Qual dinheiro levar numa viagem a Uganda
Numa viagem a Uganda, as melhores moedas que você pode levar são U$ dólares e € euros, que você vai poder trocar pela moeda local e até usar para fazer alguns pagamentos, inclusive para gorjetas.
Já no que toca a cartões de crédito e de débito, aí depende de para onde você vai viajar, capital ou interior - alguns lugares simplesmente não aceitam cartões de crédito ou de débito, ou cobram taxas de 5 a 10% a mais para pagamentos com cartões.
Pagamos várias coisas em Uganda (inclusive gorjetas) em U$. Não pagamos praticamente nada com cartão de débito e muito menos crédito (muito difícil aceitarem). Só conseguimos pagar com cartão de débito algumas bebidas em hotéis.
Sempre levamos parte do dinheiro para a viagem num cartão de débito, como Nomad ou Wise (eu tenho um e o Peg tem o outro). É uma ótima segurança.
De modo geral, cartões de crédito e de débito, como Nomad e Wise, são aceitos na capital e também em outros lugares um pouco mais turísticos, mas, em Uganda, é fundamental carregar também dinheiro vivo, de preferência em notas pequenas, para emergências com cartões ou para usar em quaisquer situações onde cartões não sejam aceitos, como em gorjetas na rua, mercadinhos ou com vendedores ambulantes, por exemplo, ou onde eles cobram taxas extras para pagamentos com cartões.
No interior do país, quase tudo o que você pagará será em dinheiro vivo, já que muitos locais - mesmo hotéis ou restaurantes - não aceitam cartões.
Na minha opinião (é o que nós temos feito há alguns anos), o melhor é levar o dinheiro que você acha que vai precisar para a viagem em dólares ou euros e em notas de 100 que sejam de boa qualidade e novas (pois, se forem velhas ou em mau estado de conservação, eles não aceitarão), e então trocar, em casas de câmbio, os seus U$ dólares e € euros pela moeda local e carregar a moeda local em notas pequenas.
Friso que, em Uganda, em especial, eles eram MUITO chatos com relação às cédulas de dólares - qualquer risquinho ou cantinho cortado já era motivo para não aceitarem as nossas cédulas - faça questão, quando comprar dólares, de pegar apenas notas BEM novinhas, para não ter problemas!
E, claro, não deixe de levar na viagem o seu cartão de débito internacional, caso um dia precise sacar dinheiro em caixas eletrônicos, e o seu cartão de crédito internacional, devidamente habilitado para uso no exterior, para uma emergência ou despesa inesperada, e especialmente porque quase sempre é necessário ter um cartão de crédito para aluguéis de carros.
Leia nosso post sobre Kampala para saber direitinho onde trocar dinheiro em Uganda: Kampala, a caótica capital de Uganda: o que fazer, onde ficar e outras dicas
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casa de câmbio em Kampala, capital de Uganda |
Qual é a moeda usada em Uganda
A moeda de Uganda é o Xelim ugandense ou ugandês.
O código de moeda para Ugandan Shillings é UGX. O símbolo da moeda é USh.
As cotações das moedas informadas abaixo são de junho de 2024, época da nossa viagem:
- U$ 1 = UGX 3765
- R$ 1 = UGX 733
- € 1 = UGX 4010
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cédulas de Xelins ugandenses |
Quanto custa viajar para Uganda
Nós trocamos € 100 por UGX 401.000 (1 euro = UGX 4010) no shopping em frente ao nosso hotel em Kampala - o City Shopping Mall.
A cotação do dólar americano era de U$ 1 = UGX 3765.
Abaixo, fiz uma listinha de alguns
custos que tivemos durante a nossa viagem por Uganda, para que vocês possam ter uma ideia de quanto custa viajar ao país - foram poucos gastos porque TODO O RESTO estava incluído no pacote que compramos com a agência
Ngoni Safaris Uganda, como explicarei melhor abaixo.
Continue lendo que mais adiante eu conto tudo sobre os custos do pacote que compramos!
Para mais informações sobre os preços dos
vistos, veja este post, onde expliquei tudo:
Vistos Uganda
Se você quiser saber todos os detalhes dos custos das nossas passagens aéreas para esta viagem, veja aqui:
Quanto custa viajar para Uganda 👇
- Almoço Rolex e cervejas no hotel em Kampala: UGX 40.000
- Boda-boda (moto-táxi): UGX 5.000
- Ingresso Mesquita Gaddafi: UGX 25.000
- Garrafa 1l de água: UGX 2.000
- Janta Rolex e cerveja no hotel: UGX 23.000
- Hotel em Kampala: UGX 176.000 (U$ 47)
- Café da manhã na estrada: UGX 35.000
- Bebidas no almoço Ziwa Rhino Sanctuary: UGX 10.000
- Gorjetas rangers e guia rinocerontes: UGX 40.000
- Cerveja no barco do Rio Nilo no Murchison Falls National Park: UGX 7.000
- Bebidas no Fort Murchison Lodge: UGX 90.000 (U$ 24)
- Bebidas no almoço no Restaurante Gardens em Fort Portal: UGX 14.000
- Bebidas no Turaco Treetops Lodge: U$ 22
- Mini-gorila de madeira: U$ 5
- Gorjeta para a guia do BICOWA: U$ 5
- Mini-cestinha de palha em BICOWA: UGX 25.000
- Trekking com chimpanzés: U$ 200 por pessoa
- Bigodi Swamp Walk: U$ 14 por pessoa
- Taça de vinho branco/tinto: U$ 5
- Cervejas: U$ 3 ou 4, dependendo da marca
- Refrigerante: U$ 1 (NUNCA tem Coca-Zero, só Pepsi)
- Banheiros no Queen Elizabeth National Park: UGX 1.000 por pessoa
- Bebidas no Buffalo Safari Lodge: U$ 36
- Ice tea no Buffalo Safari Lodge: UGX 20.000
- Gorjeta para dançarinas no Rushaga Gorilla Camp: UGX 20.000
- Bebidas no Rushaga Gorilla Camp: U$ 18 (UGX 66.000)
- Batwa Pygmies Community Walk: U$ 25
- Permit Gorillas: U$ 800 por pessoa
- Porters: U$ 20
- Gorjetas carregadores de malas hotéis: UGX 5.000
- Gorjeta rastreadores de gorilas: UGX 20.000
- Gorjeta Charles (guia e motorista Ngoni): U$ 85
O litro do diesel em Uganda chega a custar UGX 5.000, é bem caro! A gasolina pode chegar a UGX 5.500 em alguns postos de combustíveis!
Com certeza devo ter esquecido de incluir alguns gastos nesta lista acima, mas já dá para ter uma boa idéia de quanto custa viajar por Uganda, né?!
