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Mendoza, Argentina: roteiro de 5 dias na terra do Malbec

Mendoza, Argentina: roteiro de 5 dias na terra do Malbec

roteiro em Mendoza

Mendoza, Argentina: roteiro de 5 dias na terra do Malbec
* Viagem e texto da minha colega Rochelle Jelinek, que viajou para Mendoza na Argentina com a Anália (minha irmã), e está se revelando uma grande blogueira de viagens!

Sem delongas, segue o roteiro em Mendoza da Rochelle:

Mendoza é linda, mas há muito mais além das vinícolas - por eles chamadas “bodegas”!

Fizemos um roteiro em Mendoza bem alternativo, para além (mas também) de vinhos!

Liga essa playlist do Spotfy que é cara do lugar e vem com a gente que contamos mais no caminho.

Melhor época pra ir a Mendoza e quanto tempo

A melhor época pra ir a Mendoza é no outono, quando a temperatura está amena, mas ainda não tão frio, os dias ensolarados, menos turistas, e as árvores com paisagem típica entre tons de laranja e amarelo.

Fomos num feriadão de Corpus Christi e foi perfeito, o roteiro em Mendoza cabe direitinho em 4 ou 5 dias.

Mendoza, Argentina
o outono é a época ideal para um passeio de bike em Mendoza

Mendoza de carro, van, transporte público ou remis

Nós achamos caríssimos os remis (cerca de U$ 150 por dia!), o transporte público é bem limitado (existe o bus Vitivinícola com roteiros pré-determinados), e se você for de Uber para as vinícolas, depois não consegue chamar outro pra voltar.

A melhor alternativa para fazer um roteiro em Mendoza é mesmo alugar carro. 

Tenha em mente que Mendoza é uma província com várias cidades, como Lujan de Cuyo, Chacra de Coria, Godoy Cruz, Maipú, Tupungato, Potrerillos - inclusive cada área de vinícolas fica numa cidade diferente.

Mendoza, Argentina
a melhor alternativa de transporte em Mendoza é alugar um carro

Onde ficar em Mendoza

A menos que seja um casal em lua de mel querendo uma experiência romântica de se hospedar numa vinícola (elas ficam longe e isoladas), sem dúvida o melhor é ficar no centrinho de Mendoza capital - melhor ainda se for próximo da Plaza Espanha, Plaza Itália e paseo peatonal Aristides Vilanueva - e cada dia ir a uma cidade, região ou área diferente.

Nós alugamos um apartamento pelo Airbnb bem nesse centrinho. 

A maioria dos prédios não tem garagem, mas é bem fácil achar estacionamento na rua, que é pago com uns cartões que se compra dos funcionários que controlam o estacionamento rotativo.

Dicas práticas de Mendoza e suas vinícolas

A maioria dos viajantes vai a Mendoza por causa dos vinhos, então bora lá. 

São 1200 vinícolas em Mendoza, daí a dificuldade de acertar nas escolhas!

A chamada rota do vinho tem 3 principais regiões, onde há concentração de vinícolas (mas não só), e os vinhos são feitos em terroirs diferentes: 
  1. Luján de Cuyo - esta é subdividida em várias áreas (cerca de 20km da capital)
  2. Maipú (cerca de 10km da capital) 
  3. Valle de Uco (cerca de 1h30m da capital)
O ideal é visitar 2 ou no máximo 3 vinícolas por dia - acredite, você sairá bêbado(a) já na 2ª onde fizer a degustação!😂 

Eles servem cada taça pela metade, e geralmente as degustações são de 3 a 5 vinhos, ou seja, em cada vinícola você bebe o equivalente a quase uma garrafa!

Nós optamos por deixar de fora Valle de Uco, por ser mais distante, e escolhemos vinícolas de estilos bem diferentes: umas mais antigas e tradicionais, outras novíssimas e mais modernas, algumas de vinhos exclusivos e numerados, outra onde se toma direto na barrica, outra com degustação no jardim...a ideia era justamente termos várias experiências diferentes.

Note que as vinícolas são distintas não só pelo estilo dos lugares, mas também e principalmente porque os tipos de visitas guiadas e degustações são completamente diferentes uma da outra - em algumas o tour é pela plantação de uvas, em outras na área de produção, outras na cava, outras têm uma degustação que é quase um curso de vinhos.

