Viajando barato para as Maldivas: descubra aqui tudo o que você precisa saber para curtir as Maldivas de um jeito econômico
Como chegar às Maldivas
nós viajamos para as Maldivas com uma combinação de voos da Emirates Airlines e Fly Dubai |
não existem voos diretos do Brasil para as Maldivas - sempre é necessário fazer pelo menos uma conexão |
recomendo muito que você faça da sua viagem para as Maldivas um combo com algum outro destino, como nós fizemos com o Nepal |
algumas das empresas que operam voos domésticos nas Maldivas são Maldivian, Trans Maldivian, Manta Air e Flyme |
Documentos necessários para visitar as Maldivas
Para entrar nas Maldivas atualmente existem várias exigências, embora não seja necessário pagar por vistos, já que nenhum visto pré-chegada é requerido - um visto gratuito de 30 dias é emitido na chegada ao país para todas as nacionalidades.
Mas, para obter esse visto gratuito, você terá que preencher o formulário Traveller Health Declaration no site oficial do governo das Maldivas dentro do período de 48hs antes do seu embarque e, para preencher esse formulário, terá que fazer upload de uma foto sua, de um teste PCR para Covid com resultado negativo feito no período de 96hs antes do embarque, do certificado internacional de vacinação de febre amarela, do certificado de vacinação contra Covid, e também terá que apresentar um comprovante de reserva de hotel nas Maldivas e o comprovante do seu voo de saída das Maldivas.
um visto gratuito de 30 dias é emitido na chegada às Maldivas |
para viajar às Maldivas, você terá que preencher o formulário Traveller Health Declaration no site oficial do governo das Maldivas |
este formulário deve ser preenchido dentro do período de 48hs antes do seu embarque |
Recomendo sempre verificar as exigências atuais para viajar para cada país no site da IATA, que, pelo menos na teoria, é o que as companhias aéreas consultam para verificar exigências e autorizar embarques. Em tese, portanto, é o lugar onde você encontra os requisitos de viagem para cada país sempre mais atualizados.
Na chegada ao Aeroporto de Malé, pediram para ver os comprovantes de vacina contra Covid, testes PCR negativos e passaportes. Também perguntaram sobre o hotel em que ficaríamos e a data do nosso voo de retorno. Tudo isso na imigração.
Depois, pediram pra gente passar num balcão específico da vigilância sanitária para mostrar os comprovantes de vacinação contra febre amarela.
Então, em resumo, tenha em mãos:
- Passaporte
- Formulário Traveller Health Declaration no site oficial do governo das Maldivas - Imuga
- Fotografia
- Teste PCR para Covid com resultado negativo em inglês feito no período de 96hs antes do embarque
- Certificado internacional de vacinação contra febre amarela
- Certificado de vacinação contra Covid
- Comprovante de reserva de hotel nas Maldivas
- Comprovante do voo de saída das Maldivas
depois ainda tivemos que passar num balcão específico da vigilância sanitária para mostrar os comprovantes de vacinação contra febre amarela |
Cuidado com objetos que ofendam a religião muçulmana
Quando pensamos que estávamos finalmente livres para nos jogar nas águas cristalinas das Maldivas, já quase na saída do Aeroporto de Malé, nos abordaram e mandaram colocar as nossas malas no raio-x.
Essa abordagem é bem aleatória - vimos vários turistas passarem com malinhas pequenas sem serem abordados - mas nós estávamos com o enorme duffel bag do Everest, que chamava muita atenção, e fomos abordados para passar pelo raio-x.
E, ali, nosso pobre Budinha comprado com tanto carinho em Kathmandu foi confiscado na entrada nas Maldivas!
Pois é, já chegamos nas Maldivas arrumando confusão, trazendo para o país items que ofendem a religião muçulmana: o nosso Budinha verde é uma estátua de adoração de outra religião! Pela lei dos maldívios, o Buda ofende a religião muçulmana e, por isso, não pode ingressar nas Maldivas 🥵
Ficamos surpresos porque já estivemos em muitos países muçulmanos antes, e nunca tínhamos visto uma regra assim, mas me disseram que é bem comum acontecer esse tipo de confisco de artesanato relacionado a objetos religiosos.
Mas, por sorte, os maldívios são legais: identificaram o item proibido no raio-x, tiramos a estátua da mala, entregamos, pegamos um recibo e, na saída do país (como sairíamos pelo mesmo aeroporto da chegada), poderíamos apresentar o recibo e recolher nosso Budinha para levá-lo pra casa dele!
Já estava dando meu Budinha por perdido kkkk...quando nos disseram que eu poderia retirá-lo na saída do país, achei ótimo! 😂
Lá no depósito das apreensões estava cheio de garrafas de bebidas alcoólicas - pelo jeito, está cheio de gente tentando escamotear álcool para as Maldivas que, sendo um país de religião oficial e obrigatória muçulmana, não permite o consumo de álcool (nem de pornografia, e nem de alimentos à base de porco)!
E simmm, pessoal, nosso Buda verde está em casa, são e salvo!! E agradece pela torcida de vocês!
Vocês não acreditam quanta gente me perguntou, quando voltamos da viagem, se conseguimos resgatar nosso Budinha verde da sanha confiscatória dos agentes alfandegários maldívios kkkkk...e a resposta é sim, foi super tranquilo!
No dia de ir embora das Maldivas, depois que entramos na área de embarque internacional, foi só apresentar o recibo do confisco no balcão e eles nos restituíram nosso mascote!
quem diria que nosso Budinha verde poderia ser tão ofensivo aos costumes de um país!? |
Ainda sobre a hipocrisia dinheiro X religião
Ainda sobre essa questão da apreensão do nosso Buda, preciso fazer um esclarecimento: eu não cheguei a ficar realmente p. da vida quando nos confiscaram o Budinha.
Achei uma bobagem, primeiro porque acredito que uma imagem qualquer jamais seria capaz de colocar em risco ou ofender uma religião; segundo porque sequer vejo o Budinha como uma imagem religiosa, e sim como um trabalho artístico, um artesanato, uma obra de arte...mas, embora ache bobagem o confisco, eu respeito muito a religião alheia e consigo entender que regras são regras e devem ser seguidas, por mais que, aos MEUS olhos, pareçam grandes bobagens.
Aliás, acho muito mais sensata e respeitável a regra de confisco de imagens religiosas do que a pataquada de permitirem bebidas alcoólicas em resorts internacionais!
Pelo menos, na apreensão do Budinha não há hipocrisia, há cumprimento das regras muçulmanas; já no caso do consumo de bebidas alcoólicas, a palhaçada é completa: eles apreendem garrafas de whisky no aeroporto, mas, nos grandes resorts internacionais que hospedam ricos e famosos, é possível beber open bar...
Então quem paga bastante U$$$ pela diária de um resort não precisa cumprir as leis muçulmanas? Se pagar o suficiente, aí o álcool não ofende Alá???
Isso sim é uma grande hipocrisia e não cumprimento de regras; e isso sim me irrita demais!
cerveja sem álcool também não ofende a Alá |
Como funciona uma viagem #vidareal para as Maldivas
Sei que as Maldivas são pintadas - especialmente por "influenciadores de viagens" brasileiros - como um destino de super luxo, mas não precisa ser necessariamente assim. Aliás, qualquer lugar do mundo pode ser mega luxo ou budget, só depende da sua vontade/do seu orçamento.
Para começar, ninguém cai do céu de tobogã naquelas palafitas super deluxe em cima d'água*.
