Roteiro de 5 dias pelas Ilhas Faroé de carro
Em fevereiro de 2023, finalmente conseguimos realizar o sonho de tirar do papel nosso roteiro pelas Ilhas Faroé, arquipélago situado no Atlântico Norte, entre a Noruega, a Escócia e a Islândia.
Aqui já escrevi tudo o que você precisa saber para viajar às Ilhas Faroé - como chegar, como é viajar pelas Ilhas Faroé de carro alugado, quanto custa viajar pelas Ilhas Faroé, onde comer e o que comer, quantos dias ficar, melhor época para visitar, geografia, história, a relação das Ilhas Faroé com a Dinamarca e muitas outras curiosidades sobre as Ilhas Faroé:
Neste post sobre as nossas hospedagens nas Ilhas Faroé, já escrevi sobre dicas de roteiro em Faroé e quais os melhores lugares para pernoitar nas 4 noites que recomendamos que você fique no arquipélago:
Agora, quero detalhar pra vocês como ficou o nosso roteiro de 5 dias de carro viajando pelas Ilhas Faroé. Vamos lá?
Leia mais sobre a nossa viagem pelas Ilhas Faroé:
Cachoeira Múlafossur no povoado de Gásadalur |
povoado de Gjógv na Ilha Eysturoy em Faroé |
Trilha Traelanípa, ao longo do Lago Sørvágsvatn |
Dicas para organizar seu roteiro pelas Ilhas Faroé
Para início de conversa, preciso dizer que o mínimo de tempo que você precisa ficar nas Ilhas Faroé para conhecer o melhor do arquipélago são 4 dias inteiros.
Menos do que isso não vale a pena (você não vai querer pagar voos caros até lá para ficar menos tempo que isso).
Nós acabamos ficando 5 noites em Faroé, mas isso foi porque nossos voos de volta foram cancelados - 4 dias inteiros estavam de bom tamanho.
Aqui eu expliquei em detalhes quantos dias ficar nas Ilhas Faroé: Ilhas Faroé: tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago
Nessas 4 noites, a minha dica é que você pernoite em lugares diferentes, de acordo com o seu roteiro nas Ilhas Faroé.
Neste post eu expliquei direitinho onde - em qual vilarejo ou cidade - é melhor pernoitar cada noite para ganhar tempo no seu roteiro em Faroé e evitar deslocamentos desnecessários: Onde ficar nas Ilhas Faroé: dicas de hotéis e pousadas
Nele eu expliquei tudo sobre as nossas opções de hospedagem nas Ilhas Faroé, com muitas fotos de cada hotel, e inclusive porquê decidimos ficar nos vilarejos e cidades onde nos hospedamos.
Nosso roteiro de hospedagem/pernoites nas Ilhas Faroé ficou assim:
- Dia 1 - dormimos perto do aeroporto - na Pouls Airport Guesthouse em Sorvágur
- Dia 2 - dormimos na capital Tórshavn - no hotel Hilton Garden Inn
- Dia 3 - dormimos em Klaksvík, a capital do norte - no The Hans Apartment
- Dia 4 - dormimos na capital Tórshavn - no Hotel Djurhuus
- Dia 5 - dormimos na capital Tórshavn - no hotel Hilton Garden Inn (noite extra bancada pela companhia aérea pelo cancelamento do voo)
durante a nossa viagem pelas Ilhas Faroé, dormimos algumas noites na capital Tórshavn |
E mais uma dica importante: viajando pelas Ilhas Faroé, a gente depende muito da personalidade daquelas ilhas. Caso elas estejam muito diabólicas de um lado, não tenha medo de mudar o seu destino - vá para outro lado! É certo que, 30min depois, o clima terá mudado e aquela ilha onde estava acontecendo uma tempestade de vento e neve agora estará com céu azul.
Não se apegue tanto a roteiros, não tenha medo de mudar o destino. Tenha uma listinha dos lugares que você quer muito conhecer e tente seguir uma rota que faça sentido, mas lembre sempre que planejamentos existem para serem refeitos!
Como já expliquei em outro post, olhando no mapa das Ilhas Faroé, as distâncias enganam muito: parece que tudo fica longe, distante, mas, na verdade, é tudo perto e bem acessível.
Se não der para encaixar um povoadinho hoje no seu roteiro, é perfeitamente possível voltar lá no dia seguinte!
Nas fotos abaixo, vocês verão que voltamos a diversos lugares uma 2ª vez, e foi uma experiência incrível poder ver aqueles cenários deslumbrantes sob ângulos diferentes, de outros pontos de vista e até com outros climas: teve algumas paisagens que vimos debaixo de neve e, dias depois, estava tudo verdinho!
Claro que você não vai poder abraçar as 18 principais ilhas do arquipélago de Faroé em 4 dias de viagem, mas dá bem para visitar os principais pontos turísticos das 4 maiores ilhas, como nós fizemos:
- Vágar
- Streymoy
- Eysturoy
- Borðoy
Escolhemos visitar justamente estas 4 ilhas em Faroé porque elas são as mais centrais e são totalmente interligadas por pontes e túneis suboceânicos.
No inverno, especialmente, não dá para ficar dependendo muito de travessias de barco, que podem ser canceladas a qualquer momento pelas condições do mar (inclusive no verão), então preferimos focar nosso roteiro nas Ilhas Faroé apenas naquelas ilhas para as quais poderíamos ir de carro, via túneis, sem depender de travessias marítimas de ferry.
Para saber mais sobre a geografia das Ilhas Faroé, como é viajar de carro alugado pelas Ilhas Faroé, preço da gasolina e estacionamentos, e como funcionam os túneis suboceânicos e seus pedágios, clique aqui: Ilhas Faroé: tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago
as Ilhas Faroé são um daqueles raros lugares onde você tem poucas chances de errar no roteiro - para qualquer lado que você vá, haverá uma paisagem deslumbrante te esperando... |
um povoadinho de casinhas coloridas de faz de conta pronto para te encantar |
Roteiro Ilhas Faroé 5 dias
Abaixo vou contar em detalhes como foram os 6 dias/5 noites que passamos nas Ilhas Faroé, lembrando que este roteiro pode ser feito facilmente em 4 dias completos:
Fossá, uma das cachoeiras mais famosas das Ilhas Faroé |
o coloridíssimo povoado de Gjógv |
Dia 1 08/02 (quarta)
Nosso voo para as Ilhas Faroé partia de Copenhagen, na Dinamarca.
Como o voo foi adiado, acabamos passando toda a manhã batendo perna na capital dinamarquesa, como contei aqui: Ilhas Faroé: tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago
O previsto era que partiríamos de Copenhagen para Faroé num voo da Atlantic Airways de 2h15min, saindo 12:25 e chegando lá às 13:40hs - eles têm 1h de diferença de fuso horário.
Ocorre que...ao fazer o check-in online durante o café da manhã no Hotel Astoria em Copenhagen, descobrimos que nosso voo para Faroé foi adiado para as 16hs! Ligamos para confirmar e nos disseram que o voo realmente foi adiado em função das "condições climáticas". Eu já tinha lido que é comum isso acontecer em voos de/para as Ilhas Faroé.
Não posso reclamar desse atraso - passamos a manhã toda passeando em Copenhagen - foram mais de 8Km de caminhada! Fomos na loja da Lego, em Christiansborg, na Borse, caminhamos até Vor Frelsers Kirke, o Peg e o Lipe tiveram a oportunidade de conhecer Christiania, e voltamos novamente à Royal Library, agora durante uma manhã de muito sol e céu azul.
O previsto era que partiríamos de Copenhagen para Faroé num voo da Atlantic Airways de 2h15min, saindo 12:25 e chegando lá às 13:40hs - eles têm 1h de diferença de fuso horário.
Ocorre que...ao fazer o check-in online durante o café da manhã no Hotel Astoria em Copenhagen, descobrimos que nosso voo para Faroé foi adiado para as 16hs! Ligamos para confirmar e nos disseram que o voo realmente foi adiado em função das "condições climáticas". Eu já tinha lido que é comum isso acontecer em voos de/para as Ilhas Faroé.
Não posso reclamar desse atraso - passamos a manhã toda passeando em Copenhagen - foram mais de 8Km de caminhada! Fomos na loja da Lego, em Christiansborg, na Borse, caminhamos até Vor Frelsers Kirke, o Peg e o Lipe tiveram a oportunidade de conhecer Christiania, e voltamos novamente à Royal Library, agora durante uma manhã de muito sol e céu azul.
De acordo com o Google Timeline, foram 9,4Km em 2h22min, das 10:30 às 12:52 - não dá para ser mais preciso que isso, né!? 😂
Voltamos ao hotel para pegar as nossas bagagens e fomos pegar o trem que nos levaria para o aeroporto na estação ferroviária, que fica situada exatamente ao lado do Hotel Astoria, onde nos hospedamos em Copenhagen.
Leia mais: Onde ficar em Copenhagen na Dinamarca
As passagens de trem para nós 3 da estação ferroviária ao aeroporto de Copenhagen custaram 75 coroas (US$ 10,83).
Saímos de trem do centro de Copenhagen às 13:27 e chegamos ao aeroporto às 13:40hs por apenas US$ 10,83 para 3 passageiros. Melhor do que isso não fica.
Voltamos ao hotel para pegar as nossas bagagens e fomos pegar o trem que nos levaria para o aeroporto na estação ferroviária, que fica situada exatamente ao lado do Hotel Astoria, onde nos hospedamos em Copenhagen.
Leia mais: Onde ficar em Copenhagen na Dinamarca
As passagens de trem para nós 3 da estação ferroviária ao aeroporto de Copenhagen custaram 75 coroas (US$ 10,83).
Saímos de trem do centro de Copenhagen às 13:27 e chegamos ao aeroporto às 13:40hs por apenas US$ 10,83 para 3 passageiros. Melhor do que isso não fica.
São apenas 10Km de trem até o Aeroporto de Copenhagen.
Como nosso voo havia atrasado das 12:25 para as 16hs, no momento do check-in com a Atlantic Airways no aeroporto, ganhamos vouchers de 335 coroas dinamarquesas (para cada um de nós) para fazermos uma refeição no Aeroporto de Copenhagen.
Fomos no Carlsberg Aviator Lounge, e valeu a pena! Eles oferecem vários tipos de cervejas, vinhos, bebidas e comidas ótimas à vontade, num ambiente excelente. Se você vai num outro restaurante do aeroporto, tem que ficar somando o que vai consumir - já no Carlsberg Aviator Lounge, o sistema é de buffet livre, então você pode ficar horas lá e consumir todas as bebidas e comidas que quiser, à vontade.
Acabamos decolando de Copenhagen somente às 16:40hs, e chegamos em Faroé pouco antes das 18hs - são 1.343Km de distância.
Fomos no Carlsberg Aviator Lounge, e valeu a pena! Eles oferecem vários tipos de cervejas, vinhos, bebidas e comidas ótimas à vontade, num ambiente excelente. Se você vai num outro restaurante do aeroporto, tem que ficar somando o que vai consumir - já no Carlsberg Aviator Lounge, o sistema é de buffet livre, então você pode ficar horas lá e consumir todas as bebidas e comidas que quiser, à vontade.
Acabamos decolando de Copenhagen somente às 16:40hs, e chegamos em Faroé pouco antes das 18hs - são 1.343Km de distância.
Leia este post para saber mais sobre o aeroporto de Copenhagen e como foi voar com a Atlantic Airways para as Ilhas Faroé.
Como pretendíamos chegar em Faroé inicialmente às 13h40min, íamos aproveitar e fazer alguns programas ainda neste 1° dia. Acabamos chegando lá somente à noite - 18hs - e nosso roteiro já começou atrasado kkkkk...mas isso não foi um problema: já no 1º dia que tivemos de fato em Faroé, fizemos tudo o que queríamos ter feito no dia anterior - ou seja, fizemos 2 dias da nossa programação em um e "tiramos o atraso" do nosso roteiro!
voamos para as Ilhas Faroé com a companhia aérea local, Atlantic Airways |
já chegamos às Ilhas Faroé "atrasados" no nosso roteiro planejado |
Chegando ao aeroporto de Faroé, imigração e free shops
Chegamos no Aeroporto de Vágar, que fica situado no vilarejo de Sørvágur, na Ilha Vágar, às 18hs.
O aeroporto não tem imigração, ninguém sequer olhou nossos passaportes. Como vínhamos da Dinamarca, passamos direto, como se fosse um voo doméstico.
Não sei dizer se, vindo de algum outro país europeu, você teria que fazer imigração - afinal, as Ilhas Faroé não são parte da União Europeia.
Pois é, embora a Dinamarca seja membro da UE (mesmo não tendo adotado o Euro), as Ilhas Faroé não ingressaram na UE.
A dica importante que posso dar para a sua chegada ao Aeroporto de Vágar nas Ilhas Faroé - assim como na Islândia, aliás - é comprar todas as bebidas alcoólicas que você pretende consumir na viagem nos free shops do aeroporto, já na chegada ao país.
É bem mais barato! Compramos 12 latinhas de cerveja nos free shops do aeroporto por 90 coroas - US$ 12,99. Bem em conta!
E não só cervejas, mas também chocolates e outras guloseimas.
chegando ao aeroporto das Ilhas Faroé, aproveite para comprar todas as bebidas alcoólicas que você pretende consumir na viagem nos free shops do aeroporto |
free shops do aeroporto das Ilhas Faroé |
você pode inclusive fazer compras online com antecedência nos free shops das Ilhas Faroé e recolher suas compras nestes guarda-volumes quando chegar ao aeroporto! |
os produtos são bem mais em conta nos free shops - não só cervejas, mas também chocolates e outras guloseimas |
Alugando carro, pousada da 1ª noite e simcard de celular em Faroé
Depois, fomos pegar o carro que havíamos alugado online no "car rental centre", na loja da Avis no Aeroporto de Vágar.
O centro de locação de veículos fica exatamente ao lado do terminal do aeroporto, que é bem pequeno! Você sai pela porta da frente do aeroporto, dobra à esquerda e já verá o prediozinho onde ficam as empresas de locação de carros.
