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Belize: o que você precisa saber para viajar

Belize: descubra tudo que você precisa saber para viajar, conheça Xunantunich, aprenda um pouco da história, geografia, curiosidades e o que fazer lá!
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Belize: o que você precisa saber para viajar
Você já pensou em visitar Belize no Caribe? Sabia que o país tem praias maravilhosas e importantes sítios arqueológicos Maia? Ah, e como esquecer: Belize também é um famoso destino de cruzeiros no Caribe!

Em janeiro de 2024, fizemos um cruzeiro de navio pelo Caribe e uma roadtrip de carro pela América Central, passando pela Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador.

Já contei aqui no blog como foi nosso cruzeiro pelo Caribe no navio Costa Pacífica, e agora vou contar pra vocês como foi conhecer um pedacinho de Belize durante a nossa viagem de carro alugado pela América Central.
Belize é uma grande mistura de aventura, história, cultura e inúmeras opções turísticas incríveis. Se a sua ideia é combinar aventura, exploração e cultura em um só lugar, se desconectar um pouco da vida cotidiana e desfrutar de um paraíso tropical, ou simplesmente visitar locais animados, com ritmo, cor e delícias caribenhas, Belize é o seu lugar - um país pequeno em tamanho, mas imenso em experiências memoráveis, com um ambiente mais Caribenho do que propriamente da América Central.
Descubra aqui tudo o que você precisa saber para viajar a Belize, conheça o sítio arqueológico de Xunantunich, aprenda um pouquinho da história, geografia e curiosidades locais e saiba o que tem para fazer por lá!

Como diriam em Belize, arright? (tudo bem?)

Veja também:

Porque viajar a Belize

Quando falamos que visitamos Belize, muita gente não tem nem ideia de onde fica situado esse país, que ainda engatinha no turismo, e é mais conhecido como paraíso fiscal para empresas offshore do que pelas suas praias e sítios arqueológicos.

Estivemos em Belize em janeiro de 2024, em uma viagem de carro pela América Central, passando também pela Guatemala, Honduras e El Salvador, e agora vou contar um pouquinho como foi essa experiência e as coisas incríveis que você vai encontrar por lá!
Belize é um pequeno país na América Central, banhado pelo Mar do Caribe, fazendo fronteira com o México e com a Guatemala - tão pequeno que tem um tamanho equivalente ao do menor estado brasileiro, Sergipe, contando com pouco mais de 400 mil habitantes. 
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Belize é um pequeno país na América Central, banhado pelo Mar do Caribe, fazendo fronteira com o México e com a Guatemala

O território de Belize fez parte do grande Império Maia, assim como ocorreu nos vizinhos Guatemala México, e também em Honduras El Salvador, e por isso você encontrará lá muitos sítios arqueológicos interessantes, que inclusive foram o foco da nossa viagem, diferente da maioria dos turistas que vão a Belize e preferem focar nas praias e ilhotas paradisíacas.

Alias, já fica a dica: para explorar ruínas maias, baseie a sua estadia na cidade de San Ignacio.

Além dos sítios maias e das praias caribenhas, outra atração turística importante em Belize é a selva, que pode ser explorada através de hotéis de selva chiquérrimos, como o Blancaneaux Lodge, de Francis Coppola, e o Ka'ana Resort & Spa - do mesmo grupo do Itz'ana Resort & Residences de Placencia.

Se você puder bancar uma estadia em qualquer um deles, não vai se arrepender!

Confira mais algumas razões para colocar Belize na sua wishlist:
  • Belize possui o 2º maior recife de corais do mundo - um verdadeiro espetáculo natural
  • Praias de águas calmas azul turquesa, com um mundo de corais e espécies aquáticas únicas
  • O impressionante Blue Hole, um buraco azul de cerca de 300m de diâmetro e aproximadamente 124m de profundidade, uma das atrações mais deslumbrantes de Belize e do mundo
  • A incrível cultura maia, que deixou um legado impressionante de sítios arqueológicos
  • Cavernas espetaculares, trilhas de sonho e biodiversidade nos hotéis de selva
  • Santuários de vida selvagem, como a Reserva Marinha Hol Chan, um lugar especial para mergulho e snorkeling, habitat de raias e tubarões-lixa
  • Cockscomb Basin Wildlife Sanctuary, a 1ª reserva de onças-pintadas (jaguar) do mundo
  • Ambergris Caye (San Pedro) e Caye Caulker, as ilhas mais populares de Belize, com um charme especial, astral tropical e a simpatia dos locais
Veja também:

Belize: o que você precisa saber para viajar

Belize fica situado na costa leste da América Central, voltado para o Mar do Caribe e com uma densa floresta a oeste. 

Um pouco distante do litoral do país, a gigantesca Barreira de Corais de Belize é a 2ª maior do mundo (só perde para a Austrália), com centenas de ilhas baixas chamadas cayos, que têm uma vida marinha diversificada. 

As áreas de floresta do país apresentam ruínas maias, como o Caracol, que é conhecido por sua imponente pirâmide, Lamanai, próxima de uma lagoa, Altun Ha, situado nos arredores da Cidade de Belize, ou Xunantunich, sítio arqueológico que nós escolhemos visitar. 

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sítio arqueológico de Xunantunich em Belize

Belize é uma democracia parlamentarista e monarquia constitucional, membro da Commonwealth Britânica. Teve colonização inglesa e, até 1973, era chamado de Honduras Britânica

A independência do Reino Unido foi declarada apenas em 1981.
  • O monarca britânico é o Chefe de Estado de Belize, representado no país por um Governador-Geral, que precisa ser belizenho. 
  • O principal órgão executivo do governo é o Gabinete, que é liderado por um Primeiro-Ministro, o Chefe de Governo.
Nós usamos 2 ótimos guias de viagens para planejar a nossa viagem pela América Central:

guia Lonely Planet Central America on a shoestring
guia Lonely Planet Central America on a shoestring

guia Rough Guides Central America on a budget
guia Rough Guides Central America on a budget

Belize City e Belmopan

A maior cidade do país, e também a mais importante, é Belize City, com aproximadamente 62 mil habitantes, onde inclusive fica situado o aeroporto internacional, conhecido pela sigla BZE - mas a capital do país é outra cidade, Belmopan, que foi construída depois que a antiga capital foi destruída por um furacão (conto mais abaixo). 

Belmopan fica a 80Km do mar e é considerada a capital menos populosa da América, com pouco mais de 20 mil habitantes. 

Seu nome é uma junção dos nomes dos 2 rios mais importantes do país: Belize + Mopán. 
A cidade de Belmopan não possui um aeroporto internacional. Todos os voos internacionais chegam no Aeroporto Internacional Philip Goldson - Cidade de Belize (BZE) e de lá são direcionados para as mais diversas regiões do país.

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o nome da capital de Belize, Belmopan, é uma junção dos nomes dos 2 rios mais importantes do país: Belize + Mopán

Qual moeda levar para Belize

Apesar de Belize ser independente do Reino Unido desde 1981, a Rainha Elizabeth ainda estampa sua moeda, chamada de Belize Dollars

Mas, apesar de a moeda local ser o dólar de Belize, dólares americanos são aceitos em todos os lugares, então esta é a moeda que você deve levar numa viagem a Belize. 
A cotação é de U$ 1 = BZD 2.
A moeda do país é artificialmente congelada em 2 dólares belizenhos (BZ$ ou BZD) para 1 dólar americano. Não existe variação cambial, mas, na hora da troca, esse valor não é redondinho, porque a casa de câmbio cobra a comissão dela. Então, se você tiver dólares americanos, normalmente é preferível pagar em U$.

A maioria dos hotéis de Belize cobram em dólares americanos, enquanto os restaurantes, passeios e lojas normalmente aceitam as 2 moedas: U$ e BZ$.

Acho mais fácil usar dólares americanos em Belize do que trocar dinheiro - pelo menos no interior do país, onde estávamos, era mais difícil trocar dinheiro. 

Mas...lojas e restaurantes não têm troco para notas acima de U$ 20, e tem que ficar ligado no troco, porque você paga em U$ e eles te dão troco em BZD com deságio 😞

Então o ideal é levar notas de U$ 20 no máximo. 

Algumas cidades têm caixas eletrônicos, mas nem sempre as máquinas funcionam, e às vezes estão sem dinheiro - leve U$ em espécie.

Cartões de crédito e de débito, como Nomad e Wise, são aceitos, mas sempre é bom levar dinheiro vivo em qualquer viagem, para emergências com cartões ou para usar em situações onde cartões não sejam aceitos, como vendedores ambulantes, por exemplo.