Se você não é um Bill Gates para chegar lá no seu próprio jatinho, vai ter obrigatoriamente que, como todos os demais mortais do mundo, pousar no seu voo classe executiva da Emirates ou da Qatar no mesmo Aeroporto de Malé sem ar condicionado e meio pegajoso.
Pode até ter um carinha lá te esperando no saguão com uma plaquinha do resort 5 estrelas com teu nome, mas, antes de entrar no hidroavião que te espera, tu vais ter que suar na mesma imigração, suar na mesma esteira de bagagens, suar no mesmo raio-x dos outros mortais, etc.
Isso tudo não é pra tirar a tua ilusão de paraíso dos rhycos & phynos, mas pra deixar claro que você não deve acreditar piamente em tudo o que vê no Instagram.
Para chegar naquele bangalô top das galáxias, a influenciadora de destinos de luxo também tomou um calorão, como todo mundo. Ela só não mostra a parte do perrengue nas redes sociais, pra fazer parecer tudo parte do pacote "destino paradisíaco".
Eu, do meu lado, mostro tudo (nos stories e aqui no blog) - até pra você não chorar de decepção quando chegar lá 🤣
a menos que você tenha o seu hidroavião particular, não tem como chegar no seu resort megaluxo nas Maldivas a não ser passando pela mesma imigração suarenta de todos os demais mortais |
Exemplos do que é uma viagem #vida real para as Maldivas:
1. A nossa mala - uma duffle bag North Face feita para aguentar o tranco de longas expedições pelo Himalaia em altas montanhas no lombo de Yaks - chegou em Malé toda rasgada. Se você costuma viajar com a sua Louis Vuitton, reconsidere.
2. Tem free wifi funcionando meia boca no aeroporto. Para usar o wifi melhorzinho da praça de alimentação, só se você consumir em algum dos restaurantes de lá. No Aeroporto Internacional tem uma máquina onde você pode comprar simcards locais com pacotes pré-pagos de dados para usar internet. As 2 principais empresas de telefonia celular são Dhiraagu e Ooredoo. Nós não compramos simcards locais - decidimos usar apenas a internet wifi do nosso hotel mesmo, que era grátis. A internet nas Maldivas não é das melhores, mesmo em resorts e pousadas.
3. Brownie + 1 café na praça de alimentação do aeroporto: U$ 10 (dá para pagar no cartão de crédito).
4. Tem depósito de bagagens no aeroporto. Custa caro, mas, por 1 dia, vale a pena. No dia de ir embora, nosso voo era à noite, então fomos de barco até o aeroporto, depositamos as nossas malas no guarda-volumes do aeroporto e fomos passear pela capital Malé - onde, obviamente, nenhuma blogueira top luxo jamais colocaria os pés, mas, é ÓBVIO, nós exploramos direitinho e mostramos tudo pra vocês aqui no blog.
* Se você tem dúvida entre a diferença de bangalôs sobre a água ou bangalôs na praia, veja aqui que a Elizabeth Werneck explica.
nossa duffle bag North Face chegou em Malé toda rasgada |
praça de alimentação do Aeroporto Internacional das Maldivas |
opções de restaurantes na praça de alimentação do Aeroporto das Maldivas |
no Aeroporto Internacional das Maldivas tem uma máquina onde você pode comprar simcards locais com pacotes pré-pagos de dados para usar internet |
as 2 principais empresas de telefonia celular das Maldivas são Dhiraagu e Ooredoo |
o free wifi do Aeroporto das Maldivas é bem meia boca |
outras alternativas de restaurantes na praça de alimentação do Aeroporto das Maldivas |
a área de embarque do Aeroporto das Maldivas tem este espaço childfriendly |
cafeteria na área de embarque do Aeroporto das Maldivas |
um dos bangalôs sobre a água que mencionei no texto acima - passamos por vários desses resorts internacionais no caminho para a ilha local onde nos hospedamos, Maafushi |
o país é bemmm muçulmano mesmo, inclusive com direito a sala de orações no aeroporto |
vindo do BR ou do Nepal, todo mundo chega às Maldivas PODRE de cansado, a não ser que tenha seu próprio jatinho 🤪 |
Dinheiro nas Maldivas
rúpias maldívias |
Roteiro nas Maldivas
O grande objetivo desta nossa viagem era fazermos o trekking ao acampamento base do Everest. As Maldivas, para nós, não eram o grande destino, e sim um 'plus a mais' kkkk...um lugar perfeito para descansarmos depois da grande aventura no Himalaia.
Acho importante esclarecer isso para vocês entenderem que estávamos atrás de descanso nas Maldivas, e não de grandes aventuras.
Por isso, fizemos um roteiro de 5 noites/6 dias na mesma ilha, no mesmo hotel, sem ficar pulando de ilha em ilha, mas com direito a passeios para conhecer um pouco mais das Maldivas.
Se o grande objetivo da sua viagem é explorar as Maldivas, recomendo fazer o que eles chamam split stay, que eu explico melhor mais abaixo!
Mesmo com um roteiro super enxuto, tivemos oportunidade de ver 5 ilhas diferentes: Malé e Hulhule (a capital e a ilha conexa, onde fica o aeroporto), Maafushi (onde nos hospedamos), Thinadhoo e Fulidhoo (fizemos passeio de barco que nos levou a estas ilhas e ainda a vários outros locais, como um naufrágio e um banco de areia).
Nos dias em que ficamos em Maafushi, passamos os dias inteiros comendo, estirados nas espreguiçadeiras da bikine beach, tomando longos banhos de mar e mocktails, vendo o sol nascer e se por dos mais variados ângulos, ou caminhando pela ilha, sendo que a volta completa de caminhada em Maafushi não dá nem 2,5Km!
Nem mesmo os muitos esportes náuticos à disposição por todos os lados - como jet ski, parasail, banana boat, caiaque, SUP, etc - conseguiram nos distrair do nosso objetivo principal de relaxar e descansar hehehehe...
Depois de muito pesquisar, a nossa escolha (acertadíssima) de hospedagem nas Maldivas foi o Hotel Kaani Palm Beach, em Maafushi, que vai merecer um post específico sobre ele aqui no blog!
Contando com os longos voos de ida e volta às Maldivas, você vai precisar de, no mínimo, 8 dias de férias para fazer esse roteiro.
conhecemos Maafushi inteira - inclusive a mesquita local - numa caminhada de 2,5Km |
nossos dias em Maafushi foram mais ou menos assim |
um dia típico nas Maldivas hehehe |
Nosso roteiro nas Maldivas ficou assim:
Dia 1
Voo São Paulo GRU - Dubai (Emirates)
Dia 2
Voo Dubai - Malé 2:00 - 8:00 (Fly Dubai)
Barco do Aeroporto de Malé para Maafushi 10:45hs
Reserva no Hotel Kaani Palm Beach
Dia 3
Kaani Palm Beach - Maafushi
Dia 4
Kaani Palm Beach - Maafushi
Dia 5
Passeio de barco
Dia 6
Kaani Palm Beach - Maafushi
- Fazer exame PCR (o próprio hotel providencia e o técnico faz a coleta no hotel)
- Preencher formulário Anvisa
Dia 7
Barco de Maafushi ao Aeroporto de Malé 12hs
Deixamos malas no guarda-volumes do aeroporto
Passeios em Malé: Visitando Malé, a capital das Maldivas: descubra o que fazer, onde comer, onde ficar, onde comprar, como chegar lá e muito mais
Voo Malé - Dubai 22:55 2:05 (Emirates)
Dia 8
(7hs de escala em Dubai)
Voo Dubai - São Paulo GRU 9:05 - 17:20 (15hs de voo Emirates)
o máximo de ação que enfrentamos nas Maldivas foi esse snorkel com tubarões |
não podíamos deixar de visitar a capital das Maldivas, Malé |
Sobre as Maldivas: um pouco de geografia e cultura geral
Primeira pergunta: você sabe exatamente onde ficam as Maldivas?
