Este post é parte de uma série sobre a nossa viagem ao Alaska - para ler todos, clique aqui.
No nosso roteiro de 8 dias pelo Alaska incluímos a Seward Highway, a estrada mais bonita que eu percorri no Alaska, e certamente uma das mais bonitas do mundo, entre Anchorage e Seward.
Já publicamos 2 posts aqui no blog sobre atrações que conhecemos neste trajeto:
* Mt Alyeska Aerial Tram, um bondinho aéreo com vistas de cair o queixo em Girdwood
* Alaska Wildlife Conservation Center, um centro de reabilitação da vida selvagem em Portage
Mas essa estrada espetacular de 204Km/127 milhas tem muitas outras atrações, quase todas gratuitas, sobre as quais eu quero falar para vocês neste post, pra vocês não perderem nada no caminho!
Leia mais aqui:
Seward Highway
É uma estrada super simples, de 2 pistas, sem pedágios nem outdoors, com poucas cidades e pouquíssimos postos de gasolina no caminho. O que ela tem de espetacular são as baleias e cachoeiras que você vai encontrar no seu caminho, os glaciares azuis e as montanhas nevadas com picos recortados, os fiordes no oceano e os riachos por onde correm trutas.
Como eu li em algum lugar, é beleza natural suficiente para causar uma overdose no seu cartão de memória da máquina fotográfica. Melhor que isso: dá pra encher um HD inteiro!
Como falei, são 204Km/127 milhas de Anchorage até Seward, onde a estrada - e o Alaska - terminam.
Vocês sabem que nos EUA as estradas são medidas em milhas, então as informações aqui serão sempre em milhas.
Mas o mais importante é o seguinte: nesta estrada, a contagem de milhas começa em Seward e segue rumo ao norte para Anchorage, ou seja, a milha 1 é em Seward e a milha 127 é em Anchorage.
Ocorre que nós fizemos o trajeto ao contrário, do norte para o sul, de Anchorage para Seward, e então vou ir colocando as informações aqui nesta ordem, conforme o nosso diário de bordo, e vocês perceberão que as indicações das milhas estão em ordem descrescente por isso, entendeu?
Começamos em Anchorage e seguimos rumo ao sul do mar para as montanhas para o mar de novo através da Península Kenai, terminando na cidade portuária de Seward, na Baía da Ressureição, onde atracam a maioria dos navios que chegam a esta parte central do Alaska.
A Seward Highway é considerada uma All-American Road, o que, na classificação norte-americana das estradas, significa que é um destino em si mesma.
Você poderia percorrê-la em menos 3 horas, mas isso seria um pecado: o mínimo que este trecho merece é 3 dias (um para ir, outro para fazer o passeio de barco pelo parque nacional Kenai Fjords em Seward e ver as baleias, e outro dia para voltar).
Anchorage
Saímos de Anchorage as 10am, depois de um mega café da manhã e de uma excelente noite de sono no hotel Bent Prop Inn Midtown.
Leia mais: Anchorage
Você poderia percorrê-la em menos 3 horas, mas isso seria um pecado: o mínimo que este trecho merece é 3 dias (um para ir, outro para fazer o passeio de barco pelo parque nacional Kenai Fjords em Seward e ver as baleias, e outro dia para voltar).
Anchorage
Saímos de Anchorage as 10am, depois de um mega café da manhã e de uma excelente noite de sono no hotel Bent Prop Inn Midtown.
Leia mais: Anchorage
Como contei naquele post, uma antiga piada diz que Anchorage, uma cidade de 280 mil habitantes, "está a apenas 30 minutos do Alaska" - isso porque, se você dirigir por menos de 30 minutos para fora da cidade grande, estará em plena natureza selvagem. E foi exatamente isso o que aconteceu - poucas milhas depois de sairmos da cidade, já estavámos em meio à natureza.
Potter Marsh
A nossa primeira parada foi em Potter Marsh, na milha 117.4.