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apesar de Belize ser um país independente do Reino Unido, a Rainha Elizabeth ainda estampa os Belize Dollars

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a moeda de Belize é congelada em 2 dólares belizenhos para 1 dólar americano

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a moeda de Belize é artificialmente congelada em 2 dólares belizenhos para 1 dólar americano

Língua oficial em Belize

Apesar de Belize estar cercado por países que falam espanhol na América Central, como é o caso da Guatemala e do México, o idioma oficial em Belize é o inglês (com sotaque britânico), devido à colonização britânica.

No Belize fala-se também um pouco de espanhol, especialmente em locais mais próximos do México, ao norte, como Ambergris Caye e Caye Caulker, e um dialeto crioulo belizenho, línguas maias e garífuna (em comunidades do sul de Belize).

Para vocês terem uma ideia de como é o dialeto Kriol:
  • Good morning vira 👉 Gud maanin
  • I don´t understand vira 👉 Mee noh andastan
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já na fronteira, chegando a Belize, percebe-se que estamos entrando em um país onde se fala inglês, apesar de estarmos na América Central, onde o espanhol é, como regra, a língua oficial

Como chegar em Belize

Você pode cruzar fronteiras terrestres vindo do México ou da Guatemala. 

A cidade mais a oeste de Belize, que fica situada a apenas 2Km da fronteira com a Guatemala, é Benque Viejo de Carmen, um pequeno vilarejo onde chegam ônibus. Para chegar à fronteira em si, o melhor é pegar um táxi. Do lado guatemalteco, a cidade fronteiriça é Melchor de Mencos.

Para quem vem no norte, do México, as cidades fronteiriças são Chetumal, do lado mexicano, e Santa Elena, do lado belizenho, antes de Corozal.

Existe uma linha de ônibus entre o México e Belize e, da Guatemala para Belize, existem ônibus regulares via Tikal.

Veja também as nossas Dicas da Guatemala e Dicas do México.

Nós visitamos Belize cruzando uma fronteira terrestre, via Guatemala (Melchor de Mencos - Benque Viejo de Carmen), mas também é possível chegar lá voando, é claro. 

Aliás, a maioria das pessoas que visitam Belize chegam de avião.
Aliás, vale avisar que, na hora de comprar voos para ir de Belize City a outros destinos do país, você precisa prestar muita atenção ao nome do aeroporto: compre passagens do aeroporto BZE, e não do TZA!
Como já expliquei, todos os voos internacionais chegam no Aeroporto Internacional Philip Goldson - Cidade de Belize (BZE) e, de lá, são direcionados para as mais diversas regiões do país. Mas há também o Aeroporto Belize Municipal (TZA), então tenha cuidado para não comprar um voo partindo do TZA, senão você terá que trocar de aeroporto!

Do Brasil, não existem voos diretos para Belize - o melhor jeito de chegar lá é fazendo conexão em outros aeroportos. Indico os voos da Copa Airlines, que tem um hub no Panamá, inclusive com stopover gratuito. 
Indo do Brasil, o jeito mais fácil de chegar a Belize certamente é via Panamá, voando Copa Airlines - basta uma conexão e você já estará em Belize City, embora eu recomende muito que você aproveite o stopover gratuito para conhecer um pouquinho mais do Panamá - foi justamente num desses stopovers que conhecemos o país. 
Leia mais: Dicas do Panamá

Como esse voo Panamá - Belize não tem muita frequência (quando pesquisei era só 1x por semana), saiba que outras companhias aéreas fazem conexão em Miami e em outras cidades dos EUA com voos diretos para BZE, mas, nesse caso, você precisa de visto americano para fazer conexão lá, não esqueça deste detalhe. 

De Cancún no México também é possível voar direto para Belize.

Algumas pessoas também chegam em Belize através de cruzeiros que partem de Miami ou de outros países do Caribe.

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você pode cruzar fronteiras terrestres vindo do México (Chetumal - Corozal) ou da Guatemala (Melchor de Mencos - Benque Viejo)

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Benque Viejo de Carmen é a cidade mais a oeste de Belize, um pequeno vilarejo onde chegam ônibus

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chegamos em Belize cruzando uma fronteira terrestre, vindos da Guatemala

Como entrar de carro em Belize

Se você pretende entrar em Belize de carro próprio, vindo da Guatemala ou México, você precisa de uma autorização temporária de importação, que é possível conseguir na hora da entrada do país, na fronteira. 

Essa autorização dura 30 dias, que é tempo mais do que suficiente para visitar o país.

Mas...se você está viajando como nós, com um carro alugado, você vai precisar de uma autorização da locadora, que, quando possível de ser obtida, custa bem caro!

Nossa ideia inicial era viajar com o carro alugado na Guatemala por todos os países do nosso roteiro, mas, quando comecei a pesquisar com as locadoras, quase todas elas me informaram que não autorizavam que carros alugados na Guatemala cruzassem a fronteira com Belize 😓

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no site da Alamo eles já avisam que só pode cruzar as fronteiras de El Salvador, Honduras e Nicarágua com o carro alugado na Guatemala - Belize está excluído

a mesma informação nas FAQ do site desta locadora local - Guatemala Rent a Car: você só pode cruzar as fronteiras de El Salvador e Honduras com o carro alugado na Guatemala com eles 

Uma ou duas locadoras que encontrei autorizavam cruzar para Belize com o carro alugado na Guatemala, mas cobravam um valor meio absurdo: a Avis, por exemplo, cobra U$ 224 pelo 'permiso' para ir a Belize! 
Para cruzar com o carro alugado na Guatemala para El Salvador, Honduras e Nicarágua, não havia grandes problemas: você precisa avisar a locadora 48hs antes de sair da Guatemala e eles te cobrarão uma taxa de U$ 35 para confeccionar os documentos legais/transfronteiriços - Border Crossing Permits.
Tudo bem pagar U$ 35 para passar com o carro alugado para El Salvador, Honduras e Nicarágua...mas pagar U$ 224 para entrar em Belize nós achamos um pouco demais 👀 

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no chat da Avis, me informaram que, para cruzar a fronteira da Guatemala para Honduras e El Salvador, custa U$ 33,60, mas para Belize custa U$ 224 (e para o México é proibido)

Atenção: não é possível cruzar a fronteira de carro ilegalmente, sem a documentação necessária da locadora e a autorização de passagem na fronteira - sem esses documentos, o seu carro alugado corre grande risco de ficar retido na fronteira, e não estará segurado. 

E, como não tínhamos mesmo tempo para ver tudo o que queríamos em todos os países da região, acabou ficando mais fácil a decisão de focar a viagem nos países autorizados - Guatemala, El Salvador e Honduras - e encurtar a nossa viagem por Belize, já que não poderíamos entrar lá com o carro alugado!
Foi chato, mas era o que tínhamos: deixamos o nosso carro alugado na Guatemala num estacionamento na cidade guatemalteca que faz fronteira com Belize (Melchor de Mencos) e fomos explorar - de táxi! - o cantinho de Belize a que tínhamos acesso ali perto: as ruínas maias de Xunantunich!

Tudo isso para dizer que sim, você até consegue locadoras da Guatemala que vão te permitir entrar com o carro alugado lá em Belize, mas isso provavelmente vai custar bem caro! E atenção: pelo que eles me informaram, o seguro da Guatemala não vai ser válido em Belize!

E vice-versa acontece a mesma coisa: se você alugar um carro em Belize, não vai poder cruzar com ele para a Guatemala sem desembolsar uma pequena fortuna em taxas!

Todas essas regras envolvendo aluguéis de carros acabam dificultando um pouco uma roadtrip mais abrangente nessa região!

Claro que sempre há a opção de viajar por Belize de ônibus - mas, no nosso caso, havíamos optado por viajar de carro, justamente para ter mais flexibilidade e liberdade de ir e de parar aonde quiséssemos, então não fazia sentido nenhum ficar pagando diárias e o seguro de um carro alugado para deixá-lo parado na cidade fronteiriça guatemalteca enquanto viajávamos de bus por Belize 😂
E, ademais, se optássemos por focar nossas férias em Belize, não teríamos tido tempo suficiente para explorar El Salvador e Honduras. São escolhas que um viajante tem que fazer, quando os sonhos são maiores que as férias 💩

Mas atenção: esse tipo de regras mudam com frequência, então, se você quiser viajar de carro alugado na Guatemala por Belize, verifique as possibilidades com a Alamo na época da sua viagem!