Pra vocês entenderem direitinho, a República das Maldivas (na língua local divehi ދިވެހިރާއްޖޭގެ ޖުމްހޫރިއްޔާ, que se traduz como "Dhivehi Raajjeyge Jumhooriyya") é um pequeno país insular localizado no Oceano Índico, a sudoeste do Sri Lanka e da Índia, no sul da Ásia.
O arquipélago faz parte do continente asiático.
Veja no mapa onde ficam as Maldivas:
as Maldivas ficam no ponto vermelho no Oceano Índico, a sudoeste do Sri Lanka e da Índia, no sul da Ásia |
As Maldivas são formadas por 1.196 ilhas de coral, das quais apenas 203 são habitadas, agrupadas em 26 atóis, formados por recifes de corais e bancos de areia, situados no topo de uma cordilheira submarina de 960Km de comprimento, que se ergue no Oceano Índico. São um dos países mais dispersos do mundo.
Dessas 203 ilhas habitadas, a grande maioria são ilhas "privadas", onde ficam situados os grandes resorts internacionais (onde as leis muçulmanas não se aplicam).
As ilhas "públicas", como a que nós nos hospedamos [Maafushi], onde vive o povo local muçulmano, são minoria!
as Maldivas são um arquipélago com mais de 1000 ilhas |
a capital das Maldivas é Malé |
nós ficamos hospedados em Maafushi, uma ilha "pública", onde vive o povo local muçulmano |
a grande maioria das ilhas habitadas nas Maldivas são ilhas "privadas", onde ficam situados os grandes resorts internacionais, aos quais o povo local não tem acesso |
Turismo nas Maldivas
Até 2009, o governo das Maldivas permitia que turistas se hospedassem apenas em resorts localizados em ilhas privadas. Mas, neste mesmo ano, por pressão dos empreendedores locais, foi autorizada a construção de pousadas nas ilhas locais habitadas, onde vigem regras muçulmanas, como a proibição do consumo de álcool e de carne de porco, de uso de roupas "indecentes", etc.
Pra ficar claro, nas ilhas privadas internacionais, onde ficam situados os resorts, você pode consumir álcool, pode circular de biquine "indecente", enfim...é como se você tivesse viajado para um resort, e não para as Maldivas, porque, nessas ilhas, as regras locais, inteiramente baseadas na religião muçulmana - que é obrigatória no país - não se aplicam.
Entendeu??
Resumindo:
- Ilhas locais públicas: são as ilhas habitadas pelos maldívios, os nativos da região, onde vige a lei muçulmana
- Ilhas privadas: são as ilhas de propriedade particular, onde ficam situados os resorts internacionais, e a lei muçulmana é solenemente ignorada
ilha-resort internacional, inacessível ao povo local, pois lá a lei muçulmana é ignorada, sendo permitido o consumo de álcool |
as ilhas locais têm um "dress code" especial para turistas |
hotel bacaninha em Maafushi, ilha local onde nos hospedamos |
Nossa relação tumultuada com as Maldivas
Há uns anos atrás, quando estivemos em Omã e no Sri Lanka, no meio de uma viagem de volta ao mundo, tínhamos opção de parar nas Maldivas GRÁTIS - sim, o stopover com a Emirates Airlines ficava grátis!
Mas era época de Natal e Ano Novo, altíssima temporada nas Maldivas, os preços dos resorts internacionais nas ilhas privadas estavam abusivos e, quando contei pro Peg que, se ficássemos hospedados nessas ilhas locais, ele não poderia beber álcool, ele, na mesma hora, cortou as Maldivas do nosso roteiro de volta ao mundo kkkkk...
Afinal, passar as festas de fim de ano estirados na praia sem sequer uma cervejinha para acompanhar seria demais pra nós, não era algo que estivesse nos nossos sonhos de consumo naquele momento.
E, assim, acabamos passando um Natal no Sri Lanka e um Ano Novo em Cingapura.
Desta vez, quando fomos de novo para aquele canto do mundo, decidimos que seria muito alcoolismo da nossa parte cortar as Maldivas novamente do nosso roteiro por causa da restrição às bebidas alcoólicas no país, então lá fomos nós, conhecer meu 88° país de bico seco!🤪
Vale dizer que existem alguns barcos ancorados próximos às ilhas locais que vendem bebidas alcoólicas, mas é muita função por uma cerveja, né!? Explico melhor como funcionam esses bares flutuantes mais abaixo!
Vale a pena registrar também que as Maldivas, até por conta da cultura e da própria religião (e, claro, diante da proibição de consumo de bebidas alcoólicas), não são um lugar para férias festeiras, com baladas e bares noturnos. Se você é jovem e solteiro, querendo festa e paquera, talvez não seja o melhor destino - "teje avisado"!
passar as festas de fim de ano estirados na praia apenas com cerveja sem álcool pode ser complicado para algumas pessoas, então é melhor avisar hehehehe... |
Pode usar biquine nas ilhas locais nas Maldivas?
Sim!!! Desde que você siga as regras! Todos - homens e mulheres - devem cobrir o colo e as coxas quando em ilhas habitadas nas Maldivas.
As mulheres maldívias entram no mar de burca. Para as turistas, existem as bikini beaches em todas as ilhas locais habitadas, que são praias designadas especialmente para os turistas.
No caso de Maafushi, a Bikini Beach ficava exatamente na frente do nosso Hotel Kaani Palm Beach, e lá é permitido usar até biquine micro!
Não é permitido usar roupas "indecentes", como biquines, quando você estiver circulando pelo restante da ilha, e também nas praias locais; mas, nas bikini beaches, nos passeios de barco e nos hotéis, pode usar qualquer biquine indecente que você quiser😅
Mas atenção: nos passeios de barco, não esqueça de sempre levar uma saída de banho que cubra colo e coxas, pois, quando você desembarcar do barco para conhecer as ilhas locais incluídas no seu passeio, como Thinadhoo e Fulidhoo, por exemplo, vai precisar se cobrir.
todas as ilhas locais têm placas informando que não pode usar biquine nas áreas públicas, mas apenas nas 'bikini beaches' |
tanto pode usar biquine que até eu, que sou muito mais de usar maiô, usei biquine para pegar uma cor hehehe... |
as mulheres maldívias entram no mar de burca, usam roupas longas e cobrem a cabeça para circular pelas ruas, mesmo no auge do calor |
Melhor época para ir às Maldivas
O clima nas Maldivas é quente o ano inteiro, com temperaturas médias entre 24 e 30ºC, mas a melhor época do ano para visitar as Maldivas é entre novembro e abril, quando o risco de chuva é muito menor.
Estivemos lá entre fim de novembro e começo de dezembro e, mesmo tendo caído uma chuvinha curta em 2 dias em que estivemos lá, de poucos minutos, o resto do tempo o clima foi realmente perfeito.
A alta temporada vai de dezembro a fevereiro, quando há pouca chance de chuva, mas os preços estão mais altos do que nunca.