Contei tudo sobre o aluguel de carro nas Ilhas Faroé aqui: Ilhas Faroé - tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago
Como teve perrengue na locação do carro, levamos mais de 1h para nos desenredar no balcão da Avis, e chegamos na pousada onde iríamos pernoitar nesta 1ª noite só às 19h30min. Já era noite escura em Faroé!
viajando de carro alugado pelas Ilhas Faroé |
Do Aeroporto de Vágar até a pousada onde ficamos - Pouls Airport Guesthouse - são apenas 1,6Km de carro. Um pulinho!
Dormimos na nossa 1ª noite em Faroé perto do Aeroporto de Vágar - na Pouls Airport Guesthouse, em Sorvágur: pagamos no local DKK 892,50 - US$ 128,86, com café da manhã self-service incluído.
Endereço: Á Mýratrøðni 8, Sorvágur.
Foi muito bom: um apartamento de 2 quartos completo, com cozinha, sala e banheiro, só para nós, bem pertinho do aeroporto.
Sugiro que você também reserve hotel perto do aeroporto na sua 1ª noite nas Ilhas Faroé, já que sempre há o sério risco de os voos para lá atrasarem, e não é uma boa ideia chegar no arquipélago e sair dirigindo à noite debaixo de uma tempestade de neve!
Já escrevi um post super completo aqui no blog explicando tudinho sobre as nossas opções de hospedagem nas Ilhas Faroé, com fotos de cada hotel, e inclusive explicando porque decidimos ficar nos vilarejos e cidades onde nos hospedamos.
Neste post está tudo explicadinho, e vocês vão encontrar lá muitas dicas para organizar o seu roteiro nas Ilhas Faroé: Onde ficar nas Ilhas Faroé - dicas de hotéis e pousadas
vista da nossa janelinha na Pouls Airport Guesthouse em Sorvágur |
Sobre chips de celular, já expliquei que, durante a nossa recente viagem pela Europa, usamos os simcards OMeuChip, mas eles não funcionaram nas Ilhas Faroé, como contei aqui: Melhor chip de celular para usar na Europa - OMeuChip
Neste post eu explico como fizemos para viajar pelas Ilhas Faroé SEM internet: Ilhas Faroé: tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago
que coisa bem boa usar o celular apenas como máquina fotográfica! |
Dia 2 09/02 (quinta)
Neste dia 2 nas Ilhas Faroé, o plano era dormir na capital Tórshavn, no excelente hotel Hilton Garden Inn.
Como o voo tinha atrasado no dia anterior e não tínhamos conseguido fazer vários programas que queríamos fazer no dia 1 nas Ilhas Faroé, neste dia 2 precisávamos "tirar o atraso" do nosso roteiro! E foi tranquilo fazer isso! Mas, se você chegar mais cedo do que nós no seu 1º dia, vai ser ainda mais tranquilo, pois você vai poder fazer tudo o que nós fizemos neste 2º dia com mais calma, dividindo todos esses passeios em 2 dias e tendo mais tempo para explorar a capital Tórshavn.
Depois de uma ótima noite de sono e de um bom café da manhã self-service na Pouls Airport Guesthouse em Sorvágur, finalmente saímos para explorar as Ilhas Faroé.
Mas...antes mesmo de sair da pousada, já tivemos o 1º mini-perrengue de Faroé, devido ao gelo nas estradas, mas já contei este perrengue em outro post e não vou repetir.
Veja aqui, onde contei toda a função: Onde ficar nas Ilhas Faroé - dicas de hotéis e pousadas
Saímos por volta das 8h20min para começar nosso 1º dia de explorações nas Ilhas Faroé.
mapa com o roteiro do dia 2 |
já na saída da pousada, tivemos o nosso 1º mini-perrengue de Faroé, devido ao gelo nas estradas |
Sorvágur, na Ilha Vágar, a "ilha do aeroporto" |
Ilha Vágar
Antes de seguirmos para a Ilha Streymoy, onde fica a capital Tórshavn e aonde iríamos pernoitar, no hotel Hilton Garden Inn, queríamos conhecer todas as principais atrações da Ilha Vágar, onde estávamos.
Como já expliquei, a Ilha Vágar é a ilha onde está situado o aeroporto, então, a menos que você chegue até as Ilhas Faroé de navio, você obrigatoriamente vai chegar pela Ilha Vágar.
Como é ali que fica localizado o único aeroporto das Ilhas Faroé, a Ilha Vágar é quase sempre o 1º contato dos turistas com Faroé, e quase todos os turistas aproveitam para começar a viagem pelo arquipélago desbravando os principais pontos turísticos de Vágar, que não são poucos!
Apesar de ser relativamente pequena e muito pouco habitada, a Ilha Vágar tem algumas das principais atrações turísticas das Ilhas Faroé.
Então, a dica de roteiro é - no seu 1º e 2º dias em Faroé, explore bem a Ilha Vágar e suas maiores atrações:
- Vilarejo Bøur
- Gásadalur e a Cachoeira Múlafossur
- Lago Sørvágsvatn, Traelanípa Hike e Cachoeira Bosdalafossur
- Trollkonufingur
- Sandavágur
Você chega em Faroé, conhece o que der tempo no 1º dia, dorme na Ilha Vágar, no dia seguinte (dia 2) termina de explorar o que faltou na Ilha Vágar e só depois segue para a Ilha Streymoy, conhecendo os pontos turísticos que ficam no caminho para a capital Tórshavn, onde você vai pernoitar na 2ª noite!
Entendeu a estratégia para os 1º e 2º dias?
Vamos lá então - me acompanhe enquanto eu te levo para conhecer cada cantinho que visitamos nas Ilhas Faroé!
Sorvágur
Como havíamos pernoitado neste povoado, na Pouls Airport Guesthouse, foi por ali mesmo que começamos os nossos passeios nas Ilhas Faroé.
Sorvágur é conhecido por ser um dos mais antigos assentamentos das Ilhas Faroé, onde está situado o aeroporto internacional de Faroé, na Ilha Vágar - ponto de chegada e de partida do arquipélago - mas, além do aeroporto, esse povoado tem uma baía bem fotogênica também, onde ocorre um impressionante fenômeno natural: na maré baixa, é possível visualizar um dos maiores trechos de areia das Ilhas Faroé, trecho este que fica totalmente coberto pelas águas durante a maré alta.
Baía de Sorvágur na maré alta |
dias depois, voltamos à Baía de Sorvágur na maré "média" e a paisagem já estava completamente diferente, sem a neve dos dias anteriores |
começamos as nossas "explorações" em Sorvágur, na Ilha Vágar |
Além disso, é dali, do Porto de Sorvágur, que, no verão, partem os barcos para a famosa Ilha Mykines, onde os turistas vão para ver os famosos pássaros locais, os Puffins. É lá que ficam algumas das maiores colônias de Puffins - as aves típicas de Faroé e da Islândia.
Esse é um passeio que eu certamente gostaria de fazer, se fôssemos às Ilhas Faroé no verão - se for o caso, não deixe de acrescentar no seu roteiro.
Nós infelizmente não visitamos a Ilha Mykines, porque, no inverno, os barcos que levam turistas não vão até lá. Até mesmo no verão pode ser complicado ir, pois os barcos até vão, mas nunca se sabe se voltam no mesmo dia, porque o clima sempre pode mudar, impossibilitando os barcos de navegar.
no aeroporto de Faroé, o maior orgulho local na forma de pelúcias - Puffins, as aves típicas de Faroé e da Islândia |
Também é dali que parte a trilha Drangarnir Hike.
É possível avistar os Drangarnir sea stacks de vários lugares no litoral da Ilha Vágar e, para vê-los de pertinho, é possível fazer uma trilha guiada, apenas no verão, de 10Km/3h30min ida e volta, saindo do Porto de Sorvágur.
Pelo que eu me informei, a caminhada começa no Effo Petrol Station, um posto de combustíveis ali no Porto de Sorvágur.
Trilha Drangarnir - 10Km/3h30min (ida e volta)
Não deu para irmos até os rochedos marítimos Drangarnir porque a trilha até lá fecha a partir de outubro, e fica muito perigosa e escorregadia com os ventos fortes, gelo e neve de fevereiro, mas, mesmo de longe, já deu pra ver que lindas são essas torres de basalto forjadas pelo vento e pelas ondas!
Hoje em dia, embora seja considerada uma trilha relativamente fácil de se fazer no verão, ela só pode ser feita junto com um guia, sob pena de multa, pois fica situada em uma propriedade privada.
Como não curtimos muito esse esquema de fazer trilhas acompanhados de guia, acho que não teríamos ido nem se fôssemos a Faroé no verão - mesmo porque os ingressos, com o acompanhamento de um guia, são bem salgados, pelo que eu ouvi falar.
Se você for no verão e decidir fazer a trilha, depois me conte como foi - tenho certeza que valerá a pena! As vistas das rochas no mar que se veem nas fotos de quem fez essa trilha são incríveis!
Mais detalhes aqui: Drangarnir Hike.
mapa da Trilha Drangarnir |
rochedos Drangarnir nas Ilhas Faroé |
no meio, os rochedos Drangarnir e, à direita, a ilhota Tindhólmur |
é possível avistar os Drangarnir sea stacks de vários pontos do litoral da Ilha Vágar |
mesmo de longe, já deu pra ver que lindas são essas torres de basalto forjadas pelo vento e pelas ondas! |
O Aeroporto de Faroé em Sorvágur foi construído pelos Britânicos durante a 2ª Guerra Mundial, porque as ilhas eram um ponto estratégico no Atlântico Norte. Foi aberto para voos comerciais em 1962.
Entre 1940 e 1945, as Ilhas Faroé sofreram ocupação britânica: as tropas britânicas ocuparam as Ilhas Faroé quando a Alemanha invadiu a Dinamarca, numa ocupação amigável destinada a assegurar que os Nazistas não tivessem nenhuma base militar no Atlântico Norte.
Neste período, Sorvágur sofreu uma transformação significativa quando se tornou lar dos engenheiros reais britânicos - mais de 5 mil soldados viviam no vilarejo, eles estabeleceram até um sistema de direção na mão inglesa e, além do aeroporto, construíram também as principais estradas e o quartel-general de vigilância do Atlântico Norte da Força Aérea e da Marinha Britânicas.
Em 1945, com o fim da guerra, os ingleses partiram das Ilhas Faroé, deixando para trás o Aeroporto de Vágar e 170 soldados, que haviam se casado com mulheres faroesas.
Hoje em dia, Sorvágur possui 1145 habitantes.
mapa de Sorvágur, com o porto e sua faixa de areia - no ponto 2 do mapa é o local de onde partem os barcos para a Ilha Mykines, e no ponto 5 é o posto de combustíveis onde começa a Trilha Drangarnir |
Vilarejo Bøur
De Sorvágur, seguimos em direção ao fofíssimo vilarejo de Bøur - e a maldita estradinha que entra e sai deste povoado era só GELO e neve quando estivemos lá. Foi um susto passar por ali!😱
Depois que passamos, e deixamos as marcas dos nossos pneus na neve fresquinha que cobria a estradinha, paramos num mirante mais acima, olhamos para trás e ficamos um bom tempo ainda com o estômago retorcido de medo!
Dias depois, voltamos lá e estava tudo verdinho, com o asfalto brilhando, super tranquilo de chegar e sair!
A experiência de cada viajante vai ser completamente diferente dependendo do clima que ele pegar nas Ilhas Faroé! Só o que não vale é ficar achando tudo muito fácil (ou muito difícil) sentado no conforto do sofá de casa kkkk...tem que ir e viver as diferentes experiências 🤍
É possível passar pela estrada de cima, que é bem tranquila, e nem entrar em Bøur - mas, como nós somos curiosos, obviamente queríamos atravessar pelo MEIO do povoado, e ali o bicho pegou!
Aliás, Bøur é um vilarejo que quase passa batido, pois fica situado na beira do mar, abaixo do nível da estrada principal, com apenas umas poucas casinhas, todas contruídas bem próximas umas das outras, para se protegerem do vento e aos seus exatos 74 habitantes (de acordo com o censo de 2021).
Se você não estiver procurando pela entrada do vilarejo, de olho no Google Maps, vai passar reto pelo povoado! Para entrar em Bøur, tem que pegar essa estradinha secundária assustadora, que é um desvio da estrada principal (veja no mapa abaixo).
a estradinha - linda de morrer - que leva ao povoado de Bøur |
Bøur é um vilarejo muito antigo e com características bem tradicionais e um jeitinho aconchegante, com suas vielas estreitas e vistas magníficas.
O cartão postal do vilarejo de Bøur é a igrejinha construída em 1865 no estilo tradicional faroês, bem na frente da famosa ilha pontiaguda Tindhólmur - uma paisagem inesquecível!
O 1º armazém, construído no local em 1861 pelo mercador Zacharias Heinesen, está preservado até hoje, e funciona como restaurante.
De Bøur, também é possível avistar os famosos Drangarnir sea stacks, sobre os quais já escrevi acima.
As outras 2 ilhotas que você enxerga ao lado dos rochedos Drangarnir são chamadas Tindhólmur (a maior e mais próxima) e Gáshólmur (a menor e mais distante).
Várias lendas do folclore nórdico contam histórias sobre os rochedos encontrados no mar (o mesmo ocorre na Islândia, na Irlanda, etc), e não é diferente em Bøur: uma lenda local conta a história de 2 irmãos que brigavam por uma fração de terras, sendo que um matou o outro (Eirikur matou Símun) e, pouco depois, uma onda afundou o barco do assassino e levou ele embora para o mar - e a rocha submersa ao lado de Tindhólmur é conhecida desde então como Pedra de Eirikur (o assassino).
Se você viaja com crianças, sempre é divertido conhecer essas histórias para contar aos pequenos viajantes, eles adoram!
As casinhas com telhados cobertos de grama, como também é muito comum na Noruega, são uma das marcas registradas das Ilhas Faroé.
A grama no telhado serve como isolamento térmico, e também para criar 'raízes', protegendo os telhados e a própria estrutura das casas contra os ventos uivantes dessas Ilhas!