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o litro do diesel em Uganda chega a custar UGX 5.000, é bem caro |
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aqui você pode ver os preços de suco de abacaxi, cafés e samosas |
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apenas as bebidas das refeições que não estavam incluídas no nosso pacote de safari |
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alguns lodges exageram nos preços dos drinks 😡 |
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a água era incluída no pacote do safari |
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mini-cestinha de palha em BICOWA: UGX 25.000 (não deixe de barganhar) |
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mini-gorila de madeira: U$ 5 (preço totalmente negociável) |
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cervejas mais sofisticadas, como esta, custam bem mais caras que as tradicionais Nile e Bell |
Como chegar a Uganda
Já escrevi um post específico sobre como chegamos até
Uganda, voando para
Entebbe, o principal aeroporto do país, que fica próximo da capital
Kampala.
Entebbe está para a capital Kampala assim como Guarulhos está para São Paulo.
Veja todas as dicas aqui:
Aliás, vale relembrar aqui que poucos aeroportos no mundo tiveram um filme inteiro rodado neles. O aeroporto de
Entebbe em Uganda é um deles. Se você nunca viu esse filmão, não perca:
7 Dias em Entebbe.
Conto mais sobre ele abaixo!
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aeroporto internacional de Entebbe em Uganda |
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Entebbe está para a capital Kampala assim como Guarulhos está para São Paulo |
Chegando no Aeroporto de Entebbe - Kampala em Uganda
Chegando ao Aeroporto de Entebbe, em Uganda, a fila da imigração foi bem demoradinha.
Quando finalmente nos atenderam, a funcionária da imigração viu que já tínhamos providenciado os nossos vistos da África Oriental e só carimbou nossos passaportes com a entrada em Uganda pelo aeroporto de Entebbe.
Ela colou um visto todo bonito nos nossos passaportes, e ficou com a folha impressa da autorização de visto que nós entregamos junto com os passaportes. Não perguntou nada, só tirou uma foto de nós.
Veja aqui como foi fazer nossos
vistos para a África Oriental:
Vistos Uganda e RuandaDepois, passamos num raio-x para sair do terminal.
Na África do Sul, a diferença de fuso horário para o Brasil é de 5hs. Em Uganda, são 6hs de diferença.
Tem máquinas ATM no aeroporto para sacar dinheiro, 'money exchange' (câmbio de moedas) e empresas vendendo simcards no terminal de chegadas do aeroporto de Entebbe.
Nós sempre evitamos trocar dinheiro em casas de câmbio situadas em aeroportos, porque 99% das vezes as cotações são bem piores do que nos centros das grandes cidades.
O motorista enviado pela nossa empresa de safari já estava nos esperando na saída do aeroporto, com uma placa com meu nome. O transfer do Aeroporto de Entebbe para Kampala era incluído no pacote do nosso safari, e a van que nos buscou no aeroporto era super confortável.
O motorista nos deixou no
Victoria Mews Hotel, hospedagem que eu havia reservado pelo
Booking bem no centro da capital de Uganda, pois a 1ª noite de hotel em Kampala não era incluída no nosso pacote.
A corrida do Aeroporto Internacional de Entebbe ao hotel custava em torno de U$ 40 - como já falei, Entebbe é mais ou menos como Guarulhos, fica distante da capital cerca de 40Km/1h! O nosso hotel oferecia transfers por esse valor, mas nós não precisamos usar, como expliquei acima.
Se estiver pensando em alugar um carro e dirigir, não esqueça que, em Uganda, o trânsito é na mão inglesa.
O aeroporto de Entebbe fica nas margens do Lago Vitória, o maior lago da África, que faz fronteira entre Quênia, Tanzânia e Uganda.
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a fila da imigração foi bem demorada no Aeroporto de Entebbe |
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o motorista enviado pela nossa empresa de safari já estava nos esperando na saída do aeroporto, com uma placa com meu nome |
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no aeroporto internacional de Uganda, a Pepsi dá as boas-vindas à Pérola da África |
Vistos para Etiópia, Uganda e Ruanda
Já contei neste post tudo o que vocês precisam saber para providenciar vistos para viajar para a África Oriental (Uganda e Ruanda) e a Etiópia:
Vistos Etiópia, Uganda e Ruanda
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East Africa Tourist Visa |
Melhor chip de celular para usar em Uganda
Publiquei aqui no blog um post completíssimo sobre o melhor chip de celular para usar numa viagem pela África, então não vou repetir tudo aqui - confere lá que a dica é boa:
Foi esse simcard que usamos em Uganda, e funcionou perfeitamente!
A rede de telefonia celular que tinha a melhor cobertura em Uganda era a Airtel. Fizemos a conexão manual na chegada.
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chip de celular para usar na África |
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a rede de telefonia celular que tinha a melhor cobertura em Uganda era a Airtel, e nós fizemos a conexão manual na chegada ao país |
Filmes passados em Uganda para assistir antes de viajar
Lá eu já mencionei alguns excelentes filmes passados na África que você simplesmente precisa assistir antes de viajar ao continente.
Mas, antes e depois desta viagem, acabei descobrindo ou revendo outros filmes imperdíveis que se passam em Uganda, e não posso deixar de recomendá-los aqui:
O Último Rei da Escócia: filme de 2006 passado na Uganda da década de 70, quando o país vivia sob o regime ditatorial de Idi Amin, um dos piores ditadores da África, famoso por sua brutalidade e megalomania. O filme é a adaptação de Kevin Macdonald do romance homônimo de Giles Foden, que narra a experiência e o turbilhão emocional do médico pessoal de Idi Amin, à medida que ele lentamente vai se tornando o confidente do ditador. A maioria das cenas deste drama histórico e biográfico foi filmada em Kampala, capital de Uganda, em 2005, quando uma equipe de filmagem de Hollywood foi à cidade para filmar a versão do livro para a tela grande. O filme foi estrelado por Forest Whitaker - que aprendeu até a falar Swahili para interpretar o polêmico personagem, um dos ditadores mais terríveis que a África já viu - e acabou lhe rendendo o prêmio Oscar de Melhor Ator por seu papel como 'Big Daddy'. Visitamos Kampala e aprendemos mais sobre os horrores praticados por esse ditador no país. IMPERDÍVEL!
7 Dias em Entebbe: filme que descobri meio sem querer, acho que no "My Family Cinema". Em julho de 1976, um voo da Air France de Tel-Aviv à Paris foi sequestrado e forçado a pousar no aeroporto de Entebbe, em Uganda. Os passageiros judeus foram mantidos reféns para que fosse negociada a liberação de terroristas e anarquistas palestinos presos em Israel, na Alemanha e na Suécia. Sob pressão, o governo israelita decidiu organizar uma operação de resgate, atacar o campo de pouso do aeroporto e soltar os reféns. Foi uma das maiores operações de resgate de reféns da história, e o filme é todo baseado nesta história real - é realmente um baita filme! O filme inteiro se passa no Aeroporto de Entebbe, que, como comentei antes, está para Kampala, capital de Uganda, assim como Guarulhos está para São Paulo. Lembrei muito deste filme quando estivemos lá!
