultura. Esta perda foi rápida, porque a maior parte das suas tradições estavam ligadas à floresta, onde nasceram e foram criados.
Os hábitos tradicionais, como a identificação de plantas medicinais, a caça e a coleta de mel silvestre, só permaneceriam relevantes se eles continuassem vivendo na floresta.
Fora das florestas, esses hábitos milenares não faziam sentido.
Não preciso contar a vocês como essa história termina, né?
Se não terminou bem para os povos nativos de países de 1° mundo, como Canadá, EUA ou Austrália, onde os aborígenes ainda hoje vivem semi-marginalizados, pensa como a história poderia terminar num lugar onde a maior parte da população vive abaixo da linha da miséria, como Uganda.
Os BaTwa estão entre os habitantes mais pobres de um dos países mais pobres do mundo.
Os pigmeus Twa são um dos grupos tribais mais antigos da África, e hoje eles vivem em condições de vida esquálidas, muito precárias mesmo, sem acesso à alimentação, à saúde, à energia elétrica, a saneamento básico e muito menos à educação.
Eles sobrevivem de algumas atividades, como colmeias de abelhas, cogumelos que recolhem da floresta, fazem cestos de bambu e também da caça selvagem. Muitos Batwa ainda caçam ilegalmente na floresta, devido à falta de outras fontes de proteínas.
A floresta é de importância cultural para os BaTwa, que oferecem sacrifícios religiosos aos seus deuses.
Os U$ 25 que a gente paga como turistas pela visita à comunidade é o que banca a escola que eu visitei. Acho que só isso já seria razão suficiente para fazer essa caminhada pela comunidade.
Fui acompanhada por um guia local e um policial armado foi junto conosco (os elefantes selvagens da floresta, sempre eles).
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os hábitos tradicionais, como o de fazer fogo apenas usando madeira, acabam se perdendo, pois só permaneceriam relevantes se eles continuassem vivendo na floresta - porque as crianças BaTwa aprenderão a fazer fogo da forma tradicional se tiverem fósforos? |
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os pigmeus hoje são um grupo de pessoas ameaçado de extinção |
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estas são as moradias da maioria dos pigmeus que vivem nesta comunidade em Uganda
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moradia BaTwa por dentro
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essa visita à comunidade dos pigmeus de Uganda foi um soco no estômago |
A experiência, como um todo, me deixou triste.
Triste de ver aquelas crianças com tão pouco.
Me deixou pensando em formas de tentar ajudar. Bancar uma criança por um ano no orfanato custa U$ 450. Apenas 10% das crianças Batwa estão matriculadas em escolas.
Para vocês terem uma idéia, a população Batwa em Uganda tem uma expectativa de vida de apenas 28 anos, e cerca de 40% das crianças não sobrevivem até aos 5 anos de idade.
Os Batwa vivem em pequenas cabanas feitas principalmente de gravetos e de grama, em condições paupérrimas como eu nunca tinha visto antes, miseráveis mesmo.
No último censo, a população de pigmeus em Uganda era de apenas 6.700 pessoas.
Nem a música e as danças não me alegraram, porque inicialmente achei tudo meio deprimente. Mas, depois de um tempo ali, percebi o orgulho deles. Orgulho das danças que estavam mostrando, das músicas que estavam tocando, das poucas melhorias que estão conseguindo fazer na escola local.
Um orgulho genuíno de mostrar a própria cultura, sabe?
Aquela dança e aquela música não eram "pra gringo ver", era o momento de alegria do dia deles, entende?
É a comercialização da cultura sim, mas é justamente essa comercialização da cultura que está bancando a sobrevivência e a educação de muitas dessas crianças Twa órfãs.
Sim, em alguns momentos pode (e vai) parecer um safari humano sim, mas é o único jeito que eles têm, hoje em dia, de manter as tradições Twa vivas nessas comunidades e de preservar a cultura nativa.
E mais: é uma forma de nos educar, de nos mostrar que o mundo vai muito além da nossa bolha.
Perguntei quais são as outras fontes de renda, as opções de sobrevivência que eles têm hoje, fora o turismo e a agricultura de subsistência. A resposta? Mendigar.
Então eu digo: vá conhecer os pigmeus Batwa em Bwindi, compre o artesanato deles, ajude como puder. Eles agradecem.
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triste de ver essas crianças com tão pouco, e com poucas esperanças de um futuro melhor |
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um orgulho genuíno de mostrar a própria cultura |
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apenas 10% das crianças Batwa estão matriculadas em escolas |
Rushaga Gorilla Camp
Antes da caminhada pela comunidade dos pigmeus de Uganda, nós já havíamos feito check-in no
Rushaga Gorilla Camp - eu adorei o nosso quarto, que dá uma sensação de tenda, sem ser, super aconchegante.
Os quartos têm sacadas maravilhosas, com vistas para a floresta de Bwindi, onde vivem os gorilas das montanhas.
