Nós usamos 2 ótimos guias de viagens para planejar a nossa viagem pela América Central:
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guia Lonely Planet Central America on a shoestring |
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guia Rough Guides Central America on a budget |
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o idioma espanhol é o predominante hoje em dia em Honduras |
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Honduras é um país independente da Espanha desde 1821 |
Qual moeda levar para Honduras
A moeda oficial de Honduras é a Lempira, representada pela sigla HNL, ou simplesmente L.
Dólares americanos são bem fáceis de trocar em Honduras, então esta é a moeda que você deve levar numa viagem para lá. Tente levar notas menores, de U$ 20 ou 50, e não notas de U$ 100, que são mais difíceis de trocar.
Além disso, eles aceitam várias moedas, mas o troco será sempre em Lempiras, pela cotação deles, que pode ser desvantajosa pra você - por isso, se for pagar em dólares, é bom ter sempre notas pequenas, para não ficar recebendo troco com deságio em Lempiras.
Eles aceitam pagamentos em U$ dólares e até em € euros em vários estabelecimentos, mas alguns lugares não aceitam cartões de crédito ou de débito, ou cobram "recargos" de 5 a 10% a mais para pagamentos com cartões.
De modo geral, cartões de crédito e de débito, como Nomad e Wise, são aceitos em Honduras, mas, como expliquei acima, sempre é bom levar dinheiro vivo (U$), de preferência em notas pequenas, para emergências com cartões ou para usar em quaisquer situações onde cartões não sejam aceitos, como em mercadinhos ou pequenos comércios, por exemplo, ou onde tenham "recargos".
Certifique-se de que o seu cartão tenha uma senha de 4 dígitos - se a senha for mais longa, o cartão provavelmente será rejeitado 😒
Como a cidadezinha de Copán Ruínas fica muito próxima da fronteira com a Guatemala, em vários lugares eles também aceitam quetzales, que é a moeda guatemalteca (com troco em Lempiras, como sempre).
A cotação oficial da Lempira em janeiro de 2024 era de U$ 1 = 24,7 HNL.
Mas, em alguns lugares, nos fizeram a cotação da Lempira para dólares por 24,5 e até por 25.
Você sabia que a Lempira recebeu o nome do líder indígena Lempira, do século 16, que liderou a resistência contra a conquista espanhola? A palavra 'lempira' significa 'prata' na língua Lenca.
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a moeda oficial de Honduras é a Lempira, representada pela sigla HNL ou L |
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a cotação oficial da Lempira em janeiro de 2024 era de U$ 1 = 24,7 HNL |
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no pagamento das entradas no sítio de Copán, a taxa de câmbio era de U$ 1 = 25 Lempiras |
Quanto custa viajar para Honduras
- Taxa de entrada na imigração de Honduras: 80 lempiras ou 30 quetzales (= U$ 3) por pessoa
- Diária de hotel em quarto triplo com café da manhã: U$ 88
- Entradas no sítio de Copán: U$ 20 por pessoa
- Almoço no Restaurante Via Via: U$ 24 para 3 (590 lempiras)
- Exposição de fotos na Prefeitura de Copán: grátis
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o nosso hotel custou 2.170 Lempiras, e foram cobrados U$ 88 no meu cartão Nomad, ou seja, a cotação da Lempira foi de 24,6 Lempiras = U$ 1 |
Como chegar e se deslocar em Honduras
Nós visitamos Honduras cruzando uma fronteira terrestre de carro, via Guatemala (explico melhor abaixo), mas também é possível chegar lá voando, é claro.
Do Brasil, não existem voos diretos para Honduras - o melhor jeito de chegar lá é fazendo conexão em outros aeroportos. Indico os voos da Copa Airlines, que tem um hub no Panamá, inclusive com stopover gratuito. Indo do Brasil, o jeito mais fácil de chegar a Honduras certamente é via Panamá, voando Copa Airlines - basta uma conexão e você já estará em Tegucigalpa, embora eu recomende muito que você aproveite o stopover gratuito para conhecer um pouquinho mais do Panamá - foi justamente num desses stopovers que conhecemos o país.
Outras companhias aéreas fazem conexão em Miami e em outras cidades dos EUA, como Houston e Atlanta, com voos diretos para Honduras, mas, nesse caso, você precisa de vistos americanos para fazer conexão lá, não esqueça deste detalhe.
De Cancún no México também é possível voar direto para a capital Tegucigalpa em Honduras.
Por terra, existem também outras formas de viajar em Honduras, além de carro (como nós fizemos).
Você pode pegar express buses, também chamados 'ejecutivos' ou 'lujos'), rapiditos (minibuses) ou ainda o meio de transporte mais raiz - e mais típico - da América Central, os chicken buses.