Para saber mais sobre esse tipo de arquitetura, dê uma espiada aqui: Ilhas Faroé: tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago
Bøur é um vilarejo muito antigo e com características bem tradicionais e um jeitinho aconchegante, com suas vielas estreitas e vistas magníficas |
estivemos em Bøur uma 2ª vez, dias depois, e tivemos a oportunidade de ver o vilarejo nas suas 2 versões: verão x inverno |
casinhas com telhados cobertos de grama em Bøur - uma das marcas registradas das Ilhas Faroé |
as casinhas do vilarejo de Bøur são todas contruídas bem próximas umas das outras, para se protegerem do vento e aos seus exatos 74 habitantes |
de Bøur, é possível avistar os famosos Drangarnir sea stacks |
além dos rochedos Drangarnir, as outras 2 ilhotas que você enxerga ao lado direito são chamadas Tindhólmur (a maior e mais próxima) e Gáshólmur (a menor e mais distante) |
se você viaja com crianças, sempre é divertido conhecer as lendas do folclore nórdico para contar aos pequenos viajantes, eles adoram |
na 2ª vez que estivemos em Bøur, estava tudo verdinho, com o asfalto brilhando, super tranquilo de chegar e sair! |
Vilarejo Gásadalur e Cachoeira Múlafossur
Gásadalur foi a nossa parada seguinte: é lá que fica situado um dos cartões postais das Ilhas Faroé, a Cachoeira Múlafossur, a mais bonita do arquipélago, que superou todas as nossas expectativas.
O vilarejo Gásadalur fica na pontinha da Ilha Vágar, e a Cachoeira Múlafossur é um dos principais pontos turísticos do país, despencando dramaticamente sobre o mar de penhascos com mais de 30 metros de altura - paraíso dos fotógrafos, amadores e profissionais.
Muitas das lendas do folclore das Ilhas Faroé se originam deste povoado e desta cachoeira, uma terra de duendes e fadas, que habitam atrás da queda d`água.
O caminho até o mirante da Cachoeira Múlafossur estava fechado para carros, então andamos mais uns 300m até o estacionamento, no vilarejo Gásadalur. No total, desde o estacionamento do vilarejo até o mirante, deu pouco mais de 1Km de caminhada, entre ida e volta. Bem tranquilo!
E valeu cada passo, mesmo lutando contra uma ventania polar.
Me apaixonei por esse lugar perdido no meio do oceano na 1ª hora dessa 1ª manhã, e já fiquei até triste de pensar que dias depois teríamos que ir embora das Ilhas Faroé, deixando um pedaço do meu coração lá 😢
No caminho para chegar até o vilarejo Gásadalur, passamos por um túnel construído em 2006 no meio das montanhas, um feito incrível de engenharia! Como falei, esse povoado fica bem na pontinha da Ilha Vágar, e precisa atravessar essas montanhas para chegar lá.
As maiores montanhas da Ilha Vágar, com mais de 700m de altura, ficam justamente em Gásadalur.
Incrível pensar que, até então, há bem poucos anos atrás, já no século 21, esse povoado ficava completamente isolado do mundo exterior, e o único acesso dos moradores ao resto do planeta era de barco, helicóptero, ou através de uma desafiadora e antiga trilha de 3Km a pé sobre as montanhas, até o vilarejo Bøur, que hoje virou atração turística 😬
Trilha Bøur - Gásadalur 3Km/2hs (só ida)
Gásadalur foi, de fato, o último vilarejo habitado das Ilhas Faroé a ter conexão por terra com o restante do país. O carteiro carregava a correspondência por este antigo caminho pelas montanhas 2x por semana e, por isso, essa trilha ficou conhecida como The Old Postal Route.
Junto com o Lago Sørvágsvatn, Gásadalur e sua Cachoeira Múlafossur são as imagens mais icônicas das Ilhas Faroé, aquelas que aparecem em todos os cartões postais e livros de fotos sobre o país. Essa vila cênica é certamente um dos lugares mais fotografados do arquipélago.
De acordo com o censo de 2021, a população total atual de Gásadalur é de 14 habitantes.
Há uma antiga escola no vilarejo, de 1916, que também faz as vezes de capela, já que esse povoado é um dos únicos das Ilhas Faroé que não tem a sua própria igrejinha.
E, por fim, Gásadalur também tem um viewpoint famoso por ser um dos melhores lugares nas Ilhas Faroé para assistir o pôr do sol e desfrutar da vista linda.
mapa do povoado e placa com informações turísticas que você encontra no estacionamento do vilarejo de Gásadalur |
Gásadalur é o povoado onde fica situado um dos cartões postais das Ilhas Faroé, a Cachoeira Múlafossur, a mais bonita do arquipélago |
o vilarejo Gásadalur fica localizado na pontinha da Ilha Vágar |
Gásadalur foi o último vilarejo habitado das Ilhas Faroé a ter conexão por terra com o restante do país, quando construíram um túnel, em 2006 |
as maiores montanhas da Ilha Vágar, com mais de 700m de altura, ficam em Gásadalur |
a Cachoeira Múlafossur é um dos principais pontos turísticos das Ilhas Faroé, despencando dramaticamente sobre o mar de penhascos com mais de 30 metros de altura |
a população total atual de Gásadalur é de 14 habitantes, então provavelmente você deve se dar por feliz se a nossa "aumiga" estiver por lá para te recepcionar |
Gásadalur e sua Cachoeira Múlafossur são algumas das imagens mais icônicas das Ilhas Faroé, aquelas que aparecem em todos os cartões postais e livros de fotos sobre o país |
essa vila cênica é certamente um dos lugares mais fotografados do arquipélago de Faroé |
e aí, você vai querer ver a versão Cachoeira Múlafossur inverno... |
ou a versão Múlafossur verão?? |
Skardsáfossur e The Nix
Como expliquei antes, o povoado de Gásadalur é o "fim da linha", fica bem na pontinha da Ilha Vágar (veja no mapa com o roteiro do dia 2). De lá, tínhamos que começar a voltar e, na volta, fomos na Skardsáfossur (cachoeira), de onde é possível ver, ao longe, os rochedos de Drangarnir.
caminho até Skardsáfossur versão 'Frozen' |
caminho até Skardsáfossur versão primavera-verão |
vista dos rochedos de Drangarnir e da ilhota Tindhólmur |
Também no caminho de volta, perto do aeroporto, vimos The Nix, a estátua de um cavalo que fica dentro do Lago Sørvágsvatn/Leitisvatn.
Como já comentei, mitos e lendas alimentam a imaginação dos habitantes das Ilhas Faroé há séculos. São inúmeras as histórias de gigantes e bruxas, elfos e criaturas mágicas - e, vale dizer, não só em Faroé, mas também na Islândia e na Noruega (no folclore nórdico e germânico em geral).
Os Huldufólk, por exemplo, são elfos no folclore de Faroé. Eles são criaturas sobrenaturais acinzentadas que vivem na natureza, nas pedras, parecem e se comportam como seres humanos, mas vivem em um mundo paralelo, embora possam se fazer visíveis aos humanos se quiserem. Eles não gostam de cruzes, igrejas e eletricidade.
Antigamente, os faroeses chegavam a desviar o curso da construção de estradas, por exemplo, se acreditassem que teriam que remover uma pedra habitada por Huldufólk.
Esses mitos e lendas quase sempre contêm verdades que podem nos ajudar a desvendar os segredos das nossas origens. São histórias que os povos mais antigos usavam para tentar explicar diferentes fenômenos, coisas que as ciências e os conhecimentos da época não conseguiam explicar.
Algo similar às religiões 💁
Assim é a história do Nix, chamado Nykurin em feroês, uma criatura marinha que atraía as pessoas para perto antes de arrastá-las para um lago.
Para saber mais sobre esse interessantíssimo ser mitológico das Ilhas Faroé (de novo, os pequenos viajantes vão amar essas histórias!), leia aqui: The Nix.
The Nix é a estátua de um cavalo que fica dentro do Lago Leitisvatn |
o Nix é um dos seres mitológicos mais populares das Ilhas Faroé |
Vilarejo Miðvágur
A cidade de Miðvágur é a maior da Ilha Vágar e uma das mais antigas do país. Tem uma igrejinha fofa, uma praia de areia preta (com água congelante e ventos uivantes) e uma baía linda com casinhas coloridas.
É um daqueles lugares onde o pessoal sai para caminhar com seus cachorros e, por incrível que pareça, nadar no mar gelado do Atlântico Norte.
Acredita-se que Miðvágur foi um dos primeiros lugares onde os Vikings se estabeleceram nas Ilhas Faroé, há mais de 1000 anos, devido à baía que eles encontraram ali, em formato de ferradura, protegida dos ventos dilacerantes, com uma maré que facilita muito a pesca, por sua enorme variação ao longo do dia.
E, justamente por causa desta maré que sobe e desce muito durante o dia, a Baía de Miðvágur se tornou mundialmente conhecida pelas cenas tristes que acontecem ali: esse lugar, que parece saído de um conto de fadas, é o local onde todos os anos acontece a polêmica caça às baleias nas Ilhas Faroé.
Escrevi sobre essa polêmica aqui: Caça às baleias nas Ilhas Faroé
Veja lá meu texto, leia os 2 lados desta história e deixe a sua opinião nos comentários 🙏
Miðvágur é o local onde acontece a polêmica caça às baleias nas Ilhas Faroé |
Em Miðvágur vocês também vão encontrar um mercado Bonus, que tem um porquinho no logotipo.
Nós já conhecíamos essa rede de supermercados da nossa viagem pela Islândia, e encontramos vários desses mercados nas Ilhas Faroé também (mas apenas nas cidades maiores).
Nesses mercados nós comprávamos vários lanchinhos e bebidas, e fazíamos piqueniques no nosso carro alugado entre um passeio e outro pelas Ilhas Faroé.
Neste dia compramos US$ 24 em lanchinhos e bebidas e também cup noodles para jantarmos no quarto do hotel - essa é a melhor alternativa de alimentação barata num lugar onde comer é caríssimo! Só precisa ter um hotel com jarra elétrica, e nas Ilhas Faroé todos têm!
Leia mais aqui: Onde comer e o que comer nas Ilhas Faroé
comprando cup noodles no mercado Bonus de Miðvágur |
Lago Sørvágsvatn e Traelanípa Hike
Esta trilha era uma das nossas prioridades nas Ilhas Faroé, um dos passeios que mais queríamos fazer lá, e não decepcionou - pelo contrário: o lugar é ainda mais espetacular do que pensávamos.
Contei tudo sobre a Traelanípa Hike - a trilha que leva ao Lago Sørvágsvatn e à Cachoeira Bosdalafossur, 2 dos maiores cartões postais das Ilhas Faroé - aqui.
Em 2 palavras: não perca!
Traelanípa Hike nas Ilhas Faroé |
a Trilha Traelanípa leva ao Lago Sørvágsvatn e à Cachoeira Bosdalafossur, 2 dos maiores cartões postais das Ilhas Faroé |
Vilarejo Sandavágur e Trollkonufingur
Em Sandavágur, além de ver a linda igrejinha da cidade, uma das mais fotogênicas das Ilhas Faroé, também queríamos fazer a pequena trilha até Trollkonufingur, a trilha do dedo da bruxa.
Para isso, o melhor é ir até Klovningur (coloque esse nome no Google Maps que ele te leva a este local), onde tem o melhor viewpoint para este imenso rochedo na costa da Ilha Vágar.
A estrada estava com muito gelo, então decidimos estacionar uns 100m antes do final dela e ir a pé. Do fim da estrada, a Witches Finger Trail tem apenas uns 200m até o mirante para Trollkonufingur.
Como estacionamos um pouquinho antes do fim da estrada (para não ter perigo de atolar na neve e derrapar no gelo), nosso percurso deu 600m no total, ida e volta.
trilha do dedo da bruxa em Sandavágur |
seria uma trilha para bebês, não fosse o fato de que a sensação térmica era de -7°C e os ventos pareciam atravessar a alma da gente! |
mas a vista de Trollkonufingur realmente vale a pena |
selfie com o dedo da bruxa |
estacionamos um pouquinho antes do fim da estrada, para não ter perigo de atolar na neve e derrapar no gelo na hora de ir embora |
a paisagem ali é espetacular, ainda mais quando o sol começa a baixar |
Klovningur é o melhor lugar para ver Trollkonufingur, mas também é possível avistar o rochedo mais de longe, de outros locais, como da Trilha Traelanípa, de onde tirei esta foto do dedo da bruxa |
Uma trilha para bebê, não fosse o fato de que a sensação térmica estava -7°C e os ventos pareciam atravessar a alma da gente!
Essa trilha está salva lá no meu Strava (assim como quase todas as outras trilhas que fizemos em Faroé)!
Este é certamente o melhor lugar para ver o rochedo do dedo da bruxa, mas também é possível avistá-lo mais de longe de outros locais: nós vimos Trollkonufingur da Trilha Traelanípa e de Miðvágur.
Além disso, como falei antes, Sandavágur também tem uma linda igrejinha de 1917, com um telhado vermelho que se avista ao longe e, ali ao lado dela, há uma estátua pequenininha mas com uma história interessante, bem típica do folclore nórdico, como comentei acima - ótima para contar aos pequenos viajantes:
a estátua presta homenagem à famosa lenda local sobre o Pastor de Sondum |
estátua do pastor fugindo a cavalo com o vestido furtado da gigante |
Sandavágur tem uma das igrejinhas mais fotogênicas das Ilhas Faroé |
tão fotogênica que a fotografamos de todos os ângulos possíveis hehehe... |
a Igreja de Sandavágur foi fotografada de cima, de longe, de perto, com neve, sem neve... |
Ilha Streymoy
Depois de curtir tudo o que a Ilha Vágar tinha de mais bonito para nos oferecer, seguimos viagem para a Ilha Streymoy, conhecendo os pontos turísticos que ficavam no caminho para a capital Tórshavn, onde íamos pernoitar na 2ª noite, no hotel Hilton Garden Inn.
A Ilha Streymoy fica meio que no "centro" do arquipélago das Ilhas Faroé, e é onde está localizada a capital Tórshavn - maior cidade do país - com aproximadamente 20 mil habitantes.
Streymoy é também a maior ilha do país, onde fica situada a sede do governo, a maioria dos estaleiros e indústrias, a universidade, o hospital, etc.