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deixamos nosso carro alugado na Guatemala num estacionamento na cidade guatemalteca que faz fronteira com Belize, Melchor de Mencos

Como se locomover em Belize

Se locomover dentro de Belize é bem fácil.

Belize não é um país muito grande, e você consegue chegar por terra ou por mar facilmente a todos os lugares de interesse turístico. O país possui 290Km de litoral de norte a sul, e 110Km de leste a oeste, fazendo fronteira com o México e com a Guatemala, como comentei antes.

Dá para usar avião, vans, ônibus, carros alugados e barcos.

ônibus é obviamente o meio de transporte mais barato, e o sistema rodoviário em Belize é bem organizado, chegando a todos os locais turísticos.

Nas regiões de ilhas e rios, vale também pegar táxi-barco - eles saem de Belize City, Caye Caulker e San Pedro em direção aos recifes e ilhas. 

Alguns inclusive saem de Belize rumo ao México, Guatemala e Honduras. 

Para ir de Belize City até San Pedro ou Caye Caulker também é possível utilizar ferries. Não testei, mas me falaram bem das empresas Ocean Ferry Belize e Belize Water Taxi. O ferry de Belize City até Caye Caulker, por exemplo, são 35Km e a viagem leva 45min.

Já os voos internacionais, como falei, chegam em Belize City, que não tem grandes atrações turísticas. Sendo assim, a maioria dos viajantes chegam lá e já fazem conexão imediata para outros destinos, com as companhias aéreas locais Tropic Air ou Maya Island Air

Os aviões, pelo que eu pesquisei, são bem pequenos, e os voos são super rápidos.

Para andar de táxi, preste atenção que os licenciados têm placas verdes. Eles não têm taxímetros, então você precisa combinar o valor da corrida ANTES de entrar no táxi!

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nosso táxi negociado em Belize

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os táxis licenciados têm placas verdes em Belize

Brasileiros precisam de visto para visitar Belize?

Brasileiros não precisam de vistos para viajar a Belize. 

Viagens a turismo, com duração de até 30 dias, estão isentas. Para ir a Belize você precisa de um passaporte válido, com prazo mínimo de 90 dias para expiração.

Ah, e tem a questão da obrigatoriedade de se hospedar em um hotel aprovado pelo Belize Tourism Board - que eu explico melhor abaixo. 

Na imigração, eles podem te pedir comprovantes de reservas de hospedagem (por causa da exigência que mencionei acima), além de passagens de saída do país (como acontece na imigração de qualquer país). 
ISSO foi o que eu pesquisei ANTES de viajar, mas, chegando na fronteira terrestre entre Belize e a Guatemala, algo diferente aconteceu: eles nos pediram para ver nossos vistos americanos para entrar em Belize! 
Isso mesmo, na imigração terrestre entre a Guatemala (Melchor de Mencos) e Belize (Benque Viejo), nos disseram que, caso tivéssemos vistos americanos, nossa entrada em Belize seria "facilitada"!

Como não sou boba nem nada, eu SEMPRE carrego os nossos passaportes (vencidos) onde estão os vistos americanos, e tinha eles comigo na mochila, o que "facilitou" nossa entrada em Belize!

Não sei o que teria acontecido se não tivéssemos vistos americanos nos passaportes. 

Provavelmente nos deixariam entrar da mesma forma em Belize, pois brasileiros normalmente entram em Belize sem nenhuma exigência, mas o fato é que as agentes de imigração pediram para ver nossos vistos americanos e nos disseram simplesmente que nossa entrada em Belize seria "facilitada" tendo vistos americanos 💁

Ter um visto americano no passaporte é um patrimônio! Ele pode facilitar a sua vida em outros países também, e não só para entrar nos EUA e em Belize!

Já #ficaadica: leve o seu visto americano para todo lado com você (menos pro Irã hehehehe)!

A título de exemplo, quando fomos às Ilhas Virgens Britânicas, nesta mesma viagem, em janeiro de 2024, não era necessário nenhum documento além do passaporte para visitar a ilha. Mas, depois que voltamos, 2 leitoras já comentaram comigo que receberam comunicações oficiais, tanto da MSC quanto da Costa Cruzeiros, no sentido de que, nos cruzeiros de fevereiro de 2024 em diante que tinham paradas em Tortola, seria exigido visto americano para os brasileiros que quisessem desembarcar do navio nas Ilhas Virgens! Vê se tem cabimento??
 
E mais, nesta mesma viagem, tivemos um problema nos nossos voos com a Copa Airlines no Panamá e, num dado momento do perrengue, só havia possibilidade de chegarmos ao nosso destino final (a Cidade da Guatemala), se pegássemos um voo com escala em Houston, Texas - como tínhamos conosco os nossos vistos americanos, isso seria viável. Se eu não estivesse com os nossos passaportes vencidos, que têm os vistos americanos na mochila, não teríamos essa possibilidade de voar para a Guatemala fazendo escala nos EUA! 

Até o Peg, que estava reclamando de eu andar carregando os passaportes velhos "sem necessidade", já que não tínhamos nenhuma previsão de colocar os pés nos EUA tão cedo, teve que assumir que essa minha mania de levar os vistos americanos pra todo lado realmente se justifica! 💁

Não esqueça: visto americano é um patrimônio para suas viagens, leve sempre!

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imigração na chegada a Belize

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carimbo de entrada em Belize

Taxas e documentos para visitar Belize

Um ponto muito importante é que existem taxas que você terá que pagar na saída de Belize, o que sempre pode gerar uma certa surpresa e pegar algumas pessoas desprevenidas: são a Belize Airport Departure Tax e as Border Exit Fees.

Essas 2 taxas são relacionadas à utilização das estruturas aeroportuária e rodoviária. Pelo que compreendi, são valores diferentes para quem sai por um aeroporto (taxa de embarque) e para quem sai do país como nós, por via terrestre.

Nós pagamos uma departure tax (taxa de saída do país) por via terrestre de BZD 30.

Para viajantes que saem de Belize através de travessias terrestres ou aquáticas para a Guatemala ou para o México, as taxas são:
  • BZD 2,50 (para "desenvolvimento de fronteira") + 
  • BZD 7,50 (para "conservação") + 
  • BZD 30 (a própria taxa de partida) 
  • Total: BZD 40 😟
Para quem, como nós, passa menos de 24hs em Belize (ou seja, viajantes em trânsito por Belize), não há que pagar a taxa de conservação (chamada PACT) de BZD 7,50. Mas qualquer visitante que passe mais de 24hs em Belize terá que pagar a tal taxa de conservação de BZD 7,50 ao sair do país.
No total, como regra, os viajantes que entram em Belize por mais de 24hs devem pagar BZD 40 para deixar o país através de uma travessia terrestre/aquática.
Cada viajante que parte do aeroporto internacional de Belize, incluindo aqueles que passaram menos de 24hs no país (em trânsito), tem que pagar a tal taxa de embarque, que é de U$ 35,50, mais uma taxa de exame de segurança de U$ 0,75.

Importante: todas as taxas de partida de Belize (quando não incluídas na sua passagem aérea) deverão ser pagas em dinheiro ou com cartões de crédito ou débito, que também são aceitos - nós pagamos as taxas com o nosso cartão Nomad. 

Resumindo: pagamos 32,50 dólares belizenhos por pessoa pelas 'departure tax' de Belize (BZD 30 + BZD 2,50). Em dólares americanos, nos cobraram U$ 17 por pessoa. Pagamos com cartão Nomad e deu U$ 49,18 para nós 3 (= BZD 97,50).

Ou seja, para visitar Belize por menos de 24hs, pagamos U$ 50 em taxas. 

Saiba mais sobre as taxas de saída de Belize aqui.

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taxas que você terá que pagar na saída de Belize

Belize
pagamos 32,50 dólares belizenhos por pessoa pelas 'departure tax' de Belize

pagamos as taxas de saída de Belize com cartão de débito Nomad e deu U$ 49,18 para nós 3 (= BZD 97,50)

Belize
carimbos de entrada e saída em Belize

Também vale lembrar que, nas tarifas de hotéis, são adicionados 9% de imposto e, na venda de produtos e serviços, o valor referente a impostos é de 12,5% - pergunte sempre qual é o preço final, pois os impostos acabam encarecendo tudo!

Para visitar Belize, também é recomendado ter a vacina contra a febre amarela no Certificado Internacional de Vacinação - li em alguns lugares que ela é exigida e em outros lugares li que não é obrigatória. Então, na dúvida, é mais garantido levar, né?


Em Belize, assim como em quase todos os destinos tropicais, com muito mato, tem que ter cuidado com as picadas de mosquitos - previna-se usando um repelente bom, de preferência com DEET.