Uma parte muito autêntica da cultura latino-americana com a qual você logo se familiarizará viajando pela América Central são os “ônibus das galinhas”. Chamadas de "camionetas", "colectivos" ou simplesmente "buses" (pronunciado como "boo-ses"), essas engenhocas são ônibus escolares dos EUA repintados com cores coloridas e reaproveitados. Em tons pastéis ou em cores vibrantes, com decorações religiosas e profanas penduradas e tilintando por todos os cantos e com os destinos escritos à mão no para-brisa dianteiro, dar uma volta num 'chicken bus' é uma experiência econômica e inesquecível.
Passageiros, mercadorias e animais se acotovelam em estradas esburacadas, embarcando e partindo com grande frequência em uma dança barulhenta de pneus velhos, crianças, bagagens abarrotadas e caixas cheias de pintinhos espiando (por isso o nome dado a esses ônibus).
Para ir às ilhas - Bay Islands - o meio de transporte mais econômico são os barcos. Entre La Ceiba e Roatán, por exemplo, você leva apenas 1h30min de barco, mesmo tempo que levam os barcos entre Utila e La Ceiba.
Os voos internos também não são tão caros, e podem valer o investimento para quem quer chegar às ilhas. Os preços dos voos para Roatán, por exemplo, são aproximadamente o dobro dos preços dos barcos para Roatán.
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para ir às Bay Islands, o meio de transporte mais econômico são os barcos |
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para se deslocar dentro das cidades hondurenhas, o melhor meio de transporte são os tuk-tuks |
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o meio de transporte mais raiz - e mais típico - da América Central são os chicken buses |
Como entrar de carro em Honduras
Se você pretende entrar em Honduras com carro próprio, vai precisar de uma autorização temporária de importação, que é possível conseguir na entrada do país, na fronteira.
Essa autorização dura 30 dias, que é tempo mais do que suficiente para visitar o país.
Mas...se você está viajando como nós, com um carro alugado em outro país, você vai precisar de uma autorização especial da locadora.
Quase todas as locadoras que pesquisei permitem que você alugue um carro na Guatemala, por exemplo, e cruze para El Salvador e Honduras (e vice-versa).
Algumas também permitem a travessia com o carro alugado para a Nicarágua. Elas só não autorizam que carros alugados na Guatemala cruzem a fronteira com Belize e com o México 😓
Para cruzar com o carro alugado na Guatemala para El Salvador, Honduras e Nicarágua, não existem grandes problemas: você precisa avisar a locadora 48hs antes de sair da Guatemala e eles te cobrarão uma taxa de U$ 35 para confeccionar os documentos legais/transfronteiriços - Border Crossing Permits.
Atenção: não é possível cruzar a fronteira de carro ilegalmente, sem a documentação necessária da locadora e a autorização de passagem na fronteira - sem esses documentos, o seu carro alugado vai ficar retido na fronteira.
E, mesmo que você passe pela fronteira, se não tiver a autorização da locadora, não estará segurado 😮
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no site da Alamo Guatemala eles avisam que é possível cruzar as fronteiras de El Salvador, Honduras e Nicarágua com o carro alugado na Guatemala - Belize e México estão excluídos |
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a mesma informação consta nas FAQ do site desta locadora local - Guatemala Rent a Car: você pode cruzar as fronteiras de El Salvador e Honduras com o carro alugado na Guatemala, sem problemas |
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no chat da Avis, me informaram que, para cruzar a fronteira da Guatemala para Honduras e El Salvador, custa U$ 33,60, e para Belize custa U$ 224 (para o México é proibido) |
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autorização que a Alamo providenciou para que pudéssemos cruzar a fronteira entre a Guatemala, onde alugamos o carro, e Honduras |
Qual o melhor caminho para Honduras?
Se você colocar no
Google Maps, aparecem 2 caminhos da Guatemala em direção à cidade de Copán, em Honduras, sendo um deles bem mais curto que o outro - o trajeto que passa pela
Aldea Siete Cuchillas em Honduras.
Ocorre que esse caminho bem mais curto não tem uma aduana na fronteira - ele serve apenas para trânsito dos residentes fronteiriços, pois não há um posto de imigração ali e, se você for por lá, entrará em Honduras de forma ilegal, o que, obviamente, pode virar um problema gigante, especialmente na hora em que quiser sair de Honduras por outra fronteira.
Então a única solução é realmente andar um pouco mais e ir da Guatemala para Honduras pela fronteira da Aduana El Florido, que é um posto de fronteira/imigração bem movimentado entre Honduras e a Guatemala, por onde passam todos os turistas que estão se deslocando entre Antígua, a Cidade da Guatemala e Copán Ruinas.