Além disso, a ilha também reúne vários lugares turísticos importantes, que estão espalhados por diferentes pontos da ilha, o que dificulta que você conheça todos num único roteiro - nós acabamos conhecendo todos os principais pontos turísticos da Ilha Streymoy em vários dias diferentes, uns em cada dia, a caminho de outros lugares.
Pontos turísticos importantes das Ilhas Faroé que ficam situados na Ilha Streymoy:
Oyggjarvegur Scenic Road e Nordradalsvegur
Seguimos para a capital Tórshavn, que fica situada na Ilha Streymoy, pela Oyggjarvegur Scenic Road, uma estrada cênica pelas montanhas que leva à capital - e, a partir desta estrada cênica, pegamos um desvio para descer a Nordradalsvegur.
É possível pegar uma estrada mais rápida da Ilha Vágar até a capital Tórshavn - uma estrada que vai pela parte de baixo das montanhas. Nós fizemos questão de pegar esta estradinha de montanha justamente pela beleza cênica da paisagem.
Quando você pega o desvio para descer a Nordradalsvegur, você pode continuar descendo até o povoado de Nordradalur, ou pode rodar apenas alguns quilômetros, só para ver a estradinha cheia de curvas que desce das montanhas até o mar, e dar meia volta.
Foi o que nós fizemos: descemos alguns quilômetros, não continuamos até Nordradalur, o Peg voou o drone ali e demos meia volta, subindo de novo as montanhas, a caminho da capital.
Oyggjarvegur Scenic Road |
Nordradalsvegur |
voando o drone em Nordradalsvegur |
aproveitando um (raro) momento de calmaria nos ventos para voar o drone em Nordradalsvegur |
Nordradalsvegur é uma estradinha cênica cheia de curvas que desce das montanhas até o mar |
Aliás, vale acrescentar que, hora de fazer o seu roteiro pelas Ilhas Faroé, lembre que eles possuem algumas estradinhas de montanhas muito lindas que são consideradas rotas cênicas - justamente como é o caso da Oyggjarvegur Scenic Road.
Nas nossas andanças de carro pelas Ilhas Faroé, nós sempre pegávamos as estradas mais longas, com o símbolo de “rota panorâmica”, que era sempre certeza de paisagens deslumbrantes, fiordes dramáticos e povoados de faz de conta!
Essas estradinhas são identificadas nas placas de sinalização de trânsito por uma flor amarela, como na foto abaixo:
Tórshavn, a capital das Ilhas Faroé
E então finalmente chegamos à capital Tórshavn, situada na Ilha Streymoy.
Na capital das Ilhas Faroé, as principais regiões de interesse são:
- Tinganes, a famosa área dos prédios vermelhos governamentais
- Reyn, a parte mais antiga da cidade, 'Old Town'
- Skansin, a fortaleza histórica da capital
- Catedral de Tórshavn
- Vágsbotnur Harbour
A capital faroesa é conhecida justamente por Tinganes, uma das partes mais antigas de Tórshavn, área repleta de prédios de madeira com telhados de relva super charmosos numa pequena península - um afloramento rochoso que divide as 2 partes do porto. Os prédios do governo das Ilhas Faroé e várias embaixadas têm sede ali - sedes bem modestas, inclusive 💕
O próprio nome "Tinganes" significa "ponto do parlamento" na língua faroesa.
É um dos locais de reunião de parlamentos mais antigos do mundo (juntamente com Þingvellir na Islândia) - reuniões parlamentares ocorriam ali desde a Era Viking, no ano 900!
A principal assembléia das Ilhas Faroé, chamada Thing em faroês, acontecia ali nas pedras de Tinganes, numa época em que sequer havia um assentamento ali.
A assembléa-geral, ou The Thing, era um antigo sistema de justiça e administração: quando os Vikings e os primeiros colonizadores nórdicos chegavam em um novo lugar para criar seus assentamentos, eles traziam com eles seus costumes e sistemas legais.
As assembléias (Things) eram onde as decisões políticas eram tomadas, as leis eram aplicadas e os conflitos eram resolvidos. Além de funcionar como pontos de encontro, era ali que também aconteciam o comércio e as atividades religiosas.
Durante a Idade Média, Tinganes também era uma área de muitos mercados e armazéns, um importante ponto de comércio.
As viagens dos barcos mercantes aconteciam apenas no verão, e a maioria das pessoas faziam suas compras ali somente uma vez por ano, aproveitando para aprovisionar tudo o que precisavam do mundo exterior para o ano seguinte.
Hoje em dia, o conjunto de prédios vermelhos é tombado como patrimônio histórico, e as casinhas são sede do governo das Ilhas Faroé e da cidade de Tórshavn, ministérios, consulados e embaixadas dos países que têm representação diplomática em Faroé.
cuida o ferry 'estacionado' do lado esquerdo |
Ministério das Finanças das Ilhas Faroé |
a principal assembléia das Ilhas Faroé, chamada Thing em faroês, acontecia nas pedras de Tinganes |
felizes da vida explorando Tinganes |
o modesto edifício da representação diplomática da Islândia nas Ilhas Faroé |
muitos edifícios com os característicos telhados de grama em Tinganes |
Ali pertinho fica a Catedral de Tórshavn, reconstruída no século XIX, inteiramente de madeira.
E, praticamente ao lado de Tinganes, fica a cidade velha de Tórshavn, chamada Reyn, que abriga cerca de duas dúzias de pequenas casas de madeira pintadas de preto com janelas de moldura branca e telhados de grama.
Você percebe que saiu de Tinganes e chegou a Reyn justamente porque, em Tinganes, os prédios são vermelhos e, em Reyn, são pretos.
Ainda hoje essas casas do século 14, construídas pelos primeiros colonizadores que chegaram ali, são habitadas por moradores da capital - passeie pelas charmosas ruazinhas estreitas e sinuosas, mas não esqueça de sempre respeitar a privacidade dos moradores, como já recomendei aqui: Ilhas Faroé - tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago
você percebe que saiu de Tinganes e chegou a Reyn justamente porque, em Tinganes, os prédios são vermelhos e, em Reyn, são pretos |
a cidade velha de Tórshavn, chamada Reyn, abriga duas dúzias de pequenas casas de madeira pintadas de preto com janelas de moldura branca e telhados de grama |
Reyn, a cidade velha de Tórshavn |
vocês conhecem a Legoland? |
Catedral de Tórshavn |
Estacionamos no Porto de Tórshavn e fomos passear a pé por Tinganes e Reyn.
Não precisa pagar parquímetro (o estacionamento é grátis), só tem que marcar no reloginho que todos os carros têm o horário que você chega para estacionar e respeitar o limite de tempo permitido em cada local.
Na maioria dos lugares do centrinho da capital Tórshavn, é permitido estacionar entre 30min e 2hs e, a partir das 18hs, não existe limite de tempo.
Para saber mais sobre as regras de estacionamento nas Ilhas Faoré, veja aqui, onde contei como foi viajar de carro pelas Ilhas Faroé.
Nossa caminhada de 1Km por ali está no Strava, e também mostrei tudo lá nos stories.
Aliás, deixamos muitas dicas desta viagem pelas Ilhas Faroé e Dinamarca salvas lá nos destaques dos stories no Instagram em @claudiarodriguespegoraro e @marlonpegoraro, espia lá!
Veja todas as fotos que publiquei das Ilhas Faroé na #LipenaDinamarca no Instagram!
regras de estacionamento (gratuito) no centro de Tórshavn |
centro de Tórshavn |
Skansin é uma fortaleza histórica em Tórshavn, localizada em uma colina ao lado do porto.
O forte foi construído em 1580 por Magnus Heinason para proteger a cidade contra ataques piratas, depois que ele mesmo quase foi pego em um desses ataques.
Skansin a fortaleza histórica de Tórshavn |
Tórshavn é o único lugar nas Ilhas Faroé, além de Klaksvík (a "capital do norte), onde você terá a impressão de ter chegado à civilização.
A cidade continua com uma carinha de vilarejo, com casinhas fofas de telhados de grama, especialmente na área do porto. Mas, no restante do arquipélago, você passa o tempo todo viajando na "natureza selvagem" de Faroé, sem ver uma única pessoa nos vilarejos, sem ver carros nas estradas, enxergando apenas montanhas, fiordes e belezas naturais - quando chegávamos em Tórshavn (estivemos lá várias vezes), aquele movimento da cidade causava até uma certa estranheza.
Parece que a capital "destoa" do resto do país, com seus hotéis, restaurantes e até lojas hehehe...
Se você conhece outros países escandinavos, especialmente a Noruega, a Dinamarca e a Islândia, Tórshavn vai te parecer familiar, com as casinhas coloridas, o porto e seus barcos. Tudo ali lembra a Escandinávia.
E a parte mais importante da cidade, é claro, como em qualquer assentamento escandinavo, é o Porto de Tórshavn, com seus barcos pesqueiros, veleiros, lanchas, um estaleiro e o terminal onde chegam os navios e ferries vindos principalmente da Dinamarca e da Islândia.
Nesta 2ª noite nas Ilhas Faroé, jantamos e dormimos na capital Tórshavn, no hotel Hilton Garden Inn, que é excelente!
Endereço: Staravegur 13.
Para entender onde comer e o que comer nas Ilhas Faroé, veja aqui.
Para saber tudo sobre o Hotel Hilton, leia aqui: Onde ficar nas Ilhas Faroé
Chegamos ao hotel por volta das 17h30min.
Veja que começamos o dia em Sorvágur por volta das 8h20min e terminamos nossos passeios em Tórshavn às 17h30min. Num dia de 9hs, fizemos TUDO isso. Incluindo uma trilha bem puxadinha na neve de 7Km, com 233m de ganho de elevação, e arrastando um aborrescente por todos os passeios.
Sim, os dias rendem muito em Faroé, mesmo no inverno.
E sim, eu mereço um prêmio (pela parte de arrastar o adolescente).
Dia 3 10/02 (sexta)
No 3º dia nas Ilhas Faroé, planejamos pernoitar em Klaksvík, conhecida como "capital do norte", na Ilha Borðoy, no The Hans Apartment - isso depois de explorar vários pontos turísticos nas Ilhas Streymoy (onde começamos o dia) e Eysturoy.
Depois de um maravilhoso café da manhã no hotel Hilton Garden Inn, saímos de Tórshavn quase 10hs da manhã em direção ao povoado de Saksun, que fica situado na Ilha Streymoy, a mesma da capital.
mapa com o roteiro do dia 3 nas Ilhas Faroé |
Fomos pela estrada Kaldbaksvegur, contornando o Kaldbaksfjordur e, para nós, esta ficou conhecida como a "estrada das cachoeiras".
Vimos - sem exagero nenhum - centenas de cascatas em alguns poucos quilômetros rodados.
A enorme Týggjará Waterfall também fica ali. Ficamos muito impressionados com a quantidade de cachoeiras nesse trecho de estrada!
E foi só pensar 2 segundos que entendemos o "fenômeno" da multiplicação das cachoeiras: havia nevado muito nos dias anteriores e, nesta noite, a temperatura tinha subido bastante - tanto que, quando acordamos, toda a neve havia derretido e agora víamos as montanhas bem verdes! Óbvio, com o derretimento da neve, se formaram centenas de cascatas descendo das montanhas.
Um verdadeiro espetáculo por todo o caminho até o povoado de Saksun.
Pena que é muito difícil fotografar nessas condições, porque, cada vez que eu abria a janela do carro para tentar tirar uma fotinho, a chuva tocada de vento me deixava encharcada 😜
Depois desse trecho na estrada Kaldbaksvegur, passamos por um outro trecho de estrada chamado Hvalvíksvegur, que vai cortando pelo interior das montanhas, e a paisagem fica bem diferente ali.
Foi uma das poucas vezes, nas nossas andanças pelas Ilhas Faroé, que percebemos que havíamos nos distanciado um pouco do mar e andávamos pelo "meio" da ilha, como se estivéssemos em um platô no cume da montanha. Em Faroé, nenhum ponto das ilhas fica mais de 5Km distante do mar.
com o derretimento da neve, cada sulco na encosta das montanhas vira uma cascata na estrada Kaldbaksvegur, a "estrada das cachoeiras" |
trecho de estrada chamado Hvalvíksvegur, que vai cortando pelo interior das montanhas |
a paisagem fica bem diferente em Hvalvíksvegur |
dava para perceber que havíamos, pela 1ª vez, nos distanciado um pouco do mar |
Vilarejo de Saksun
Saksun fica na Ilha Streymoy (a mesma da capital Tórshavn), mas, como fica bem ao norte da ilha, já no caminho e na estrada que leva à Ilha Eysturoy, todo mundo aproveita para conhecer Saksun num roteiro junto com os outros pontos turísticos da Ilha Eysturoy.
Saksun é um daqueles lugares que parecem saídos de um livro ilustrado de contos de fadas, um vilarejo que parece construído artificialmente só para encantar os viajantes: meia dúzia de casinhas coloridas ao redor de um fiorde, cercadas por cachoeiras de todos os lados, com uma igrejinha branca muito fotogênica de pedras e telhado de grama bem na frente da baía, para completar o "cenário".
O povoado, de acordo com o último censo, tem apenas 8 habitantes - sim, eu não escrevi errado, são somente OITO moradores mesmo!
A Baía de Saksun, situada em um banco de areia, parece até uma lagoinha tranquila. Antigamente, a baía era um porto natural, mas, com o tempo, se encheu de areia e hoje, com o banco de areia que se formou, só é possível acessar a baía em barcos pequenos durante a maré alta.
É possível fazer uma caminhada até a praia, ou até o banco de areia na baía (durante a maré baixa, mediante pagamento de ingresso, pelo que eu ouvi falar), mas nós optamos em ir para o outro lado do povoado, o lado da igrejinha, onde há um estacionamento para visitantes e muitas placas pedindo respeito à privacidade dos 8 moradores do vilarejo hehehe...deve ter muito turista enxerido que vai espiar pelas janelas das casas das pessoas 🤷♀️
Afinal, os faroeses se isolam no finzinho do mundo e os turistas vão atrás...tá na cara que eles não parecem gostar muito de nós (turistas) 😬
Em Saksun, você vai se deparar com várias placas sinalizando que o uso de drones é vedado, que você deve respeitar as cercas, que é proibido passar, que não pode ingressar de carro...enfim, só falta ter um alto-falante na entrada do vilarejo gritando: "vá embora, não queremos visitantes aqui!"