Bobi Wine - The People's President: o líder da oposição, ativista e estrela musical de Uganda, Bobi Wine usa sua música para combater o regime liderado por Yoweri Museveni, que lidera o país há quase 40 anos. O documentário acompanha sua corrida às eleições presidenciais de 2021. Ele é um ex-membro do Parlamento de Uganda. Segundo resultados oficiais, ele perdeu as eleições de 2021 para o ditador Museveni, mas acusa o ganhador de fraude eleitoral. Foi preso, depois foi autorizado a viajar para o exterior, onde divulgou por meio deste documentário a corrupção envolvida nas eleições de 2021 e, ao voltar a Uganda, em outubro de 2023, foi novamente preso.
Rainha de Katwe: Phiona Mutesi é uma jovem de Uganda que faz de tudo para alcançar o seu objetivo de se tornar uma das melhores jogadoras de xadrez do mundo. Órfã de pai e moradora de uma região bem pobre, Mutesi foi obrigada a largar a escola por falta de dinheiro, mas estava decidida a enfrentar todos os obstáculos para tornar seu sonho realidade.
Poderoso Joe: filme infantil. Quando era criança e morava na África, Jill Young viu sua mãe ser morta quando tentava proteger os gorilas selvagens de caçadores liderados por Andrei Strasser. Adulta, Jill passou a cuidar de um gorila órfão chamado Joe que, devido a uma anomalia genética, tinha mais de 5m de altura. Quando Gregg O'Hara chega da Califórnia e vê o animal, convence Jill que Joe ficaria mais seguro em uma área de preservação da vida selvagem.
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o aeroporto internacional de Uganda é o cenário do ótimo filme "7 Dias em Entebbe" |
Porque viajar a Uganda
A única coisa que a maioria das pessoas já ouviu falar sobre Uganda é sobre Idi Amin.
Isso até é compreensível, porque é realmente difícil pensar em Uganda e não lembrar do terrível ditador Idi Amin, militar ugandense que foi Presidente de Uganda de 1971 até 79, considerado um dos ditadores mais brutais e déspotas da história. Quem não é dessa época e nunca ouviu falar dele, vai entender do que estou falando depois de assistir ao filme "O Último Rei da Escócia", que menconei acima.
O ditador louco e sanguinário, que se autointitulou "Rei da Escócia", é praticamente a única referência que o mundo tem do país. E isso é uma pena! As pessoas nem imaginam o que estão perdendo.
Uganda é a África condensada, com tudo de melhor que o continente tem a oferecer em um país pequeno, mas extraordinário.
Uganda é um país naturalmente fértil, onde tudo que se planta cresce, com florestas exuberantes que reverberam com vida.
As árvores de copas densas protegem o playground de centenas de diferentes espécies de pássaros e de mamíferos, incluindo mais da metade de todos os gorilas das montanhas do planeta Terra.
Leia mais:
Paisagens muito verdes cobrem a maior parte de Uganda e de suas colinas e campos verdejantes.
A água é outra característica dominante na paisagem: o poderoso Rio Nilo começa a sua jornada em Jinja e atravessa o país.
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o famoso Rio Nilo começa a sua jornada em Jinja e atravessa Uganda |
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Uganda é um país naturalmente fértil, onde tudo que se planta cresce |
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mais da metade de todos os gorilas das montanhas do planeta Terra vivem em Uganda |
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paisagens muito verdes cobrem a maior parte de Uganda e de suas colinas |
A sudoeste, as colinas transformam-se em montanhas e elevam-se até os imponentes Vulcões Virunga, na fronteira com Ruanda e com a República Democrática do Congo (RDC).
Os picos das Montanhas Rwenzoris, a cordilheira mais alta da África, são cheios de espécies de plantas endêmicas, cobertos por glaciares em plena Linha do Equador, e as savanas de Uganda, situadas em alguns dos cenários mais deslumbrantes do continente africano, nutrem a vida selvagem clássica dos safaris.
A paisagem apresenta grandes contrastes, desde os imponentes vulcões verdes no sudoeste até as falésias rochosas ocres do nordeste. Simplesmente de tirar o fôlego.
Embora o povo de Uganda tenha sofrido duros golpes nas últimas décadas, especialmente durante o governo do terrível ditador Idi Amin, os ugandenses mantiveram o espírito cordial, e são simpáticos, extrovertidos e sempre educados, enquanto tentam decidir se se unem como nação ou se a política e a vida continuarão divididas em suas tribos.
Se, com tudo isso, você ainda precisa de motivos para viajar a Uganda, posso fazer uma lista:
- Escutar as conversas dos chimpanzés enquanto você persegue os passos deles no Parque Nacional Kibale Forest
- Penetrar a floresta impenetrável no Parque Nacional Bwindi para se aproximar dos gorilas das montanhas
- Curtir a noite de Kampala e conhecer alguns dos melhores bares e clubes da África
- Ver as barracas de legumes à luz de velas na escuridão das ruelas de Kampala
- Explorar o caos do Owino Market em Kampala
- Participar de uma caminhada comunitária em Bigodi
- Conhecer os pigmeus Batwa
- Assistir o que acontece quando um desfiladeiro estreito tenta estrangular o poderoso Rio Nilo em Murchison Falls, com um resultado extraordinário
- Caminhar com rinocerontes no santuário Ziwa
- Tomar banho de piscina no Buffalo Safari Lodge avistando os elefantes do Queen Elizabeth National Park ao seu lado
- Fazer um safari de barco no Kazinga Channel, infestado de búfalos, hipopótamos, elefantes e pássaros de todos os tipos
- Se hospedar em lugares de sonhos, como o Fort Murchison Lodge ou o Turaco Treetops Lodge
- Ver leões de pertinho no Murchison Falls National Park
- Comer um típico Rollex
- Ultrapassar a Linha do Equador, que atravessa o território de Uganda ao sul da capital Kampala
- Caminhar pelas místicas Montanhas da Lua (Rwenzoris), uma das caminhadas mais geladas, desafiadoras e gratificantes do continente
- Aproveitar a vida em ritmo lento no Lago Bunyoni, com sua paisagem sobrenatural de encostas com terraços, colinas exuberantes e baías isoladas
- Ver cheetahs na incrível savana cercada de montanhas do Parque Nacional do Vale Kidepo
- Fazer rafting nas águas selvagens da fonte do Rio Nilo, que oferece alguns dos melhores raftings do mundo
Estas são apenas algumas das incríveis aventuras que você pode viver em Uganda e, como não conseguimos fazer tudo o que gostaríamos, ainda me sobraram razões para VOLTAR a Uganda uma 2ª vez!!