Em tempo: os argentinos dizem que “para brasileiros, vinho bom é vinho que é caro; para os argentinos, vinho bom basta ser Malbec”. 

E, depois de ter experimentado mais de 50 rótulos no total durante a viagem, nós constatamos que é verdade. 

De qualquer modo, geralmente dá pra escolher entre a degustação de vinhos de linha de entrada, intermediária ou de vinhos de alta gama - e pagar de acordo!

IMPORTANTÍSSIMO: todas as visitas e degustações precisam ser agendadas com antecedência pelos sites das vinícolas, senão você não consegue nem mesmo entrar nelas. 

Algumas mais famosas, como Catena Zapata e Casa Vigil/El Enemigo (degustação + visita a partir de R$ 1.000,00), precisam ser reservadas com mais de 4 meses de antecedência, e a maioria das visitas nessas bodegas está na mão de agências de viagem, e dificilmente você conseguirá ir por conta própria.

A gente vê muita oferta de “almoços harmonizados” nas vinícolas, mas nós achamos um programa meio pega-turista e bem caro (algo em torno de R$ 700,00 por pessoa). 

A maioria das vinícolas tem um menu composto basicamente de empanadas de entrada, parrilla como prato principal, e uma sobremesa, acompanhados de vinhos para harmonizar. 

Fizemos um almoço desses, mas, sinceramente, no centro há restaurantes infinitamente melhores, como o MARAVILHOSO jantar gourmet harmonizado de 5 passos com 5 vinhos do Carolino Cucina (imperdível!!!!!), e que custam menos da metade do valor do almoço nas vinícolas.

Reservas pelo link.

Mendoza, Argentina
vinícola Tempus Alba em Mendoza

Roteiro de 5 dias em Mendoza, Argentina

Nós optamos por fazer um roteiro em Mendoza intercalando vinícolas com outros passeios em lugares incríveis que existem na região - e olha, o ápice da nossa viagem NÃO foi as visitas às bodegas! 

Segura até o final que a gente conta qual é a cereja do bolo!

DIA 1 - chegada e reconhecimento da cidade

DIA 2 - vinícolas de Maipú de bike

DIA 3 - dique de Potrerillos, almoço com vista pra Cordilheira dos Andes e spa termal Cacheuta

DIA 4 - vinícolas de Lujan de Cuyo de carro

DIA 5 - vinícolas da região de Las Compuertas e passeio de veleiro

Mais informações sobre as vinícolas, visitas e sobre cada um dos rótulos de cada bodega estão nos respectivos links.

* Os preços informados são de maio/2024, ver valores atuais nos sites das bodegas.

Nossa sugestão: procure degustar/comprar vinhos acima de 90ptos na classificação - e sim, você encontrará desde vinhos caríssimos até vinhos da linha de entrada com essa classificação.

Veja mais aqui

Mendoza, Argentina
vinícola Renacer

Dia 1 Roteiro Mendoza

No nosso dia de chegada, ficamos pela cidade e almoçamos no maravilhoso e charmosíssimo Magnólia Resto na Av. Aristides Vilanueva, que nós super indicamos!

Mendoza, Argentina


Vale conhecer a cidade, ir ao Parque San Martin (se puder vá fazer uma caminhada pela manhã!), dar uma circulada pelo centro, visitar o Mercado Central (fica fechado pra sesta das 13h às 17h), andar pelo Paseo Peatonal Sarmiento e pelos bares do Paseo Peatonal Aristides Vilanueva à noite.

Na 1ª noite fomos na única vinícola que fica na cidade de Mendoza capital, a Los Toneles, dos vinhos Cordero con Piel de Lobo, para fazer uma degustação. 

Amamos a experiência, a vinícola é lindíssima, e há 3 opções de degustação (vinhos de entrada, intermediários e top de linha).

Escolhemos a intermediária (24.000 pesos). 

Nosso guia foi excelente, contou a história da vinícola, mostrou a produção, explicou sobre cada vinho degustado, e até sobre a escolha dos nomes orginiais de cada rótulo (Mosquita Muerta, Sapo de Otro Pozo, Malcriado...