Sério, às vezes dava até vontade de rir, tamanha a 'antipatia'!
Já comentei antes, mas vale repetir aqui: alguns vilarejos das Ilhas Faroé possuem menos de uma dúzia de moradores, como Saksun, e estes povoados mais bucólicos são justamente os mais pitorescos e fotogênicos do arquipélago, recendo muitos visitantes - muitos turistas sem a menor noção de respeito à privacidade alheia.
Por isso, eu entendo perfeitamente o lado deles - e você também pode ter um pouco de empatia e se colocar no lugar dos moradores de Saksun: imagine você ir morar no fim do mundo, justamente porque gosta daquele lugar extremamente bucólico, de não ter vizinhos, de não ver gente, da natureza selvagem e da solidão e, de repente, uma van lotada de turistas desembarca no seu quintal e você se depara com gente sem noção espiando pelas janelas da sua casa para ver o que tem lá dentro (como se fossem encontrar algo diferente de qualquer outra moradia no planeta).
Simmmm, eu entendo muito bem os aparentemente "antipáticos" faroeses!
Então, por favor, não seja esse turista desrespeitoso. É por causa de gente assim que muitos lugares simplesmente se fecham ao turismo, proíbem o uso de drones, criam taxas e mais taxas para permitir a visitação, etc.
Se você visitar Saksun no verão, também pode conhecer uma antiga fazenda faroesa - Dúvugarðar - a qual hoje funciona como um museu que explica como era a vida rural em Faroé em tempos passados.
Fica aberto apenas de 15 de junho a 31 de agosto, das 14 às 17hs.
Para quem gosta de pescar, a área é conhecida pelas suas trutas e salmões, mas saiba que, para pescar em Faroé, é necessário comprar uma permissão prévia de pescaria, que você pode adquirir no posto de combustíveis EFFO em Kollafjordur, e só pode pescar ali entre 15 de junho e 17 de outubro.
E mais, atenção: não pode pescar aos domingos, no horário da missa!
mapa de Saksun com os pontos de estacionamento, banheiros e trilhas |
Saksun e a sua igrejinha branca com telhado de grama bem na frente da baía |
se você visitar Saksun no verão, também pode conhecer uma antiga fazenda faroesa - Dúvugarðar - a qual hoje funciona como um museu |
cascatas por todos os lados no vilarejo de Saksun |
Saksun é um daqueles lugares que parecem saídos de um livro ilustrado de contos de fadas |
um vilarejo que parece construído artificialmente só para encantar os viajantes |
igrejinha com telhado de grama em Saksun |
Quando voltamos de Saksun para cruzar para a Ilha Eysturoy (pela mesma estradinha linda que havíamos percorrido para ir até lá), passamos pelo povoadinho de Hvalvík, que tem uma igrejinha fofa.
Esta travessia entre as ilhas Streymoy e Eysturoy é por uma ponte, e não por um túnel suboceânico.
Do outro lado da ponte, já na Ilha Eysturoy, no vilarejo de Oyrarbakki, tem um mercado Bonus e também um posto de combustíveis da rede Magn, com loja de conveniência (= lanchinhos) e banheiros.
Aproveite para se abastecer! Ou desabastecer (a bexiga hehehe...).
Ilha Eysturoy
A Ilha Eysturoy é grande e cheia de fiordes, com um litoral bem recortado, então não chegamos nem perto de ver tudo, mas, do pouco que vimos, Eysturoy não nos decepcionou!
Atrações que você deve colocar no seu roteiro na Ilha Eysturoy:
- Eiði Village
- Eiði Camping
- Risin & Kellingin Viewpoint
- Pico Slættaratindur
- Gjógv
- Hvíthamar Trailhead
- Village Funningur
- Elduvík Village
- Norderøtunnelen
a Ilha Eysturoy é cheia de pequenos vilarejos com casinhas coloridas, fiordes e cascatas, muitas cascatas! |
povoado de Gjógv na Ilha Eysturoy |
Fossá Viewpoint
A nossa 1ª parada na Ilha Eysturoy foi no mirante para a Fossá, de onde ela pode ser vista do outro lado do fiorde - que, aliás, nem é um fiorde: aquilo ali é um longo braço de mar que divide as 2 ilhas, Eysturoy e Streymoy.
Explico: a Cachoeira Fossá, que é a cascata mais alta das Ilhas Faroé, com 140m, lindíssima, fica na Ilha Streymoy, no caminho para Tjørnuvík, antes de chegar a Haldarsvik (fomos até a base dela no dia seguinte), mas ela pode ser vista, mais de longe, deste mirante que fica situado do outro lado do braço de mar, na Ilha Eysturoy.
o Fossá Viewpoint fica situado do outro lado do braço de mar, na Ilha Eysturoy |
Fossá Viewpoint |
Vilarejo de Eiði
Eiði é uma cidade das Ilhas Faroé situada na Ilha de Eysturoy, no norte do arquipélago, com incríveis 721 habitantes (uma cidade enorme, para os padrões de Faroé!).
Eiði significa istmo, em faroês, e esse povoado foi mencionado pela 1ª vez no início do século 14, embora haja indícios (datação por carbono) de que a vila foi na verdade colonizada pelos Vikings, ainda no século 9.
No meio da vila, fica a Igreja Eiði, fundada em 1881. O povoado ao redor é uma graça, cheio de casinhas coloridas, um dos mais fotogênicos que conhecemos nas Ilhas Faroé, na minha opinião!
Durante a Guerra Fria, havia uma importante estação de navegação submarina em Eiði, fato que o Lipe achou muito interessante 😛
Ao entrar na aldeia, você notará uma longa encosta subindo do mar pela colina de Eiðiskollur. Existe uma rota até o topo do morro para aqueles que quiserem um pouquinho mais de aventura.
É também no lindo vilarejo de Eiði que fica situado um dos campings mais legais do mundo, instalado em um campo de futebol - o Eiði Camping, mas, embora houvesse um motorhome estacionado lá, o camping estava fechado.
Saiba mais aqui: Onde ficar nas Ilhas Faroé
Eiði é uma cidade das Ilhas Faroé localizada na Ilha de Eysturoy |
meio da vila, fica a Igreja Eiði, fundada em 1881 |
o incrível Eiði Camping, instalado em um campo de futebol nas Ilhas Faroé |
existem indícios de que Eiði foi colonizada pelos Vikings, ainda no século 9 |
o povoado de Eiði é uma graça, cheio de casinhas coloridas, um dos mais fotogênicos que conhecemos nas Ilhas Faroé |
este é o 'verdadeiro' campo de futebol da cidade - não confundir com o campo que foi transformado em camping, na foto mais acima |
paisagem em Eiði nos arredores do Eiði Camping |
dá para imaginar um camping melhor situado que isso!? |
a maioria das igrejinhas das Ilhas Faroé possuem um pequeno cemitério ao seu redor - porque não enterrar seus entes queridos o mais próximo possível da casa de Deus? |
Mirante de Risin & Kellingin
Risin og Kellingin são 2 rochedos marítimos situados no litoral norte da Ilha de Eysturoy, nas Ilhas Faroé, pertinho da cidade de Eiði.
O nome 'Risin og Kellingin' significa "O Gigante e a Bruxa", e se refere a uma antiga lenda sobre as origens dos rochedos.
O Gigante (Risin) é o rochedo de 71m mais distante da costa, e a Bruxa (Kellingin) é a rocha pontiaguda de 68m mais próxima da terra, de pé, com as 'pernas' afastadas.
Nós paramos para vê-los do Risin & Kellingin Viewpoint (esse é o nome do local no Google Maps) - um mirante com binóculos.
Outras boas vistas desse monumento natural podem ser obtidas em um dia claro de Tjørnuvík, na Ilha de Streymoy (fomos até lá no dia seguinte).
A lenda, típica do folclore nórdico, conta como, uma vez, os gigantes da Islândia ficaram com inveja e decidiram que queriam as Ilhas Faroé para si. Assim, o Gigante e a Bruxa foram enviados às Ilhas Faroé para trazê-las de volta.
Eles alcançaram a montanha mais a noroeste, Eiðiskollur, e o Gigante permaneceu no mar enquanto a Bruxa subia a montanha com uma corda pesada para amarrar as ilhas, para que ela pudesse empurrá-las nas costas do Gigante. No entanto, quando a Bruxa prendeu a corda na montanha e puxou, a parte norte da montanha se partiu.
Outras tentativas de empurrar a montanha também não tiveram sucesso e eles lutaram durante toda a noite, mas a base da montanha era muito firme, e eles não conseguiram movê-la de jeito nenhum.
Como se sabe, se o sol brilhar em um Gigante ou numa Bruxa, eles se transformam em pedra (isso é uma regra também em lendas norueguesas, islandesas e até irlandesas).
Foi assim que, enquanto continuavam a lutar para arrastar a ilha, o Gigante e a Bruxa não perceberam o tempo passar e, ao amanhecer, um raio de sol interrompeu os seus esforços, transformando-os em rochas no local.
E eles ficaram lá desde então, olhando ansiosamente para o oceano em direção à Islândia 🤷♀️
Risin og Kellingin são 2 rochedos marítimos situados no litoral norte da Ilha de Eysturoy |
Mirante de Risin & Kellingin |
o Gigante - Risin é o rochedo mais distante da costa, e a Bruxa - Kellingin é a rocha pontiaguda mais próxima da terra |
Pico Slættaratindur
Nesta região também fica situado o Pico Slættaratindur, ponto mais alto das Ilhas Faroé, que você pode subir em 4hs por uma trilha não muito difícil, desde que o dia esteja bom.
Não são necessárias técnicas de escalada para subir esta montanha - basta saber caminhar, mas, se os ventos não estiverem colaborando, melhor nem tentar, porque fica até perigoso!
Slættaratindur significa "cume plano".
O pico tem 880m de altitude e fica situado entre as localidades de Eiði, Gjógv e Funningur.
todo cuidado é pouco nas estradas desertas de Faroé |
Slættaratindur significa "cume plano" |
Gjógv
O caminho para chegar até Gjógv, na pontinha norte da Ilha Eysturoy - um dos lugares mais remotos das Ilhas Faroé - foi sensacional.
A vila de pescadores foi mencionada pela 1ª vez em 1584, mas acredita-se que havia um assentamento ali desde muito antes disso.
Gjógv subsiste há muito tempo subsiste da pesca e da venda de peixe seco e salgado - 'Klippfiskur', em faroês.
No verão, Gjógv tem um restaurante e um hotel em funcionamento, e a aldeia atrai muitos turistas, que, por incrível que pareça, vão até lá para NADAR nas corredeiras do riacho que atravessa a vila ao meio, criando piscininhas naturais - já que as praias das Ilhas Faroé não são lá muito convidativas, né!? 😜
Veja aqui a pousada de Gjógv: Gjaargardur Guesthouse Gjogv
Mas a atração turística mais famosa de Gjógv, que torna esse local único, são as escadarias e trilhos existentes no seu fiorde de 200m de comprimento.
Gjógv tem um dos melhores portos naturais das Ilhas Faroé e, como o mar é muito agitado nas ilhas, a maneira que os pescadores encontraram de conseguir entrar no mar e de carregar mercadorias nos seus barcos era descendo com os barcos e mercadorias pela ferrovia inclinada construída dentro do fiorde, onde as águas do mar ficam protegidas das ondas violentas.
Os barcos são puxados para cima pela rampa para ficarem a salvo das ondas. Eles construíram trilhos e escadarias dentro do fiorde de Gjógv para poderem subir e descer os barcos e pessoas até o mar, e embarcar e desembarcar mercadorias.
Aliás, a ferrovia inclinada de Gjógv é famosa por ser a única ferrovia em operação ainda hoje nas Ilhas Faroé, e o porto construído no desfiladeiro se tornou uma importante atração turística.
Décadas atrás, Gjógv chegou a ter 13 barcos de pesca que partiam do seu fiorde, mas a população local sofreu um declínio acentuado nos últimos 60 anos - a escola do vilarejo, por exemplo, hoje em dia, possui apenas 3 alunos, e o mercado mais próximo fica em Eiði.
Todas as casas da aldeia têm o mesmo estilo de construção e pintura colorida típica das Ilhas Faroé, sendo o vermelho, o preto, o amarelo, o branco e o verde as cores mais usadas. Ainda existem cerca de 50 casas na aldeia, mas, devido à diminuição da população local, metade delas estão vazias.
A igreja da aldeia de Gjógv é de 1929. Antes disso, os aldeões caminhavam até Funningur, o povoado vizinho, para ir à igreja.
Ali perto da igreja, há uma escultura em memória dos pescadores perdidos no mar - a escultura de uma mãe e 2 filhos olhando para o mar foi criada por Fritjof Joensen.
Inclusive, a vila recebeu seu nome - Gjógv - justamente por causa do desfiladeiro - gorge (em inglês), e os habitantes locais são conhecidos como Gjáarfólk.
Desfiladeiro = Gjógv = Gorge
o caminho até Gjógv, na pontinha norte da Ilha Eysturoy, é sensacional |
lindeza de estradinha a caminho de Gjógv |
mapa de Gjógv e seu desfiladeiro/fiorde |
chegando à aldeia de Gjógv |
Gjógv é um dos lugares mais remotos das Ilhas Faroé |
Gjógv e suas corredeiras que atravessam a vila ao meio, criando piscininhas naturais |
a igrejinha de Gjógv é de 1929 |
a atração turística mais famosa de Gjógv são as escadarias e trilhos existentes no desfiladeiro de 200m de comprimento |
todas as casas de Gjógv têm o mesmo estilo de construção e pintura colorida típica das Ilhas Faroé |
o vermelho, o branco, o preto, o amarelo e o verde são as cores mais usadas nas casas de Gjógv |
existem cerca de 50 casas em Gjógv, mas, devido à diminuição da população local, metade delas estão vazias |
Gjógv é um povoado super fotogênico |
paisagem de Gjógv nas Ilhas Faroé |
pensa como deve ser viver num lugar bucólico assim, praticamente uma Legoland! |
Gjógv é uma típica vila de pescadores das Ilhas Faroé |
uma das poucas habitantes de Gjógv |
casinhas coloridas de Gjógv |
corredeiras no centro de Gjógv |
explorando Gjógv, na pontinha norte da Ilha Eysturoy |
escultura em memória dos pescadores perdidos no mar, com uma mãe e 2 filhos olhando para o mar |
Hvíthamar Trailhead
Esta trilha foi uma ótima dica do Kleber Ishida - não fosse pela dica dele, nunca teríamos parado ali, pois não tem nenhuma indicação desse lugar na estrada. Você só vai ver a placa indicando o início da trilha depois que - literalmente - pular a cerca!