Como comentei acima, há alguns anos eu pesquisei preços de hotéis para irmos às Maldivas na época de Natal e Ano Novo, altíssima temporada, e os valores das diárias nos resorts internacionais nas ilhas privadas eram simplesmente abusivos.
Já a baixa temporada vai de maio a outubro por causa das monções, que têm seu auge em junho.
O lado bom de ir neste período, além dos preços muito melhores, é que ele coincide com a temporada de surfe, que vai de abril a outubro.
o clima foi perfeito na nossa viagem às Maldivas |
a alta temporada nas Maldivas vai de dezembro a fevereiro |
Como você vai chegar ao seu hotel nas Maldivas
Continuando com as explicações práticas de como funciona uma viagem #vidareal para as Maldivas: todo mundo voa para Malé, a capital e única cidade "grande" do país, que, como já expliquei, é formado por 1.196 ilhas, das quais apenas 203 são habitadas.
Mas ninguém fica hospedado em Malé - ainda estou pra conhecer algum turista que tenha passado mais de 1 noite em Malé!
Ninguém sequer CONHECE Malé. Fato!
Todo mundo chega ao aeroporto da capital e pega imediatamente algum tipo de transfer direto pro seu hotel, em alguma outra ilha, próxima ou distante.
E esse é o propósito desse capítulo: te alertar para esse cuidado extra que você deve ter ao escolher uma hospedagem nas Maldivas, seja uma pousadinha em ilha pública ou um resortão internacional em ilha privada - como é que você vai chegar lá?
No nosso caso, a ilha pública Maafushi, onde fica situado o Hotel Kaani Palm Beach, ficava a apenas 30min de lancha rápida (speed boat) do Aeroporto de Malé, no Atol Kaafu.
Pousamos em Malé às 8hs e pouco da manhã e aguardamos no aeroporto pelo barco do próprio hotel às 10:45hs, que faria o nosso transfer para a Ilha Maafushi, o que custa U$ 20 por pessoa cada trecho.
Normalmente existem ferry boats entre Maafushi e o aeroporto, e é possível fazer esse trecho ainda + barato (e mais demorado também), mas estes serviços de balsas estão suspensos durante a pandemia - eles reduziram drasticamente os barcos e ferries entre as ilhas nesse período, tanto por falta de demanda de turistas como também justamente para evitar que as pessoas fiquem pulando de ilha em ilha e espalhando vírus por lá.
O porto, onde nós pegamos o barco rápido para ir pra Maafushi, fica exatamente ao lado do aeroporto: é só atravessar a rua, super cômodo. E, chegando no porto de Maafushi, eles mesmos levam a sua mala até o Kaani Palm Beach, que fica a umas 2 quadras de distância do pier.
Tudo super organizado. Por U$ 20.
o Hotel Kaani Palm Beach tem um guichê no aeroporto onde você espera a lancha rápida que te levará até Maafushi |
o terminal de barcos, onde nós pegamos a lancha para ir até Maafushi, fica exatamente ao lado do aeroporto |
ao fazer sua reserva de hospedagem nas Maldivas, é importante verificar como você vai chegar lá |
speed boat para Maafushi |
normalmente existem ferry boats entre Maafushi e o aeroporto, e é possível fazer esse trecho ainda + barato (e mais demorado também), mas os serviços de balsas estão suspensos durante a pandemia |
O barco balançou um pouco, mas, como nunca tenho problema de enjoo no mar, não sou a pessoa + apropriada pra falar sobre isso. Tinha várias pessoas conosco no barco (umas 10 pessoas no total) e ninguém passou mal, até porque a viagem durou apenas 30min.
E foi super legal, porque no trajeto entre Malé e Maafushi, passamos por algumas ilhas, como a ilha pública Gulhi, e resorts bacanas, como os da rede Anantara, que ficam praticamente ao lado de Maafushi.
Mas, pesquisando sobre outros hotéis situados em outras ilhas das Maldivas, descobri que alguns deles são MUITO distantes da capital Malé. Que, para chegar em alguns resorts, muitas vezes é necessário pegar um hidroavião e voar por HORAS!! Às vezes até tem que pegar voo + barco, fazer baldeações e tal para chegar ao seu resort - isso depois de um lonnnnnngo voo internacional desde o Brasil até Malé, onde você provavelmente já terá feito conexão em Doha (voando Qatar Airways) ou Dubai (voando Emirates ou Fly Dubai).
Por isso, atenção na hora de escolher o seu resort nas Maldivas: veja bem ONDE ele está localizado e QUANTO vai custar para chegar lá!
Se você reserva o barco através do hotel, eles podem acabar cobrando um valor maior, ou uma comissão pela reserva feita, e você vai pagar mais caro.
Não era o caso do nosso hotel - pois o próprio Kaani Palm Beach Hotel operava também o serviço de barco/transporte - mas não custa verificar isso!
Leia também: Visitando Malé, a capital das Maldivas
nosso barco balançou um pouco, mas ninguém passou mal |
de lancha, rapidamente deixamos a capital Malé para trás |
no trajeto entre Malé e Maafushi, passamos por diversos resorts bacanas, como os da rede Anantara, que ficam praticamente ao lado de Maafushi |
alguns resorts mais exclusivos ficam super longe de Malé, sendo necessário pegar um hidroavião para chegar lá, o que vai encarecer bastante a sua viagem |
10 curiosidades sobre as Maldivas
1. A língua oficial das Maldivas é o Divehi, mas a maioria dos maldívios que trabalham com turismo falam inglês também.
2. Os maldívios seguiam o Budismo antes de se converterem ao Islamismo. Hoje o Islã é a religião predominante e obrigatória, a qual foi introduzida no ano 1153. Não há liberdade religiosa no país.
3. É o país menos populoso da Ásia, o menos populoso entre os países muçulmanos e também o menor país da Ásia. A população das Maldivas é de, aproximadamente, 400 mil pessoas.
4. As Maldivas são membro da Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional, juntamente com o Nepal (lembram que já expliquei sobre a SAARC lá nos stories?). Junto com Sri Lanka, é um dos 2 únicos países do sul da Ásia com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado elevado, com a renda per capita mais alta entre os países da SAARC.
5. São também membro da ONU. A alfabetização de adultos alcançou 99% nas Maldivas - ou pelo menos é o que eles dizem...
6. A pesca de atum é, historicamente, a principal atividade econômica das Maldivas, e continua a ser o maior produto de exportação do país, seguida pelo rápido crescimento da indústria do turismo.
7. As Maldivas detêm o recorde mundial de ser o país com a mais baixa altitude do mundo, pois o ponto mais elevado do território está a 2,3m do nível do mar, e a altitude média do país é de apenas 1,5m! A maior parte do território habitado está apenas a 1m de altitude. A capital, Malé, está a apenas 90cm acima do nível do mar, e lá vivem mais de 100 mil pessoas.
8. A vegetação e a vida selvagem em terra são bem limitadas, mas complementadas pela abundância de vida marinha. As águas em torno das Maldivas são ricas em espécies de animais de valor biológico e comercial (como falei antes, a pesca de atum é um dos principais recursos comerciais do país). As Maldivas têm uma grande diversidade de vida marinha, com corais e mais de 2 mil espécies de peixes.
9. As Maldivas possuem um clima tropical úmido. Duas estações dominam o clima das Maldivas: a estação seca e a estação das chuvas, que traz ventos fortes e tempestades. A mudança da monção seca para a úmida ocorre durante os meses de abril e maio. Nesse período, os ventos vindos do nordeste formam as monções, que atingem o arquipélago em junho e vão até o final de agosto.