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leões no Murchison Falls National Park |
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safari em Uganda |
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rinoceronte no santuário Ziwa |
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as colinas de Uganda transformam-se em montanhas e elevam-se até os imponentes Vulcões Virunga, na fronteira com Ruanda e com a República Democrática do Congo |
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safari de barco no Kazinga Channel, infestado de búfalos, hipopótamos, elefantes e pássaros de todos os tipos |
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as savanas de Uganda, situadas em alguns dos cenários mais deslumbrantes do continente africano |
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a vida selvagem clássica dos safaris |
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búfalos, sempre acompanhados de um passarinho comedor de parasitas pousado no seu lombo |
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Linha do Equador em Uganda |
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perseguindo chimpanzés no Parque Nacional Kibale Forest |
Comidas e bebidas típicas de Uganda
O alimento básico, o "arroz com feijão" de Uganda é o Matoke, que é o nome em Swahili para bananas verdes cozidas.
Essas bananas Matoke são muito diferentes da fruta que nós temos aqui no Brasil - são bananas duras, que devem ser cozidas, do tipo que não é possível comer cruas.
A banana é colhida verde, descascada e depois cozida e, muitas vezes, amassada ou triturada.
Em Uganda e Ruanda, a fruta é cozida no vapor, e o purê que é feito dela é considerado um prato nacional em ambos os países.
Se você procurar no Google, vai encontrar muitas receitas de ensopado de Matoke com carnes e outros ingredientes, como mandioca, leite de coco, molho de amedoim, tomates e curry.
Um dos alimentos mais utilizados em Uganda, além da banana verde, é o milho, base para muitas receitas, como, por exemplo, o Ugali, uma espécie de polenta de milho branco que provavelmente é o prato mais famoso da culinária de Uganda.
Normalmente, o Ugali é consumido com um refogado de Sukuma Wiki (couve).
O Ugali é a principal fonte de amido da alimentação deles. A massa do Ugali clássico é feita com farinha de milho e água. Os ingredientes são cozidos até formarem uma massa e então essa massa é mergulhada em outros pratos, como verduras e ensopados, ao longo das refeições.
Além de gostoso, o ugali também é barato e sacia a fome por muito tempo.
O Chapatti é um acompanhamento e um lanche em Uganda, e é feito de forma diferente do chapatti da Índia. É um tipo de pão achatado, sem fermento, parecido com uma tortilla, que pode ser servido com diversos pratos diferentes, como carne, feijão ou vegetais, e geralmente é combinado com um Rolex.
Mas o que é um Rolex?
Essa é a comida de rua que todo turista em Uganda precisa experimentar.
Acredita-se que o nome ROLEX seja derivado de ‘ovos enrolados’ (rolled eggs) - nome bem apropriado para esse lanche, já que o omelete de ovos é enrolado dentro de um chapatti.
A preparação do Rolex envolve enrolar o chapatti e os ovos e é daí que vem o nome: um chapatti enrolado com um omelete que leva repolho, cebola e tomate.
Essa é a versão clássica (e mais barata) do Rolex, mas é claro que, hoje em dia, existe todo tipo de Rolex, com carne, frango ou qualquer recheio ou ingrediente que você quiser acrescentar.
Para beber, a cerveja mais famosa de Uganda é a Bell Beer, muito conhecida pelo seu jingle 'Ótima noite, bom dia!' - você não vai deixar de ter ressaca, como eles prometem no jingle, mas essa cervejinha aguada é totalmente inofensiva quando comparada com o Waragi, uma bebida destilada à base de milho "made in Uganda", que parece um gin caseiro.
Mas a cerveja ugandense que o Peg mais gostou não foi a Bell Beer, e sim a Nile Special, que é um pouquinho menos aguada 😝
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hoje em dia existe todo tipo de Rolex, com carne, frango ou qualquer recheio que você quiser |
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fomos num buffet onde experimentamos todas as comidas típicas de Uganda |
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ir a um restaurante estilo buffet de comidas locais é uma excelente oportunidade de experimentar a gastronomia de Uganda |
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o Waragi é uma bebida destilada à base de milho "made in Uganda", que parece um gin caseiro |
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outras bebidas bem tradicionais em Uganda são o café e o chá de capim limão e camomila, sempre acompanhados de amendoim |
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a tradicional cerimônia do café em Uganda |
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o guia Charles sempre comprava e nos convidava desses salgadinhos típicos de Uganda, feitos de banana-da-terra |
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a cerveja ugandense que o Peg mais gostou não foi a Bell Beer, e sim a Nile Special, que é um pouquinho menos aguada |
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mas a cerveja mais famosa de Uganda é a Bell Beer, tipo uma Kaiser aqui no BR |
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outros produtos típicos de Uganda são as bebidas feitas de banana: gin, cerveja e suco! |
Curiosidades de Uganda
👉Para ler antes de viajar:
- Waiting, de Goretti Kyomuhendo, uma das escritoras pioneiras de Uganda, que escreve sobre os rituais da vida rural, e sobre o medo onipresente durante a queda de Idi Amin
- As Crônicas Abissínias, de Moses Isegawa, que conta a história de um jovem ugandês que atingiu a maioridade durante os anos turbulentos de Idi Amin e da guerra civil
👉Para ouvir na viagem: a rumba da Afrigo Band, um dos grupos mais antigos de Uganda. Mas a música mais tocada na viagem, sem dúvidas, foi Uganda, de Mufty Bompa, que é viciante (não deixe de ouvir!). Outro músico bem conhecido em Uganda é Bobi Wine, que também é político no país, como contei acima (no capítulo sobre os filmes passados em Uganda).
👉Os idiomas mais usados em Uganda são Inglês (língua oficial, em razão da colonização Britânica) e Swahili. E muitos ugandenses também falam Luganda, uma língua Bantu usada principalmente na região de Buganda. É a 2ª língua mais falada do país, depois do inglês.
Você sabe o que são "línguas bantas"? A palavra Banto é usada pa ra designar um conjunto de povos e culturas da África Central que viviam nas regiões que hoje formam Angola, Congo e Gabão (região da África situada ao sul do Deserto do Saara), e que possuem em comum um mesmo grupo linguístico "banto", que inclui centenas de línguas africanas com determinadas características parecidas. A língua banta com o maior número de falantes atualmente é o Swahili. Apesar das diferenças étnicas (mais de 400 grupos étnicos diferentes falam línguas bantas), esses povos tinham todos o mesmo tronco linguístico: eram falantes das línguas bantas. É mais ou menos como ocorre com o latim: tanto o português, quanto o francês e o espanhol, por exemplo, se originaram do latim. O mesmo ocorre com o "banto", do qual se originaram centenas - mais de 500 - línguas e dialetos.
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os idiomas mais usados em Uganda são inglês e luganda |
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em todos os lugares turísticos você conseguirá facilmente se comunicar e obter informações em inglês |
👉Marcas registradas de Uganda:
- Gorilas
- Lago Vitória
- Idi Amin
- Montanhas da Lua = Montanhas Rwenzori
- Pérola da África
- Fonte do Rio Nilo
- Murchison Falls
👉Idi Amin converteu-se ao Islã na década de 1970, e passou os seus últimos anos num luxuoso exílio na Arábia Saudita.
