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Viajando de motorhome pela Califórnia: roteiro de 8 dias

Viajando de motorhome pela Califórnia: roteiro de 8 dias da família da Polyana Maier

Viajando de motorhome pela Califórnia: roteiro de 8 dias

Viajando de motorhome pela Califórnia: roteiro de 8 dias da família da Polyana Maier
Oi pessoal! Aqui é a Polyana, sou fã da Claudia há muito tempo, bem antes de eu ser mãe, e da época em que o Felipe era um pequeno viajante! 

Já usei muitas dicas dessa família querida em outras viagens (Montanhas Rochosas Canadenses, Barbados...), pois o estilo de viajar da família da Claudia é bem parecido com o meu: amam criar totalmente os próprios roteiros e gostam de fugir do convencional. 

Dito isso, é claro que, inspirada por eles, eu já estava flertando a possibilidade de viajar de motorhome há tempos…

No início de 2020, surgiu a oportunidade de realizar a viagem, e acertamos tudo para que ocorresse em junho daquele ano. Alugamos o motorhome com a Motorhome Trips, como já indicado tantas vezes pela Claudia, e eles são sensacionais mesmo!


Bom, não preciso nem dizer que veio a pandemia, a viagem ficou em standby...Mas tudo foi tratado com muita tranquilidade pelo pessoal da Motorhome Trips, em simples conversas, sem burocracia. 

Primeiro, eles nos deram o valor pago pelo aluguel de 2020 em créditos para utilizar até dezembro de 2021. E, como as fronteiras dos EUA com o Brasil ficaram fechadas por muito tempo, prorrogaram a validade dos nossos créditos até dezembro de 2022. Assim, em novembro de 2022, partimos eu, meu esposo Rafael e nossa filha Lara (com seu inseparável cachorrinho de pelúcia Lindão) para essa aventura sobre rodas.

Nossa ideia sempre foi fazer essa 1ª viagem de motorhome pela Califórnia

Já fomos diversas vezes para lá, e achamos que minimizaríamos os perrengues de pilotar o carretão (apelido carinhoso que surgiu nas nossas andanças) em um lugar em que já estivéssemos ao menos familiarizados com as regras de trânsito e que tivéssemos a possibilidade de correr para um lugar conhecido caso tudo desse errado. 

Então, já estava estabelecido que o roteiro seria uma mistura de lugares conhecidos e lugares desconhecidos.

motorhome na Califórnia
viajando de motorhome pela Califórnia

motorhome na Califórnia
de motorhome em Yosemite National Park na Califórnia

Dia 1 – San Francisco – Atwater

Após 3 dias em San Francisco, tinha chegado o dia de buscar nossa casa itinerante. 

Já tínhamos preenchido um formulário online bem simples no site rvcheckin (conforme as instruções que recebemos da Motorhome Trips), e marcamos o horário de retirada 2 dias antes por telefone (só pode ser via telefone mesmo). 

Fomos de Uber do local em que estávamos hospedados até a agência de retirada da Cruise America, que fica em Newark, cidade próxima a San Francisco (cerca de 1h de deslocamento).

Chegando lá, às 13hs (era o 1º horário disponível para a retirada), o processo foi bem simples, bem semelhante ao de um aluguel de carro de passeio. 

O Rafael assinou o contrato, eu fui incluída como motorista adicional (sem custo extra), e fomos instruídos sobre a necessidade de devolver os reservatórios de black water e gray water vazios e de retornar o motorhome com os tanques de gasolina e propano cheios. 

É necessário um cartão de crédito do locatário, onde é feita uma cobrança-caução de USD 500, que é estornada caso o motorhome seja devolvido sem avarias. 

Nesse momento, também são oferecidos diversos serviços extras e especificados alguns valores que não estão inclusos na locação. 

Abaixo estão os valores que estavam sendo cobrados pela Cruise America em nov/2022.

Serviços extras:
  • Aluguel do kit cozinha: USD 125
  • Aluguel do kit de higiene: USD 75
  • Aluguel de cadeira de acampamento: USD 12
  • Permissão para devolver os tanques de esgoto cheios: USD 39 (se você não adquire a permissão e devolve algum dos tanques com conteúdo, é cobrada uma multa de USD 69)
  • Permissão para devolver o tanque de propano sem encher: USD 39 (se você não adquire a permissão e devolve sem estar cheio, é cobrada uma multa de USD 69)
Possíveis custos adicionais:
  • Milha extra rodada além do pacote adquirido na locação: USD 0,38
  • Uso do gerador: USD 3,50/hora
Não adquirimos nenhum serviço extra, pois achamos que os valores não compensavam. Levamos do Brasil os lençóis e um kit cozinha de acampamento que já tínhamos, e compraríamos toalhas, travesseiros e cobertas para a nossa estadia.

Depois da parte burocrática, a atendente fez um “tour” no motorhome conosco, explicando o funcionamento dele de modo geral (reservatórios de esgoto e de água, geladeira, abastecimento da gasolina, abastecimento do propano, ar condicionado, calefação, abertura de portas e janelas, bomba de água, uso do gerador, direção). 

Essa apresentação do veículo foi ótima, pois, conforme a funcionária ia explicando, já íamos testando para verificar se estava funcionando tudo adequadamente. 

E, por mais que a gente tenha “estudado” diversas vezes os vídeos da Claudia e da Cruise America, sempre tem um detalhe que a gente fica com dúvida, ou um botãozinho que no modelo que estamos alugando acaba sendo diferente daquilo que a gente viu nos vídeos, então já tiramos todas as nossas dúvidas.

Veja também: 

Tour do Motorhome: conheça nossa casinha por dentro

Após a funcionária ter nos liberado, começamos a ajeitar algumas coisas dentro do motorhome antes de partir. Quando coloquei nossos casacos no armário com cabides, lembrei que tinha visto os mesmos cabides em um balde na recepção da Cruise America. Resolvi voltar lá e perguntar se poderia pegar alguns emprestados. 
Aí vem a dica de ouro, que não li em nenhum lugar antes (talvez seja uma peculiaridade da agência da Cruise America que retiramos, mas não custa perguntar na agência que você for retirar): a atendente disse que eu poderia não só pegar quantos cabides eu quisesse, como poderia pegar qualquer item que estava dentro das sacolas plásticas que estavam na recepção, pois eram doações de outros clientes. 

Foi só nesse momento que percebi que tinha uma meia dúzia de sacolas plásticas amarradinhas ali na recepção. Abri uma por uma, e estavam cheias de quinquilharias que eu ia precisar! As doações dos outros clientes nos economizaram em papel toalha, papel higiênico, detergente, desinfetante, vassoura, pá, sacos de lixo e pastilhas para o vaso sanitário.

motorhome na Califórnia 

Todo esse processo durou aproximadamente 1h30. Aí pelas 14h30, começamos a nos deslocar para fazer o super rancho do 1º dia. 

Tem várias lojas de departamento próximas à agência de Newark, e optamos por fazer nossas compras no Target (43950 Pacific Commons Blvd, Fremont, CA 94538).

Demoramos bastante nessa 1ª ida ao supermercado para abastecer o motorhome. 