Trata-se de um pântano selvagem pertinho da cidade, numa curva entre o oceano e o sopé das Montanhas Chugach, um lugar de parada dos pássaros migratórios, com muitas águias e aves aquáticas.
O lugar tem 2 passarelas para a gente ir passeando sobre o pântano, e assim dá para chegar pertinho das aves, salmões e moose que andam por ali.
Vimos muitos pássaros e um bebê águia (bald eagle) que tinha saído do ninho há apenas uma semana, com poucas semanas de vida, aprendendo a se virar sozinho pra pescar salmão!
Emocionante ver os primeiros voos dele!
Conversamos lá com um senhor que estava no local há 3 semanas, com uma lente enorme, fotografando essa águia - aonde o bicho ia, lá ia ele atrás carregando uma tele-objetiva de 30kg!!! Não tirou os olhos da águia nem enquanto falava conosco.
Foi surpreendente ver o voo do animal, mas mais emocionante ainda foi presenciar tamanha dedicação a uma paixão!
Quando nós vemos aquelas fotografias incríveis de animais e vida selvagem dos fotógrafos da National Geographic no Instagram, não temos a menor ideia do esforço envolvido na captação daquelas imagens.
Muitas vezes são vários dias de espera pelo momento exato e milhares de cliques para captar a imagem perfeita!
Chugach State Park
Passando o pântano, a estrada fica espremida entre os penhascos e o oceano - de um lado, os rochedos do Chugach State Park, e do outro o Turnagain Arm, um braço de mar que se estende até as Montanhas Kenai.
Você pode parar na Turnagain House (milha 103.1) para admirar as vistas ou no Beluga Point para tentar ver as baleias (nós infelizmente não conseguimos avistar nenhuma!).
Até aí nós já tínhamos parado muitas vezes para fotos!
Você pode parar na Turnagain House (milha 103.1) para admirar as vistas ou no Beluga Point para tentar ver as baleias (nós infelizmente não conseguimos avistar nenhuma!).
Até aí nós já tínhamos parado muitas vezes para fotos!
Bird Creek
Essa parada é imperdível, pois ali eu vi, pela primeira vez na viagem, o "verdadeiro Alaska" - aquele que a gente vê nos filmes e fica esperando encontrar quando chega lá.
Bird Creek fica na milha 101 e é apenas um riacho que é um paraíso para pescadores de salmão - a graça está justamente em assistir aquele povo dentro da água, com aquelas roupas especiais, empolgadíssimos pescando!
E eu que achei que pescar fosse chato, quanto mais ASSISTIR uma pescaria hehehehe...
Nós estacionamos na parte de cima, mas tivemos que fazer um trilha mais longa para chegar à beira do riacho - estacione embaixo que é bem melhor. Do estacionamento de baixo a trilha pela beira da estrada é de apenas uns 300 metros até o Bird Creek e as plataformas de observação.
Se você tiver sorte (nós não tivemos), poderá ver até um leão marinho Steller perseguindo um cardume de salmões até a boca do riacho!
Bird Point
Bird Point fica na milha 96 e é um local ideal para ver belugas. Infelizmente, não era o nosso dia de ver as baleias!
Dizem que nesse lugar, onde a água do mar é bem escura, fica fácil ver as belugas, com seus corpões brancos, se saracoteando para lá e para cá!
A melhor época para vê-las é do começo do verão (americano, claro!) até setembro.
De lá, também é possível ver a tidal bore, uma espécie de pororoca, com uma onda de 1 a 2 metros que acontece quando a maré empurra a água do rio corrente acima.
Girdwood - Mt Alyeska
A parada seguinte é na cidadezinha minúscula de Girdwood, na milha 90, onde você precisa conhecer o Mt Alyeska Aerial Tram, um bondinho aéreo com vistas de cair o queixo, da categoria "imperdível".
Alguns dizem que é o resort de esqui com vistas mais bonitas de todos os EUA!
Ele fica no Hotel Alyeska, no 1000 Arlberg Avenue, e funciona entre 9:30am - 9:30pm.