👉A fonte do Rio Nilo - o rio mais longo do mundo - fica em Uganda: o famoso rio nasce na cidade de Jinja, que tem rafting nível 5, pertinho de Kampala, e depois segue para o norte, até o Egito. Aliás, é justamente por causa do rio que Jinja está rapidamente alcançando Victoria Falls como capital da aventura na África.
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o aeroporto de Entebbe fica nas margens do Lago Vitória, o maior lago da África, que nós sobrevoamos durante o voo |
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os gorilas são possivelmente a principal marca registrada de Uganda, junto com Idi Amin |
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o famoso Rio Nilo nasce em Uganda e atravessa o país - nós o visitamos em Murchison Falls |
👉A vida selvagem de Uganda foi duramente dizimada durante os longos anos de conflitos civis. Os rinocerontes foram exterminados e outros mamíferos sofreram uma enorme queda nos números - muitos foram até para as panelas dos combatentes. No entanto, as guerras não trouxeram apenas más notícias: elas também deram tempo aos parques nacionais anteriormente superpovoados para se recuperarem dos efeitos nocivos causados pelo homem (assim como aconteceu na pandemia).
👉O país ainda tem sérios problemas na fronteira com o Sudão.
👉Apesar da devastação, Uganda continua a ser o melhor lugar no mundo para ver primatas, sendo os gorilas das montanhas e os chimpanzés as principais atrações. Mais da metade dos gorilas das montanhas que ainda existem na natureza estão em Uganda - mas os números não impressionam: eles são apenas 1 para cada 10 milhões de seres humanos.
👉O país também atrai cada vez mais observadores de aves, já que acolhe mais de 1000 espécies, incluindo a mais procurada de todas, a cegonha-de-sapato.
Winston Churchill foi um dos primeiros turistas europeus a visitar Uganda - a sua visita em 1907 teve um impacto importante - e inclusive foi ele quem descreveu Uganda como a Pérola da África, tendo essa expressão se tornado o apelido do país. E basta você sair da capital Kampala para entender por que Churchill chamou Uganda de "Pérola da África": o país é tão fértil que você sente que, se deixar cair uma semente do bolso, os frutos logo brotarão da terra.
👉Foi muito legal testemunhar a preocupação do país com o desenvolvimento do ecoturismo. Conforme o número de visitantes aumenta, o ecoturismo está se desenvolvendo em Uganda, e muitos dos novos lodges já estão sendo concebidos tendo em conta as preocupações ambientais.
Existem também muitas iniciativas de turismo comunitário no país, que procuram ajudar as comunidades locais a se beneficiarem do turismo, e que nós tivemos a oportunidade de conhecer, tanto em Bigodi quanto na comunidade Batwa.
👉O Parque Nacional Maharinga em Uganda é a continuação do Parc National des Virungas no Congo e do Parc National des Volcans em Ruanda. Diversos vulcões se emendam ali, um ao lado do outro, cruzando as fronteiras dos 3 países e ocupando um grande território. Do lado ugandense, existem 3 vulcões no Parque Nacional Maharinga, sendo o Vulcão Muhavura, com 4.127m, o mais alto dos 3.
👉Uganda tem um território cujo tamanho não chega a 3% do tamanho do Brasil.
👉A maioria da população de Uganda é cristã (muitos anglicanos).
👉Os meios de transporte mais comuns em Uganda são os Boda-Boda - moto-táxis, e os Matatu (também chamados Dala-dala, como na Tanzânia) - que são vans de passageiros.
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a vida selvagem de Uganda foi duramente dizimada durante os longos anos de conflitos civis - os rinocerontes chegaram a ser exterminados |
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Uganda continua a ser o melhor lugar no mundo para ver primatas |
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mais da metade dos gorilas das montanhas que ainda existem na natureza estão em Uganda |
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Uganda faz fronteira com diversos países, e ainda tem sérios problemas na fronteira norte, com o Sudão |
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existem muitas iniciativas de turismo comunitário em Uganda |
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o turismo comunitário procura ajudar as comunidades locais a se beneficiarem da presença dos turistas em Uganda |
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ninhos de aves em uma árvore em Uganda |
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Uganda é tão fértil e verde que você sente que, se deixar cair uma semente do bolso, os frutos logo brotarão da terra |
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o país atrai cada vez mais observadores de aves, já que acolhe mais de 1000 espécies |
Breve história de Uganda
Antes da chegada dos colonizadores Britânicos, Uganda tinha uma estrutura política monárquica, o Reino de Buganda.
Após a independência, infelizmente Uganda foi consumida por conflitos intertribais.
Em janeiro de 1971, o então 1º ministro Milton Obote foi derrubado num golpe que, pela 1ª vez, chamou a atenção do mundo para Idi Amin.
O governo de Amin foi caracterizado por violência e intimidação, e cerca de 300 mil ugandenses morreram no período.
Ele também destruiu a economia do país, ao expulsar a população asiática de Uganda em 1972.
É verdade: do dia pra noite, o lunático resolveu expulsar todos os asiáticos que viviam em Uganda, "nacionalizando" todos os comércios que então eram de propriedade de chineses e indianos.
No final do seu regime ditatorial, ele se autoproclamava Rei da Escócia.
A sua estúpida decisão de invadir a Tanzânia foi o seu fim: o contra-ataque o depôs do poder, finalmente, em 1979.
Mas as boas notícias não duraram muito: depois de Amin, vários governos surgiram e se foram.
Em 1986, finalmente, Yoweri Museveni venceu a disputa e inaugurou uma nova era.
O Movimento de Resistência Nacional aboliu com os partidos políticos que tinham dividido o país em tribos e começou a reconstruir a economia. Mas, ainda assim, vários conflitos de guerrilhas continuaram a acontecer, principalmente com o brutal Exército de Resistência do Senhor (LRA - Lord Resistance Army), no norte do país.
Uganda também se envolveu no conflito na República Democrática do Congo, sua vizinha, que foi a 1ª grande guerra da África.
A atitude do Presidente Museveni ao tentar um 3º mandato (e sua vitória) fizeram ele ficar bem malvisto no exterior, pelos presidentes que o apoiavam, sendo comparado com o ditador do Zimbabwe Robert Mugabe, que governou o país por quase 4 décadas.
Antes de Amin, Uganda tinha uma economia razoável, graças ao grande setor industrial que existia no país, a maior parte de propriedade de asiáticos. Mas, depois de quase 2 décadas de violência de Amin, conflitos e má gestão acabaram com a economia do país.
Quando Museveni chegou ao poder, ele convidou os exilados asiáticos que tinham sido expulsos por Amin para retornarem ao país e recuperarem seus negócios, e a economia melhorou durante parte da década de 1990. Hoje em dia existem muitos indianos e outros asiáticos vivendo em Uganda.