10. A diversidade étnica das Maldivas é fruto da mistura de culturas dos povos que se fixaram nas ilhas, reforçada pelo idioma e religião. Os primeiros colonos chegaram lá provavelmente vindos do sul da Índia e do Sri Lanka. Eles são linguisticamente e etnicamente relacionados com a população do subcontinente indiano. Etnicamente são conhecidos como Dhivehis.
a língua oficial das Maldivas é o Divehi |
a pesca de atum é, junto com o turismo, a principal atividade econômica das Maldivas |
é proibido cuspir |
aves que você vai ver nas Maldivas |
Um pouquinho de história...
As Maldivas foram colônia portuguesa (1558), holandesa (1654) e britânica (1887).
Em 1953, tentaram estabelecer uma república, mas, poucos meses depois, se reestabeleceu um sultanato. A independência veio somente em 1965 e, em 1968, foi instaurada a República. Mas, em 38 anos, o país só teve 2 presidentes - pelo jeito, a democracia ainda não é algo muito forte e estabelecido por lá 😒
No século 16, entre 1558 e 1573, os portugueses estabeleceram uma pequena feitoria nas Maldivas, que eles administravam a partir da colônia principal portuguesa em Goa, na Índia, onde estivemos em 2004!
Por 15 anos, os portugueses dominaram as ilhas, mas a atuação do feitor foi muito impopular, e um líder local chamado Muhammad Thakurufaanu Al-Azam e seu irmão organizaram uma revolta popular e expulsaram os portugueses das Maldivas. Esse acontecimento ainda hoje é celebrado como Dia Nacional das Maldivas.
Depois, o país foi governado como um Sultanato Islâmico independente, na maior parte de sua história, entre 1153 e 1968.
Foi também protetorado britânico desde 1887 até 1965. Em 1953, por um breve período, como falei antes, foi implantada uma República, mas o Sultanato prevaleceu.
A independência do Reino Unido só foi obtida em 1965, seguindo o Sultanato por 3 anos mais. Apenas em 1968 foi completamente abolido o Sultanato, e substituído por uma República.
Em 26 de dezembro de 2004, as Ilhas Maldivas foram devastadas por um terrível tsunami (o mesmo que afetou o Sri Lanka, a Tailândia e a Indonésia, lembram?).
Ao tsunami se seguiu um forte terremoto, produzindo ondas de 1,2 a 1,5m de altura, que inundaram o país quase por completo. Pelo menos 75 pessoas morreram nessa tragédia natural, incluindo 6 estrangeiros, e a infraestrutura do país foi completamente destruída em 13 ilhas locais habitadas e em 29 das ilhas turísticas 😭
O país atualmente enfrenta outras dificuldades (especialmente corrupção, violência e sérios problemas ambientais), mas vou deixar pra falar nisso mais adiante!
prisão em Maafushi - sim, há violência nas Maldivas 😟 |
Viajando light para as Maldivas
Peg quebrando a cabeça para arrumar a mochila na véspera da viagem! |
Viagem de praia precisa realmente de pouquíssimas roupas: uma saída de praia, umas bermudas, umas blusinhas, 2 biquines e nada mais!
minha "mala" para uma viagem às Maldivas - e ainda tirei várias coisas daí! |
O que levar na mochila 'a mais' para as Maldivas
- perfume
- silicone pros cabelos
- filtro solar pro corpo (biodegradável, de preferência)
para as Maldivas, você não precisa de muito mais que um maiô e sapatilhas de neoprene! |
Leve sapatilhas de neoprene quando for às Maldivas
Em algumas áreas, o fundo do mar das Maldivas é cheio de corais mortos se desmanchando, e dói bastante o pé para caminhar do barco até o banco de areia.
Se a maré está baixa, como estava durante o nosso passeio de barco, por exemplo, não é possível chegar de barco mais próximo aos bancos de areia, ou mesmo ir nadando, pois a água fica sempre abaixo da cintura, então o jeito é caminhar uns 200m do barco até os bancos de areia, sempre pisando em cima de corais mortos - se você não tiver uma proteção, vai doer bastante os pés.
E essa recomendação das sapatilhas de neoprene vale para todas as praias das Maldivas também!
Nós não chegamos a conhecer as bikini beach de Thinadhoo e de Fulidhoo, então não sei dizer se são boas para tomar banho de mar ou não, mas até em Maafushi tinha umas partes da bikini beach que eram repletas de corais mortos que machucavam os pés!
Sempre é bom levar as sapatilhas de neoprene - até se você ficar hospedado em resorts!
Alguns leitores do blog que já se hospedaram em cabanas sobre palafitas chiquérrimas dos resorts 5 estrelas me disseram que, sem sapatilhas de neoprene, não conseguiriam nem descer da sua cabana-palafita para tomar banho de mar ali, pois o fundo do mar ao redor das cabanas de luxo também é cheio de corais mortos que detonam os pés!
Leia mais: O que fazer nas Maldivas - passeios de barco
olhando assim até não parece, mas o fundo do mar nas Maldivas é cheio de corais mortos se desmanchando, e dói bastante o pé para caminhar |
Vamos falar sobre bebidas alcoólicas nas Maldivas?
Como já expliquei várias vezes, as bebidas alcoólicas são proibidas nas Maldivas, que são um país oficialmente muçulmano.
Mas, é claro, como sempre em tudo na vida, há uma exceção: nas ilhas privadas, onde ficam localizados os resorts internacionais e onde não vivem locais, bebidas alcoólicas são permitidas.
Como no mundo inteiro, reina a hipocrisia: soube que o maior defensor da proibição de bebidas alcoólicas no país, supostamente por razões religiosas, é também o maior importador de bebidas alcoólicas das Maldivas, já que ele é dono de uma das maiores redes de resorts do país e, é claro, nos resorts DELE há farta distribuição de álcool aos hóspedes.
São as fofocas que se houve por lá...
Vocês devem ter percebido que passamos o tempo todo de brincadeira nos stories do Instagram sobre as crises de abstinência alcoólica que se abateram sobre nós, depois de 5 dias na beira da praia sem uma gota de álcool no sangue.
O Peg já estava chamando as Maldivas de MaldiTas hahaha...
Claro que é brincadeira - pelo menos não me considero alcoólatra - embora minha nutri tenha lá suas dúvidas...🤣
Mas quem está acostumado a tomar suas 3 ou 4 taças de vinho durante a semana, aquele espumante ocasional e uma cerveja ou caipirinha na praia, certamente vai sofrer muito lagarteando defronte aquele mar cristalino sem um drink esperto na mão!
Faz falta, gente, como faz!
Inclusive já contei acima que, numa outra oportunidade, deixamos de fazer um stopover GRÁTIS nas Maldivas porque o Peg se recusou a passar Natal e Ano Novo na praia de bico seco, tipo festa de camelo!
E, para resolver esse 'drama' em meio às férias no paraíso, os turistas lançam mão de uma - ou todas - as seguintes opções:
- Bebidas sem álcool - eles têm uma super variedade de mocktails e cervejas sem álcool
- 'Day Use' - você paga uma fortuna para passar um dia se embriagando com drinks ruins num resort decadente onde o álcool é permitido
- 'Floating Bars' - bares flutuantes (explico abaixo)
nas Maldivas eles têm uma super variedade de mocktails e cervejas sem álcool |
Bares flutuantes nas Maldivas
Como o negócio deles é não ter álcool disponível à população LOCAL, os maldívios que trabalham com turismo ficam inventando alternativas para conseguir disponibilizar álcool pros turistas em lugares onde os nativos não chegam.