Nossos preferidos foram Tonel 137 e Malcriado Malbec.

Reservas aqui


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina

Dia 2 Roteiro Mendoza

Fomos para a região de Maipú, conhecida não só pelas vinícolas, mas também pelas olivículas (a Argentina é famosa pelas azeitonas e pelo azeite de oliva).

Duas delas, Laur e Zuccardi, já foram mundialmente premiadas por seus azeites. A Laur inclusive já recebeu o prêmio de melhor azeite de oliva do mundo.

Reservas para Laur neste link.

Também precisa reservar as visitas das olivículas com antecedência. 

Não conseguimos disponibilidade para a Laur (mas tivemos a sorte de provar seus azeites de oliva na vinícola Los Toneles, que é do mesmo grupo).

Visitamos a olivícula Maguay, onde passeamos pelas plantações de oliveiras, aprendemos mais e experimentamos as azeitonas e os azeites de oliva. 

Curiosidade: Descobrimos que, assim como cada tipo de uva produz um vinho diferente, da mesma forma cada tipo de azeitona produz um azeite de sabor e intensidade completamente diferentes.

Também descobrimos um pequeno truque: misture um pouco de azeite de oliva extra-virgem com aceto balsâmico, e coma com pão como antepasto - fica maravilhoso! Basta mais alguns frios e está perfeito para acompanhar um vinho!

Reservas neste link.


Mendoza, Argentina

 

Na região de Maipú ficam as primeiras vinícolas que surgiram na região de Mendoza. 

Pra quem tem fôlego, vale um passeio de bike pelas vinícolas - alugar na Maipú Bikes (8.000 pesos). 

Exige um esforço médio, pois se pedala de 7Km a 20Km pra visitar as bodegas.

Nós adoramos pedalar pelos vinhedos!

A Maipú Bikes fornece um mapa com um roteiro de vinícolas (certamente as que eles ganham comissão), mas é possível fazer outras que não estejam ali sugeridas. 

Coloque no Google Maps pra ver se a distância comporta a pedalada, pois elas parecem perto uma da outra mas não são!!

Observação: nossa sugestão é começar a percorrer a rota do vinho pelas vinícolas de Maipú, que são mais antigas, inclusive para entender a história da cultura do vinho na região.


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina

 

Nossa 1ª parada foi na vinícola Tempus Alba, que amamos! 

Tem a opção de fazer a degustação na sacada do Winebar (5.600 pesos), com vista para a vinícola, ou no jardim, onde também tem a ideia (originalíssima) de um food truck.

Nós escolhemos fazer a degustação de 5 rótulos no jardim. 

A atendente só os serviu e disse qual o nome do rótulo, nada explicou. Os vinhos eram relativamente bons, mas a experiência vale muito pelo lugar diferenciado.

Ali também provamos um sanduíche de rosbife para acompanhar os vinhos, e foi perfeito num dia lindo de sol no outono.


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina


Dali passamos na desconhecida vinícola Mevi, só porque era na frente da Tempus Alba. Não gostamos nem do lugar, nem dos vinhos. Dispensável.

Depois fomos para a La Rural, datada de 1885, famosa pelos vinhos Rutini e pelo Museo del Vino San Felipe, que há dentro da bodega, com itens desde a época de sua fundação. 

O museu é interessante para ver como antes tudo era feito completamente manual.

Apesar dos famosos vinhos Rutini (alguns maravilhosos), os vinhos oferecidos na degustação foram os piores de todo nosso roteiro por Mendoza. 

Não há opção de escolher qual degustação (vinhos de entrada ou de alta gama), e o que nos ofereceram na visita parecia aqueles vinhos de garrafão e era quase intragável. 

Nossa dica é apenas visitar o museu - o valor do ingresso reverte para consumo, e com ele dá para comprar uma garrafa de um (bom) Rutini Malbec e levar pra casa.


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina


Tínhamos também reserva para a vinícola Atilio Avena (9.000 pesos), estilo familiar, como uma bodega, e para a vinícola Dom Manuel Vilafañe, que tem degustação direto nas barricas (9.000 pesos), porém de bike levamos bem mais tempo do que imaginamos para os deslocamentos e acabamos perdendo o horário e as reservas.