Entretanto, a economia de Uganda permanece frágil, e eles ainda esperam pelo dia em que o mundo vai perceber que Uganda tem a vida selvagem mais incrível, gorilas e chimpanzés incluídos, sem as massas de turistas, oferecendo algumas das aventuras mais acessíveis no continente africano.
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o povo de Uganda espera pelo dia em que o mundo vai perceber que o país tem a vida selvagem mais incrível |
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Uganda oferece algumas das aventuras mais acessíveis no continente africano |
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em Uganda você vai encontrar alguns dos melhores safaris do continente, sem as massas de turistas |
Melhor época para viajar a Uganda e Ruanda e ver gorilas
Junho!
Sim, não foi por nada que escolhemos viajar justamente no mês de junho.
Dizem por aí que, para viajar a Ruanda, a melhor época é de meados de maio a meados de março, para evitar as chuvas prolongadas.
Já para visitar Uganda, a opinião é unânime no sentido de que os melhores meses são janeiro e fevereiro ou junho a setembro, época em que o clima é mais seco e os dias mais ensolarados, com menos chuvas. Mesmo assim, lembre que tanto Uganda como Ruanda estão localizados na altura da linha do Equador e, por isso, as chuvas são muito comuns. Vá preparado!
Viajamos no início da alta temporada - eles nos diziam que, em junho, o movimento estava recém começando, e ficaria mais intenso nos meses de julho, agosto e setembro - meses mais cobiçados por europeus e norte-americanos.
Durante a nossa viagem, o clima estava perfeito, sem chuvas e sem muito calor - pelo contrário: na maioria dos lugares a temperatura estava bem agradável e, nas montanhas do Parque Nacional dos Vulcões em Ruanda e no Parque Nacional da Floresta Impenetrável de Bwindi em Uganda, fazia bastante frio à noite, tanto que eles faziam fogo nas lareiras e levavam bolsas de água quente para esquentar as camas nos lodges!
Ressalto que nas capitais, como Kigali e Kampala, por exemplo, é fácil encontrar acomodações com ar-condicionado se você fizer questão, mas, no interior, ar-condicionado não é comum, pois a energia elétrica e o gás são, de um modo geral, artigos de alto luxo na África, e eles usam majoritariamente o fogo (lenha e carvão) para aquecimento.
Mas todos os alojamentos onde nos hospedamos durante essa viagem tinham ventiladores de teto.
Leia também:
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todos os alojamentos onde nos hospedamos durante essa viagem por Uganda tinham ventiladores de teto |
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quem diria que veríamos tantas fogueiras na África - eles usam majoritariamente o fogo (à lenha e carvão) para aquecimento |
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a opinião é unânime no sentido de que os melhores meses para visitar Uganda e ver gorilas são janeiro e fevereiro ou junho a setembro |
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junho oferece clima perfeito para um safari em Uganda |
Safari em Uganda e Ruanda: como escolher empresa, roteiro e quais os custos
Não cheguei a pesquisar quanto custaria para fazer por conta própria, de forma independente, esse roteiro de 8 dias/7 noites que nós fizemos entre Uganda e Ruanda com a
Ngoni Safaris Uganda.
Acredito que, se fôssemos somar todos os custos de locação de carro, combustível, 7 noites de hospedagem, toda a alimentação e bebidas, e mais todos os passeios/ingressos que nós fizemos, o valor não seria TÃO menor do que fazendo através da agência, com direito a um guia/motorista - no total, nós pagamos U$ 5000 à agência Ngoni Safaris para 2 pessoas, ou seja, nosso safari custou U$ 2500 por pessoa, com tudo incluído por 8 dias.
Eu sei que U$ 5000 é uma fortuna, mas, quando você vai fazer um safari que inclui um trekking para ver os gorilas da montanha, tem que considerar que grande parte do custo desta viagem será justamente o valor das taxas cobradas para ver os gorilas - no nosso caso, em Uganda, o valor para 2 pessoas era de U$ 1600 - então o preço total do safari, que já inclui essa taxa, não tem como ser muito baixo mesmo.
Inicialmente, claro que achei o safari caro (mesmo sendo um dos mais em conta que encontrei no site de pesquisas), mas durante a viagem, considerando que os 'permits' de gorilas e chimpanzés são carérrimos (U$ 800 + U$ 200 = U$ 1000), que todos os outros ingressos e passeios eram incluídos, a qualidade top de todos os hotéis em que ficamos hospedados e das refeições que nos serviram nos restaurantes...já fiquei achando o preço que pagamos muito bom!
Passei até a acreditar que, se fôssemos somar tudo para fazer essa viagem de forma independente, por conta própria, mais o aluguel do carro 4x4, diesel, etc, etc, era capaz de ficar + caro do que pagamos pelo pacote completo da agência Ngoni Safaris Uganda!
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se fôssemos somar tudo para fazer essa viagem de forma independente, era capaz de ficar + caro do que pagamos pelo pacote completo da agência |
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todos os hotéis em que ficamos hospedados eram de ótima qualidade e bem caros |
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as refeições que nos serviam nos restaurantes eram todas incluídas no pacote de safari e, na maioria das vezes, de 3 ou 4 pratos (entrada de sopa e/ou salada, prato principal e sobremesa) |
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todos os ingressos e passeios eram incluídos no pacote de safari, e nosso guia Charles era quem acertava todas as contas e permits por nós |
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quando você vai fazer um safari que inclui trekking para ver gorilas da montanha, tem que considerar que grande parte do custo da viagem será justamente o valor das taxas cobradas para ver os gorilas |
Pelo que pesquisei no Booking, todos os hotéis incluídos no nosso pacote eram bem caros! Imagino que os hotéis fazem preços melhores para agências nas diárias e também nos valores das refeições do que no Booking para viajantes independentes!
Tenho muita preguiça de pesquisar online os preços de todos os ingressos, as diárias dos hotéis, somar tudo e conferir, mas, hoje, sou capaz de apostar que teríamos gasto mais se tivéssemos ido de forma independente - e ainda teríamos perdido o privilégio de termos um guia e motorista ótimo!
Enfim, é importante relembrar que são os permits e ingressos (de trekkings com gorilas, com chimpanzés, com rinocerontes, safaris de barco, etc) que fazem com que o custo deste safari resulte tão caro. Como eu já sabia disso, quando fui pesquisar as agências que fazem esses safaris no site Safari Bookings, nem levei um susto tão grande.
Como já expliquei nos posts sobre os nossos safaris na Tanzânia, o site Safari Bookings é um agregador de empresas de safaris, assim como o Booking é um agregador de hotéis.
Resumindo, eu apelidei o site Safari Bookings de "Booking dos safaris" - um site onde centenas de empresas de safaris espalhadas por toda a África oferecem seus serviços, e você pode colocar filtros para escolher o safari que melhor se adapta aos seus interesses.