Leve também os demais itens fundamentais em qualquer viagem à América Central e ao Caribe: óculos de sol, boné e muito protetor solar. 

repelente
previna-se das picadas de mosquitos usando um repelente bom, de preferência com DEET

Vacina contra a febre amarela
para visitar Belize, é necessário ter a vacina contra a febre amarela no seu Certificado Internacional de Vacinação

Melhor época para ir a Belize

Em Belize faz calor o ano todo, mas a melhor época para viajar ao país é de janeiro a maio - assim como para boa parte do Caribe - para evitar furacões, inundações e tempestades tropicais, período em que não é tão quente e nem tão úmido. 

Esta, obviamente, é também a alta temporada, quando os preços ficam mais altos e os lugares turísticos ficam mais cheios.  

Neste período, considerado a estação seca, as temperaturas médias são de 20 a 27ºC. Embora se diga que é a estação 'seca', a umidade está presente o tempo todo, ainda mais em regiões de selva - a diferença é que, nesta época, não chove tanto quanto na estação úmida. 

No período de junho a dezembro, a estação úmida, as temperaturas giram em torno de 22 a 32ºC.

Em geral, as estações do ano são mais marcadas por diferenças de umidade e precipitação do que pelas de temperaturas.
Os furacões têm sido devastadores em Belize - recomendo evitar viajar no período de julho a novembro, quando eles são mais propícios!
Em 1931, um furacão destruiu mais de 2/3 de Belize City, matando mais de mil pessoas. 

Em 1955, o furacão Janet devastou a cidade de Corozal, no norte e, 6 anos depois, o furacão Hattie atingiu a área costeira central do país - foi então, com a devastação de Belize City pela 2ª vez em 30 anos, que eles decidiram mudar a capital para a cidade planejada de Belmopan, a 80Km de distância do mar, no interior do país. 

O furacão Greta causou mais danos ao longo da costa sul em 1978 e, em 2001, o furacão Iris destruiu a cidade de Monkey River. Em 2007, o furacão Dean atingiu o norte de Belize, causando mais destruição.

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Quantos dias ficar em Belize e roteiro

No nosso roteiro de viagem original pela América Central, o plano seria ficar pelo menos 3 dias a mais em Belize, para 'gastar' em Placencia

Se eu fosse fazer uma viagem com foco em Belize e algum outro país próximo, ou combinando com o stopover no Panamá, por exemplo, acho que de 7 a 10 dias seria o tempo ideal. 

Nesse caso, eu escolheria um sítio arqueológico maia para conhecer, como Caracol, por exemplo, fazendo base em San Ignacio num hotel de selva, depois ficaria umas 2 ou 3 noites em Ambergris Caye (San Pedro) ou Caye Caulker, e as outras noites em Placencia.

Também queria fazer um mergulho ou snorkel na Reserva Marinha Hol Chan, conhecer o Cockscomb Basin Wildlife Sanctuary e o Community Baboon Sanctuary.

E, se tivesse uma grana sobrando, faria o sobrevoo do Blue Hole também.

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Atrações turísticas de Belize

Não é a 1ª vez que planejo uma viagem frustrada para Belize, então já estou 'por dentro' das principais atrações turísticas do país kkkk...


Vou deixar registrado aqui tudo o que eu considero mais legal de conhecer em Belize, de acordo com as minhas pesquisas - priorize as atividades que forem mais do seu interesse, é claro, e depois me conte o que achou:

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mapa das atrações turísticas de Belize

Ambergris Caye/San Pedro e Caye Caulker

Ambergris Caye é a ilha onde fica situada a cidade de San Pedro (a famosa 'Isla Bonita' da música da Madonna). 

Ao lado de Ambergris Caye fica Caye Caulker, outro destino bem turístico de Belize, mais rústico. 

Se você gosta de agito, escolha Ambergris Caye; se prefere uma vibe mais relax, seu destino é Caye Caulker.

Se estiver hospedado em Caye Caulker, você pode fazer um passeio para San Pedro e vice-versa, pois as ilhas estão a poucos minutos de distância uma da outra - dá para ir de ferry ou num passeio de barco.

Estando em Ambergris Caye ou Caye Caulker, os passeios mais recomendados são:
  • Snorkel na Reserva Marinha Hol Chan
  • Nadar com tubarões no Shark Ray Alley
Em San Pedro, a praia mais famosa é a Secret Beach, ao norte.

Blue Hole

O Great Blue Hole de Belize é uma estrutura circular formada nas águas do mar do Caribe a partir do desabamento do teto de uma caverna submarina e pela formação de um grande recife de corais. A estrutura possui 300m de diâmetro e 124m de profundidade.
Dá para conhecer o Blue Hole por cima, num sobrevoo de avião (sonhoooo de consumo!), ou por baixo, num mergulho submarino. 

O mergulho, pelo que entendi, não é para qualquer um, pois se trata de uma caverna submarina; e, fazendo snorkel, imagino que seja impossível ter uma dimensão do quão incrível é este lugar é! 

Dá para fazer tanto scuba diving quanto snorkel no Blue Hole a partir de San Pedro, Caye Caulker ou Placencia.

Mas...

A companhia aérea Tropic Air realiza um voo panorâmico de 1h em alguns dias da semana a partir de San Pedro, Caye Caulker e Belize City. O voo passa pelo Lighthouse Reef Atoll e pelo Turneffe Atoll, mas o ponto alto desse voo panorâmico, óbvio, é quando o aviãozinho sobrevoa o Blue Hole. 

A atividade custa uma pequena fortuna - em torno de U$ 250, quando pesquisei - então é uma coisa a se pensar bem.  

Belize tem o 2º maior recife de corais do mundo, como já contei lá no início, então dá para imaginar como deve ser lindo ver esse espetáculo natural lá de cima!

Placencia

Esse é o lugar que eu mais tenho vontade de conhecer em Belize, para onde nós teríamos rumado se tivessem nos deixado entrar de carro no país hehehehe...

Placencia é um destino de praias bem menos conhecido que Caye Caulker e San Pedro, mas muito mais autêntico e simpático, com um vilarejo cheio de lojinhas, restaurantes e agências oferecendo passeios de barco em grupo para as ilhas próximas, que são um espetáculo de beleza natural. 

Estando em Placencia, não deixe de conhecer:
  • Silk Cayes
  • Laughing Bird Caye
  • Moho Caye
  • Mergulho com tubarão-baleia

Hopkins

Hopkins é um vilarejo perto de Placencia, onde é possível fazer passeios culturais até comunidades Garífunas, com apresentações de música e danças típicas.

Eu não me hospedaria lá - acho mais negócio ficar em Placencia e fazer um passeio tipo bate-e-volta até Hopkins e a uma dessas comunidades. 
Garífunas são um grupo étnico estabelecido principalmente na costa de Belize e Honduras, formado pela miscigenação de escravos africanos com indígenas do Caribe e Aruaques.

Ruínas Maia e hotéis de selva

Para explorar a cultura Maia e curtir a selva belizenha, o ideal é se hospedar pelo menos 2 noites em San Ignacio, no oeste de Belize - mais abaixo vou colocar as recomendações de hotéis de selva que eu tive. 

A partir de lá, é bem fácil visitar os sítios arqueológicos de Caracol e Xunantunich, por exemplo.

Belize foi considerado o centro do Império Maia, onde ficava situada a mítica entrada para o submundo (underworld), Xibalba

Existem ruínas Maia espalhadas por todos os lados em Belize, desde os acessíveis sítios arqueológicos de Altun Ha e Lamanai, até o mais remoto Caracol, que continua sendo a estrutura artificial mais alta de Belize. 

Cada um destes locais são super fotogênicos e possuem uma história única para contar sobre a cultura Maia, além de vistas incríveis. 

Outras ruínas Maias famosas em Belize são Xunantunich, Cahal Pech e Lubaantun.

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os sítios arqueológicos maia são tão importantes na cultura de Belize que estão retratados até nos rótulos da cerveja local

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e nas cédulas de dólares belizenhos

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Xunantunich é uma das famosas ruínas maias de Belize

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sítio arqueológico de Xunantunich, em Belize 

Sítio arqueológico de Xunantunich

Claro que vou contar mais detalhes da nossa visita ao sítio arqueológico de Xunantunich, no oeste de Belize - afinal, foi este o local que escolhemos para explorar na nossa curta estadia em Belize, justamente pela sua proximidade com a fronteira guatemalteca, onde deixamos nosso carro alugado e também o drone, que, assim como o carro, também não tinha autorização para ingressar em Belize (explico melhor a função do drone abaixo). 