Mas, se você colocar Hvíthamar Trailhead no Google Maps, ele te leva lá. Aí, você estaciona no acostamento, na beira da cerca, e sobe a trilha morro acima para ver as vistas maravilhosas do fiorde - do alto da montanha Hvíthamar, você tem uma vista panorâmica do fiorde Funningur.
A trilha é bem demarcada por uns tocos de madeira pintados de verde (veja nas fotos abaixo), é fácil, rápida e adequada inclusive para crianças, mas...num dia de muito vento, não é recomendado fazer esta trilha, fica bem perigoso.
Nós acabamos "atalhando" um pedaço da trilha, pois parecia que os ventos violentos, de mais de 50Km/hora, iam nos carregar direto para o abismo, o troço estava furioso mesmo!
Grande parte da trilha tem um solo bem alagado, então use botas de borracha ou se prepare para molhar os pés (e ficar gelaaaado), porque botas impermeáveis não são suficientes para manter os pés secos ali!
Você vai levar uns 60min para fazer a trilha de 1,5Km (ida e volta).
É uma trilha bem curtinha, mas com bastante altimetria (442m).
Na subida para Skeggjanøv a trilha é mais íngrime e, quando você chega lá em cima, está na beira de um abismo, então tenha bastante cuidado, especialmente se estiver com pequenos viajantes.
Gongutúrur, em faroês, significa "trilha", ou rota de caminhada, passeio a pé
acabamos indo e voltando pelo mesmo caminho, sem completar o triângulo, porque os ventos simplesmente não nos deixaram continuar na trilha kkkk... |
em vários lugares, nas Ilhas Faroé, você precisa - literalmente - pular a cerca para fazer uma trilha! |
Hvíthamar Hiking Route nas Ilhas Faroé - do alto da montanha Hvíthamar, você tem uma vista panorâmica do fiorde Funningur |
grande parte da trilha tem um solo bem alagado, então se prepare para molhar os pés (consegue ver na foto os toquinhos de madeira pintados de verde?) |
a trilha é bem demarcada por uns tocos de madeira pintados de verde, como você vê no canto inferior esquerdo nesta foto |
Funningur Scenic Point e Village Funningur
Depois de visitar Saksun, ver o camping no campo de futebol em Eiði Village, fotografar os rochedos de Risin & Kellingin, conhecer o fiorde de Gjógv e fazer a trilha Hvíthamar, fomos em direção ao vilarejo de Funningur, situado às margens de um fiorde chamado Funningsfjørður.
Funningur, no norte da Ilha Eysturoy, tem uma das localizações mais memoráveis das aldeias das Ilhas Faroé, no fundo de um vale cercado por montanhas em todas as direções, exceto a leste, onde a vila tem vista para o fiorde Funningsfjørður.
3 estradas cênicas conectam as 4 aldeias de Eiði, Funningur, Gjógv e Elduvík, e se cruzam na encosta da montanha a oeste de Funningur.
A estrada, chamada Funningsleið, que leva até Funningur, é impressionante, com um trecho de curvas em S inacreditável subindo do fiorde Funningsfjørður. Curvas cotovelo criando arte na paisagem.
Realmente vale muito a pena dirigir por essa estradinha!
Paramos não apenas uma, mas várias vezes neste trecho, para fotografar, filmar e apreciar a paisagem daquela aldeia pitoresca lá embaixo, aninhada em um vale em forma de tigela.
Uma pena que os ventos violentos não nos deixavam voar o drone!
A melhor parada é a que aparece no Google Maps com o nome Funningur Scenic Point.
Nas Ilhas Faroé eles têm algumas estradinhas de montanhas muito lindas que são consideradas "rotas cênicas". Essas rotas turísticas nas Ilhas Faroé são chamadas de Sóljuleiðir (rotas 'Buttercup', ou 'botão de ouro'), em homenagem à flor nacional das Ilhas Faroé.
Nestas rotas turísticas cênicas, você pode dirigir devagar e desfrutar da viagem e da deslumbrante natureza ao seu redor, e principalmente parar nos acostamentos para fotografar, sem perturbar o trânsito nas estradas principais (e sem receber xingamentos dos locais também hehehe...).
Sempre que você estiver viajando pelas estradas das Ilhas Faroé e encontrar uma destas placas abaixo, com uma flor amarela, pode preparar a máquina fotográfica, porque é certeza que vem muita beleza pela frente:
a rota turística Funningsleið, que leva até Funningur, é impressionante, com um trecho de curvas em S inacreditável subindo do fiorde Funningsfjørður |
3 estradas cênicas conectam as 4 aldeias de Eiði, Funningur, Gjógv e Elduvík, e se cruzam na encosta da montanha a oeste de Funningur |
esta é a vista pela qual Funningur é conhecida - a estrada estreita serpenteia para frente e para trás em curvas fechadas até chegar à aldeia |
Funningur fica aninhada aos pés do Pico Slættaratindur, ponto mais alto das Ilhas Faroé, com 880m de altitude |
o vilarejo de Funningur fica situado às margens de um fiorde chamado Funningsfjørður |
E essa estradinha é tão famosa entre as atrações turísticas de Faroé que acaba que ninguém comenta que a vila de Funningur também é uma gracinha.
O vilarejo de Funningur fica aninhado aos pés do imponente Pico Slættaratindur, ponto mais alto das Ilhas Faroé, com 880m de altitude, então imagine a lindeza que é a paisagem ao redor daquele punhado de casinhas coloridas aninhadas entre as montanhas.
Ah, e mais uma informação importante para os que gostam de caminhadas: existem trilhas fáceis de fazer de Funningur até Gjógv e de Funningur até Eiði!
a vila de Funningur é uma gracinha |
igrejinha tradicional de madeira e telhado de grama em Funningur |
Funningur, um punhado de casinhas coloridas aninhadas entre as montanhas |
Norderøtunnelen
Se tiver mais tempo, você ainda pode pegar a estrada cênica Elduvíkarleið, que leva até Elduvík Village, neste mesmo dia.
Como nós já estávamos cansados, deixamos para visitar a aldeia de Elduvík no dia seguinte, e seguimos direto pelo Norderøtunnelen para a Ilha Borðoy, onde fica a capital do norte, Klaksvík.
O Norðoyatunnilin é um túnel de 2 pistas que atravessa o Leirvíksfjørður nas Ilhas Faroé, ligando as ilhas de Eysturoy e Borðoy.
As entradas/saídas do túnel Norðoyatunnilin ficam nas cidades de Leirvík em Eysturoy, e em Klaksvík na Ilha Borðoy.
O túnel Norderøtunnelen tem mais de 6Km de extensão, recuos e luzes coloridas na sua parte mais profunda!
Até a abertuta do Eysturoyartunnilin em 2020, ele era o túnel mais longo das Ilhas Faroé, descendo até uma profundidade de 150m abaixo do nível do mar 😨
A construção do Norðoyatunnilin começou em 2003 e ele foi inaugurado em 2006 - hoje em dia, quase 4 mil veículos atravessam esse túnel todos os dias, e o seu custo já se pagou.
A propósito, você sabia que os túneis suboceânicos das Ilhas Faroé são incríveis feitos de engenharia?
Os principais túneis suboceânicos das Ilhas Faroé são o Vágatunnilin e o Norðoyatunnilin (ou Norderøtunnelen), que você paga 100 DKK de pedágio para atravessar (esse é o preço de ida e volta), e o Eysturoyartunnilin, que custa 175 DKK a travessia só de ida.
Fiquei com pena que acabamos alterando nosso roteiro para acrescentar outros lugares mais ao norte que ainda queríamos conhecer e acabamos não atravessando o famoso túnel com rotatória que inaugurou em 2020 chamado Eysturoyartunnilin, mas foi uma boa economia, porque a travessia (só de ida) dele custa salgados U$ 25!
Este túnel tem 11,24Km e foi o 1º do mundo a possuir uma rotatória submarina!
Eysturoyartunnilin e sua rotatória submarina com luzes coloridas |
Neste nosso 3º dia em Faroé, dormimos em Klaksvík, no The Hans Apartment - pagamos no local em DKK 1050 (U$ 152,56).
Endereço: Brekkuskákið 5.
Adoramos essa pousada em Klaksvík, e contei tudo sobre ela aqui: Onde ficar nas Ilhas Faroé
Chegamos à pousada perto das 16hs, e ainda fui dar um passeio a pé até a igreja luterana Christianskirkjan, que fica bem pertinho do The Hans Apartment, onde pernoitamos em Klaksvík.
O Porto de Klaksvík fica bem bonito iluminado à noite.
Saímos bem mais tarde de carro para uma "caçada" à aurora boreal, mas o céu estava muito nublado e não rolou, infelizmente!
esta linda vista do Porto de Klaksvík é da esquina do 'The Hans Apartment', pousada onde pernoitamos na 'capital do norte' |
chegamos à pousada perto das 16hs, e ainda fui dar um passeio a pé por Klaksvík |
igreja luterana Christianskirkjan em Klaksvík |
o Porto de Klaksvík fica bem bonito iluminado à noite |
Dia 4 11/02 (sábado)
Em Klaksvík, havíamos chegado ao ponto mais distante que pretendíamos visitar no nosso roteiro pelas Ilhas Faroé e, infelizmente, já era hora de começarmos a voltar para a capital Tórshavn, aonde iríamos pernoitar no Hotel Djurhuus nesta que, de acordo com o nosso roteiro original, seria nossa última noite em Faroé.
Mas...ainda tínhamos muitos lugares para explorar, tanto na Ilha Borðoy, onde estávamos, quanto nas ilhas Eysturoy e Streymoy, no caminho de volta!
Veja no mapa abaixo tudo o que fizemos neste dia 4 nas Ilhas Faroé, saindo da pousada em Klaksvík às 9hs da manhã e chegando ao hotel em Tórshavn às 17h40min:
mapa com o roteiro do dia 4 nas Ilhas Faroé |
Ilha Borðoy e Klaksvík
Klaksvík, na Ilha Borðoy, é a 2ª maior e mais populosa cidade do país, só perdendo em tamanho e população para a capital Tórshavn, e por isso é conhecida como 'capital do norte'.
Como expliquei acima, para chegar até Klaksvík, você tem que atravessar os mais de 6Km de extensão do Norderøtunnelen, que significa “túnel das ilhas do norte”. A cidade fica bem na saída/entrada do túnel.
Imagine que, até 2006, quando o túnel suboceânico Norðoyatunnilin, conectando a cidade de Leirvík em Eysturoy e Klaksvík na Ilha Borðoy foi construído, a cidade de Klaksvík - e todo o resto do arquipélago a leste dela - ficavam isolados do resto do país, apenas acessíveis por barcos, que funcionam sem muita regularidade durante boa parte do ano.
Até por isso, Klaksvík tem um importante porto pesqueiro na sua baía - inclusive maior do que o de Tórshavn - pois, nesta região, os moradores são ainda mais dependentes daquilo que chega pelo mar.
Aliás, depois de rodar tantos quilômetros pelo arquipélago de Faroé encontrando apenas pequenas aldeias pelo caminho, a sensação, quando chegamos a Klaksvík, era a de que estávamos em uma verdadeira metrópole, com direito a cervejaria, café, restaurante e até um centro de informações turísticas.
Bem na frente da Baía de Klaksvík, protegendo a entrada da baía e criando uma paisagem espetacular, você vê a montanha Enniberg - na verdade, essa montanha está situada na pontinha sul da Ilha Kunoy, que fica ao norte de Klaksvík.
Você também vai perceber que, em Klaksvík, parece ainda mais frio do que em Tórshavn, por exemplo, com um vento gelado que sopra de todos os lados - o que é mesmo de se esperar, pois, quanto mais ao norte nós íamos, mais próximos ficávamos do Círculo Polar Ártico!
Além de um passeio de carro por Klaksvík quase até a ponte que leva à Ilha Kunoy, a maior atração local é a Trilha Klakkur, uma caminhada de 1h30min/2Km ida e volta relativamente fácil, mas com vistas estupendas.
Para chegar ao início da trilha, pegue a rua chamada Niðan Horn. O caminho para a trilha começa numa estrada de terra chamada Ástarbreytin (The Love Path), e você pode ir de carro, por uma estrada de cascalho, até Hálsur, onde você estaciona e começa a trilha.
Se você colocar 'Klakkur Trailhead' no Google Maps, ele te leva lá.
Quando chegar em Klakkur, tenha cuidado, algumas partes são bem íngremes ali, mas a vista do topo é excelente.
De lá, você vê a Ilha Kalsoy, que é o único lugar das Ilhas Faroé que me doeu muito não ter conseguido visitar (pois viajamos no inverno): é lá, no ponto mais ao norte da ilha, que fica a Kallur Lighthouse, uma das trilhas mais incríveis de Faroé, até um farol.
Se você for às Ilhas Faroé no verão, não deixe de incluir esta trilha no seu roteiro!
E é lá também que fica o túmulo de James Bond, com a famosa frase de Jack London:
The proper function of man is to live, not to exist.
Baía de Klaksvík vista da esquina da nossa pousada |
Klaksvík tem um importante porto pesqueiro na sua baía, pois os moradores dependem muito daquilo que chega à cidade pelo mar |
casinhas nas encostas das montanhas ao redor da Baía de Klaksvík |
na frente da Baía de Klaksvík, você vê a montanha Enniberg que, na verdade, fica situada na pontinha sul da Ilha Kunoy, ao norte de Klaksvík |
fizemos um passeio de carro por Klaksvík quase até a ponte que leva à Ilha Kunoy |
Elduvík Village
Começamos nosso caminho de volta dirigindo pela rota panorâmica cênica Elduvíkarleið, que leva até Elduvík Village - isso depois de voltar para a Ilha Eysturoy pelo Norðoyatunnilin.