O melhor lugar para pesquisar safaris organizados na África inteira é o site Safari Bookings: um site onde dá para comparar e entrar em contato com praticamente todas as companhias e agências que organizam safaris na África - desde as agências mais luxuosas até as mais simples. Eles têm várias opções de filtros, e você consegue ir filtrando ali até encontrar o safari ideal para você - seja em grupo baratex, ficando em campings; seja privativo e chiquérrimo, se hospedando em 'safari camps' luxuosíssimos - ali você encontra de tudo!
Você pode selecionar safaris (e comparar preços) por número de dias, por países, por parques nacionais que gostaria de visitar, pelas espécies de animais que quer ver...enfim, eu passo HORAS navegando no site Safari Bookings, adoro!
Já tínhamos usado o site Safari Bookings para pesquisar nossos safaris na Tanzânia, então, quando decidimos viajar para Uganda e Ruanda, não tive nem dúvidas, fui direto lá!
E, pesquisando lá, depois de muito ler, ver avaliações de inúmeras agências locais, comparar roteiros e valores, o que mais me interessou foi o roteiro de 8 dias da Ngoni Safaris Uganda.
Gostei especialmente do fato de que eles têm 144 avaliações no site e mantém as 5 estrelas - das 144 avaliações, 140 são 5 estrelas! E, se você lê as avaliações, vai perceber que todos os clientes falam muito bem deles.
Eles oferecem roteiros privativos e totalmente personalizáveis, que você pode começar no dia em que quiser. Não são roteiros em grupos.
O roteiro deles que estava lá no site era apenas em Uganda e, no final do safari, o itinerário terminava na capital Kampala, mas, como era um tour privado, seria possível alterarmos tudo o que quiséssemos, inclusive o roteiro, e escolher as datas que fossem melhores para nós.
Sendo assim, pedi um roteiro que incluísse também Ruanda (além de Uganda), terminando em Kigali, e ele prontamente me ofereceu uma sugestão de roteiro que achei excelente, pelo mesmo valor, e no mesmo número de dias (7 noites/8 dias).
Perfeito.
Veja como ficou nosso roteiro:
Uganda - roteiro de 8 dias com trekking de gorilas
Roteiro de viagem África do Sul, Etiópia, Uganda e Ruanda
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o roteiro que estava lá no site era apenas em Uganda, começando e terminando em Kampala |
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eu pedi que ele alterasse o roteiro para incluir Ruanda e terminar em Kigali |
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este hotel em que ficamos, por exemplo, cobrava U$ 15 pelo jantar por pessoa, o que, para os padrões africanos, é bastante dinheiro |
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imagino que os hotéis fazem preços melhores para agências nas diárias do que os valores que é possível encontrar no Booking para viajantes independentes |
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se tivéssemos feito o safari por conta própria, não teríamos tido o privilégio e a tranquilidade da companhia de um guia e motorista ótimo como o Charles |
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depois de muito comparar avaliações de inúmeras agências locais, roteiros e valores, o que mais me interessou foi o roteiro da Ngoni Safaris Uganda |
Também incluímos alguns passeios extras e trocamos alguns hotéis do roteiro - enfim, fiquei mais de uma semana trocando emails com o proprietário da agência, Sedrick (info@ngonisafarisuganda.com), para acertar tudo por escrito - mesmo porque sei bem que, além de ser melhor ter tudo acertado por escrito para evitar mal-entendidos, também sei que, depois que a gente paga a metade do valor, normalmente a comunicação não é mais tão ágil como enquanto eles estão te vendendo o safari.
Nós pedimos diversas alterações no roteiro original e o Sedrick 'customizou' o roteiro-padrão que a agência oferecia online para deixá-lo exatamente como nós queríamos.
É melhor deixar tudo acertadinho por escrito, via email ou WhatsApp, antes de fazer qualquer pagamento - o que está incluído e o que não está, deixe tudo combinado. Nós não tivemos NENHUM problema quanto a isso, eles entregaram tudo o que foi combinado. E até mais!
Depois de muito barganhar e pedir descontos, acabamos fechando o pacote de safari por U$ 2500 por pessoa, com tudo incluído, por 8 dias/7 noites:
- Entradas nos parques
- Todas as atividades descritas no roteiro
- Todas as acomodações
- Guia e motorista profissional
- Todo transporte
- Todos os impostos e taxas
- Todas as refeições
- Água
Pagamos U$ 2500 (50% do preço total do tour completo para nós 2) com cartão de débito Wise 2 meses e meio antes da viagem (que foi em junho de 2024). Os outros 50% nós pagamos em U$ (em cash) quando chegamos em Kampala, diretamente ao Sedrick.
Você pode pagar usando cartão de débito Wise - eles não ofereceram opção de pagamento com o cartão Nomad, apenas com Wise. O pagamento é feito por meio deste link.
Achei bem fácil e seguro.
Ou você pode fazer o pagamento na conta bancária deles - os dados que eles me passaram foram estes:
- Beneficially Account Name: Ngoni Safaris Uganda Ltd
- Account number: 1032201244368
- Bank Name: Equity Bank
- SWIFT CODE: EQBLUGKA
- Address: Room B09, Lico Holdings Building, Kampala
- Email: info@ngonisafarisuganda.com
- Tel: +256 783332332
Só pagamos o safari depois que já havíamos comprado todas as passagens aéreas.
Veja aqui como planejar a sua viagem de safari para a África: Uganda, Ruanda, Etiópia e África do Sul
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pagamos 50% do preço total do tour com cartão de débito 2 meses e meio antes da viagem |
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foram muitas trocas de emails com o proprietário da agência, Sedrick, para acertar tudo por escrito |
Quem nos acompanha pelas redes sociais ou no blog há mais tempo, já sabe que sempre fazemos tudo de forma totalmente independente, por conta própria, e detestamos atividades guiadas. Só usamos serviços de guias quando é proibido fazer o programa sem guia.
Mas, às vezes, a gente estuda um determinado destino e acaba concluindo que comprar o 'pacote' tem um custo-benefício melhor do que fazer a viagem por conta própria - foi assim na Tanzânia, por exemplo, e em Uganda/Ruanda também era assim.
Então contratamos a @ngonisafaris para organizar a nossa viagem por Uganda e Ruanda e o Sedrick, proprietário da agência, escolheu o guia/motorista Charles para ir conosco.
Contei todos os detalhes do nosso roteiro em Uganda aqui no blog noutro post - Uganda - roteiro de 8 dias com trekking de gorilas - mas quero registrar aqui que o Charles foi simplesmente PERFEITO! Não temos nenhuma reclamação dele, pelo contrário, só elogios!
O cara é quieto, nos dava espaço e, ao mesmo tempo, fazia TUDO por nós, nos deu ótimas dicas, nos passou todas as informações importantes, encontrou leões, sugeriu passeios opcionais, parou para todas as dezenas de fotos que eu pedi pra tirar, conseguiu permits de última hora quando mudamos de ideia, comprava mangas e salgadinhos de banana-verde para nós experimentarmos e nunca, em nenhum momento, foi chato ou inconveniente.