Mesmo com listinha, a gente acaba se perdendo num super! 

Ainda tivemos que comprar mais roupas de frio e calçados de neve, porque uma nevasca deixou muita neve acumulada no nosso 1º grande destino...

Saímos do Target às 16h30, e já estava escurecendo. 

Como eu não sabia quanto tempo demoraríamos na função da retirada do motorhome e das primeiras compras no supermercado, não reservei camping para a 1ª noite. Aliás, o nosso propósito era justamente experimentar essa sensação de liberdade de mudar de destino que uma viagem dessas proporciona. 

Então, tínhamos mais ou menos um roteiro traçado, mas apenas a reserva de camping das noites que ficaríamos no Yosemite National Park, pois, para acampar dentro do Parque Nacional, é bastante concorrido, tem que reservar com muita antecedência.

Voltando ao nosso 1º dia, a ideia era seguir viagem e ficar o mais próximo possível que conseguíssemos do Yosemite National Park, pois as próximas noites seriam por lá. 

Rafael começou a dirigir, estávamos nos adaptando ao carretão, pegamos aquele trânsito nada amigável de fim de dia, o Google Maps nos mandou por uma estrada rural alternativa que era cheia de paradas nos cruzamentos...as coisas não estavam fluindo muito. 

Já estávamos há 4hs na estrada e bastante cansados. Estávamos na Interstate-99, próximo à cidade de Atwater, mas no aplicativo Ioverlander não havia nenhuma indicação de camping ou de local para pernoite nas proximidades. 

Resolvemos sair da estrada e conferir como era a vizinhança, para talvez passar a noite por ali. A vizinhança não era muito amistosa, tinha algumas pessoas vagando pela rua, não nos sentimos muito seguros. Decidimos ir até o Walmart mais próximo, comprar algumas coisas que já notamos que tínhamos esquecido de pegar no Target, comer (estávamos famintos), tomar banho e, quem sabe, dormir por ali.

Enquanto o Rafael agilizava o banho e a janta, fui até o supermercado falar com o guarda. Expliquei bem educadamente que estávamos dirigindo há bastante tempo, que estávamos cansados, e perguntei se teria problema se pernoitássemos no estacionamento (não havia nenhuma placa proibindo). 

O guarda foi meio “direto”, disse que o que estávamos querendo fazer era ilegal, e que, se a polícia aparecesse, teríamos que sair. Perguntei se tinha alguma área residencial nas proximidades que ele recomendaria para que passássemos a noite e ele só disse: “eu nunca recomendaria área residencial por aqui” (nem preciso dizer as milhares de coisas que passaram na minha cabeça sobre as redondezas). Por fim, ele completou dizendo “fiquem por aí, o máximo que vai acontecer é a polícia chegar e pedir para vocês saírem”.

Voltei para o motorhome e fiz a proposta indecente para o Rafael. Ele estava tão cansado que não teve como recusar, e nossa 1ª noite foi no estacionamento “proibidão” do Walmart (sim, dias depois eu descobri por outro aplicativo que aquela loja não permitia pernoitar no estacionamento). 

A noite foi horrível, o local era muito barulhento: próximo à estrada, utilizado como ponto de encontro de motoristas de aplicativo/entrega, e ainda tinha um trem que passava ali perto. Nem preciso dizer que eu acordei milhares de vezes sonhando que a polícia estava batendo na nossa porta (mas isso não aconteceu).

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Dia 2 – Atwater – Yosemite National Park

Nem amanhecemos por conta da noite mal dormida e já estávamos na estrada (vantagens de dormir mal é que a gente pega a estrada cedo). 

Nesse dia, finalmente chegaríamos no Yosemite, eu estava com muitas expectativas! 

Piquei algumas frutas para irmos comendo no caminho, ninguém mais aguentava o estacionamento e tomaríamos café mais tarde em um lugar melhor. Tirei a Lara da cama e coloquei em um dos bancos de passageiro com cinto para ela seguir dormindo, já que ela não se abalou com nenhum dos perrengues da noite anterior (como é bom ser criança né?). 

Aliás, das vantagens de viajar assim é poder ter a geladeira e o banheiro sempre disponíveis!

Nossa 1ª parada do dia foi em Mariposa, uma cidade bem pequena e que é utilizada como base para quem quer conhecer o Yosemite e não consegue (ou não quer mesmo) se hospedar dentro do parque nacional. 

Nessa época do ano, com a neve, essa é a entrada pelo lado oeste que normalmente permanece aberta, via CA-140 e Mariposa. 

Como já sabíamos disso, nem cogitamos ir pela via CA-120 e Groveland - e acertamos, pois um deslizamento provocado pela nevasca fechou a CA-120 2 dias antes.

Mariposa tem uma rest area bem grande com vagas específicas para motorhome, banheiros e área de piquenique, onde aproveitamos para tomar café da manhã. 

Há também alguns postos de gasolina na cidade, aproveitamos e abastecemos por lá a USD 4,99/galão. 

O último posto de gasolina antes de chegar em Yosemite fica em El Portal, que é um pouco mais adiante, mas lá a gasolina custava USD 5,79/galão. 

Existem vários aplicativos que mapeiam o preço do combustível, mas infelizmente não conseguimos baixar nenhum, pois não estão disponíveis na Apple Sstore brasileira. Fomos nos guiando pelo preço como os antigos faziam (mentira, dá para colocar “gas station” no Google Maps que aparece a localização e o preço de vários postos).

De Mariposa até a entrada do Yosemite National Park, levamos aproximadamente 1h30. 

A estrada é em pista simples, seguindo o leito do Merced River durante a maior parte do tempo. 

Chegamos à guarita de entrada do parque, onde pagamos USD 35 pelo ingresso, que permite o acesso/permanência em parques nacionais por 7 dias. 

O custo é por veículo e só aceitam cartão de crédito para o pagamento - a maioria dos lugares aceita cartão de crédito e em alguns lugares a gente nem consegue pagar em dinheiro.

Para programar o deslocamento ao parque com informações atualizadas sobre eventuais bloqueios, é sempre bom conferir através do site oficial dos parques nacionais nos EUA.

Foi através do site oficial também que reservamos o camping. 

Para visitar o Yosemite em novembro de 2022, não foi preciso realizar nenhum procedimento para entrar no parque, apenas chegamos na guarita de entrada, pagamos a taxa de acesso, ganhamos a permissão para os 7 dias e os mapas. Mas é bom ficar atento ao site oficial, pois na época de verão e em alguns feriados nacionais, é preciso reservar antecipadamente a entrada no parque. Siga as informações dos canais oficiais quanto às datas para realização das reservas, pois normalmente os ingressos se esgotam em poucos minutos!

Após entrar pela Arch Rock (formação rochosa em formato de arco), cada curva era um “uau”! 

Aproveite para fotografar a Arch Rock quando estiver entrando no parque, pois, no caminho de volta, a pista se divide e não é possível passar novamente através dele. 

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Arch Roc

O parque estava lindo demais, um dia de sol e com muita neve acumulada! Nossa ideia inicial era estar ali na primavera de 2020, mas confesso que estar no Yosemite com esse visual gelado teve um gostinho diferente!