A estrada cênica que leva ao povoado de Elduvík é daquelas bem estreitas, de pista única, costeando o Funningsfjørður - inclusive, de um ponto chamado Elduvík Scenic Viewpoint, no caminho, você enxerga, lá do outro lado do fiorde, o vilarejo de Funningur, onde havíamos estado no dia anterior.
em algum lugar entre Klaksvík e Elduvík |
a partir do Elduvík Scenic Viewpoint, você enxerga, lá do outro lado do fiorde, o vilarejo de Funningur, onde havíamos estado no dia anterior |
rota panorâmica cênica Elduvíkarleið, que leva até Elduvík Village |
a estrada cênica que leva a Elduvík é daquelas bem estreitas, de pista única, costeando o Funningsfjørður |
parada para [muitas] fotos no lindíssimo Elduvík Scenic Viewpoint |
vale muito a pena pegar a estrada panorâmica Elduvíkarleið até Elduvík Village |
Chegando em Elduvík Village, estacionamos no estacionamento designado para turistas (atrás da igrejinha do povoado), onde tem inclusive uma mesa de piquenique na qual você pode almoçar seu lanche se o clima estiver colaborando, e fomos passear a pé pela aldeia, já que é proibido circular ali de carro.
No próprio estacionamento tem uma placa com informações turísticas.
Como já expliquei aqui, os estacionamentos nas Ilhas Faroé são gratuitos, mas sempre têm placas informando quantas horas é permitido estacionar em cada lugar, e todos os carros de aluguel já vêm com um reloginho no para-brisa para você marcar a hora que chegou.
O povoado também tem lixeira e banheiros públicos - tão "disfarçados" na paisagem que a gente quase nem vê, pois eles são pintados de verde e têm telhado de grama! 💚
Pena que esqueci de fotografar, mas encontrei os tais banheiros disfarçados de Elduvík no Google Street View, olha só:
banheiros públicos 'disfarçados' de Elduvík |
Valeu muito a pena ter ido até lá.
Se você estiver em dúvida entre colocar Elduvík no seu roteiro ou não, eu diria que você deve colocar sim - se tiver tempo, claro!
A aldeia tem uma população de 12 pessoas, e é dividida em 2 partes por um pequeno rio, Stórá.
De Elduvík vê-se também a ilha vizinha, Kalsoy.
A igrejinha branca de Elduvík, inaugurada em 1951, merece uma selfie.
Em Elduvík também há um desfiladeiro (gjógv = gorge) preenchido pelo mar, com escadarias que levam até ele, como o que tínhamos visto no dia anterior no povoado de Gjógv.
Esse desfiladeiro, a leste da vila, é muito popular entre mergulhadores, porque tem uma paisagem submarina espetacular ali, com uma rica população de caranguejos no fundo do mar.
Do centrinho do povoado até ali é uma caminhada curtinha, e valeu muito a pena ir conhecer, a paisagem é linda!
Ficamos aproximadamente uns 40min em Elduvík.
Abaixo você encontra direitinho o mapa com o circuito que fizemos em Elduvík - vários percursos que fizemos a pé pelos povoados das Ilhas Faroé eu registrei em aplicativos, e você encontra tudo lá no Strava (meu perfil é Claudia Rodrigues Pegoraro).
"Vocês já não tiraram 37 fotos das ovelhas?"Pegoraro, Felipe. Indignado com as fotos das ovelhas 😁
mapa com o trajeto que fizemos em Elduvík, do estacionamento até o desfiladeiro e volta, passando pelo 'centrinho' do povoado |
chegando em Elduvík Village |
a igrejinha branca de Elduvík, inaugurada em 1951, merece uma selfie |
em Elduvík fomos recepcionados por muitas ovelhas, que vieram nos cheirar e dar as boas-vindas |
Elduvík tem uma população de 12 pessoas |
certamente tem MUITO mais ovelhas do que humanos em Elduvík! |
se você estiver em dúvida entre colocar Elduvík no seu roteiro ou não, eu diria que você deve colocar sim! |
'centrinho' de Elduvík |
Elduvík é uma típica vila de pescadores das Ilhas Faroé |
a casa praticamente se 'esconde' na paisagem de Elduvík |
explorando Elduvík |
em Elduvík há um desfiladeiro preenchido pelo mar, com escadarias que levam até ele |
de Elduvík vê-se também a ilha vizinha, Kalsoy |
o desfiladeiro, a leste da vila Elduvík, é muito popular entre mergulhadores, porque tem uma paisagem submarina espetacular ali, com uma rica população de caranguejos no fundo do mar |
do centrinho do povoado Elduvík até o desfiladeiro é uma caminhada curtinha, e valeu muito a pena ir conhecer, a paisagem é linda! |
em Elduvík, assim como nas outras aldeias de Faroé, as casas são todas construídas bem próximas umas das outras, para proteção recíproca |
Elduvík é dividida em 2 partes por um pequeno rio, Stórá |
Cachoeira Fossá
Depois de explorar Elduvík Village, seguimos para a Ilha Streymoy, para ver a cascata mais alta das Ilhas Faroé, com seus 140m de altura, de pertinho.
Lembram que, no dia anterior, tínhamos visto a Cachoeira Fossá de longe, de um mirante na Ilha Eysturoy, do outro lado do braço de mar que divide as 2 ilhas, Eysturoy e Streymoy?
Pois desta vez fizemos questão de ir até a base da cascata, para vê-la de pertinho, com toda a sua imponência e força.
Fossá, seu nome, significa "cachoeira" em faroês (e em islandês também). Por curiosidade, em norueguês, cachoeira é 'foss' - tudo parecido!
Ela cascateia lindamente pela montanha por 2 afloramentos rochosos - como se a cachoeira tivesse 3 andares - até terminar no mar, logo abaixo.
Com tempo seco, dizem que ela fica com poucos metros de largura, mas estivemos lá depois de uma noite de fortes chuvas, quando a queda d'água estava com quase 30m de largura!
A Cachoeira Fossá fica no caminho para Tjørnuvík, antes de chegar a Haldarsvik, então pegar essa estradinha chamada Bakkavegur e fazer esse roteirinho para ver estes 3 lugares incríveis de uma só tacada é um baita negócio!😜
Tem estacionamento no acostamento poucos metros adiante da cachoeira.
Do lado direito da cascata, tem uma trilha, por onde você pode subir até uma plataforma para ver a Fossá ainda mais de perto, e sentir toda a força da natureza (e o spray d'água!).
placa de informações que você encontra chegando na Cachoeira Fossá |
do lado direito da cascata, tem uma trilha, por onde você pode subir até uma plataforma para ver a Fossá ainda mais de perto, e sentir toda a força da natureza (e o spray d'água!) |
consegue ver o Peg lá em cima, de jaqueta azul entre as pedras, sentindo toda a força da natureza? hehehehe... |
há um estacionamento no acostamento da estrada, poucos metros adiante da cachoeira |
Haldarsvik
Haldarsvik, também chamada de Haldórsvík, era para ser "só" mais um vilarejo simpático das Ilhas Faroé, no caminho entre a Cachoeira Fossá e o povoado vizinho mais famoso, Tjørnuvík, como inúmeros outros povoados bucólicos que nós atravessamos e que nem mencionei aqui, pois não têm maiores interesses "turísticos"...
Mas...eu achei a aldeia de Haldarsvik TÃO charmosinha, tão fotogênica, tão bucólica...que pensei que valia a pena registrar aqui, pra vocês incluírem nos seus roteiros e darem uma paradinha rápida ali!
Estacionamos no acostamento da estrada mesmo, quase ao lado da linda igrejinha octogonal que existe ali, e aproveitei para dar uma chegadinha (a pé) na cachoeira que fica ali pertinho, no centro da vila.
A igreja da aldeia é de 1856, e é a única igreja octogonal que existe nas Ilhas Faroé. Ela é famosa pelo retábulo diferentão no seu altar, que representa a Última Ceia, mas com os rostos dos Apóstolos substituídos pelos rostos de figuras públicas vivas das Ilhas Faroé.
Vale a parada!
achei a aldeia de Haldarsvik TÃO charmosinha, tão fotogênica...que pensei que valia a pena registrar aqui, pra vocês incluírem nos seus roteiros |
cachoeira no centro da vila de Haldórsvík |
a igreja de Haldórsvík é de 1856, e é a única igreja octogonal que existe nas Ilhas Faroé |
Tjørnuvík
Tjørnuvík é a vila mais ao norte da Ilha de Streymoy, nas Ilhas Faroé, com uma população total de 71 pessoas.
Pronuncia-se ‘Chu-nu-vik.
O minúsculo povoado fica aninhado no Oceano Atlântico Norte, em um vale profundo, sem outras aldeias à vista, o que lhe dá uma sensação de "fim da linha".
Uma estrada linnnnnda de pista única de 5Km desde Haldórsvík, ladeada de uma encosta íngrime, é a única maneira de se chegar de carro a Tjørnuvík, que fica de fato num beco sem saída - de lá você só pode voltar para trás, não tem como ir mais adiante.
É o fim da Ilha de Streymoy mesmo.
Li que, no verão, essa estrada estreitinha com vistas deslumbrantes fica insuportavelmente congestionada; no inverno, quando estivemos lá, cruzamos apenas por um carro no caminho - ele estava voltando, na mão contrária - e já foi um sufoco!
É literalmente de tirar o fôlego, tanto pelas vistas sensacionais, quando pelo susto que dá!
Quando você se encontra numa situação assim, de se deparar com um carro vindo na mão contrária numa destas estradinhas de pista única, o que vale é a lei da gentileza (ou seria da lógica, do óbvio?!): aquele que está mais próximo de um recuo na estrada volta de ré até o recuo, para que o coleguinha possa passar.
Parece que no próximo verão eles pretendem instalar um sistema de controle de tráfego, delimitando horários em que você só pode ir ou só pode voltar, o que poderá melhorar a situação dessa estrada na alta temporada.
Aliás, vale lembrar que nas Ilhas Faroé existem vários vilarejos onde apenas residentes podem entrar de carro. Tjørnuvík é assim - você deixa o carro no estacionamento público (gratuito) e sai para explorar o vilarejo e suas vielas estreitas, por onde sequer passam carros, a pé.
vista da estradinha que leva a Tjørnuvík |
esta estrada de pista única de 5Km desde Haldórsvík, ladeada de uma encosta íngrime, é a única maneira de se chegar de carro a Tjørnuvík, que fica num beco sem saída |
chegada ao povoado épico de Tjørnuvík |
Tjørnuvík possui 71 moradores e, é claro, a população de ovinos é muito maior que a de humanos |
a localização imbatível deste assentamento tornou Tjørnuvík uma das aldeias mais visitadas das Ilhas Faroé |
Em Tjørnuvík também há um ótimo banheiro público. E os banheiros públicos, em Faroé, assim como os estacionamentos, são sempre gratuitos.
A vila de Tjørnuvík tem aproximadamente 55 casas, muitas delas com os típicos telhados de grama, e o número de pequenos riachos descendo das montanhas ao redor da aldeia é certamente maior que o número de casas existentes no vilarejo!
Em dias pós-chuva, como quando estivemos lá, a vista é especialmente impressionante.
A igreja luterana de Tjørnuvík, construída em 1936, é conhecida por manter um estilo de canto desacompanhado tradicional faroês muito antigo.
Tjørnuvík é uma das vilas mais antigas das Ilhas Faroé. Túmulos Vikings foram encontrados em excavações em 1956 na parte leste do vale, provando que esta área é habitada desde a Era Viking.
Se você quiser um pouco de aventura, há uma trilha pelas montanhas entre Tjørnuvík e Saksun. A caminhada leva 3hs e essa trilha fica aberta durante todo o ano.
como vocês já perceberam, cada povoado das Ilhas Faroé tem um doguinho mais brincalhão que o outro, encarregado de dar as boas-vindas |
difícil acreditar que existem lugares assim no planeta em que a gente vive, né? |
...e que existem pessoas, e cachorros, e ovelhas, que vivem (e surfam) em lugares assim |
Tjørnuvík tem aproximadamente 55 casas, muitas delas com os típicos telhados de grama |
a igreja luterana de Tjørnuvík é de 1936 (cuida as ondas no mar ao fundo) |
como em várias outras vilas de Faroé, em Tjørnuvík apenas residentes podem entrar de carro no povoado |
você deixa o seu carro no estacionamento público gratuito e sai para explorar o vilarejo e suas vielas estreitas, por onde sequer passam carros, a pé |
as casas de Tjørnuvík são todas construídas na beira da praia, bem próximas umas das outras, para proteção recíproca |
o número de pequenos riachos descendo das montanhas ao redor de Tjørnuvík é certamente maior que o número de casas existentes no vilarejo! |
Lembra que comentei que, no dia anterior, quando estávamos passeando pela Ilha Eysturoy, tínhamos ido até o Risin & Kellingin Viewpoint, um mirante com vista para os rochedos marítimos conhecidos como o Gigante e a Bruxa?
Pois os rochedos de Risin og Kellingin são visíveis também desde a praia de Tjørnuvík, através do estreito de Sundini.
Aliás, a praia de Tjørnuvík é um dos melhores lugares de onde avistar os rochedos marítimos Risin & Kellingin.
Mas peraí, Claudia, tu estás mesmo falando em PRAIA?? Praia nas gélidas Ilhas Faroé?!
Sim, e digo mais: Tjørnuvík não só tem uma linda praia de areia preta, como também é famosa por ser um pico de surfe bem conhecido nas Ilhas Faroé! Um paraíso dos surfistas.
S.U.R.F.E. Nas Ilhas Faroé. Sim, você leu isso mesmo.