Como já escrevi um post completo contando todos os detalhes sobre este lugar especial, não vou repetir tudo aqui.
Clique no link a seguir para ler nosso post: Mt Alyeska Aerial Tram
Bird Creek fica na milha 101 e é apenas um riacho que é um paraíso para pescadores de salmão - a graça está justamente em assistir aquele povo dentro da água, com aquelas roupas especiais, empolgadíssimos pescando!
E eu que achei que pescar fosse chato, quanto mais ASSISTIR uma pescaria hehehehe...
Nós estacionamos na parte de cima, mas tivemos que fazer um trilha mais longa para chegar à beira do riacho - estacione embaixo que é bem melhor. Do estacionamento de baixo a trilha pela beira da estrada é de apenas uns 300 metros até o Bird Creek e as plataformas de observação.
Se você tiver sorte (nós não tivemos), poderá ver até um leão marinho Steller perseguindo um cardume de salmões até a boca do riacho!
Bird Point
Bird Point fica na milha 96 e é um local ideal para ver belugas. Infelizmente, não era o nosso dia de ver as baleias!
Dizem que nesse lugar, onde a água do mar é bem escura, fica fácil ver as belugas, com seus corpões brancos, se saracoteando para lá e para cá!
A melhor época para vê-las é do começo do verão (americano, claro!) até setembro.
De lá, também é possível ver a tidal bore, uma espécie de pororoca, com uma onda de 1 a 2 metros que acontece quando a maré empurra a água do rio corrente acima.
Girdwood - Mt Alyeska
A parada seguinte é na cidadezinha minúscula de Girdwood, na milha 90, onde você precisa conhecer o Mt Alyeska Aerial Tram, um bondinho aéreo com vistas de cair o queixo, da categoria "imperdível".
Alguns dizem que é o resort de esqui com vistas mais bonitas de todos os EUA!
Ele fica no Hotel Alyeska, no 1000 Arlberg Avenue, e funciona entre 9:30am - 9:30pm.
Como já escrevi um post completo contando todos os detalhes sobre este lugar especial, não vou repetir tudo aqui.
Clique no link a seguir para ler nosso post: Mt Alyeska Aerial Tram
Alaska Wildlife Conservation Center
O Alaska Wildlife Conservation Center é um centro de reabilitação da vida selvagem do Alaska localizado em Portage, na milha 79.
Funciona das 8am - 8pm.
Também já publiquei um post com todas as informações e muitas fotos deste lugar que está igualmente na categoria "imperdível": Alaska Wildlife Conservation Center.
Portage Valley
No AWCC você já estará em Portage, e logo ali verá uma estranha floresta de árvores mortas, afogadas no sal do mar.
Elas são o resultado de um terremoto que aconteceu em 1964, que infiltrou todo o solo por ali com água do mar, matando as árvores.
Atrás das ávores, fica o Vale Portage com os seus glaciares - mas o melhor lugar para vê-los é a parada seguinte...
Boggs Visitor Center
Este centro de visitantes fica nas margens do Portage Lake, 5 milhas ao sul da cidadezinha, na Portage Valley Road, milha 78.9.
O centro de visitantes, como a grande maioria dos visitor centers americanos, é super bacana!
Acredita que eles recolhem até pequenos pedaços de gelo dos icebergs e os mantêm em geleiras para os turistas poderem tocar???
Acho sensacional esse cuidado deles com os parques nacionais/estaduais, ainda mais comparando com o descaso que vemos aqui no Brasil, na maioria das vezes.
Esse é um ótimo lugar para ir ao banheiro, também :)
Ah, e claro, tem lojinha.
Mas o mais sensacional desse local são as vistas do Portage Glacier, um glaciar lindo que deságua (e forma) no Portage Lake.
Anton Anderson Memorial Tunnel
Nesse ponto da estrada, como ainda tínhamos tempo suficiente, resolvemos fazer um desvio de 40Km (ida e volta) e seguir até Whittier, que é uma outra cidadezinha portuária na região (além de Seward) onde chegam navios.