Na Western Highway (Rodovia Ocidental), cerca de 11Km a oeste de San Ignacio, a pacata vila de San José Succotz abriga as ruínas de Xunantunich - pronuncia-se 'Shun-an-tun-ich' ou 'Shoo-nahn-too-neech' - a 'Donzela de Pedra'.

xunantunich
a pacata vila de San José Succotz, em Belize, abriga as ruínas Maias de Xunantunich

Aberto diariamente das 8 às 17hs, com ingressos que custam U$ 5 por pessoa, este impressionante sítio arqueológico Maia é também um dos mais acessíveis em Belize: qualquer ônibus indo para o oeste saindo de San Ignacio pode te deixar na antiga balsa puxada a cabo que atravessa o Rio Mopán, na vila de San José Succotz.

A balsa funciona diariamente das 8 às 17hs, e é gratuita.

Saiba que o Rio Mopán ocasionalmente pode inundar os arredores na época das chuvas, portanto verifique com antecedência se o local estará aberto antes de ir até lá.

Depois de cruzar o rio de balsa, do outro lado, uma estrada íngreme atravessa a floresta por cerca de 2Km até o sítio arqueológico. Suba por esta estrada até o estacionamento e a bilheteria.

Sua 1ª parada em Xunantunich deve ser no centro de visitantes, que tem uma maquete das ruínas, situado logo depois da bilheteria.

No interior deste centro de visitantes estão achados arqueológicos do local, incluindo peças de cerâmica e jóias, um interessante cemitério e explicações sobre os frisos de 'El Castillo'.
A Civilização Maia surgiu a partir do ano 1800AC. Por volta do ano 200DC, os Maias já haviam se desenvolvido em áreas que compreendem atualmente o México, Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador. Fizeram contribuições importantes para diversas áreas do conhecimento, notadamente a matemática, desenvolveram a escrita hieroglífica, um calendário e uma astronomia altamente sofisticados, além da construção de pirâmides. Eles foram os responsáveis pela construção de grandes cidades-estado, como Chichen Itzá e Tikal. Os Maias, em seu apogeu, chegaram a alcançar 2 milhões de habitantes, tendo sido muito importantes na formação cultural dos países da América Central.
As ruínas em si, no topo de uma colina nivelada, incluem 5 praças, embora as estruturas sobreviventes estejam agrupadas em torno de apenas 3 delas. 

Xunantunich pode ter sido ocupada já em 1000AC, mas era pouco mais que uma aldeia. A grande arquitetura que vemos hoje começou a ser construída no século 7DC.

Investigações recentes encontraram evidências do papel de Xunantunich na política de poder do Período Clássico, durante o qual provavelmente a cidade Maia se juntou a Caracol e Calakmul numa aliança contra Tikal. 

De 700 a 850DC, Xunantunich esteve possivelmente alinhada politicamente com Naranjo, 14Km a oeste na Guatemala. Juntos, eles controlavam a parte ocidental do vale do Rio Belize, embora a população provavelmente nunca tenha ultrapassado 10 mil pessoas. 

Xunantunich sobreviveu parcialmente ao colapso inicial dos Maias clássicos por volta de 850 - quando a vizinha Cahal Pech foi abandonada - mas aparentemente foi abandonada por volta do ano 1.000DC.
No período Terminal Clássico, Xunantunich já estava em declínio, embora aparentemente ainda fosse habitada até cerca do ano 1.000DC.
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balsa puxada a cabo que atravessa o Rio Mopán, na vila de San José Succotz

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centro de visitantes de Xunantunich

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mapa de Xunantunich

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no centro de visitantes de Xunantunich você encontrará explicações sobre os frisos de 'El Castillo'

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achados arqueológicos são conservados no centro de visitantes de Xunantunich

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queimadores de incensos maias conservados no centro de visitantes de Xunantunich

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aprendendo um pouco da história da civilização maia no centro de visitantes de Xunantunich

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ruínas maias em Xunantunich

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Xunantunich foi habitada até cerca do ano 1.000DC

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a arquitetura grandiosa que vemos hoje em Xunantunich começou a ser construída por volta do século 7DC

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área residencial da família governante

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frisos de 'El Castillo' em Xunantunich 

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'El Castillo', a principal estrutura de Xunantunich

O local centra-se nas Praças A-2 e A-1, separadas pela Estrutura A-1.

O caminho que começa na entrada te leva à Praça A-2, com grandes estruturas em 3 lados. 

A Praça A-1, à esquerda, é dominada por El Castillo, o 'Templo do Castelo' (Estrutura A-6), que, com 40m de altura, é a estrutura mais alta do complexo.

Logo ao norte da Praça A-2, a Estrutura A-11 e a Praça A-3 formavam uma área residencial de 'palácio' para a família governante.

El Castillo foi provavelmente o santuário ancestral da família governante, onde eles foram enterrados e representados nos frisos esculpidos. 

As estruturas A-1 e A-13, em cada extremidade da Praça A-2, só foram construídas no século 9, com a finalidade de separar a família governante do resto da população, possivelmente por causa das pressões que surgiam na época com o declínio da civilização Maia clássica.

Você pode subir ao topo de 'El Castillo' para ver vistas espetaculares de 360º.
A subida na ruína pode ser um pouco assustadora para alguns, mas as vistas do topo são incríveis e compensam o esforço físico, com a floresta estendendo-se por todos os lados e o resto da cidade Maia abaixo de você.
Lá de cima do El Castillo dá até medo! Uma queda de lá de cima é morte certa!

Os níveis superiores do Castelo foram construídos em 2 fases diferentes. 

A 1ª fase, construída por volta do ano 800DC, incluía um elaborado friso de gesso que circundava o edifício; a 2ª, construída por volta de 900DC, cobria grande parte da 1ª e do seu friso. 

Os frisos da extremidade leste do edifício e parte da extremidade oeste foram descobertos por arqueólogos - eles representam uma série de divindades Maias, com Chaac, o deus da chuva, provavelmente sendo a figura central na extremidade leste. 

Os frisos que você vê hoje em Xunantunich são réplicas, com os originais embaixo por medida de segurança.

Ao sul de 'El Castillo', há uma área parcialmente coberta de vegetação com estruturas menores (o Grupo C), que foram abandonadas quando a cidade começou a encolher depois do ano 900DC, deixando o Castelo - que antes estava bem no centro da cidade - no extremo sul da área ocupada.

Outros sítios arqueológicos Maias que você precisa conhecer:


mapa de Xunantunich
mapa de Xunantunich

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o caminho que começa na entrada de Xunantunich te leva à Praça A-2, que possui grandes estruturas em 3 lados

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não deixe de subir ao topo de 'El Castillo' para ter vistas espetaculares de 360º

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campo de jogo de pelota mesoamericano em Xunantunich

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'El Castillo', ou o Templo do Castelo, com 40m de altura, é a estrutura mais alta do complexo

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'El Castillo' era o santuário da família governante, onde foram enterrados e representados nos frisos

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outras estruturas foram construídas no século 9, para separar a família governante do resto da população, por causa das pressões que surgiam com o declínio da civilização maia

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a subida no Templo do Castelo pode ser um pouco assustadora para alguns

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as vistas do topo do 'Castelo' são incríveis e compensam o esforço físico, com a floresta estendendo-se por todos os lados e o resto da cidade maia abaixo de você

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a vista de cima do 'El Castillo' dá até medo

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uma queda do alto de 'El Castillo' é morte certa

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a subida até o alto do 'Castelo' é bem puxadinha, especialmente com um sol inclemente na cabeça

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os frisos do 'Castelo' representam uma série de divindades maias

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vimos um monte de espécies diferentes de iguanas e lagartos 'lagarteando' no complexo arqueológico

Porque os maias usavam janelas em formato de triângulo

Umas das coisas que mais me intrigou nos vários sítios arqueológicos maias que visitamos nesta viagem pela América Central foram as muitas janelas em formato de triângulo que eles usavam nas suas construções, então resolvi pesquisar o porquê disso. 

Os Maias são conhecidos por sua arquitetura peculiar, que inclui o uso de elementos geométricos, como triângulos, em suas janelas. Existem várias teorias sobre porquê os Maias usavam janelas em formato de triângulo em suas construções:

Significado simbólico: alguns estudiosos sugerem que os triângulos representavam símbolos importantes na cosmovisão maia. Por exemplo, o triângulo pode representar a tríade cósmica de céu, terra e submundo, que era uma concepção fundamental na religião maia.