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se você coloca no Google Maps, aparecem várias opções de caminhos da Guatemala em direção à cidade de Copán, em Honduras, mas, ou as estradas são péssimas, de chão batido, ou são travessias de fronteira que servem apenas para trânsito dos residentes fronteiriços, onde não existem postos de imigração, e você estará cruzando a fronteira de forma ilegal 👀 |
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foi um dia longo de estrada, com muitos congestionamentos e também algumas paradas para compras na beira da estrada hehehe... |
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até que, finalmente, chegamos à fronteira da Aduana El Florido, que é um posto de imigração bem movimentado entre Honduras e a Guatemala |
Fronteiras terrestres e marítimas de Honduras
Honduras tem fronteiras terrestres com a Guatemala, El Salvador e Nicarágua, e travessias marítimas para Belize.
- Para ir para a Guatemala, a fronteira mais usada é em El Florido, próxima de Copán Ruínas - foi a que nós usamos para entrar e sair em Honduras.
- Para El Salvador, as fronteiras usadas são El Amatillo e El Poy. Explico melhor abaixo 👇
- Para a Nicarágua, a fronteira mais usada é Las Manos, para quem vai a Tegucigalpa, mas também li experiências de quem cruzou por Guasaule.
- Para Belize, as melhores travessias marítimas são por Puerto Cortés, para Placencia ou Dandriga.
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para cruzar a fronteira terrestre entre Honduras e a Guatemala, o posto de fronteira mais usado é o que fica situado em El Florido, próximo de Copán Ruínas |
Fronteira entre Honduras e Guatemala na Aduana El Florido
Como expliquei antes, para cruzar a fronteira entre Honduras e a
Guatemala, a travessia mais usada é em
Aduana El Florido, posto de imigração que fica situado a apenas 12Km a oeste de Copán Ruínas.
Esta fronteira é bem popular justamente por causa da quantidade de turistas que cruzam por ali para visitar as ruínas de Copán em Honduras, vindos da Guatemala. Até por isso, é uma fronteira descomplicada, mas às vezes pode ser demorada, se você chegar atrás de um ônibus cheio de turistas, por exemplo.
Existem cambistas por ali que trocam dólares, lempiras e quetzales (moeda da Guatemala), mas verifique antes a cotação, para não ser enganado por algum espertinho!
Chegamos às 17hs no posto de fronteira integrado dos 2 países.
Ali tudo acontece no mesmo prédio.
Posteriormente, passamos no guichê da Guatemala, para carimbar a saída do país, e depois no guichê de Honduras, para carimbar no passaporte a entrada.
Na imigração de Honduras, eles tiram uma foto sua e paga-se a taxa de entrada em Honduras - 'tasa por servicios migratorios': 80 lempiras ou 30 quetzales (= U$ 3) por pessoa.
A Receita Federal deles revistou o porta-malas do nosso carro, e o policial que nos parou depois só perguntou nossas nacionalidades e para onde íamos. Não pediram para ver a carta-poder para atravessarmos a fronteira com o carro alugado.
Depois de passar pelo posto de fronteira, são apenas 12Km até a cidade de Copán Ruinas.
Tudo muito tranquilo e todos super simpáticos!
Na volta, quando pegamos a estrada para
El Salvador, passamos novamente pelo mesmo posto integrado de fronteira de El Florido. Desta 2ª vez levamos menos de 5min para sair de Honduras e reentrar na Guatemala.
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na fronteira entre Honduras e Guatemala em El Florido, a 1ª providência é passar no guichê da vigilância sanitária |
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no guichê da vigilância sanitária, a médica de plantão, depois de ver nossas carteiras de vacinação contra a febre amarela, emitiu 3 'tarjetas de pase sanitario' |
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depois passamos no guichê da Guatemala, para carimbar a saída do país |
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no guichê de Honduras, paga-se uma taxa de entrada no país de U$ 3 por pessoa - 'tasa por servicios migratorios' |
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posto de controle fronteiriço de El Florido, entre Honduras e Guatemala |
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atravessando a fronteira terrestre entre Honduras e Guatemala no posto de fronteira da Aduana El Florido |
Fronteira entre Honduras e El Salvador
Para ir de Honduras para El Salvador e vice-versa, dependendo de onde você estiver, é mais fácil ir pela
Guatemala do que ir direto de um país pro outro, por incrível que pareça, pois existem poucos postos de fronteira entre os 2 países, apesar da grande extensão de fronteira terrestre limitando Honduras e El Salvador!
Como estávamos em Copán Ruínas, em Honduras, pertinho da fronteira com a Guatemala, era mais recomendável voltar à Guatemala e, de lá, ir para
El Salvador pela fronteira de
Anguiatú, na
Aduana La Ermita.
Se você estiver em Santa Ana, em El Salvador, por exemplo, o melhor caminho para ir para Honduras será por este trajeto, atravessando parte da Guatemala.