Além dessas, em Maipú também gostaríamos de ter visitado a vinícola El Enemigo/Casa Vigil restaurante (61.000 pesos) do “papa do vinho” Alexandro Vigil, que é enólogo da Catena Zapata, e tem a sua própria vinícola (também premiadíssima). 

Inspirada no universo da Divina Comédia, de Dante Alighieri, a Casa Vigil é uma pequena bodega que mistura a arte local, o cenário natural e a vida em família, ou, como eles mesmos se descrevem, um mundo entre o inferno, o purgatório e o paraíso. 

Dizem que não é apenas uma visita, é um acontecimento.

Porém, mesmo tendo tentado 3 meses antes, já não havia mais disponibilidade.

Outra opção que achamos interessante em Maipú é fazer piquenique com degustação nos jardins da vinícola Finca Flichman (30.000 pesos).

Se visitar Maipú aos finais de semana, um lugar que parece bem legal para conhecer é o Complexo Wake El Roble, que gostaríamos de ter ido, mas não estava aberto em dia de semana.

Veja o Instagram deles.

Bueno, já temos vários motivos pra voltar em breve!

Dia 3 Roteiro Mendoza

No 3º dia em Mendoza, saímos a explorar as paisagens andinas mendocinas, em direção a Potrerillos

Há 2 rotas, uma pela Ruta Panamericana que atravessa desde o Brasil, Argentina até o Chile (autoestrada rápida) ou pela Perilago (que tem a famosa vista do túnel Cacheuta/Potrerillos). 

Nós fomos pela Perilago, mas atenção: a vista lindíssima é somente no sentido Mendoza > Cacheuta > Potrerillos. A vista é mesmo de tirar o fôlego!

Logo depois do túnel, parar em diferentes pontos do dique Potrerillos para as 5.000 fotos. 

A Represa Potrerillos está localizada no Rio Mendoza, no Vale Potrerillos. A barragem foi construída entre 1999 e 2003 para fornecer controle de enchentes, hidroeletricidade e água de irrigação, e acabou virando ponto de lazer dos mendocinos e também de turismo.


Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina


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Dali seguimos para um almoço com vista para a Cordilheira dos Andes, no La Escondida Restaurante de Montaña (chegue cedo ou faça reserva).

Aos finais de semana eles abrem a parte externa, que é ainda mais bonita, com uma vista lindíssima para as montanhas.

Comemos o menu tradicional de empanadas de entrada e parrilla de almoço (estava espetacular!) regado a uma garrafa de um bom Malbec. 

Os vinhos ficam numa adega, você mesmo vai à adega e escolhe o rótulo.

Nessa região há muitos pontos de rafting, que abrem (restaurantes com vista para o lago) apenas no verão. 

Fica a dica.

Mendoza, Argentina

Mendoza, Argentina


Mendoza, Argentina


De tarde retornamos por Cacheuta e fomos ao Spa Termas Cacheuta para um banho de águas termais. 

Existe o parque de águas termais (que é um parque público e o valor do ingresso barato, que só acessa uma parte e é bastante muvucado, parece o piscinão de Ramos) e o spa (piscinas selecionadas, cada uma com água em diferente temperatura de 23 a 45 graus, você toma banho nas piscinas naturais em meio ao deserto e com vista para a pré-cordilheira dos Andes. 

Para quem já foi ao Atacama, parece as Termas de Puritama. 

Nosso conselho: só vá se for para ir ao spa.

Termas half day 15:00-18:00 custa 37.000 pesos, ou full day custa 67.000 pesos. 

A visita só de tarde é suficiente, nós ficamos por lá por umas 2hs tomando banho nas piscinas termais e foi um pit stop maravilhoso.


Mendoza, Argentina


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Uma opção alternativa para esse dia seria, depois do dique de Potrerillos, seguir a rota do passeio Altas Montanhas, passando pela Puente del Inca, Uspallata, indo até o Aconcágua na divisa com o Chile (cerca de 3hs de viagem para ir, 3hs para voltar), que nós optamos por não fazer e escolhemos ir nas termas.