Já que o dia estava lindo, aproveitamos para explorar o parque ao máximo, pois escurece muito cedo nessa época do ano e fica insuportavelmente frio depois que o sol se vai. 

Nossa 1ª parada foi em Tunnel View, um mirante com uma das vistas mais icônicas do Yosemite. Dali se enxerga o Yosemite Valley do alto, e ainda temos a vista das principais formações rochosas que cercam o vale: El Capitán, Half Dome, Glacier Point, Sentinel Dome, além da Bridalveil Fall. 

Eu nunca imaginei que o nome “tunnel view” fosse porque o mirante fica exatamente na saída de um túnel, o Wawona Tunnel. Tem coisas que só têm explicação mesmo quando estamos no local! 

Tunnel View tem um estacionamento bem no mirante, muito fácil de localizar. Eu já tinha lido que esse estacionamento era super concorrido, que às vezes poderia ser desafiador encontrar uma vaga (prncipalmente uma que coubesse um motorhome) e que as estradas de dentro do parque ficam frequentemente congestionadas. Mas ir ao Yosemite nessa época do ano e durante a semana se revelou um grande acerto: além das paisagens memoráveis por conta da neve, não tivemos dificuldade nenhuma em encontrar lugar para estacionar em nenhum local, e às vezes era apenas o nosso carretão que circulava pelas estradas do parque.

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mirante Tunnel View

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Wawona Tunnel

Eu já tinha programado algumas trilhas com a ajuda do site Yosemite Hikes, mas mesmo assim é sempre bom passar no Visitor Center, pois os rangers sempre têm as melhores dicas e a situação atualizada do local. 

Assim, saímos de Tunnel View e fomos direto ao Visitor Center do Yosemite Valley. 

Yosemite Valley é o coração do parque e possui diversas trilhas, a maioria fica aberta durante todo o ano. 

O vale possui 2 estacionamentos maiores e algumas áreas para piquenique com um número de vagas menor. Existe um sistema de ônibus shuttle circular, gratuito, que funciona o ano todo, e que passa pelos campings do vale e por diversos mirantes e entradas de trilhas. Não chegamos a utilizar o shuttle, mas vimos várias pessoas utilizando.

Para chegar no Visitor Center, deixamos o motorhome em um dos estacionamentos maiores (Day Parking Visitor) e seguimos a pé por uns 500m até o Visitor Center, localizado em Yosemite Village, pois não tem estacionamento junto ao Visitor Center. 

O Visitor Center possui alguns itens à venda (basicamente livros e camisetas, não achei nada demais), um museu, e o atendimento dos rangers. 

No museu, vimos imagens impressionantes de como os ursos conseguem entrar nos carros em busca de alimento, painéis sobre a formação geológica do Yosemite, amostras de rochas, e aprendemos até as possíveis rotas de escalada do El Capitán. 

Os rangers foram super atenciosos, tiraram todas as dúvidas que eu tinha sobre as trilhas que eu tinha planejado, nos atualizaram sobre a situação da neve e das estradas e sugeriram outras atividades. 

Apesar de ainda ser outono, a nevasca já tinha dado a cara do inverno ao Yosemite, e as regiões do parque que normalmente fecham no inverno realmente já estavam fechadas (Glacier Point Road e Tioga Road, por exemplo). 

E a trilha para Bridalveil Falls também estava fechada por causa de obras de melhoria para o acesso. Após toda a atualização e mais uma meia dúzia de mapas, seguimos para a 1ª trilha.

Do Visitor Center, seguimos a pé mesmo para a Lower Yosemite Falls, uma trilha plana, pavimentada, curta (menos de 1Km), e muito linda no Yosemite Valley. 

No início da trilha, já é possível ver de longe as cachoeiras Lower Yosemite Falls e Upper Yosemite Falls, sendo que essa trilha leva até o pé da Lower Yosemite Falls. Chegando na cachoeira, várias pessoas seguem em escalada pelas pedras para chegar mais próximo da queda, mas as fotos ficam mais bonitas do ponto mais fácil mesmo, não vale a pena o esforço!

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trilha até Lower Yosemite Falls

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Lower Yosemite Falls

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Seguimos para Cook’s Meadow Loop, que é uma região plana do vale, de onde se tem vistas de diversos ângulos de Lower e Upper Yosemite Falls e do Half Dome. 

Conforme a gente andava, inserido no meio da planície, as cores do fim do dia iam mudando dramaticamente os cenários, que coisa mais linda! Não sei bem se fizemos o loop totalmente, porque vários caminhos iam se conectando e a gente ia seguindo, tirando fotos, jogando neve...

Entre esses caminhos, acabamos chegando na capela do Yosemite Valley

Com o fim da luz do dia se aproximando, resolvemos finalmente fazer o check-in no camping, pois tínhamos que ainda fazer a primeira dump (esvaziamento do esgoto do motorhome) e não queríamos ter que passar por isso de noite!

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Cook’s Meadow Loop

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Yosemite Chapel

Nessa época do ano, apenas o Upper Pines Campground e o Campground 4 ficam abertos. 

Upper Pines tem vagas para motorhome e barracas, e o Campground 4 recebe apenas barracas. Lower Pines e North Pines também recebem motorhomes, ficam praticamente ao lado de Upper Pines, mas em uma região mais baixa, ou seja, literalmente cobertos de neve. Fizemos a reserva para o Upper Pines 3 meses antes da viagem, e só restavam 4 vagas disponíveis para motorhomes para o período que queríamos! E, ainda assim, não foi possível reservar para o fim de semana, já estava esgotado! Então, para acampar dentro do Yosemite, programação é fundamental! 

A reserva foi feita através do site oficial e custou USD 36 por noite. Todas as vagas são semelhantes: possuem uma mesa de piquenique e um espaço para fogueira, não há conexão de energia elétrica e nem conexão de esgoto na vaga, mas na entrada do camping há a dump station e o acesso à água.

Chegamos na guarita de acesso ao camping após as 16hs, e já estava fechada (o horário de funcionamento era das 10 às 16hs), mas com todas as instruções para um “self check-in” disponíveis. 

Pegamos um folheto que explicava a importância de manter toda a comida guardada nos armários e geladeira do motorhome, ou nos armários disponíveis em cada vaga do camping, para evitar a aparição dos ursos ladrões. Na entrada, também havia um quadro com os visitantes que eram esperados para aquela noite com o número de suas respectivas vagas e que ainda não tinham feito o check-in, assim como as vagas disponíveis para aquela noite. 

No dia seguinte, entre uma trilha e outra, resolvemos passar ali para falar com os rangers e avisar que tínhamos chegado após o horário de fechamento da guarita. E descobrimos que fizemos certo, se você não dá um jeito de avisar que chegou, no dia seguinte eles consideram que houve uma desistência e disponibilizam a vaga para uso.

E era chegada a hora mais temida pelos “motorhomers” de 1ª viagem: a primeira dump. 

A dump station do Upper Pines fica bem na entrada do camping, com 2 estações para esvaziamento. Foi o único lugar que ficamos que, além da torneira para enchimento do tanque de água do motorhome, havia uma estação que fornecia água potável (lembrando que a água que vai no reservatório não é própria para beber e cozinhar, mas com uma estação de água potável você pode armazenar em outro lugar para utilizar com essa finalidade). 