É o caso desses "bares flutuantes" - barcos que ficam ancorados no litoral e têm licença para a venda de bebidas alcoólicas, que são tratadas como drogas, com preços à altura das substâncias entorpecentes que são.
Em Maafushi, por exemplo, há um desses 'floating bars' bem na frente do porto.
Como funciona?
Você entra num barquinho-vira-mas-não-cai, que não tem hora certa e pode demorar um tempão pra ir e voltar, e esse barquinho te leva ao bar flutuante ancorado a uns 400m da ilha. Lá, você pode comprar, feliz da vida, uma garrafinha de whisky Famous Grouse de 300ml por U$ 40.
Ah, e tem que tomar tudo lá, óbvio, porque não pode contrabandear seu whiskynho de volta pra sua ilha local.
E, depois de se embriagar, tem que voltar para a ilha se equilibrando tipo o Bêbado & o Equilibrista no barquinho-balança-mas-não-cai.
Não, né??
Preferi aguentar uns dias de abstinência e dar "PERCA" total no estoque de bebidas alcoólicas do A380 da Emirates Airlines no voo de volta para o Brasil 🤣
bar flutuante ancorado próximo a Maafushi |
Bebidas sem álcool nas Maldivas
Para que ninguém pudesse dizer que não nos esforçamos, tentamos todas as marcas de cervejas sem álcool dos mercados locais, especialmente a super recomendada Heineken 0.0.
Avaliação do Peg: uma 💩
No mercadinho local custa 35 rúpias a lata ou 40 rúpias a long neck, sendo que U$ 1 = 15 rúpias.
Mas então descobrimos os mocktails de um quiosque top situado pertinho do nosso Hotel Kaani Palm Beach, o Juice Vibe. E os drinks deles eram tão lindos e gostosos que deu até pra fechar os olhos e imaginar que estávamos em Varadero tomando um mojito com autêntico rum cubano! Do tipo bom messsssmo!
Para quem não sabe, "mocktail" é um drink feito sem bebidas álcoolicas - na minha tradução super livre, seria um "coquetel fingido"!
O meu era uma mistura de maracujá, hortelã, limão, gelo e água com gás. Não sei como eles fizeram pra combinar esses ingredientes e fazer um drink tão bom, juro! Vale bem os U$ 5. Dei o primeiro gole e já encomendei o número 2.
Quando em Maafushi, recomendamos demais uma visita ao Juice Vibe!
Depois que descobrimos esse quiosque, o Peg até abandonou os planos de subornar o Bengalês queridão que limpava nosso quarto por uma garrafa de álcool 70👀
os mocktails do Juice Vibe salvaram nossas férias nas Maldivas hehehe... |
as cervejas sem álcool são todas horrorosas |
Day use em resorts nas Maldivas
Muita gente tem me perguntado sobre as opções de 'day use' em resorts nas Maldivas - até mesmo para poder tomar uma bebidinha kkkk...e também, é claro, para ter a experiência de ver, afinal, como é ficar hospedado onde ficam os ricos & famosos.
Minha opinião? Esqueça!
Depois de conversar com várias pessoas lá nas Maldivas que experimentaram as opções disponíveis de day use - que estão bem restritas nos últimos 2 anos de pandemia - minhas suspeitas se confirmaram, e nós não quisemos sequer experimentar essa enganação.
Pagar uma pequena fortuna para passar um dia se embriagando com drinks ruins num resort decadente onde o álcool é permitido?
Não vi vantagem, realmente.
Sem querer estragar as suas expectativas...mas vai ver se um resort "de categoria" oferece day use!? Não oferece.
Vai ver se tem day use no Anantara ou no Four Seasons. Não tem.
Não tem day use em NENHUM dos resorts 5 estrelas onde você vê os realmente ricos & famosos se hospedarem, te aposto!
Porquê? Porque esses lugares são top justamente porque são exclusivos.
EXclusivos.
EXclusivos porque EXcluem a galera que quer ir lá só para xeretar como vivem os ricos & famosos, fazer dezenas de selfies e tomar álcool open bar.
De acordo com as minhas investigações enquanto estávamos lá - que só confirmaram o que eu já sabia no âmago do meu ser - apenas resorts decadentes oferecem day use.
Não tem como negar: é só dar uma olhada nas avaliações do Booking dos resorts que têm day use.
Quando alguém tentar te vender como "maravilhosa" a experiência de day use nas Maldivas, lembra do que eu falei.
E, pra acabar de vez com as tuas ilusões, NENHUM day use vai te oferecer um quarto-palafita para passar o dia! Nem sequer vai te oferecer um puxadinho. Essa possibilidade simplesmente não existe.
O day use nada mais inclui do que o barco de ida e volta ao resort meia-boca, almoço buffet, bebidas baratas e a possibilidade de passar o dia na praia do resort.
Ah, claro, e o + útil: uma toalha de praia!
Ora, vou eu pagar U$ 135 pra tomar uns drinks ruins na praia de um resort decadente?! Porquê eu faria isso, pelamor, se a bikini beach do Hotel Kaani Palm Beach em Maafushi é linda e grátis?
Pagar R$ 1530,00 (U$ 270 pra mim e pro Peg) pra passar o dia me embriagando com bebidas alcoólicas meia-boca e voltar pra Maafushi com dor de cabeça no fim do dia? Porque alguém em sã consciência faria isso?
Ainda não entendi. Se alguém puder me explicar, agradeço 🙏
PS. Em outras épocas, até é possível que alguns bons resorts oferecessem day use, mas, de acordo com as minhas apurações 'in loco', nos últimos 2 anos os poucos que oferecem são muitos mais fracos do que o nosso hotel em Maafushi.
as opções disponíveis de day use nas Maldivas estão bem restritas nos últimos 2 anos de pandemia |
fiquei me perguntando porque alguém iria querer pagar uma pequena fortuna para passar um dia se embriagando com drinks ruins num resort decadente |
não existe day use em NENHUM dos resorts 5 estrelas onde você vê os ricos & famosos se hospedarem |
Split stay nas Maldivas
Outra coisa que várias pessoas me perguntaram foi sobre a opção de dividir uma viagem para as Maldivas entre Nutella e roots, o que eu acho que pode ser uma ótima ideia.
Sim, essa opção existe, mesmo em tempos de pandemia é permitido fazer isso, e só é necessário preencher um formulário do governo a mais: eles chamam isso de 'split stay', quando você divide a sua estadia no país entre 2 ou mais ilhas/resorts/hotéis diferentes.
Dá para dividir tanto entre resorts internacionais e ilhas públicas/pousadas quanto entre resorts diferentes, basta escolher e ver como ficam as opções de transporte entre as diferentes ilhas, pois, na maioria das vezes, não haverá transporte direto entre as ilhas (nem mesmo pagando transfers privados), e você terá que fazer "conexão" em Malé.
"Então porque vocês não fizeram isso?"
Primeiro, porque ficamos apenas 5 noites/6 dias, e acho que, para valer esses 'split stay', você tem que ficar pelo menos 3 noites em cada lugar, já que esse tipo de férias nas Maldivas é para descansar mesmo, né, e não para ficar pulando de ilha em ilha (como costumamos fazer).