Para chegar lá, o único caminho possível é cruzando pelo Anton Anderson Memorial Tunnel, um túnel impressionante, interminável, cuja travessia custa U$ 13 ida e volta.
O túnel é de mão única, então na meia hora abre para quem vai para Whittier e na hora inteira abre para quem volta de Whittier.
Cronometre bem o seu tempo, para não ter que ficar um tempão esperando na fila!
filas para entrar no túnel |
entrada do túnel |
Whittier
Para ir até Whittier, ida e volta, a nossa viagem até Seward aumentou 40Km, como já mencionei.
De Anchorage até Whittier são 97Km.
Demos uma volta lá pela cidade, que é minúscula: o porto, com umas lojinhas e restaurantes, um ou outro hotel e um prédio enorme com cara de abandonado.
Conversei com o Prefeito da cidade na fila do túnel, e ele me disse que tem uma lojinha ótima de fudge lá :)
O mais bonito e o que faz a viagem valer a pena é mesmo o cenário natural: a cidade fica às margens do Prince William Sound e é cercada por fiordes, montanhas e geleiras.
Turnagain Pass
Voltamos à Seward Highway e, na milha 68.5, chegamos a Turnagain Pass, onde a paisagem é ainda mais linda que o normal.
Canyon Creek
Depois que você cruza o passo de montanha, elas começam a ficar mais próximas, e a paisagem, cada vez mais bonita. Dá vontade de parar a cada minuto para fotos - pena que já estava começando a ficar tarde e nós já estávamos cansados.
Uma parada muito recomendada para ver as paisagens por aqui é na milha 54.
Da milha 47 até a 18 você vai passar por vários lagos cristalinos na beira da estrada: Jerome Lake, Tern Lake, Kenai Lake e muitos outros.
Um deles era grande o suficiente para pousar hidroaviões! Fiquei impressionada assistindo o pouso, e depois fiquei P. da vida, porque o lago, que estava paradinho refletindo tudo, ficou todo remexido depois do pouso - e antes que eu lembrasse de tirar a minha foto! kkkkk...
Kenai Fjords National Park
Na milha 3, pegue a Exit Glacier Road (ou Herman Leirer Road) até o Kenai Fjords National Park - Nature Center.
Esse maravilhoso parque nacional pode ser visitado também através de um passeio de barco - foi o que fizemos no dia seguinte, leia aqui: passeio de barco pelo parque nacional Kenai Fjords em Seward.
Mas, se você puder, pegue essa estrada - são mais ou menos 14Km até o Nature Center, que fica aberto até as 8pm.
Você estaciona o carro lá e faz uma trilha de meia milha até o glaciar - ver um glaciar de perto é sempre emocionante!
Seward
No fim da estrada, você chegará a Seward, onde não pode deixar de visitar o Alaska SeaLife Center (um aquário dedicado à vida marinha do Pacífico Norte, 8am - 9pm, 301 Railway Avenue) e de comer halibut (peixe) no porto.
É lá que fica a milha zero desta estrada incrível, em Resurrection Bay, num fiorde lindo de morrer.
É uma cidadezinha de apenas 3 mil habitantes, na sombra da Montanha Marathon (com 921 metros), mas Seward já é assunto para o próximo post, onde conto sobre a nossa hospedagem por lá :)
Hospedagem na estrada
Se você estiver a fim de uma experiência de sonhos, reserve uma noite no Hotel Alyeska, no meio do caminho, e durma por lá, para seguir viagem pela Seward Highway no dia seguinte - você não vai se arrepender!
Dizem ser um ótimo lugar para ver a aurora boreal ;)
Leia mais sobre o Mt Alyeska aqui.
Clique abaixo para assistir ao vídeo dos melhores momentos da nossa viagem ao Alaska:
Observações importantes
Não deixe de confirmar todas as informações antes da sua viagem.
Os preços mudam (para cima, infelizmente!), e os horários de funcionamento variam muito dependendo da época do ano - todas as informações que pus no post são relativas ao mês de agosto de 2015, quando estivemos lá.