Claro que, no 1º dia, demoramos um monte, até nos acostumarmos com a rotina. Com o passar dos dias, enquanto eu esvaziava o esgoto, o Rafael já enchia o reservatório de água e, em 10 minutos, estava feito o serviço. 

Foi nessa 1ª dump que tivemos nosso 1º perrengue com o carretão. Nosso reservatório de esgoto sujo (black water) estava marcando 2/3 da capacidade. Esvaziamos e...continuava marcando como se estivesse 2/3 cheio! Essa novela se repetiu durante todas as dumps que fizemos na viagem: entramos em contato com a Motorhome Trips ao longo dos dias e fizemos vários testes indicados por eles: ficamos uma dia inteiro sem usar o vaso sanitário, depois fizemos lavagens com a descarga, utilizamos pastilhas específicas para dissolver o conteúdo...mas, a cada esvaziamento, o negócio ficava lá, estático, sempre marcando 2/3 cheio, e nós sempre às cegas da quantidade de m...que realmente tinha ali dentro (aguarde os próximos capítulos).

Feito o trabalho sujo no carretão, fomos até Curry Village, ali mesmo no Yosemite Valley e bem pertinho dos campings. Ali tem um mercadinho e uma loja com equipamentos de acampamento/escalada (ambas têm souveniers do Yosemite bem mais legais e numa variedade maior dos que tinham no Visitor Center). E ambas também tinham o que procurávamos: lenha e marshmallows! Porque não dá para acampar nos EUA sem esse clichê! De volta ao Upper Pines, fizemos nossa fogueirinha, mas não deu para agüentar muito do lado de fora, a temperatura já estava beirando os 0ºC.

Eu tinha bastante dúvida sobre quanto teríamos de autonomia com o motorhome sempre fazendo dry camping (pois foi mesmo dessa forma o tempo todo, apenas na última noite tivemos energia elétrica na vaga). E foi muito, muito tranqüilo. A cada 24hs, no modelo C25 com 3 pessoas, tomando banho, cozinhando todas as refeições do dia e lavando a louça, nos deixava com o reservatório de gray water 2/3 cheio e ainda com 1/3 de água limpa (black water é um mistério, mas aposto em 2/3 cheio também). E a bateria quase sempre cheia, pois rodávamos bastante durante o dia (mesmo nesses dias sem deslocamento e só dentro do Yosemite, íamos do camping aos estacionamentos mais próximos das trilhas). Então já peguei a manha de que a cada um dia e meio pelo menos, teríamos que ter um local para fazer a dump (esgotamento sanitário).

Sobre o frio: as temperaturas à noite eram negativas. O motorhome tem calefação, e o funcionamento se dá com o gás propano. No nosso modelo, a gente colocava a temperatura alvo em um display analógico que ficava ao lado da pia do banheiro. O sistema ligava uma espécie de ventoinha (bem barulhenta por sinal), que só desligava quando a temperatura interna atingia aquela que tínhamos colocado no display. 

Acontece que tinha um aviso ali no display que essa ventoinha funcionava com a bateria do motorhome, e que se fosse ficar ligada por períodos de mais de 2hs, teria que ter uma fonte de energia elétrica externa, senão existia o risco de ficar sem bateria. 

Como estava muito frio, a tal ventoinha não desligava nunca! Aí ficamos com muito medo de ficar ali no meio daquele vale gelado e sem bateria no mortohome (o gerador não pode ser ligado das 19 às 7hs). 

Então, optamos por ligar a calefacão sempre por curtos períodos, e dormir todos juntos na cama de casal dos fundos do motorhome - que a gente achava mais confortável e quentinha que a cama que fica em cima da cabine.

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o primeiro esgotamento sanitário a gente nunca esquece!

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Dia 3 – Yosemite National Park

Amanheceu no Yosemite e, depois do café da manhã, seguimos para a 1ª trilha do dia. 

Nossa ideia era fazer a Mist Trail, que leva até as quedas Vernal e Nevada Falls, até onde conseguíssemos, pois os rangers nos informaram no dia anterior que as condições da trilha estavam bem ruins, com muito gelo e muitos pontos escorregadios. 

Deixamos o motorhome em um dos estacionamentos próximos ao início da trilha (mas que nem era tão próximo assim, acho que dava na mesma termos deixado na nossa vaga no camping). A trilha estava completamente deserta, e isso dá um certo medo em locais em que há incidência de ursos. Mas tudo certo, sem ursos no caminho, e conforme o sol foi se estabelecendo, começamos a encontrar outras pessoas pelo caminho. A trilha não é plana, mas é toda pavimentada, não consideramos difícil. A grande dificuldade mesmo era o gelo compacto acumulado, que deixava tudo muito escorregadio. Conseguimos ir apenas até a ponte que tem a vista para as Vernal Falls bem de longe. Após a ponte, a situação da trilha era bem crítica, acho que só quem estivesse calçando crampons conseguiria continuar.

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Upper Pines Campground

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Mist Trail

Retornamos ao estacionamento e vamos de perrengue para deixar as coisas com mais emoção. 

Tinha muito gelo no estacionamento, e estacionamos em uma parte que começou a derreter, e formou uma lombadinha bem onde estava uma das nossas rodas traseiras. O Rafael acelerava e o carretão só derrapava. Conseguimos atolar um caminhão daquele tamanho! Pensamos em colocar os tapetes do veículo embaixo da roda, mas o motorhome não tinha tapetes de borracha...Pensei em sacrificar as nossas toalhas de banho para desatolar o carretão, mas acho que elas ficariam encharcadas e era possível que elas ficassem destruídas e nós ainda ali com o carro atolado. Nossa salvação veio na caixa de lenha que compramos no dia anterior. Desmontamos a caixa, colocamos parte embaixo da roda e conseguimos tirar o motorhome dali. Ok, aprendemos a lição, mais atenção ao estacionar na neve!

Estacionamos no estacionamento próximo Campground 4, onde fizemos almoço. 

Depois, ficamos aproveitando o sol pela planície de Sentinel Meadow, que também tem vistas lindas das formações rochosas do vale e das Lower e Upper Yosemite Falls, e chegamos até a Swinging Bridge (cenário lindo na planície, com área de piquenique).

Ainda tínhamos algumas horas de luz do dia, e seguimos de volta ao Upper Pines, onde deixamos o motorhome na nossa vaga e fomos para a trilha até o Mirror Lake. É uma trilha bem popular, plana e pavimentada, de aproximadamente 2Km, mas que, devido à hora do dia, já não tinha praticamente ninguém (e volta do medo dos ursos aparecerem). Chegamos lá e não ficamos muito: o lago estava praticamente todo congelado e tínhamos todo o caminho de volta para fazer antes de nós congelarmos.

De volta ao acampamento, ainda tinha lenha para fogueira e uns pedaços de frango na geladeira: rolou até um churrasquinho improvisado!