Para vocês terem uma ideia, até o Peg, que tem a paciência ainda mais curta que a minha, achou o Charles ótimo! Se um dia vocês resolverem "copiar e colar" essa viagem, tentem conseguir o Charles como guia! Embora eu tenha lido nas avaliações da agência online comentários com elogios rasgados aos outros guias da empresa também!
Passar dias a fio grudado com um mesmo guia pode ser um inferno se o cara for inconveniente - e nós não temos palavras suficientes para elogiar o trabalho - tanto do Sedrick, dono da agência, que entregou 101% do que prometeu, quanto do Charles 👌
2 dicas importantes:
É possível fazer safari em Uganda e Ruanda por conta própria?
Muita gente me pergunta se é possível fazer safari em Uganda e Ruanda por conta própria.
É claro que é possível fazer safari por conta própria, sem guia, nem agência, em praticamente qualquer lugar: basta alugar um carro, pagar o ingresso para entrar no parque nacional ou reserva e sair fazendo o seu 'game drive'!
Nós já fizemos vários safaris por conta própria no Kruger Park, na África do Sul, no Etosha National Park e na Otjitotongwe Cheetah Farm, na Namíbia, e contei como foram esses safaris aqui no blog:
No sul do
Quênia, fizemos safari por conta própria no
Amboseli Park, num carro alugado, como já tínhamos feito no Etosha e no Kruger Park, e nos hospedamos num 'safari camp' todo bacana, o
Kibo Safari Camp, com vista para o Monte Kilimanjaro.
Adoramos fazer safaris assim, autoguiados - que eles chamam de self drive.
Sou uma pessoa que não curte muito ser guiada, prefiro sempre fazer as coisas por conta própria, no nosso tempo, sem ninguém nos dizendo aonde ir ou a hora de ir e, por isso, o nosso perfil de viajantes é muito mais de self drive safari do que de fazer safaris com guia/motorista.
Claro que eu sei que o lado bom do safari com guia é que os guarda-parques são feras em encontrar os animais (eles estão sempre se comunicando uns com os outros e, quando um deles encontra um Big 5, avisa aos outros), e também em explicar detalhes sobre os costumes deles, mas ainda acredito que os pontos positivos de fazer self drive safari (que são os safaris independentes autoguiados) superam os negativos!
Mas, quando chegou a hora de decidir como faríamos os nossos safaris em Uganda e Ruanda, chegamos à conclusão de que não valia a pena pesquisar e fazer todo um planejamento para fazer self drive safaris lá.
Pois é, eu amo planejar viagens - depois de viajar, é o que eu mais gosto de fazer.
Mas, como todos vocês sabem, planejar uma viagem do zero dá um trabalhão e demanda TEMPO. Coisa que, infelizmente, esse ano, está escassa para mim. Além das dificuldades que encontrei para organizar tudo sozinha, devido à mínima informação disponível na internet, eu não tinha tempo para pesquisar mais.
Eu não tinha, como vocês têm agora, esse post aqui todo mastigadinho me explicando como tudo funciona em Uganda e Ruanda 😜
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para fazer um safari por conta própria, basta alugar um carro, pagar o ingresso para entrar no parque nacional ou reserva e sair fazendo o seu 'game drive' |
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só de pensar na função que seria alugar um carro em Uganda no início da viagem para devolver em Ruanda no final, cruzar fronteira na África com carro alugado, já me dá um cansaço...nem cheguei a pesquisar se isso seria possível! |
Acabei me convencendo de que, mesmo que pudesse economizar um pouquinho fazendo tudo por conta própria, não valeria a pena o perrengue de ter que pesquisar e organizar tudo sozinha. Sem falar que, eventualmente, é bom ter alguém organizando tudo pra ti, te levando pela mão...né? Não estou acostumada, mas achei bem bom hehehehe...
Então a conclusão desta pessoa que adora fazer tudo por conta própria é que, no caso do safari em Uganda e Ruanda, compensou pagar pelo conforto de ter alguém organizando tudo pra nós!
E outro ponto que o Peg destacou (já que, normalmente, ele é o nosso motorista): dirigir cansa, e passar o dia todo dirigindo um veículo de safari com um olho na estrada ao mesmo tempo em que você procura pelos animais com o outro olho é bemmm cansativo. Ainda mais na mão inglesa!
Ele achou ótimo ter alguém dirigindo por ele parar variar, e poder manter os 2 olhos nos animais! Passava o dia inteiro com a máquina fotográfica na mão hehehehe...
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o Peg achou ótimo ter alguém dirigindo por ele |
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era muito bom chegar nos santuários, reservas e parques nacionais e só me preocupar em fotografar e curtir, sem ter que ir lá, adquirir 'permits', fazer pagamentos, preencher papelada...já que o Charles fazia tudo isso por nós |
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é bem mais divertido passar o dia procurando animais na savana do que dirigindo na mão inglesa |
Em resumo, continuo amando fazer safaris por conta própria, em carro alugado, nós mesmos dirigindo, mas achamos essa experiência de comprar um pacote de safari bem legal!
E, como já comentei acima, acredito que acabou sendo econômico também!
Como expliquei, não cheguei a pesquisar quanto custaria para fazer por conta própria, de forma independente, esse roteiro de 8 dias/7 noites que nós fizemos entre Uganda e Ruanda com a Ngoni Safaris Uganda. Mas acredito que, se fôssemos somar todos os custos de locação de carro, gasolina, 7 noites de hospedagem, toda a alimentação e água, e mais todos os passeios/ingressos que nós fizemos, o valor não seria TÃO menor do que fazendo através da agência - na verdade, talvez acabássemos gastando até mais, e sem o luxo de ter um motorista/guia!
Com a preguiça e falta de tempo que eu estava para fazer todo esse planejamento por conta própria - desta vez achei que o conforto de ter alguém planejando tudo por mim, pelo menos em um pequeno trecho da nossa viagem, compensava o eventual custo extra😀
Mas...respondendo à pergunta que me propus a responder neste capítulo, sim, é perfeitamente possível fazer safaris em Uganda e Ruanda por conta própria! Em Uganda e Ruanda não existem os empecilhos que existiam na Tanzânia, por exemplo, para fazer um safari por conta própria, como relatei aqui neste post:
Safaris na África: tudo o que você precisa saber para organizar o seu
Além disso tudo, a nossa viagem obviamente não envolvia apenas os safaris em Uganda e Ruanda. Eu também tinha que organizar a parte de Cape Town, de Adis Abeba, Kampala e Kigali - então foi bom que o Sedrick organizasse o safari, e eu pude me dedicar ao planejamento do restante da viagem.
E vocês, gostariam de fazer um safari por conta própria? Ou preferem ir com um guia/motorista/agência?
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não fosse o Charles, não teríamos visto os leões que estavam nesta árvore em Uganda |
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