Surfistas de todo o mundo vão até lá para surfar essas ondas geladas, com a vista dos rochedos Risin & Kellingin ao fundo.
a aldeia deTjørnuvík é famosa por ser um pico de surfe bem conhecido nas Ilhas Faroé - um verdadeiro paraíso dos surfistas |
S.U.R.F.E. Nas Ilhas Faroé. Sim, você leu isso mesmo. É, eu sei que é difícil de acreditar kkkkk... |
surfistas do mundo inteiro vão até Tjørnuvík para surfar aquelas ondas geladas, com a vista dos rochedos Risin & Kellingin ao fundo |
Tjørnuvík é um destino que os viajantes nunca vão se arrepender de priorizar nos seus roteiros nas Ilhas Faroé: um típico vilarejo faroês de criadores de ovelhas, com direito a túmulos Vikings, trilhas nas montanhas ao redor, uma igrejinha fofa, ondas épicas, ventos uivantes, cachorros brincalhões para te recepcionar, banheiros públicos limpíssimos, estacionamento grátis, casinhas coloridas com telhados de grama e aquela paisagem insana.
E surfe. Dos bons 💁
Reuniram tudo o que há de melhor nas Ilhas Faroé num único lugar e chamaram de Tjørnuvík. ‘Chu-nu-vik.
Não perca.
em Tjørnuvík você experimenta uma sensação única de serenidade, um clima de 'fim de mundo' |
Tjørnuvík é certamente um dos vilarejos mais remotos das Ilhas Faroé |
Kirkjubøur
Na volta de Tjørnuvík para Tórshavn, paramos num mercado Bónus para garantir o nosso jantar por 46,80 coroas (equivalentes a U$ 6,77). Endereço: 10 Janusargøta, Tórshavn.
Como ainda era cedo, do mercado na capital Tórshavn, resolvemos seguir adiante por mais 15min/6,8Km até o povoado de Kirkjubøur, o último que ainda nos faltava conhecer no nosso roteiro pelas Ilhas Faroé.
Kirkjubøur é a vila mais ao sul da Ilha Streymoy, com vista para as ilhas de Hestur e Koltur a oeste, e para Sandoy ao sul. Ali ao lado (ao sul) está situado o novo porto de 'ferries' de Gamlarætt, inaugurado em 1993.
O vilarejo, que fica pertinho da capital, é certamente o local histórico mais importante das Ilhas Faroé: tem uma igreja da Idade Média, ruínas de uma Catedral de 1300, a casa habitada de madeira mais antiga da Europa e várias turf houses (as casas com telhados de grama) com um estilo próprio desta aldeia - todas pintadas de preto com janelas e portas vermelhas.
os edifícios históricos de Kirkjubøur aparecem em vários selos postais das Ilhas Faroé |
turf house em Kirkjubøur |
Kirkjubøur tem muitas casas com telhados de grama |
as turf houses de Kirkjubøur têm um estilo próprio desta aldeia: são todas pintadas de preto com janelas e portas vermelhas |
Em 1832, uma pedra rúnica foi encontrada em Kirkjubøur. A pedra, que é conhecida como Pedra de Kirkjubøur, remonta à Era Viking.
A vila foi muito importante durante a Idade Média, quando existiam cerca de 50 casas ali. Naquela época, era a residência episcopal da Diocese das Ilhas Faroé e, portanto, era o centro espiritual da sociedade.
São 3 as atrações principais desta época:
- Ruínas da Catedral de São Magno, de cerca de 1300
- Igreja de São Olavo (Ólavskirkjan), a igreja mais antiga ainda usada das Ilhas Faroé, do século 12
- Kirkjubøargarður, a mais antiga casa de madeira ainda habitada do mundo, do século 11
ruínas da Catedral de Magnus ao fundo e, à frente, cemitério da Igreja de São Olavo, em Kirkjubøur |
Um dos lugares históricos mais famosos das Ilhas Faroé fica em Kirkjubøur: a Catedral de São Magno.
A Catedral de Magnus (em faroês 'Kirkjubømúrurin', Magnus-katedralurin) é uma catedral em ruínas que é considerada o maior edifício medieval das Ilhas Faroé.
O Bispo Erlendur iniciou a construção do templo por volta do ano 1300. No entanto, esta catedral não teve uma vida longa, porque, após a Reforma em 1537, a Diocese das Ilhas Faroé foi abolida e a catedral foi deixada em decadência.
A única relíquia conhecida de São Thorlak da Islândia é mantida junto com as relíquias de outros santos em uma caixa de chumbo na parede final do santuário - The Golden Locker.
interior da Catedral de São Magno |
a Catedral de Magnus é uma catedral em ruínas de 1300, considerada o maior edifício medieval das Ilhas Faroé |
detalhe na Catedral de São Magno em Kirkjubøur |
A Igreja de Saint Olav (em faroês 'Ólavskirkjan') é uma igreja medieval na vila de Kirkjubøur construída antes de 1200, o que a torna a igreja mais antiga das Ilhas Faroé.
Até a Reforma, servia como sede do Bispo católico.
São super famosas as extremidades dos bancos desta igreja que, contudo, infelizmente, não estão mais na igreja, e sim em um museu. Existem 14 extremidades de bancos: 11 representando os Apóstolos, e os 3 restantes representando outras figuras bíblicas.
Olha que lindeza:
extremidade de banco da Igreja de Saint Olav, representando a Virgem Maria e o Menino Jesus |
Igreja de Saint Olav, a mais antiga ainda usada das Ilhas Faroé, do século 12 |
cemitério no pátio da Igreja de Saint Olav em Kirkjubøur |
Kirkjubøargarður (faroês para 'Pátio de Kirkjubøur', também conhecida como Fazenda do Rei) é a casa de madeira mais antiga ainda habitada do mundo.
A fazenda em si sempre foi a maior das Ilhas Faroé.
A antiga casa da fazenda de Kirkjubøur data do século 11 (cerca do ano 1100). Foi residência episcopal e seminário da Diocese das Ilhas Faroé.
A lenda conta que a madeira para a construção da casa de toras veio na forma de troncos da Noruega, e foi empacotada e numerada, apenas para ser montada quando chegasse ao arquipélago de Faroé - veja que não existem florestas nas Ilhas Faroé, e a madeira é um material muito valioso por lá.
Foi em Kirkjubøargarður que o Bispo Erlendur escreveu a 'Carta das Ovelhas' em 1298 - o documento mais antigo das Ilhas Faroé conhecido hoje em dia.
A parte mais antiga de Kirkjubøargarður é a chamada Roykstovan (sala de defumação), que você pode visitar quando estiver em Kirkjubøur.
Embora a casa da Fazenda do Rei seja hoje um museu, a 17ª geração da família Patursson, que a ocupa desde 1550, ainda mora lá.
Depois da Reforma nas Ilhas Faroé em 1538, todos os bens imóveis da Igreja Católica foram confiscados pelo Rei da Dinamarca. Isso representava metade das terras das Ilhas Faroé e, desde então, essas terras são chamadas de "Terra do Rei" (kongsjørð).
Esta fazenda em Kirkjubøur era grande parte da Terra do Rei, e estas terras são hoje propriedade do governo das Ilhas Faroé. Os Paturssons são inquilinos de geração em geração. É sempre o filho mais velho que se torna o Fazendeiro do Rei e, ao contrário das propriedades privadas, a Terra do Rei nunca é dividida entre os filhos.
Eles criam ovelhas, gado e alguns cavalos lá. No verão, há um café no local e, no inverno, há caça à lebre para os locais.
Para saber mais, este é o site oficial da Fazenda do Rei.
Kirkjubøargarður, conhecida como 'Fazenda do Rei', é a casa de madeira mais antiga ainda habitada do mundo |
que tal tomar uma cerveja na casa mais antiga da Europa ainda habitada? |
Roykstovan, a sala de defumação, construída com troncos vindos da Noruega |
porta de entrada da Roykstovan - no topo está o Leão Norueguês, indicando que as Ilhas Faroé eram uma colônia norueguesa após a Era Viking |
a parte mais antiga da casa da Fazenda do Rei é a chamada Roykstovan, que você pode visitar em Kirkjubøur |
Tórshavn
Depois da nossa visita a Kirkjubøur, voltamos para dormir na capital Tórshavn, no Hotel Djurhuus, que é muito bom, super bem localizado, e tem um maravilhoso café da manhã.
Mostrei todos os detalhes deste hotel aqui: Onde ficar nas Ilhas Faroé
Chegamos ao hotel às 15hs, descansamos até 16h30min e saí para dar um novo passeio a pé pela capital faroesa, pois ainda queria explorar melhor a região do forte e o porto de Tórshavn.
No mapa abaixo, a caminhada de 2,5Km que fiz nesta 2ª noite que pernoitamos em Tórshavn, pela parte mais central da capital:
passeio a pé pela capital Tórshavn |
Peg fazendo pose no Porto de Tórshavn |
Porto de Tórshavn |
caminhada de despedida da capital faroesa |
Dia 5 12/02 (domingo)
No nosso 5º dia nas Ilhas Faroé, o planejado era devolvermos o carro alugado às 13hs no Aeroporto de Vágar, para pegarmos nosso voo para Edimburgo às 14:30hs.
Depois de um super café da manhã no Hotel Djurhuus, saímos de Tórshavn por volta das 9h20min para passear.
Como tínhamos bastante tempo livre, decidimos voltar à Ilha Vágar, para já ficarmos próximos do aeroporto, e fomos novamente a alguns dos nossos lugares preferidos na ilha, que havíamos visitado dias antes.
Foi incrível voltar à Ilha Vágar e ver novamente as mesmas paisagens que vimos no nosso 1° dia de passeios em Faroé, mas agora completamente diferentes, tudo verde-amarelado, sem neve!
Fizemos todo o caminho até Múlafossur de novo, percorrendo o mesmo trajeto que havíamos feito antes, parando em Sandavágur para novamente curtir a linda igrejinha do vilarejo, completamos o tanque do carro alugado no posto de combustíveis de Miðvágur, que é o mais próximo do aeroporto, e ainda paramos para ver a paisagem da Baía de Sorvágur completamente diferente, sem a neve dos dias anteriores.
E aí, inverno ou...resto do ano?? Qual a sua preferência??
Fiz uma enquete lá nos stories e a disputa foi acirrada - 50% de votos para cada estação - então quero saber de vocês: preferem a paisagem branquinha de inverno ou a paisagem verdinha da primavera, verão e outono?
Sei que é duro ter que escolher...mas, se você der a sorte que nós tivemos, pode rolar um 2 em 1: chegamos numa Faroé invernal e, dias depois, tivemos essa paisagem verdinha nos mesmos lugares onde tínhamos estado dias antes em clima de cenário de 'Frozen' 😅
você prefere o vilarejo Bøur com essa paisagem de cenário de 'Frozen' |
ou prefere a versão Bøur verde-amarelado, sem neve? |
Múlafossur versão outonal |
paramos novamente em Sandavágur para curtir a linda igrejinha do vilarejo, agora sem neve |
Devolvemos o carro alugado no Aeroporto de Vágar.
Rodamos exatos 470Km pelas estradinhas das Ilhas Faroé.
Para saber como foi viajar de carro alugado pelas Ilhas Faroé, leia aqui.
Neste post do link acima expliquei como foi alugar carro lá, todos os custos que tivemos com diesel, pedágios, túneis, estacionamento, como são as estradas e a sinalização de trânsito. Também contei sobre a devolução do carro na locadora, então não vou repetir tudo aqui.
Depois de devolvermos o carro alugado no Aeroporto de Vágar...acabamos passando o resto do dia lá mesmo!
Pois é, ocorre que...como já expliquei aqui - Ilhas Faroé: tudo o que você precisa saber para viajar ao arquipélago - nossos voos foram cancelados 😓
A companhia aérea Atlantic Airways nos pagou almoço no aeroporto, nos mandou de táxi de volta para a capital Tórshavn (são uns 40min de viagem/27Km), nos hospedou novamente no hotel Hilton Garden Inn (onde já tínhamos passado uma noite), com direito a um jantar maravilhoso (pernil de cordeiro e filé) e outro excelente café da manhã, e mandou um táxi nos buscar na manhã seguinte para voltarmos ao aeroporto.
esperando nosso voo no Aeroporto das Ilhas Faroé |
área kids no Aeroporto das Ilhas Faroé |
voo da Atlantic Airways no Aeroporto de Vágar |
souvenirs à venda no Aeroporto de Vágar |
ficamos tantas horas esperando pelo nosso voo no Aeroporto de Vágar, que decorei tudo o que havia na lojinha de souvenirs |
Dia 6 13/02 (segunda)
E foi só então na manhã do 6º dia nas Ilhas Faroé que, finalmente, nosso voo tão esperado para a Escócia finalmente decolou...não sem vários outros percalços pelo caminho, os quais relatei com riqueza de detalhes aqui:
a caminho do aeroporto das Ilhas Faroé, um clima triste bem apropriado para esta despedida |
mapa com o roteiro da loucura que foram nossos voos das Ilhas Faroé até Edimburgo - fomos atéeeee a Finlândia para depois voltar à Escócia, que é justamente um dos lugares mais próximos de Faroé! |
Mas...como eles fazem questão de lembrar aos turistas, pense na população mundial.
Agora pense em quão poucos, desses 8 bilhões de pessoas, já visitaram as Ilhas Faroé.
Você, que vai visitar Faroé, assim como nós, faz parte de um grupo muito pequeno e privilegiado de pessoas no mundo inteiro que terão a oportunidade única de visitar essas pequenas ilhas no Oceano Atlântico Norte.
Sortudo! Seja bem-vindo a Faroé!
Um lugar onde, assim como James Bond, você vai se sentir VIVO, e não apenas existindo 💓
vivos, e não apenas existindo |
E você, é também um desses poucos privilegiados que já estiveram nas Ilhas Faroé? Por favor, deixe as suas dicas das Ilhas Faroé nos comentários abaixo aqui no blog!
Deixamos muitas dicas desta viagem pelas Ilhas Faroé e Dinamarca salvas lá nos destaques dos stories no Instagram em @claudiarodriguespegoraro e @marlonpegoraro, espia lá!
Veja todas as fotos que publiquei na #LipenaDinamarca no Instagram!
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Olá! Muito didatica, bem ilustrada e completa a publicação! Em junho farei um roteiro de 600 quilometros na Islândia (Iceland Traverse) e estarei nas Ilhas Faroe de 1 a 5 de julho. Estou planejando meu roteiro nesse Arquipélogo usando a descrição e as dicas de vocês. Muito obrigado e parabéns!
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