Dá pra fazer esse passeio em van com guia, mas não é barato, cerca de U$ 100/120 por pessoa. 

Veja aqui


À tardinha voltamos para a cidade e saímos dar um rolê pelos bares da Av. Aristides Vilanueva, onde paramos no Cachingo Craft Beer, uma cervejaria do mestre dos vinhos - mas que também se aventura nas cervejas - Alexandro Vigil.

Dia 4 Roteiro Mendoza

Roteiro de carro pelas vinícolas de Lujan de Cuyo/região Alto Agrelo.

Começamos pela lindíssima vinícola Renacer (dos conhecidos vinhos Punto Final), inspirada nas vinícolas da Toscana, que parece um castelo. 

Escolhemos a degustação intermediária, nossa guia foi ótima, mostrou a plantação, explicou sobre a produção e sobre cada rótulo que experimentamos na degustação de 5 vinhos (19.000 pesos). 

Gostamos de todos que provamos, e o melhor sem dúvida foi o top de linha Renacer Malbec 93pts.


Mendoza, Argentina


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Segunda experiência do dia: degustação na exclusivíssima vinícola Budeger, onde as garrafas de vinhos são todas numeradas e as visitas são privativas.

Tivemos um guia só para nós, que nos mostrou a produção, a área da vinícola, contou a história da bodega e explicou os vinhos que degustamos. 

Foi uma degustação de 3 rótulos (17.000 pesos) - para experimentar vinhos top de linha maravilhosos! 

Foram os melhores vinhos de toda nossa jornada por Mendoza. 

Além do Malbec (óbvio), também adoramos o Petit Verdot e o leve Pinot Noir (uva incomum na Argentina, a Budeger é uma raríssima bodega que produz).

O lugar também é espetacular e super moderno.

Imperdível.

Mendoza, Argentina


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Em Lujan de Cuyo, queríamos ter visitado também as vinícolas Altieri (linda e com ótimos vinhos), Susana Balbo (premiadíssima, e dizem que o almoço harmonizado dela é diferenciado) e Roberto Bonfanti (dizem que é a melhor visita/degustação, praticamente um curso de vinhos), mas não tivemos tempo e tínhamos que escolher entre tantas opções. 

Fica a dica.

Na volta de Lujan de Cuyo, passeamos pelo lindo centrinho do pueblo Chacra de Coria e pela antiga estación de trenes Paso de los Andes.

Mendoza, Argentina

Em Chacra de Coria, visitamos a vinícola Clos de Chacras, onde fizemos o almoço harmonizado (65.000 pesos).

O lugar é lindíssimo, mas vale a visita só pelas fotos.

Já o almoço harmonizado achamos bem mais ou menos, e os vinhos harmonizados não gostamos. 

Não nos explicaram nada, só largaram as taças de vinho na mesa, nada disseram nem sobre os vinhos, nem sobre a harmonização. 

Come-se uma parrilla muito melhor num restaurante tradicional no centro da cidade.

Para quem quiser ficar em Chacra de Coria até a noite, vale ir no Cima Bar ou no The Beer Club, que aos finais de semana são bem cotados.

Mendoza, Argentina


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Dia 5 Roteiro Mendoza

Sabadou e nós saímos em direção a outra região de vinícolas de Lujan de Cuyo, chamada Las Compuertas.

Sugerimos escolher visita e degustação nas vinícolas Nieto Senetiner, Durigutti, Riccitelli, Bandini e/ou Kaiken, as mais bem avaliadas por viajantes e entendedores de vinho (lembre-se que todas precisam reserva):
  • Vinícola Riccitelli (22.000 pesos)
  • Vinícola Kaiken (53.000 pesos)
  • Vinícola Durigutti - Tour Terroir (34.000 pesos)
  • Vinícola Bandini - degustacão com tapeos (40.000 pesos)
Precisávamos conseguir casar os horários disponíveis, então reservamos na Riccitelli e Nieto Senetiner.

A visita e degustação na Riccitelli foram maravilhosas! 

É uma vinícola bem nova e o proprietário e enólogo Mathias Riccitelli, de apenas 32 anos, diferente de outros que são do tipo herdeiro, é do tipo guerreiro. 