O banho era muito bom e, como faz um friozinho em Rushaga à noite (lembra que comentei que o vilarejo fica a 1912m de altitude?), eles levam bolsas de água quente para os quartos, para colocarmos nas camas para nos aquecer (não há ar-condicionado).
Como em todos os outros hotéis em que nos hospedamos em Uganda, no Rushaga Gorilla Camp você também vai precisar de um adaptador de tomadas, pois eles usam tomadas inglesas em todo o país - uma herança colonial.
O hotel oferecia café ou chá como cortesia, e curtimos um lindo por do sol nas montanhas tomando um café e assistindo a uma apresentação de músicas e danças típicas de Uganda (contei mais abaixo)👇
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Rushaga Gorilla Camp |
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nosso quarto no Rushaga Gorilla Camp imitava uma barraca |
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quarto super aconchegante no Rushaga Gorilla Camp |
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quarto no Rushaga Gorilla Camp |
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os quartos do Rushaga Gorilla Camp têm sacadas maravilhosas, com vista para a floresta de Bwindi, onde vivem os gorilas das montanhas |
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sacada do nosso quarto no Rushaga Gorilla Camp |
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banheiro do nosso quarto no Rushaga Gorilla Camp |
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o Rushaga Gorilla Camp fica imerso na floresta de Bwindi |
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nosso chalé no Rushaga Gorilla Camp |
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fim de tarde no Rushaga Gorilla Camp |
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curtimos um lindo por do sol nas montanhas tomando um café no Rushaga Gorilla Camp |
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palco para a apresentação de músicas e danças típicas de Uganda no Rushaga Gorilla Camp |
Como sempre, nesta noite jantamos no hotel.
Vale contar que, na maioria das noites, o nosso guia Charles jantava junto conosco. E notamos que isso não era uma particularidade do Charles, e sim de todos os grupos de turistas com guias. Em todas as mesas dos restaurantes de hotéis, nas refeições, sempre havia um casal de gringos (ou uma turma maior) e um guia ugandês acompanhando.
Essa é a praxe lá.
Eu gostei disso, porque era uma boa oportunidade de interagirmos melhor com o Charles, tirarmos nossas dúvidas sobre a programação do dia seguinte, perguntarmos mais sobre Uganda, etc. Mas também achei legal que, mais ou menos a cada 2 noites, o Charles "desaparecia" na hora do jantar, "nos dava uma folga" da companhia dele, para jantarmos sozinhos.
Afinal, também era uma viagem de casal, né? Isso (dele desaparecer e nos permitir jantar sozinhos) aconteceu em umas 3 noites do nosso roteiro em Uganda.
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lounge do Rushaga Gorilla Camp |
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jantar no Rushaga Gorilla Camp |
Apresentações de músicas e danças típicas em Uganda
Nesta noite do nosso roteiro em Uganda, antes do jantar no Rushaga Gorilla Camp, tivemos uma apresentação de um grupo de mulheres no hotel, com músicas e danças típicas Batwa.
Você não precisa procurar muito para encontrar uma apresentação folclórica em Uganda! Eles adoram, e os hotéis sempre oferecem essas apresentações aí pelas 19:30hs.
Importante: pelo que entendi, os hotéis não pagam nada a esses grupos folclóricos para eles se apresentarem - eles apenas "permitem" que o grupo faça a sua apresentação no hotel, o que significa que eles fazem isso simplesmente pelas gorjetas.
Muitas pessoas que vivem nesta região - especialmente os pigmeus Batwa - sobrevivem justamente das gorjetas destas apresentações para os turistas. Por isso, não seja muquirana: se você assistiu a apresentação, e gostou a ponto de tirar fotos e filmar, faça um favor e deixe uma gorjeta decente!
Os grupos que se apresentam nos hotéis normalmente são grandes, numerosos, formados por, pelo menos, 10 músicos/dançarinos/cantores, e eles dividem as gorjetas recebidas entre eles.
Você pode colocar na caixinha tanto euros, quanto dólares, quanto a moeda local, mas, se for deixar dólares, procure deixar apenas notas bem novinhas, porque notas velhas, amassadas, riscadas ou rasgadinhas de dólar não têm nenhum valor em Uganda, e eles não conseguem trocar por Xelins Ugandenses depois.
Lembre que eles dependem disso para sobreviver e que a continuidade desses "shows gratuitos" para os próximos turistas que forem lá depende apenas da sua generosidade.
Esta apresentação no Rushaga Gorilla Camp em Uganda foi bem diferente de outras danças típicas que nós vimos em outros lugares durante esta mesma viagem, como em Ruanda!