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parada para almoço em Yosemite

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Sentinel Meadow

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Swinging Bridge

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Mirror Lake

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churrasquinho improvisado em Yosemite

Dia 4 – Yosemite – Gilroy

Enquanto estava tomando café e admirando o amanhecer gelado da janela do motorhome, notei que nossos vizinhos deixaram um pacote em cima da mesa da vaga deles. Apareceu um corvo para revirar o pacote, que chamou outro corvo, que chamaram mais uma meia dúzia de corvos. Então apareceu um coiote para tentar pegar os corvos, e também para fuçar no tal pacote esquecido. Antes que aparecesse toda a cadeia alimentar, que chegaria finalmente no urso, o vizinho acordou e recolheu a bagunça. 

Lição do amanhecer: guarde sua comida em local protegido!

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visita inesperada de um coiote

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Nos despedimos de Upper Pines e nosso plano inicial era conhecer Mariposa Grove, onde ficam as sequóias gigantes mais famosas de Yosemite, e sair pelo portão sul do parque. Mas a nevasca fez nossos planos mudarem outra vez: parte da estrada que leva à região tinha sido bloqueada, e não seria possível chegar com o motorhome no estacionamento próximo ao início da trilha. Além disso, as condições da trilha não estavam boas, e precisaríamos de equipamentos especiais para conseguir fazer o percurso. Fiquei chateada, mas agora tenho uma “desculpa” para retornar.

Para não ficarmos sem ver as sequóias, os rangers sugeriram a trilha de Tuolumme Grove, na região de Crane Flat

Seguimos pelas estradas do parque por cerca de 40min, e a paisagem já era bem diferente: a estrada tinha um grande trecho pela encosta de um dos morros, passamos por túneis entre as rochas, ganhamos altitude. E minha suspeita se confirmou: com o ganho de altitude, tinha muito mais neve acumulada em Tuolumme Grove do que no vale! 

E que grande acerto ter feito essa trilha! Vazia, tranqüila, uma neve fofa gostosa de andar. Foram cerca de 4Km entre ida e volta, em que ficamos nos atirando neve praticamente o tempo inteiro! 

A trilha é na antiga estrada histórica de Big Oak Flat, uma das primeiras estradas do Yosemite, que supostamente é pavimentada, mas tinha tanta neve que nem dava para ver! Com cerca de 1,5Km de caminhada já se chega a uma sequoia gigante, majestosa, a mais bonita da região. A partir dali, há um loop com alguns pontos de interesse, mas o ponto que achamos mais legal foi o túnel formado em uma sequoia gigante já sem vida, a Tunnel Tree

Encharcados de neve, voltamos ao estacionamento no início da trilha, fechando com chave de ouro nossas andanças pelo Yosemite.

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Tuolumme Grove

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Saímos do Yosemite pelo mesmo portão que entramos (via Merced e CA-140). 

Na passagem por Mariposa, aproveitamos de novo a rest area da cidade para almoçar e colocar um pouco mais de gasolina. Nosso plano era seguir em direção à costa oeste, na região de Monterey, com uma passadinha na cidade de Gilroy, onde tem um outlet da rede Premium Outlets (brasileiro, sabem como é, gosta de um monte de lojinhas). 

Gilroy pareceu uma cidade bem pequena: estávamos trafegando por vias rurais e, do nada, surgiu o outlet como um oásis no meio do deserto. O outlet de Gilroy estava bem vazio, e acabamos nos “perdendo” por lá: quando a gente viu, estava muito cansado e com muita fome para continuar em viagem até o litoral. Comemos um fast food mesmo e seguimos em busca do camping em Coyote Lake Harvey Bear Ranch, que eu tinha visto no app Ioverlander.

O app Ioverlander tem avaliações de locais para pernoite (free camping e campings) dos outros usuários de forma bem detalhada, foi o app que mais gostei de utilizar. 

Tudo indicava que o Coyote Lake era pertinho e que era um lugar muito bonito. O pertinho era meio relativo, a estrada era bem sinuosa e escura, e o tempo previsto pelo Google Maps dobrou. O local é um parque regional de Santa Clara County e, quando chegamos às 22hs, obviamente a guarita dos rangers estava fechada. 

A gente deu uma volta com o motorhome pelo parque, encontramos a área de camping, mas não queríamos nos instalar ilegalmente por lá. Voltamos na área da guarita e começou aquela “caça ao tesouro” que acontece nas viagens: você procura por algo que não sabe bem o que está procurando, e a busca fica mais difícil ainda porque você está cansado e com fome. 

Lendo as informações dos cartazes do lugar (que diziam de tudo, menos como fazer para acampar quando se chega tarde da noite), me deparei com uma estação, que parecia um parquímetro. Que óbvio, a compra da vaga era feita por ali! 

Acessando o menu do equipamento, era possível escolher entre uma vaga com energia elétrica e água (USD 44) ou uma vaga sem energia elétrica e conexão de água (USD 34). 

Escolhemos a vaga sem energia, pois já estávamos acostumados com o dry camping mesmo. O parquímetro gerou uma nota que colamos no parabrisa do motorhome, nos instalamos na área onde vimos os outros veículos (que eram poucos), e fim da jornada por hoje. Foi daqueles dias que pensei: nossa, como cabe coisa em um só dia de viagem!

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rest area de Mariposa

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Coyote Lake Harvey Bear Ranch

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Dia 5 – Gilroy – Carmel-by-the-Sea

Amanheceu em Coyote Lake, e a beleza do lugar se revelou com a luz do dia. 

Um lago lindo, montanhas, e muitos animais! Perus, veados, patos, aves…uma bicharada apareceu para dar bom dia! Muitas áreas para trilhas e estrutura para piquenique ao longo do lago, deve ficar cheio no verão! Com o amanhecer, uma coisa me deixou intrigada. Todas as vagas tinham estação de energia e conexão de água. Os rangers passaram fazendo a ronda matinal (uma prática comum nos campings, em que eles conferem se você tem a permissão para passar a noite, que deve ser deixada no para-brisa), nos cumprimentaram, e não disseram nada. Pensei: será que se você compra o dry camping, os rangers só passam para ver se você está ou não conectado? Na saída do camping, descobrimos que simplesmente estacionamos no lugar errado na escuridão da noite anterior. Tinha uma outra área ao longo do lago, com uma entrada separada, com as vagas sem conexão de água e energia...

Lições da hospedagem: aprendemos a acampar nos parques quando os rangers já estão dormindo, mas temos que nos lembrar de procurar as vagas corretas!

Fizemos a dump na saída do camping (que estava incluída na tarifa) e rumamos ao litoral. Em cerca de 1h, estávamos na nossa 1ª parada: Monterey

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Monterey

Estava com medo do nosso carretão circulando por essa região, pensei que fosse ser difícil estacionar. Estivemos em Monterey em julho de 2014 e, de carro, lembro que foi bem complicado. Mas acho que a baixa temporada nos ajudou, e encontramos vagas com facilidade.