Existem vários lugares no mundo onde acho que fazer island hopping é uma boa estratégia, da Grécia à Tailândia, mas as Maldivas não são um destes destinos bons para ficar pulando de ilha em ilha a cada 2 dias - pelo menos não atualmente, pois os transportes marítimos entre as ilhas estão super reduzidos em função da pandemia.
os transportes entre as ilhas estão bem restritos atualmente - tenha isso em mente quando decidr pelo seu split stay nas Maldivas |
Segundo, porque pagamos U$ 130 nas diárias do nosso bom hotel em ilha pública (Kaani Palm Beach), e já achei isso caro o suficiente.
Dificilmente a gente encontra - se não for alguma promo super especial - em alta temporada algum resort top que realmente valha a pena (isto é, melhor que o nosso hotel) por menos de U$ 350. Muito difícil. E U$ 350 x 3 noites dá U$ 1050.
Soma os "extras" gastos em exames PCRs bem mais caros, passeios de barco mais caros (sim, nos resorts internacionais tudo é bem mais caro do que nas ilhas públicas, por razões óbvias), transportes entre ilhas, refeições não incluídas, etc, e a sua conta vai dar, no mínimo dos mínimos, uns U$ 1400 pelas 3 noites (que pagamos U$ 390).
Com esses mais de U$ 1000 de diferença, eu já estou programando a nossa próxima viagem internacional daqui uns dias - esses U$ 1000 que economizamos em hospedagem nas Maldivas vão bancar nossa hospedagem em New York City em março próximo!
ESCOLHAS. A vida e as viagens são feitas de ESCOLHAS.
É isso. Mas acho a estratégia de 'split stay' uma ótima opção para quem tem aquele sonho de vida de conhecer um resortão desses incríveis. Fica 3 noites numa ilha pública e 3 noites no resort de luxo all inclusive.
Nessa ordem, por razões óbvias 😅
E, neste caso, vai uma dica esperta: deixe para fazer os passeios de barco enquanto estiver hospedado em ilhas locais, porque, pelo que me disseram, os valores cobrados pelos resorts de luxo para os mesmíssimos passeios são bem mais altos. E, assim, você não estará "perdendo tempo" num passeio de barco justamente nos dias em que estará pagando caro para desfrutar das delícias do seu resort 5 estrelas!
Se você tiver mais tempo, algumas ilhas públicas locais que eu também gostaria de ter conhecido, além de Maafushi, são:
- Gulhi
- Thulusdhoo
- Fulidhoo (estivemos lá apenas no passeio de barco, gostaria de ficar umas 2 noites)
- Dhigurah
a estratégia de 'split stay' pode ser uma ótima opção para quem tem aquele sonho de vida de conhecer um resortão desses incríveis |
Exame de Covid nas Maldivas
em Maafushi, eles fazem a coleta do material para os testes de Covid no próprio hotel |
Compras nas Maldivas
outra opção para compras nas Maldivas é o free shop do aeroporto |
não deixe de experimentar as frutas locais |
Comida nas Maldivas
atum fresco todo dia |
Férias Instagramáveis nas Maldivas
Escrevi TUDO o que eu tinha a dizer sobre o assunto neste post aqui: Precisamos falar sobre férias Instagramáveis nas Maldivas
férias Instagramáveis nas Maldivas |
Passeios de barco nas Maldivas
Para saber tudo sobre os passeios de barco nas Maldivas, veja este post que já publiquei:
O que fazer nas Maldivas: passeios de barco
Nesse post expliquei os pontos positivos e negativos dos passeios de barco nas Maldivas, o que levar no passeio, como é a comida, contei como foi nadar com tubarões, ver arraias, golfinhos, snorkel num naufrágio, a parada no banco de areia, opções de passeios e atrações, o que está incluído, custos, o que você vai ver, etc.
passeio de barco nas Maldivas |
as arraias são uma das atracões dos passeios de barco nas Maldivas |
O problema do lixo nas Maldivas
As Maldivas enfrentam sérios problemas com o lixo, isso todo mundo já sabe - ou, pelo menos, todo mundo que se recusa a tapar o sol com a peneira e aceita ver que a realidade do paraíso não é tão paradisíaca assim.
Maafushi, a ilha em que nós ficamos hospedados, tinha um lixão horroroso - fora da vista dos turistas, mas basta ser um pouquinho curioso (como eu), e ir dar uma caminhada na ilha, que você encontra o problema.
Na ilha em que nós paramos para almoçar durante o passeio de barco que fizemos - Thinadhoo - havia muito lixo espalhado. Uma falta de consciência ambiental básica, como garrafas plásticas jogadas na grama. Coisa que, hoje em dia, não dá mais para admitir como "cultural". E a culpa é dos turistas e dos locais também. Falta educação ambiental básica.
O problema é que, até bem pouco tempo atrás, o único lixo gerado pelos maldívios eram escamas, espinhas e vísceras de peixes, além de cascas de cocos e outros tipos de lixo orgânico. E, sendo assim, eles tinham o hábito de jogar o lixo no mar.
Todas as ilhas locais têm uma praia para banhos de mar, uma praia para pesca e uma outra praia destinado ao lixão. Ocorre que, com o crescimento desordenado do turismo de massas, começou a aumentar exponencialmente o lixo plástico e de papelão, e até hoje eles não conseguiram se organizar quanto à gestão do lixo, problema que precisam resolver de forma urgente, com muita educação ambiental.
Se você nunca tinha ouvido falar nisso, vale a pena dar um Google no problema grave do lixo no paraíso.
Olha esse artigo, por exemplo, que conta sobre um gigantesco lixão a céu aberto - a maior ilha de lixo do Oceano Índico - situada a apenas 8Km da capital Malé, e que já começa a causar inclusive problemas de saúde nos maldívios - uma verdadeira bomba tóxica no meio das paradisíacas Maldivas.
um país que pretende se vender como turismo de luxo precisa resolver o problema do seu lixo e não pode permitir esse tipo de cena num ponto turístico |
Mergulhos com tubarões-baleia nas Maldivas
As Maldivas são um destino conhecido também pela possibilidade de se mergulhar com tubarões-baleia, o que é um sonho de experiência.
Mas, quando estivemos nas Filipinas, eu li tanta coisa desaconselhando essa atividade, que acabei riscando o mergulho com tubarões-baleia da minha lista de desejos.
Em Luzon/Donsol/Legazpi, nas Filipinas, eles fazem um turismo super exploratório, alimentando os bichos para que eles permaneçam lá o ano inteiro (são animais migratórios), o que está causando um baita problema/desequilíbrio ambiental.
Atrair tubarões-baleia e arraias usando alimentos, iscas ou outros artifícios visuais para atraí-los para um local é altamente controverso, pois tem o potencial de alterar significativamente o comportamento animal, como o tempo de residência e a fisiologia, e pode afetar o seu habitat e a segurança humana.
Essas experiências também alteram a forma como os tubarões usam a sua energia. Como resultado disso, os tubarões e as arraias são capazes de aprender e alterar o seu comportamento.
Infelizmente, pelo que vi lá, não acredito que nas Maldivas seja muito diferente do que ocorre nas Filipinas. Acho que a alegria de mergulhar com um animal lindo daqueles não compensaria meu problema de consciência rsrsrs...mas recomendo que vocês pesquisem mais sobre esses passeios nas Maldivas, como eles ocorrem, etc, coisa que eu confesso que não fiz.
Dentre outras coisas, é importante saber a quantidade de vezes que a atividade ocorre (quantas vezes por dia e quantas vezes ao longo do mês ou ano), além da quantidade e do tipo de alimento que é oferecido, e como ele é fornecido.