Funcionalidade: as janelas em formato de triângulo também poderiam ter uma função prática, permitindo a entrada de luz solar de maneira eficiente. Em uma região onde o clima é predominantemente quente e ensolarado, o design das janelas poderia ajudar a regular a temperatura dentro das estruturas.

Estética e estilo arquitetônico: o uso de formas geométricas como o triângulo poderia ser uma expressão do estilo arquitetônico maia e uma maneira de diferenciar as suas construções de outras culturas mesoamericanas.

Conhecimento matemático e astronômico: alguns sugerem que os maias tinham um conhecimento avançado de geometria e astronomia, e o uso de formas geométricas em suas construções poderia refletir esse conhecimento.

Embora não haja uma explicação definitiva, é bem provável que a presença de janelas em formato de triângulos nas construções tenha sido influenciada por uma combinação de fatores simbólicos, funcionais e estilísticos na cultura maia.

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é possível ver, lá no alto da construção, as 2 janelas em formato de triângulo

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Diário de bordo de Belize

Saímos do sítio arqueológico de Tikal, na Guatemala, às 8:35hs.

Paramos em El Remate para tomar café da manhã no ótimo Restaurante DOÑA MARI.

El Remate também é uma ótima base para quem visita Tikal e Xunantunich - uma cidadezinha situada às margens do lindo Lago Petén Itzá, com várias pousadas e restaurantes. Se você não quiser ficar em Flores, e optar por ficar o mais próximo possível de Tikal, El Remate é uma ótima escolha para pernoitar antes ou depois de visitar Tikal, e antes ou depois de ir a Belize!

Chegamos em Melchor de Mencos, na fronteira belizenha, às 11h15min. De acordo com o Google Maps, o trajeto entre Tikal e Melchor de Mencos é de 1h45min - 99Km.

Tínhamos pensado em pernoitar num hotelzinho que vi no Google Maps situado bem ali na fronteira, praticamente ao lado da Ponte Mopán, que une os 2 países (Guatemala e Belize), e nosso plano era deixar as malas e o drone (que não poderia entrar em Belize) no tal hotel, mas...chegando lá, o hotel era caído demais, com um proprietário que parecia o Jack Nicholson em "O Iluminado", então preferimos deixar o carro, o drone e as malas em um estacionamento em Melchor de Mencos.

estacionamento custou 10 quetzales, e ficava bem na fronteira entre os 2 países, do lado guatemalteco, na beira do Rio Mopán.

Do estacionamento, fomos caminhando os poucos metros que faltavam até os prédios das imigrações da Guatemala e de Belize. 

A fronteira terrestre ali é o mesmo caos de qualquer fronteira terrestre de país de 3º mundo que já vivenciamos, com um monte de caminhoneiros mal-encarados e gente tentando fazer algum tipo de negócio, como câmbio de moedas. 

Primeiro fizemos a saída da Guatemala, depois seguimos caminhando até o prédio seguinte, onde daríamos entrada em Belize, carimbando nossos passaportes, e foi ali que, estranhamente, nos pediram para ver os vistos dos EUA, como expliquei acima.

Na hora que voltamos à fronteira, foi a mesma coisa: 1º providenciamos a saída de Belize (pagando uma fortuna em taxas 😓), e depois nos dirigimos à entrada da Guatemala que, como sempre, foi muito simples, grátis e rápida!

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no caminho para a fronteira entre a Guatemala e Belize, passamos pela cidade-estado maia de Naranjo, que, por volta de 700 a 850DC, esteve alinhada politicamente com Xunantunich, a 14Km de distância

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Rio Mopán marcando a fronteira entre Belize e a Guatemala

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1º você carimba no passaporte a saída da Guatemala

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e depois vai caminhando até o prédio da imigração de Belize

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formulário para preencher na imigração de Belize

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e, finalmente, 'Welcome to Belize'!

Com os pés em Belize, tínhamos que decidir como enfrentaríamos a George Price Highway - estrada que atravessa a cidade de Benque Viejo e o povoado de San José Succotz, e que leva às ruínas maias de Xunantunich, que queríamos visitar. 
 
Acabamos negociando com um taxista que ele nos levaria até a porta de entrada de Xunantunich e nos traria de volta até a fronteira, com tempo de espera, enquanto visitávamos as ruínas. 

Saiu bem caro, na minha opinião, e teria sido bem mais barato se ele fosse simplesmente nos levar até a balsa e então seguíssemos a pé da balsa até as ruínas. Mas o trajeto da balsa até as ruínas é uma boa subida de 1 milha, e fazia um calor úmido insuportável de 32°C com sol forte do meio-dia. 

Depois ainda teríamos que peregrinar no sol inclemente visitando as ruínas, voltar a pé 1 milha até a balsa e procurar outro táxi para nos levar de volta à fronteira. Tudo isso com o Felipe reclamando a cada 3min. Seria um verdadeiro inferno na Terra. 

Tem horas que pagar U$ 40 pelo táxi é barato!

A balsa que atravessa o lindo Rio Mopán, para levar os turistas até as ruínas, é totalmente grátis. Se você quiser, pode dar uma gorjeta para os caras que trabalham ali, tipo U$ 1 ou 2 por pessoa, mas a travessia não é cobrada. 

Dos 2 lados do rio, antes e depois de cruzar a balsa, tem algumas lojinhas vendendo souvenirs.

Depois seguimos de táxi pela estrada de 1 milha até o sítio arqueológico. 
Quem quer realmente economizar, pega um táxi mais barato apenas até a balsa e, de lá, segue caminhando até as ruínas. Como o calor úmido de 32°C não estava fácil, decidimos negociar com o taxista para nos levar de carro todo o caminho até a bilheteria do sítio arqueológico, onde tem inclusive estacionamento. Então ele cruzou com o táxi na balsa, nos levou até a portaria de Xunantunich, e nos esperou para nos levar de volta à fronteira, com direito à parada num mercado no caminho, pois queríamos aproveitar para bisbilhotar um mercado belizenho e comprar umas cervejas locais! 
Todo o nosso roteiro em Belize, a pé e de táxi, ficou registrado no Strava e no Wikiloc

Como nossos roteiros em viagem mudam a cada 10min, 1° pretendíamos dormir em Melchor de Mencos, como expliquei antes, mas aí achamos os hotéis de lá muito caídos, e decidimos voltar a El Remate para dormir (tem opções de hospedagens e restaurantes ótimos lá) - já que teríamos que fazer esse trajeto novamente no dia seguinte de qualquer forma, e então já estaríamos adiantando o caminho do dia seguinte. 

Mas aí chegamos em El Remate, comemos de novo no Restaurante DOÑA MARI e resolvemos seguir viagem e adiantar mais um pouco do caminho para Honduras do dia seguinte, pois eram recém 16hs. 

Fomos resolver parar só quando anoiteceu e chegamos em Poptún, uma cidadezinha nada turística na Guatemala, no Hotel Las Bugambilias, onde pernoitamos neste dia.

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chegada à balsa que atravessa o rio - deste ponto até as ruínas dá 1 milha, quase 2Km

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dos 2 lados do rio, antes e depois de cruzar a balsa, tem algumas lojinhas vendendo souvenirs

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fauna de Belize

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reserva arqueológica de Xunantunich

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todo o nosso roteiro em Belize, a pé e de táxi, ficou registrado no Strava

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roteiro completo em Belize no Wikiloc

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passeio a pé pelas ruínas de Xunantunich em Belize registrado no Wikiloc

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Custos em Belize

Quanto custou a nossa daytrip a Belize: 
  • Água gelada em Xunantunich - 2 dólares belizenhos
  • Cerveja long neck - 3 dólares belizenhos
  • Coca-cola 600ml - 2 dólares belizenhos
  • Entradas Xunantunich - U$ 5 cada
  • Balsa - grátis
  • Táxi ida e volta com espera - U$ 40
  • Departure tax de Belize - 32,50 dólares belizenhos por pessoa ou U$ 17 - pagamos com cartão Nomad e deu U$ 49,18 para nós 3
  • Estacionamento na fronteira - 10 quetzales
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os ingressos para visitar Xunantunich custam U$ 5 por pessoa

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10 dólares de Belize

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estacionamento na fronteira entre Belize e a Guatemala por 10 quetzales

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mercadinho e loja de souvenirs ao lado da portaria do parque arqueológico, onde você pode comprar água gelada em Xunantunich

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a balsa que você precisa usar para atravessar o Rio Mopán é gratuita

18 Curiosidades de Belize

1 Os adjetivos belizenho e belizense estão igualmente corretos. 

2 Para comer e beber em Belize: a cerveja Belikin é a principal cerveja de Belize, perfeita para acompanhar um Jerk chicken, prato picante de frango grelhado que é originário da Jamaica, mas comum em todo o Caribe, especialmente em Belize. Ao longo dos anos, cada região fez modificações na receita jamaicana original e, no caso de Belize, a influência Maia é muito aparente. 