Nossa pequena viajante estava com muita saudade de brincar na areia da praia. Estacionamos na Foam St (tem vagas enormes que cabem um C25, com pagamento pelo meter), só atravessamos a rua e estávamos em San Carlos Beach

Dali, caminhamos pela Cannery Row até o aquário, mas decidimos não entrar. Voltamos para pegar o motorhome na Foam St e fomos em busca de um outro lugar para almoçar. Não precisamos andar muito e chegamos ao Lovers Point Park

O parque fica na encosta, lindíssimo, que visual! Tem estacionamento gratuito por 2hs, com vagas bem grandes também. Depois do almoço, lagarteamos um pouco nas pedras do local, e já tivemos uma pequena amostra das belezas que a costa oeste nos traria nos próximos dias.

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Lovers Point Park

Seguimos rumo a Carmel-by-the-Sea, e escolhemos fazer o percurso pela estrada cênica, a 17-mile Drive

É uma estrada que passa pela costa, por dentro de um condomínio, com diversos pontos de parada. Por passar por dentro desse condomínio, é preciso pagar um “day-use” na guarita de entrada, no valor de USD 11,25 por veículo, e eles recebem visitantes do nascer ao pôr do sol. 

Bem próximo à entrada pelo Pacific Grove Gate, na Asilomar Av, já fiquei de olho em um possível free camping que tinha visto boas avaliações no Ioverlander. Fica em frente a um campo de golfe, numa área bem bonita, e já tinha um motorhome estacionado por ali. Nosso plano era voltar no fim do dia para passar a noite (GPS: 36.63261, -121.93233).

Mas, voltando à 17-mile Drive, ganhamos um mapa na entrada, o que ajudou a guiar nossas paradas. Todas as paradas possuem estacionamento, bem fácil de colocar o carretão, e várias possuem mesas de piquenique - é uma maneira bem bacana de curtir o dia. 

Um dos locais que mais gostamos foi a Bird Rock, uma formação rochosa no oceano que é lar de centenas de aves. Ficamos um bom tempo admirando as aves e os leões marinhos. 

Outro ponto legal é a clássica vista do Lone Cypress, o cipreste solitário da encosta que é símbolo da 17-mile Drive. 

O fim de tarde já estava se aproximando, saímos pelo Carmel Gate e fomos até Carmel Beach para assistir ao pôr do sol. Outra sorte de baixa temporada: foi bem tranquilo encontrar vaga para estacionar na própria Scenic Road (“avenida beira-mar”).

Precisávamos abastecer o motorhome com comida de novo, pois só tínhamos ido ao supermercado naquele 1º dia. Decidimos ir ao supermercado mais próximo, um Safeway a uns 3Km da praia, e esperar que a tranqueira que o Google Maps mostrava na HI-1 acabasse para voltarmos ao campo de golfe onde pretendíamos pernoitar em Monterey. 

O gerente do Safeway estava na entrada, nos viu estacionando o carretão, puxou um papo, perguntou de onde éramos, por onde estávamos andando. O gerente Robert foi um querido, nos contou histórias engraçadas sobre como o sobrenome dele tinha a pronúncia semelhante a “gatinho” em português (e que ele demorou anos a saber o que significava), do quanto ele amava a região de Carmel, dos brasileiros que ele conhecia em Monterey. Por fim, ele nos disse que as pessoas gastam fortunas em camping naquela região, quando nem precisariam gastar nada. Disse que nós éramos muito bem vindos para passar a noite ali e nos ofereceu a “melhor vaga” do estacionamento (mais escurinha, ao lado do prédio do supermercado, longe do barulho do trânsito e que, de quebra, ainda pegava o wifi gratuito da clínica veterinária que tem no complexo). 

E gente, que free camping maravilhoso! 

Não adianta, o que faz das viagens tão especiais com certeza são as pessoas que encontramos pelo caminho! Vou deixar a localização aqui do Safeway do Robert “gatinho”, caso alguém queira curtir um free camping: 5 Crossroads Blvd, Carmel-By-The-Sea, CA 93923.

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17-mile Drive, Bird Rock

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Lone Cypress, o cipreste solitário da encosta que é símbolo da 17-mile Drive

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Carmel-by-the-Sea

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Dia 6 – Carmel-by-the-Sea – Morro Bay

Acordamos no estacionamento do Safeway bem cedo e, como era dia de Big Sur, decidimos que o café seria na estrada, com vista, e o dia estava lindo! Eu tinha selecionado alguns pontos de interesse para parar, mas a ideia era ir mesmo parando indefinidamente pelos mirantes do caminho, e muita surpresa boa surgiu no nosso dia! 

A descrição do roteiro está no sentido norte-sul.

Os primeiros pontos de interesse foram frustrados. Pretendia ir a Point Lobos, um parque bem na saída de Carmel, mas, como era muito cedo, ainda não estava aberto. 

Depois, tinha pensado em parar na Rocky Bridge, mas o espaço que tinha no acostamento não comportava o nosso motorhome. 

Nossa 1ª parada foi então, finalmente, na famosíssima Bixby Bridge

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Bixby Bridge

Estacionamos antes da ponte, onde tem alguns poucos lugares que cabem um C25. Das vantagens de pegar a estrada cedinho, inacreditavelmente não tinha ninguém na Bixby Bridge. Bem diferente de 2014, em que chegamos na ponte perto do meio-dia e tinha muita gente, até um artista de rua tocando violão com um coelho na cabeça, acreditem! Dessa vez, vimos tranquilos e sozinhos o amanhecer ali, e só um pouco depois chegou um carro.

Seguimos cerca de 2Kkm e estacionamos no mirante Hurricane Point, após a Bixby Bridge, onde aproveitamos para fazer o café da manhã. 

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Hurricane Point

Essa 1ª parte da viagem pela PCH, logo após a saída de Carmel, é muito linda, é impossível não parar a cada instante! 

Após o café, continuamos mais um pouco (uns 4Km) até Little Sur River, um rio que deságua no mar e que forma uma mistura curiosa de cores dessas águas, muito bonito! Não possui um mirante sinalizado, tem que parar no acostamento, mas tem bastante espaço para o motorhome.

Lara queria muito brincar na praia e, a cerca de 20Km dali, fica a Pfeiffer State Beach, que estava nos nossos planos. Teríamos que sair da PCH pela Sycamore Canyon Road para chegar. Mas, logo na entrada dessa estrada, tinha um aviso que não era permitida a entrada de motorhomes, pois o acesso à praia é muito estreito e sinuoso.

Saímos dali com a promessa que até o fim do dia acharíamos uma praia para ela brincar na areia!

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Little Sur River

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Continuamos a viagem parando pelos diversos mirantes e acostamentos e, em um deles, após a nossa parada frustrada de Pfeiffer State Beach, nos chamou a atenção que havia diversos carros estacionados no acostamento, mas as pessoas não estavam por ali. Não tínhamos como pesquisar, internet não pegava, então descemos e fomos conferir onde estava toda aquela gente. 

Andamos um pouco pelo acostamento e descobrimos a entrada de uma trilha, uma estrada de chão que parecia levar até o nível do mar. Quando chegava lá embaixo, a trilha se dividia: à esquerda, um túnel entre as rochas levava a vistas incríveis das formações rochosas e da água azul turquesa; à direita, uma pequena caminhada pela mata levava à uma praia de mar agitado e cheia de pedras. Mais tarde descobrimos que essa é a trilha de Partington Cove, que faz parte do famoso Julia Pfeiffer Burns State Park

Que achado, uma grande surpresa no nosso dia! Trilha fácil e vistas maravilhosas, vale muito a pena essa parada!