Nós entramos em El Salvador pela fronteira de Anguiatú, na Aduana La Ermita, como já mencionei.
Primeiro você tem que estacionar e dar a saída na Guatemala, carimbando seu passaporte e, depois, segue de carro até o prédio da imigração de El Salvador, uns 150m adiante.
Tem que pagar U$ 12 para entrar em El Salvador, e menores de 18 anos não pagam.
Não pediram para ver a carta-poder do carro alugado nesta fronteira - só pediram o número da placa do veículo em que estávamos, para preencher um formulário.
Também não pediram para ver as nossas carteiras de
vacina contra a febre amarela nesta aduana, mas, no
Aeroporto Internacional de San Salvador, capital de El Salvador, quando fizemos conexão aérea lá, pediram para ver as carteiras de vacinação e é fundamental ter esta vacina para viajar por esta região, como explico mais abaixo.
Só tivemos que apresentar passaportes ali. Todo mundo nos atendeu com simpatia e só perguntaram aonde íamos em El Salvador.
Veja também:
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fronteira de Anguiatú, entre El Salvador e Guatemala, na Aduana La Ermita |
Acordo de controle de fronteiras da América Central
Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua fazem parte do Acordo de Controle de Fronteiras da América Central (CA-4).
Nos termos desse acordo, os turistas podem viajar dentro de qualquer um destes 4 países por um período de até 90 dias, sendo que este período de 90 dias começa a contar no 1° ponto de entrada em qualquer um dos países CA-4.
Multas são aplicadas aos viajantes que ultrapassam o limite de 90 dias, embora o pedido de prorrogação possa ser feito por até 30 dias adicionais, mediante o pagamento de uma taxa antes que o limite expire.
Você também pode contornar essa regra dos 90 dias viajando para fora dos países CA-4 (como por exemplo para o México ou Belize), e depois entrando novamente.
Se você for expulso de qualquer um dos 4 países, também será excluído de toda a região CA-4.
A permanência é de 90 dias para toda a zona do CA-4: Nicarágua, El Salvador, Honduras e Guatemala. Mesmo fazendo imigração para passar de um país para outro, o tempo de permanência não é estendido, a menos que você saia desta zona e retorne depois.
Li em algum lugar que, estando dentro da zona CA-4, os turistas poderiam viajar durante os 90 dias sem cumprir as formalidades de entrada e saída nos postos de fronteira e imigração, e sem pagar taxas de entrada. Mas não acredito que isso seja verdade, porque, pelo menos no nosso caso, essa regra não se confirmou: viajamos entre Guatemala, El Salvador e Honduras, os 3 países integrantes do CA-4 e, a cada vez que cruzávamos as fronteiras entre esses países, tínhamos que cumprir as formalidades imigratórias, carimbar passaportes e pagar as respectivas taxas, como contei acima.
Acredito que esse acordo funciona mais como no Mercosul, isentando os turistas de vistos e tal, e autorizando uma permanência total de 90 dias entre os 4 países integrantes do acordo, mas definitivamente não funciona como um "passe-livre" entre fronteiras - não se engane, que você pode acabar se metendo numa fria bem grande se não tiver todos os carimbos certinhos no seu passaporte!
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carimbo de entrada em Honduras |
Precisa visto para visitar Honduras?
Não há exigência de visto para brasileiros para uma estadia de até 90 dias em Honduras.
Para visitar Honduras, você deverá:
- Ter um passaporte válido por pelo menos 6 meses a partir da data de saída do país e com uma página em branco
- Para entrar em Honduras por terra, terá que pagar uma taxa de U$ 3 - não se paga nada para sair
- Ter comprovação dos voos de ida e volta
- Ter comprovação de hospedagem
- Ter comprovação de renda suficiente relacionada à duração da sua estadia em Honduras
Na entrada no país, eles te entregam um Tourist Card, que é um papel que supostamente deverá ser retornado na saída do país, ou carimbado caso você decida extender a sua estadia em Honduras. No nosso caso, ninguém nos pediu o papelzinho na saída do país.
Em Honduras, assim como em quase todos os destinos tropicais, com muito mato, tem que ter cuidado com as picadas de mosquitos - previna-se usando um repelente bom, de preferência com DEET.
Leve também os demais itens fundamentais em qualquer viagem à América Central e ao Caribe: óculos de sol, boné e muito protetor solar.
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declaração a ser preenchida pelos viajantes que chegam ou saem de Honduras pelos aeroportos - na fronteira terrestre não nos foi solicitada |
Estou em Honduras e esse texto me ajudou muito! Obrigado!
ResponderExcluirMarcelo Bohm
Fico feliz que tu encontrou o post aqui no blog, Marcelo! Apareceu pra ti numa pesquisa no Google?
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