A comida de Belize é uma mistura de sabores Latino-Americanos e Caribenhos. 

A culinária Creole é dominante nos restaurantes locais, e a base de todas as refeições principais é o arroz branco com feijão vermelho, normalmente cozidos juntos em óleo de coco, que você encontra em todos os pequenos restaurantes. 

Nas regiões de praia, aproveite para comer lagosta, que é abundante e tem ótimos preços!

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a cerveja Belikin é a principal cerveja de Belize

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molho Habanero famoso em Belize

3 Você sabia que o chocolate de Belize é considerado um dos melhores do mundo? 

Dizem que o povo Maia foi quem inventou o chocolate, e a herança permaneceu em Belize: existem muitas fazendas de cacau e a Belize Chocolate Company é conhecida internacionalmente pela qualidade do seu chocolate! 

Dá para visitar as lojas deles (e comprar) em San Pedro e em Caye Caulker. Pelo que vi, dá até para fazer uma aula e aprender um pouco do negócio de fazer chocolate!

4 A voltagem oficial de Belize é 110, mas alguns locais são 220, então confirme antes de usar as tomadas.

5 E, falando em tomadas, as de Belize são do tipo com 2 furos chatos paralelos e 3 pinos. Leve um adaptador universal para não passar perrengue. 

Eu sempre levo um T - se o quarto do hotel tem apenas uma tomada, a gente conecta o T no adaptador e podemos usar as 3 entradas dele para carregar os nossos equipamentos. Desse jeito, preciso ter e carregar apenas um adaptador. 

 

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6 Esta é a bandeira de Belize:

bandeira de Belize
bandeira de Belize

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Peg tirando selfie com a bandeira de Belize

7 Belize é um país predominantemente cristão (70% da população), muitas escolas têm nomes de santos e a educação religiosa faz parte da grade curricular. Cerca de 49% da população é católica, 36% protestantes, menonitas, adventistas e anglicanos, 9% sem religião e 4% se dividem entre Testemunhas de Jeová, hindus, judeus, muçulmanos e seguidores da religião tradicional do povo Maia.

8 Belize é um dos países culturalmente mais diversos do Caribe, dividindo-se entre mestiços (mistura de Maias e europeus 53%), crioulos (de orgem africana 26%), Maias (12%) e Garífunas (7%).

9 Belize possui a mais baixa densidade populacional da América Central. Existem mais belizenhos vivendo fora do país (em especial nos EUA) do que em Belize, e as remessas de dinheiro desses emigrantes para o país constituem grande parte da economia local.

10 A abundância de espécies de fauna e flora e a diversidade de ecossistemas fazem de Belize um dos locais-chave do Corredor Biológico Mesoamericano.

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a quantidade de lagartos e iguanas que vimos em Belize é impressionante

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até nas copas das árvores!

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umas iguanas gigantes!

11 Belize produz em larga escala banana e açúcar, herança de sua história colonial.

12 Os principais esportes em Belize são o futebol e o basquete.

13 O ponto mais alto de Belize é o Doyle's Delight, com 1.124m de altitude.

14 Florestas cobrem mais da metade de Belize, que considera a sua conservação importante e criou 18 parques nacionais.

15 Belize é dividido em 6 regiões administrativas (distritos): Belize, Cayo, Corozal, Orange Walk, Stann Creek e Toledo, conforme mapa abaixo:

mapa das subdivisões de Belize
mapa das subdivisões de Belize

16 Para ouvir: reggae, ritmos Garífuna como em Til Da Mawnin de Andy Palacio e Punta.
Punta é um estilo de dança e música cultural afro-indígena originária do povo Garífuna, com elementos africanos e Arawak (que também são característicos da língua Garífuna). É a dança tradicional mais conhecida da comunidade Garífuna.

17 Para ler: O Último Voo da Arara Escarlate (The Last Flight of the Scarlet Macaw: One Woman's Fight to Save the World's Most Beautiful Bird), livro de 2008 do autor Bruce Barcott, que narra a inspiradora batalha de Sharon Matola para deter uma corporação multinacional - uma ativista que fez a diferença em Belize. 

O livro conta a história de uma mulher inabalável, que arriscou sua vida para salvar a ave mais bela do mundo, em Belize. Cuidando de animais órfãos no seu próprio zoológico em Belize, Sharon tornou-se uma das maiores defensoras da vida selvagem na América Central. E, quando poderosas forças externas conspiraram com o governo local para construir uma barragem que inundaria o local de nidificação das únicas araras vermelhas em Belize, Matola foi atraída para a luta da sua vida.

O Último Voo da Arara Escarlate
O Último Voo da Arara Escarlate

18 Para assistir: A Costa do Mosquito (The Mosquito Coast), filme de 1986 dirigido por Peter Weir com Harrison Ford e Helen Mirren, baseado no romance de mesmo nome de Paul Theroux publicado em 1981. 

Allie Fox (Harrison Ford) é um inventor cheio de idéias que, cansado da mediocridade à sua volta, e convicto de que os EUA estão falidos como nação, resolve sair dos EUA - ele pega a mulher, os 4 filhos e se manda para o interior de um país da América Central, em meio à selva, sonhando com uma vida nova, mas nem tudo acontece como ele deseja. 

Decidido a criar uma civilização melhor que a que ele abandonou, ele não vê que sua obsessão pode acabar dividindo a família. Embora o cenário do livro original seja em Honduras, o filme foi todo filmado no interior de Belize.

A Costa do Mosquito
A Costa do Mosquito

Tem sargaço em Belize?

Assim como no resto do Caribe, as praias de Belize também são afetadas pelo sargaço.
O sargaço é uma alga marinha marrom que, em determinados períodos, infesta as praias. Elas assolam todo o Caribe e não têm uma época 'certa' para acontecer - é pura sorte (ou azar)! E mais, às vezes, uma mesma praia tem trechos de mar cheios de sargaço e, algumas centenas de metros mais adiante, o mar está limpinho, pois essas algas vivem aglomeradas em colônias. O sargaço não faz absolutamente nenhum mal à saúde, mas claro que incomoda no banho de mar, a paisagem não fica tão bonita e, por vezes, fica fedorento.  

É sabido que o sargaço é parte da vida marinha, mas, nos últimos anos, pilhas de sargaço invadiram as praias do Caribe, causando sérios prejuízos a uma das maiores fontes de renda dos belinhenhos - o turismo. 

Por isso, Belize tem lidado com o sargaço de uma forma bem proativa, com um programa de remoção das algas - que aparecem logo no começo do dia - para evitar o fedor. 

Além de criarem mecanismos de coleta, também foram destinados locais específicos para o descarte do sargaço, e existe ainda um sistema de previsão da ocorrência de sargaço na costa de Belize - desta forma, os hotéis e as cidades podem se organizar com antecedência para recolher as algas que aparecem.

De regra, é claro, as praias na frente dos bons hotéis são muito mais limpas e bem-cuidadas. As praias que não têm um hotel por atrás para cuidar delas sempre têm acúmulo de sargaço na areia, pois normalmente são os funcionários das hospedagens que se organizam para retirar o sargaço da areia e limpar as praias.

Belize
acúmulo de sargaço na areia da praia

Onde se hospedar em Belize

Como fomos a Belize apenas para passar o dia, como já expliquei, por causa da questão do carro alugado (e também por causa do drone 😞), pois ambos não tinham autorização para entrar em Belize, obviamente não nos hospedamos no país, mas adoraria ter passado mais tempo por lá, especialmente em Placencia, como expliquei acima. 

Aliás, meu plano inicial, antes de descobrir o problema da licença do carro alugado, era passar pelo menos 3 noites em Placencia.

Então, se você tiver a sorte de poder passar algumas noites em Belize, vou deixar aqui algumas dicas de hospedagens bacanérrimas que eu pesquisei e amei para você conferir:

San Pedro - Ambergris Caye
Placencia

Na península:
Nas ilhas:
San Ignacio
Hopkins 
Belize City

Mas preciso deixar aqui um aviso importante: existem inúmeras opções de hospedagem em Belize, mas nem todas estão certificadas pelo BTB - Belize Tourism Board e, na imigração, na chegada ao país, para te deixar entrar, eles podem te pedir para ver comprovantes de reservas em hotéis ou hospedagens licenciadas. Caso contrário, você pode ser barrado na imigração.