Em poucos quilômetros, estávamos na entrada principal do Julia Pfeiffer Burns State Park, onde fica a icônica cachoeira que deságua no mar - McWay Falls

Esse parque estadual possui um estacionamento pago (USD 10 por veículo) ao lado esquerdo da estrada, mas ele não permite a entrada de motorhomes (as vagas são bem apertadas mesmo, não tem como manobrar). 

Continuamos por mais uns 500m, e vimos 2 motorhomes estacionados no acostamento. Deixamos o nosso por ali também e voltamos a pé para a entrada do Julia Pfeiffer Burns State Park. A entrada para a trilha que leva à cachoeira se dá pelo estacionamento do parque, mas quem chega a pé não precisa pagar pelo acesso. É só seguir por um túnel (que passa por baixo da PCH) e continuar por uma trilha bem curta, de onde se avistam as McWay Falls do alto, de longe. Devido à preservação do local, o acesso à cachoeira pela praia está proibido há muitos anos. É um ponto da PCH bem popular, então espere bastante gente procurando o melhor ângulo para fotografar a cachoeira pela pequena trilha.

Após almoçar onde tínhamos deixado o motorhome para ir às McWay falls, continuamos por uns 12Km até a Big Creek Bridge, uma ponte imponente e tão linda quanto a Bixby Bridge. 

Paramos no mirante Big Creek Cove Vista Point, cerca de 1Km após a ponte. Que vista maravilhosa da ponte em meio aos rochedos! Outra grata surpresa que não tínhamos programado.

Ainda estávamos com a missão de encontrar uma praia com acesso para a Lara brincar, mas a tarefa não é muito fácil, pois essa região da estrada é praticamente toda pela encosta, e não pelo nível do mar. Eu tinha pesquisado que há uma praia bem popular entre os locais, a Sand Dollar Beach, mas, como o sinal de internet estava muito ruim, não conseguia traçar o caminho. 

Fomos nos guiando pelas minhas anotações, e até vimos um estacionamento com bastante movimento de longe com acesso por outra estrada, mas acabamos passando (depois descobrimos que aquela era realmente a Sand Dollar Beach). 

Decidimos parar cerca de 3Km adiante, em um outro mirante da PCH, pois vimos vários surfistas na água! Opa! Se tem gente no mar, tem acesso à praia por algum lugar! Deixamos nosso carretão no mirante e não demoramos muito para encontrar a estradinha de acesso, que fica ao lado do mirante. 

Essa é a Willow Creek Beach, uma praia bem pequena de surfistas, que tem um estacionamento para poucos carros (mas com acesso bem sinuoso, não comporta um motorhome). Descemos a pé, e passamos boa parte da tarde juntando pedrinhas, olhando os surfistas e comendo picolés que tínhamos no freezer do motorhome. Mais uma surpresa linda que a PCH nos reservou!

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trilha de Partington Cove, que faz parte do famoso Julia Pfeiffer Burns State Park

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a icônica cachoeira que deságua no mar - McWay Falls

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Big Creek Cove Vista Point

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Willow Creek Beach

A estrada aos poucos foi ficando diferente, os grandes rochedos estavam ficando para trás e agora trafegávamos por planícies. Combinamos de não parar mais (combinação difícil em uma estrada dessas), ou não seria possível chegar antes do entardecer na última parada que eu tinha programado, que ficava a aproximadamente 40Km de onde estávamos: Elephant Seal Vista Point

Os elefantes-marinhos são animais imensos e que já estiveram ameaçados de extinção, e começaram a habitar essa área de preservação na beira da praia na década de 90. Estima-se que aproximadamente 25 mil deles vivem nesse local, que fica na região de San Simeon

A área é bastante visitada, com entrada gratuita, estacionamento enorme. Os visitantes podem observar os elefantes-marinhos através de passarelas ao longo da praia, e aprender um pouquinho mais sobre esses animais com os voluntários e com o material informativo que fica no local. Ficamos até o fim do dia olhando os animais, nos divertindo com os sons engraçados que eles fazem, com as lutinhas entre os machos, e com o jeito desengonçado que os filhotes se locomovem.

Estávamos próximos a um camping em San Simeon, mas tinha visto pelo Ioverlander que não era muito bom, então resolvemos ir até Morro Bay para passar a noite. Aí começava a grande saga do dia...

Após 60Km, chegamos na guarita do Morro Strand State Beach Campground, um parque estadual com camping na beira da praia, super “good-vibes”. A ranger só nos olhou por cima dos óculos e disse: hoje é sábado, vocês provavelmente terão que ficar em um hotel, a cidade está lotada.

Caramba! A gente de férias mal sabia que dia da semana era, e simplesmente não se deu conta que seria mais seguro termos reservado um lugar para ficar em um lugar turístico como a PCH! Perguntei se ela sabia de algum camping na região que poderia nos receber, ela nos deu um papel com uns 10 telefones de campings (mas alguns eram bem longe dali). E ainda disse: talvez nesse de San Simeon tenha vaga (claro, era aquele com avaliações péssimas que eu já tinha descartado). Como em um pesadelo, comecei a ligar para aquela lista de números, mas ou não atendiam, ou havia mensagem que já não estavam mais em horário de atendimento.

Estávamos priorizando ficar em parques estaduais/regionais, pois já tínhamos tido uma experiência ótima em Gilroy, e são campings bem mais baratos que os particulares. Enquanto uma diária em um parque estadual fica entre USD 35-50, em um camping privado passa facilmente dos USD 100. 

Resolvemos tentar a sorte no Morro Bay State Park Campground, também na cidade de Morro Bay. Chegamos lá, e claro, estava lotado. Recebemos o mesmo papelzinho com os 10 telefones de campings e a informação que talvez a gente encontrasse vaga em San Simeon. Perguntei para o ranger se havia a possibilidade de fazermos a dump ali, pois estávamos cansados, nossa filha estava com fome, e já queríamos estar preparados para passar a noite em qualquer lugar.

O ranger prontamente nos indicou a dump station do local, que custava USD 10. Os parques estaduais normalmente têm a dump station paga à parte. Você paga em um terminal, semelhante a um parquímetro de estacionamento, e só depois da aprovação do pagamento é liberada eletronicamente a portinha para colocar o cano do esgoto do motorhome. 

Fizemos a dump, abastecemos o carretão com água e, quando nos dirigimos para a saída do parque estadual, o ranger nos chamou novamente. Disse que tinha checado as reservas que ainda não tinham feito check-in enquanto estávamos fazendo a dump, e que uma reserva não iria comparecer. Nossa, como a gente comemorou!

O camping estava lotado mesmo, todas as vagas estavam ocupadas. E outra coisa que nos impressionou demais foi que ninguém fica fazendo zoeira até tarde, ninguém escuta música alta...diferente de tantos lugares que frequentamos por aqui!

Espaço para outro perrengue do dia: logo que abastecemos o carro, acendeu uma luz no painel. Olhamos no manual, e indicava que poderia ser o abastecimento com combustível errado ou de baixa qualidade, um defeito no fechamento do tanque, ou algo do tipo “chame urgentemente a assistência técnica”. 