Visitando Malé, a capital das Maldivas
No nosso último dia nas Maldivas, nos despedimos de Maafushi e da nossa vista azul-turquesa do quarto do Hotel Kaani Palm Beach, e fomos explorar Malé, já que nosso voo só decolava tarde da noite (e o check-out do hotel era as 12hs).
fomos de ferry do aeroporto até Malé |
visitando a Mesquita de Malé nas Maldivas |
Saiba onde você está se metendo
Durante a nossa viagem às Maldivas, várias vezes tive vontade de comentar com vocês, especialmente nos stories, sobre alguns assuntos mais "sensíveis".
Mas, num lugar onde a liberdade de expressão não é lá essas coisas, dá um um certo #medinho de falar e escrever sobre determinados assuntos nas redes sociais.
Agora que vim embora, já posso escrever com mais tranquilidade🙏
Começo recomendando a leitura do livro da escritora e jornalista Francesca Borri, Que Paraíso é Esse?
Essa leitura é simplesmente FUNDAMENTAL para entender onde vocês estão realmente se metendo.
Para ter um aperitivo enquanto você não compra o livro, vale muito ler esta matéria online - O outro lado das Maldivas - que explica como o paraíso dos ricos e famosos tem um lado miserável, violento e que serve de esconderijo de terroristas do ISIS.
Isso não significa que exista qualquer perigo envolvido em uma viagem às Maldivas: pelo contrário, essa será, muito provavelmente, uma das viagens mais tranquilas que você fará na sua vida inteira, em termos de segurança.
Mas eu acho muito importante saber um pouco mais sobre os lugares que visitamos. Arranhar a casca e ir um pouquinho além da superfície.
Não tenho nenhum drama de consciência de visitar lugares que abrigam ditaduras ou problemas sociais ou ambientais graves. Não vejo problema em visitar países com fama de violar direitos das mulheres ou de minorias, por exemplo.
Não é por querer conhecer e fazer turismo nesses lugares que estejamos endossando barbaridades.
Mas, no mínimo, é importante saber onde estamos nos metendo, até para não fazer aquele papelão ridículo de ficar delirando num paraíso maldívio, que, definitivamente, só existe nas fotos do Instagram.
o paraíso maldívio só existe nas fotos do Instagram |
Vivendo sonhos que eu sequer havia sonhado
Quem me conhece há mais tempo sabe que eu adoro frio e meus sonhos envolvem mais montanhas e viagens culturais do que praia🌴
Quando vejo aqueles feeds azuis no Instagram, cheios de fotos com boias coloridas flutuando num mar cristalino, juro que não me chama muito a atenção.
Claro que ninguém aqui é louca para esnobar um mar azul neon, e já fizemos várias viagens pra lugares paradisíacos como Barbados, Curaçao, San Andres, Fernando de Noronha, muitas ilhas tailandesas e malaias, Bali, Filipinas, Sri Lanka, Goa e, top das galáxias, Zanzibar, que une o mar turquesa mais lindo com muita cultura e exotismo em Stone Town.
Pra ser bemmmm honesta, então, as Maldivas nunca foram um sonho de consumo pra mim, e eu nunca "gastaria" minhas férias numa viagem exclusivamente para lá - o único jeito de irmos às Maldivas seria mesmo "encaixando" uma paradinha lá em algum outro roteiro de sonhos pela Ásia ou pelo Oriente Médio.
Então, unindo o útil ao agradável, de fato concluo que vivi em dezembro passado um sonho que eu sequer havia sonhado.
Quem aí é mais das férias em paraísos de praia e mar? Quem prefere montanhas + frio? Quem prefere férias mais urbanas? Ou lugares exóticos??
Acho que eu posso dizer que prefiro sair de casa kkkkk...saindo de casa, pra qualquer lado, já fico super feliz 🤣
vivendo sonhos que eu sequer havia sonhado |
Minhas conclusões sobre as Maldivas
Acho que o título deste capítulo deveria ser "porque eu recomendo vários outros lugares ao invés das Maldivas"😒
Sei que muita gente fica querendo me linchar quando eu digo isso, mas essa é a MINHA verdade, certo? E quem entra aqui no blog e lê meus posts presumivelmente tem interesse em saber a minha opinião honesta, não é?
Também sei que, para muita gente, visitar as Maldivas é um sonho de vida, e o que eu estou dizendo aqui pode ser frustrante e decepcionante...ou você pode ter ido lá e tido uma experiência diferente da nossa...mas veja bem: tem que ter parâmetro para comparar!
Claro que, se você nunca viajou para um lugar paradisíaco antes, vai achar as Maldivas o paraíso na Terra. Se você, como nós, costuma passar férias em Punta del Este ou no litoral gaúcho, onde a água do maré escura e gelada, é ÓBVIO que não tem parâmetro de comparação para entender o que estou querendo explicar aqui.
Mas o fato é que eu mesma, que não sou uma pessoa fissurada em viagens de praia, conheço muitos, mas MUITOS lugares mais paradisíacos do que as Maldivas, e sem os pontos negativos.
Praias da Tailândia, da Malásia, das Filipinas, de Zanzibar ou do Sri Lanka, por exemplo, onde, além dos coqueiros, água cristalina, isolamento, clima perfeito, fauna marinha, etc, etc, que existem nas Maldivas, ainda pode beber álcool, usar a roupa que quiser e biquine onde quiser, tem mais cultura, lugares para conhecer/coisas para fazer e bons hotéis custam uma fração do que se paga nas Maldivas.
Então, se você queria saber - conforme está escrito acima - as "minhas conclusões sobre as Maldivas" - essa é a minha opinião - e do Peg com ainda mais veemência, já que ele apelidou as ilhas de "Malditas", pra vocês terem uma ideia kkkkk - não voltaríamos, porque não compensa; existem muitas outras praias mundo afora onde eu preferiria gastar meus dólares e meus dias de férias.
Se você me perguntar: Maldivas ou Zanzibar? Maldivas ou Tailândia? Maldivas ou Filipinas? As respostas serão certamente Zanzibar, Tailândia e Filipinas!
Resumindo: valeu muito a pena conhecer, mesmo porque só depois de conhecer um lugar é que eu posso formar minha própria opinião sobre ele, e todo mundo fala tantas maravilhas das Maldivas que eu precisava conhecer para ter a minha opinião; mas eu só voltaria lá se ganhasse um sorteio que incluísse passagens aéreas e 5 dias em palafitas all inclusive num resort mega luxo com vista pro por do sol - caso contrário, não volto hehehe...
E aí certamente vai ter quem diga: ah, mas tu diz isso porque tu não teve a experiência de ficar num desses resorts de luxo! Sim, é óbvio, mas o problema é justamente que eu nunca ficaria num desses resorts, pois, como já expliquei, não tenho cacife $$$ para bancar uma destas palafitas sem sentir dor😜
Então, que fique claro, as minhas recomendações aqui se aplicam àqueles reles mortais que, como eu, não podem bancar palafitas. Se você é da turma dos mãos de vaca como eu, minha opinião é: seu suado dindim será mais bem aproveitado em qualquer dos lugares que mencionei acima.
Como eu não canso de repetir, a vida e as viagens são feitas de ESCOLHAS.
E sim, o azul-neon do mar de Zanzibar é muito mais neon que o das Maldivas😝
valeu muito a pena conhecer as MaldiTas, mesmo porque, só depois de conhecer um lugar, é que eu posso formar minha própria opinião sobre ele |
Você já esteve nas Maldivas? Qual a sua opinião?
Leia mais
Viagem barata para as Maldivas |
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