Essa certificação supostamente deve garantir um padrão mínimo de conforto e qualidade nos serviços, mas acaba aumentando bastante o preço dos hotéis, porque eles têm que cumprir certas exigências que encarecem muito as operações.

Ouvi dizer que algumas pessoas acabam reservando hotéis certificados com cancelamento gratuito apenas para ter os comprovantes de reservas e, depois de passar pela imigração, cancelam as reservas e escolhem hospedagens mais baratas (não certificadas). 

Eu não curto esses golpes, que causam um baita prejuízo aos pobres dos hotéis que se esforçaram e obtiveram a certificação, pois eles deixam de alugar o quarto para outra pessoa e você cancela a sua reserva na última hora 😞


Belize
Rio Mopán, em Belize

Onde ficar do lado da Guatemala

Como nosso roteiro nos permitia isso, optamos por voltar à Guatemala para dormir lá, porque as hospedagens do lado guatemalteco eram bemmm mais em conta do que os hotéis do lado belizenho.

Para se hospedar perto da fronteira belizenha, mas do lado guatemalteco, recomendo Tikal ou El Remate

Opções para ficar em Tikal:

Hotel Jungle Lodge Tikal
Dentro do complexo, mais caro, avaliação 84 no Booking, banheiro privativo, piscina, restaurante, estacionamento, wifi nas áreas comuns, eletricidade limitada, tem quartos triplos, café da manhã pago separado

Jungle Lodge Tikal Hostal
Mesma rede do Jungle Lodge, dentro do complexo, mas é albergue com banheiro compartilhado, café da manhã pago separado, nota 83 no Booking, mais barato, tem piscina, restaurante, wifi nas áreas comuns, eletricidade limitada, estacionamento, não tem quartos triplos - para 3 pessoas ou mais teria que reservar 2 quartos (mesmo assim fica mais barato que o hotel)

Hotel Tikal Inn
Idade mínima para check-in é 18 anos, avaliação 87 no Booking, fora do complexo, tem piscina, estacionamento, wifi, restaurante, café da manhã

Hotel Jaguar Inn Tikal
Mais barato, não tem piscina, tem estacionamento, wifi, restaurante, café da manhã opcional, tem eletricidade 24hs - foi o que nós ficamos lá, e recomendamos muito!

Opções para ficar em El Remate (para ter wifi melhor e ar condicionado):

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Hotel Jaguar Inn Tikal

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para se hospedar perto da fronteira belizenha, mas do lado guatemalteco, recomendo o povoado de El Remate

Drone em Belize

Já comentei acima, mas vale alertar aqui que drones não são bem vistos em Belize e existem inúmeras histórias de pessoas que tiveram os seus drones confiscados e precisaram pagar multas pesadas.

Diferente de outros países que têm o uso de drones recreativos regulamentado e onde não é necessária autorização prévia para voar um drone, em Belize o uso de drones só pode ser feito para fins comerciais e por empresas devidamente homologadas.

O Departamento de Aviação Civil de Belize só emite autorização para operadores internacionais - nosso caso - tendo um contrato de prestação de serviços para uma empresa local, que pode ser solicitado aqui. Ou seja, obter essa autorização era inviável para nós. 

E mais: pelo que pesquisei, atualmente a importação temporária de drones para uso recreativo/pessoal está proibida pelo governo de Belize, então o seu drone provavelmente vai acabar retido na alfândega. 

Sabendo de tudo isso, e como nós decidimos pernoitar do lado guatemalteco, nem tentamos levar o drone para Belize - deixamos o bichinho bem guardado no carro na Guatemala - então não posso contar como foi a nossa (inexistente) experiência com drone em Belize.


Belize
nossas fotos "aéreas" em Belize foram tiradas do alto de El Castillo

Um pouco da história de Belize

A história de Belize está diretamente conectada à civilização Maia e à colonização espanhola. 

A própria palavra Belize vem do idioma Maia 'balis', que significa lamacento, palavra que era usada para definir o rio local, hoje chamado Rio Belize
Acredita-se que um erro de pronúncia dos espanhóis alterou a palavra Maia 'balis' para o que conhecemos hoje como Belize
Os Maias prosperaram nesta região durante muitos séculos, mas aos poucos foram abandonando as suas cidades ritualísticas, que perderam significado como centros cerimoniais e, a partir dos anos 900DC, foram morar em aldeias espalhadas pelo território, época em que a civilização Maia entrou em declínio. 

As causas do colapso cultural ainda são desconhecidas.

A colonização européia em Belize começou em 1638, com uma colônia fundada por marinheiros ingleses naufragados. 

Nos 200 anos seguintes, os ingleses estabeleceram uma colônia próspera, baseada na exportação de madeira e pirataria, mas a Espanha reivindicava a área como sua, e foi feito um acordo de exploração com a coroa britânica, para que os ingleses pudessem explorar o local sem a posse do território, que ficou sob domínio espanhol.

A escravidão foi abolida em Belize em 1838. 

Em 1862, os ingleses declararam oficialmente a área como colônia britânica, e a Espanha perdeu o território, batizado de Honduras Britânica

Em 1964, o Reino Unido concedeu às Honduras Britânicas o direito a um autogoverno, tornando-as uma monarquia parlamentar. Em 1973, as Honduras Britânicas foram rebatizadas com o nome de Belize e, em 1981, foi declarada a independência do Reino Unido.

O país se mantém até hoje como membro da Commonwealth Britânica, sendo Chefe de Estado Charles III, o monarca do Reino Unido. Desde a independência, uma guarnição britânica é mantida em Belize, a pedido do governo de Belize.

Belize
a história de Belize está diretamente conectada à civilização Maia

Belize com crianças

Algumas pessoas me perguntaram se achei Belize child friendly, e fiquei com dificuldade de responder. 

Sério, pra mim, é difícil dizer que um lugar não é child friendly. Tudo depende do seu conceito de kid friendly. 

Achei que Bonito, por exemplo, não é child friendly, porque, na época em que estivemos lá, o Lipe não sabia fazer snorkel e rapel, e meus passeios preferidos em Bonito envolviam snorkel nos rios cristalinos e rapel no Abismo Anhumas. 

Mas, pra você, o que é um lugar child friendly? 

A Mongólia é child friendly? A Tailândia é child friendly?

Sei que, para algumas pessoas, para ser considerado kids friendly, o destino precisa ter parques temáticos, espaço kids com monitores e piscinas. 

Para mim, um lugar child friendly é aquele que não tem (muita) violência e onde o Felipe possa participar dos passeios mais bacanas. 
A resposta à pergunta Belize é child friendly? vai depender mais do seu estilo de viagem e do seu conceito de "legal para crianças" do que do destino em si. 
Belize não tem parques temáticos e nem resorts com kids club.

Mas o povo de Belize me pareceu super simpático e amistoso, o país é organizado e tem índices de segurança, limpeza e estradas muito melhores do que os dos países vizinhos.

Belize não é um destino onde você vá encontrar muitas famílias viajando com crianças pequenas ou bebês, mas é um destino com praias deliciosas, bons hotéis, calor, lugares tranquilos e sem excesso de turistas...

A comida em Belize não é 'complicada' para crianças brasileiras - você vai encontrar arroz, feijão, ovos, frango e peixe em muitos cardápios, e o tempero não é muito forte.

Também é fácil encontrar fast food, como burgers, pizzas e frango frito - afinal, 67% dos turistas que visitaram Belize em 2022 eram americanos - mas não existem redes de fast food dos EUA em Belize.

Enfim, se você está acostumado a viajar com seu filho para lugares diferentes do trivial, está acostumado a cuidar do seu filho sem ajuda externa, e não está procurando uma super infraestrutura, Belize é muito indicado. 

Caso contrário, você sempre pode repetir a Disney ou aquele mesmo resort no nordeste 😂

Belize
a resposta à pergunta 'Belize é child friendly?' vai depender mais do seu estilo de viagem e do seu conceito de "legal para crianças" do que do destino em si

Belize
eu acho que qualquer lugar que tem animais assim livres na natureza é child friendly hehehe, porque as crianças - pelo menos a minha - amam ver isso!

Qual chip de celular usar em Belize

Publiquei aqui no blog um post completíssimo sobre o melhor chip de celular para usar numa viagem pela América Central e num cruzeiro de navio pelo Caribe, então não vou repetir tudo aqui - confere lá que a dica é boa: 


Foi esse simcard que usamos em Belize, e funcionou perfeitamente!

OMeuChip
nesta viagem nós usamos simcards da OMeuChip

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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