Entre idas e vindas do sinal de celular, entramos em contato com a Motorhome Trips, que nos sugeriu realizar alguns ciclos de dirigir-parar-acelerar durante o dia. No fim do dia, a luz não tinha apagado...mais uma luzinha para fazer companhia ao sensor defeituoso da black water, que nos acompanhou desde o 1º dia!

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Elephant Seal Vista Point

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Morro Bay

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Dia 7 – Morro Bay – Half Moon Bay

Fizemos café no acampamento e era dia de começar a voltar rumo a San Francisco, pois era nosso último dia inteiro no motorhome. 

Na noite anterior, já começamos a ajeitar algumas coisas nas malas, para não deixar tudo para a última noite. A casa é pequena, mas é incrível como a gente se acostuma e vai espalhando tralhas em todos os armários disponíveis!

Eu estava bem nervosa com a estadia da última noite, pois não tínhamos reservado nada, e na manhã do dia seguinte teríamos que devolver o motorhome limpo, com os compartimentos de esgoto vazios, com tanque de propano cheio e com tanque de gasolina cheio. 

Logo na saída de Morro Bay, vimos um local que abastecia propano para motorhomes, e como sabíamos que não consumiríamos muito, já resolvemos completar para ter uma coisa a menos para fazer nessa função da devolução. 

Vale alertar que muitos postos de combustível possuem placas dizendo que possuem propano, mas, na realidade, eles possuem os botijões de gás de cozinha (ou um sistema de enchimento dos botijões de cozinha), que não é o mesmo sistema utilizado para o enchimento do propano do motorhome. 

As estações de enchimento de propano para motorhome normalmente têm uns tanques bem grandes, e notamos que as agências de aluguel de caminhão da U-haul têm essas estações. Como o único local para abastecimento em Morro Bay indicado pelo Ioverlander (Propane on Main) ainda estava fechado, assim que passamos por uma agência da U-haul, já abastecemos o carretão. Vou deixar aqui a localização desse local: 1840 Main St, Morro Bay, CA 93442, United States.

Pegamos a US-101 e, cerca de 3hs depois, estávamos em Santa Cruz

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Santa Cruz, Califórnia

Santa Cruz foi o local mais chatinho da viagem para conseguir estacionar. Tem várias áreas com restrição de estacionamento apenas para moradores, os estacionamentos particulares são bem caros, e não estava fácil encontrar vaga na rua que coubesse o carretão. Acho que, por ser domingo, a cidade estava bem cheia. Conseguimos encontrar um local na rua, a umas 3 quadras do pier, e almoçamos por lá mesmo. Fomos dar uma volta na praia e ficamos um pouco decepcionados com a Santa Cruz que encontramos dessa vez: muita gente, sujeira na praia, muitos moradores de rua...

Não sei dizer se a cidade está assim mesmo agora, ou se aconteceu porque era domingo. Tínhamos até pensado em passar a noite na cidade, mas acabamos desistindo.

Resolvemos seguir para Half Moon Bay, onde tem um camping em um parque estadual que eu já tinha tentado reservar online na noite anterior, mas que estava lotado. Seria o nosso plano ideal, pois o camping em parque estadual não é caro, este era na beira da praia, poderíamos fazer a dump ali e deixar tudo limpo para a devolução da manhã seguinte, e ficava a cerca de 1h de viagem da agência da Cruise America de Newark. 

Nosso plano alternativo seria curtir o fim de tarde em Half Moon Bay e fazer um free camping num campo de baseball em San Francisco próximo ao local em que nos hospedamos antes do início da nossa jornada (mas sem garantia de onde encontraríamos uma dump station para a manhã do dia seguinte). 

E, caso não conseguíssemos local para fazer a dump em San Francisco, pagaríamos a multa de USD 69 na Cruise America - os campings privados na região de San Francisco são tão caros que, no fim, estaríamos lucrando se pagássemos a multa.

Logo na entrada do camping de Half Moon Bay State Beach (Francis Beach Campground), tinha uma placa enorme dizendo que não tinha vaga. Pensamos: o “não” a gente tem, já que estamos aqui, vamos falar com os rangers! Para a nossa surpresa e alegria, o ranger nos informou tinha acabado de ter uma desistência em uma vaga com eletricidade. 

Aceitamos bem felizes, que lugar maravilhoso para encerrar com chave de ouro! Fim de tarde lindo em um camping na beira de uma praia vazia! 

A tarifa foi de USD 50 e a dump não estava incluída (tinha um custo de USD 10 e funcionava da mesma maneira que no camping que ficamos na noite anterior). 

Foi nossa única noite com fonte externa de eletricidade, e confesso que já estava tão acostumada com o dry camping que, na prática, a única diferença foi usar o micro-ondas sem o barulho do gerador.

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Half Moon Bay

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Dia 8 – Half Moon Bay – San Francisco

Acordei bem cedo para assistir o nascer do sol, já com aquela nostalgia de fim de viagem, e também para dar aquela finalizada nas malas e na limpeza do motorhome. 

Fizemos o esgotamento sanitário no camping e seguimos para a Cruise America de Newark, próximo à San Francisco, cerca de 1h de viagem de Half Moon Bay. Próximo à agência, abastecemos o motorhome com gasolina, era o último item que faltava para a devolução.

Chegando na agência, quem nos atendeu foi a mesma atendente com quem fizemos o check-in. Ela perguntou se tivemos algum problema com o veículo. Relatamos sobre o sensor da black water e a luz do painel, que tínhamos lido o manual, que tínhamos entrado em contato com a Motorhome Trips e feito todas os testes que eles indicavam. Ficamos falando sem parar e a atendente só acenava com a cabeça afirmativamente, até que disse: “outros clientes já relataram problemas parecidos, está tudo certo”. 

Que peso saiu das nossas costas, e eu já achando que íamos ter que acionar algum seguro por dano no motorhome! Depois, a funcionária entrou no motorhome, conferiu os níveis de combustível e o painel de controle que mostra os níveis de propano e dos tanques de esgoto, deu uma olhada geral e finalizou dizendo que estava tudo certo, que era só passarmos no escritório para acertarmos os extras.

No escritório da agência, a atendente nos mostrou que tínhamos um excedente de 398 milhas para acertar (nossa locação incluía 500 milhas). 

Como tínhamos deixado uma caução de USD 500 no cartão de crédito, ela só precisou estornar parte dessa quantia via cartão de crédito, e estávamos liberados. 

Aproveitei para incluir algumas coisas nossas que sobraram nas sacolas de doação (repassamos a mesma vassourinha e outros produtos de limpeza que sobraram). Dei uma conferida nas doações dos outros clientes que já tinham devolvido o motorhome, e naquele dia tinham panelas e cadeiras de acampamento novinhas para levar! Que sorte dos próximos clientes! 

Foram só 8 dias, mas que dias intensos vivemos com o carretão! 

Não me canso de agradecer à Claudia por esse empurrãozinho para essa aventura, e que tenha sido a primeira de muitas!

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Francis Beach Campground

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Half Moon Bay State Beach

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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