Embora as músicas e danças sejam parecidas em Uganda e em Ruanda, você vai notar as diferenças na música, nos instrumentos usados, na coreografia e até nas roupas e apetrechos que eles usam nas apresentações (achei que eram mais elaborados em Ruanda) 👌
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apresentação de um grupo de mulheres no Rushaga Gorilla Camp, com músicas e danças típicas Batwa |
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esta apresentação no Rushaga Gorilla Camp em Uganda foi bem diferente de outras danças típicas que nós vimos em outros lugares durante esta mesma viagem |
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grupo que se apresentou na sede do Bwindi Impenetrable National Park antes do trekking dos gorilas
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apresentação de músicas e danças típicas em Ruanda |
Dia 8 Gorilla Trekking
Neste último dia do nosso roteiro em Uganda, tomamos um café da manhã reforçado, de quem vai correr atrás de gorilas nas montanhas e, às 7:15hs, saímos com nosso guia Charles para o local onde acontece o briefing e onde começa a caminhada para rastrear os gorilas, na sede de Rushaga do Parque Nacional da Floresta Impenetrável de Bwindi.
A sede do parque nacional de Bwindi em Rushaga ficava a menos de 5min de distância do
Rushaga Gorilla Camp, hotel aonde pernoitamos na véspera, pertinho da porta de entrada do
Bwindi Impenetrable National Park.
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café da manhã reforçado do Rushaga Gorilla Camp para quem vai correr atrás de gorilas nas montanhas |
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Gorilla Trekking |
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um sonho que se tornou realidade em Uganda |
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nosso rastreamento de gorilas na floresta de Bwindi em Uganda superou todas as expectativas |
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filhotinho de gorila no Bwindi Impenetrable National Park |
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você tem que usar máscaras no trekking com gorilas para evitar que eles contraiam doenças de humanos, já que nosso código genético é muito similar |
A caminho de Ruanda
O roteiro que estava no site da agência que contratamos incluía apenas Uganda e, no final do safari, o itinerário terminava na capital de Uganda, Kampala, mas, como era um tour privado, seria possível alterarmos tudo o que quiséssemos, inclusive o roteiro, e escolher as datas que fossem melhores para nós.
Sendo assim, pedi um roteiro que incluísse também Ruanda (além de Uganda), terminando em Kigali, e eles prontamente me ofereceram uma sugestão de roteiro que achei excelente, pelo mesmo valor, e no mesmo número de dias (7 noites/8 dias).
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pedi que a agência alterasse o roteiro para incluir Ruanda e terminar em Kigali |
Assim, depois que fizemos o trekking dos gorilas no Parque Nacional da Floresta Impenetrável de Bwindi em Uganda, seguimos em direção a Ruanda.
No caminho em direção à fronteira entre Uganda e Ruanda, paramos em Kisoro, ainda em Uganda, para abastecer o carro e ir ao banheiro por volta das 12:30hs.
Trocamos de carro ali, pois o carro de safari 4x4 em que estávamos viajando até então, com placa de Uganda, não tinha autorização para cruzar a fronteira com Ruanda.
Saímos de Kisoro aí por 13:20hs e logo já começamos a ver os vulcões do Volcanoes National Park em Ruanda, nosso próximo destino!
Na fronteira terrestre entre Uganda e Ruanda - Cyanika Border Post - a nossa saída de Uganda e a entrada em Ruanda foram bem simples.
Como já tínhamos os vistos de Ruanda nos nossos passaportes, ou seja, os East Africa Tourist Visas, estava tudo certo!
Nos fizeram as perguntas padrão de qualquer imigração (onde vão, quantos dias ficam, profissão) e imediatamente carimbaram nossos passaportes.
Já para dar a entrada do carro em Ruanda foi uma baita função, uma papelada, o nosso motorista e guia Charles correu pra lá e pra cá um tempão.
Cruzamos a fronteira a pé, enquanto o Charles fazia a papelada do carro!
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depois que fizemos o trekking dos gorilas no Parque Nacional da Floresta Impenetrável de Bwindi em Uganda, seguimos em direção a Ruanda, por estradas tão ruins quanto as do dia anterior |
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neste trecho, graças ao nosso guia Charles, vimos um camaleão, animal que eu nunca tinha visto! |
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fizemos uma parada em Kisoro, ainda em Uganda |
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o carro de safari 4x4 em que estávamos viajando até então, com placa de Uganda, não tinha autorização para cruzar a fronteira com Ruanda, então tivemos que nos despedir dele em Kisoro e continuar viagem neste outro carro |
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logo começamos a ver os vulcões do Volcanoes National Park em Ruanda, nosso próximo destino |
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posto de fronteira terrestre entre Uganda e Ruanda - Cyanika Border Post |
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o vilarejo de Cyanika marca a divisa entre Uganda e Ruanda |
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cruzamos a fronteira entre Uganda e Ruanda pelo Cyanika Border Post |
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cruzamos a fronteira entre Uganda e Ruanda a pé, enquanto o nosso guia Charles fazia a papelada do carro |
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carimbos de entrada e saída de Uganda |
Está planejando uma viagem para a
África? Conta aí se este post ajudou a tirar as tuas dúvidas!
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