O pai dele sempre trabalhou em fincas e vinícolas, e foi assim que ele desde sempre viveu nesse meio. Produz vinhos mais novos e diferenciados, inclusive nos rótulos, quando decidiu quebrar padrões. 

Conhecemos os vinhedos, a área da produção, ouvimos a história da vinícola e da família, e depois fizemos a degustação ao ar livre no bistrô, com uma vista lindíssima para a Cordilheira dos Andes. 

O guia da vinícola sugeriu os 5 rótulos para degustação a partir dos nossos gostos pessoais, foi bem personalizado, e o nosso preferido foi o Malbec 2021. 

 Adoramos os vinhos e a experiência.


Mendoza, Argentina


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Dali seguimos para a vinícola Nieto Senetiner, lindíssima e com vinhos muito bem conceituados. 

Nos perdemos no caminho e acabamos chegando depois do horário da reserva, mas a guia gentilmente nos recebeu, e nos agraciou com uma taça do tradicional Malbec, que saboreamos no jardim da bodega.

Tem restaurante e almoço que parecem ser bons, mas nós seguimos nossa programação e fomos adiante.

Mendoza, Argentina


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Saindo de lá, dá pra almoçar no Divina Montaña ou no Pimienta Negra (ambos na Colonia Suiza, em Cacheuta). 

Nós optamos por montar uma tábua de frios comprados no Mercado Central de Mendoza e levar uma garrafa de vinho Malbec para nosso próximo passeio, que - esse sim, a cereja do bolo! - foi o ápice do nosso roteiro: beber um Malbec mendocino a bordo de um veleiro no Lago Potrerillos.

Fomos pela Perilago e pelo túnel Cacheuta - Potterillos e seguimos para o pier de Potrerillos, onde ficam os veleiros (os passeios saem ao meio-dia aos finais de semana, horário de outono/inverno).

Agendamos com antecedência o passeio de veleiro (U$ 25) com o Mariano Alguacil da Huayra Paseos @huayraveleros (+54 9 2615 25-0729), e nosso velejador e timoneiro foi o Julio Lobos (+54 9 2616 54-4149). 

Veja mais no Instragram deles. 

Estava um dia lindo de outono e vento perfeito para o velejo. 

O mais legal é que cada um deles tem sua profissão, são velejadores apenas por hobby. Eles velejam aos finais de semana por diversão e nos proporcionaram essa tarde incrível no barco! 

E que dia para fechar com chave de ouro nosso roteiro por Mendoza!


Mendoza, Argentina


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Dali saímos certas de que esse foi O PASSEIO, que por si só ja fez valer a nossa viagem a Mendoza.

Seguimos para almoçar no El Origen de I, onde muitos mendocinos costumam ir para almoçar aos finais de semana, num lugar descolado e com vista linda ou pra tomar um vino o una cerveza vendo o sunset em Potrerillos. 

Um bar de montanha, de um lado com a vista do Lago Potrerillos, e de outro a vista dos Andes. 

Comemos uma típica milanesa, outro clássico argentino, e era hora de equilibrar só com água!

Voltamos à cidade já à tardinha, depois de ver o por do sol no El Origen de I.

Em alguns finais de semana rola uma festa sunset no bar, com DJs renomados (para sunsets precisa reserva).


Mendoza, Argentina


Quando achamos que nada mais podia nos surpreender, saímos para o jantar de 5 passos harmonizado com 5 vinhos de alta gama do Carolino Cucina (ganhador do prêmio Traveller 's Choice Tripadvisor 2024), que muda a cada estação, conforme os ingredientes de época (59.000 pesos). 

De comer e beber ajoelhadas!

Só sabemos que Mendoza é tudo isso e muito mais que dizem por aí, principalmente quando se descobre tudo mais que existe além das vinícolas! 

Só vai e deixa Mendoza te surpreender.

No domingo acordamos cedo para devolver o carro no Aeroporto de Mendoza e pegar nosso vôo de conexão por Buenos Aires, antes de voltar para o Brasil.

Ainda fomos a um almoço porteño com raízes castelhanas (para quem não sabe porque os argentinos se autodenominam castelhanos, a região de Castela e Leão na Espanha é de onde vieram os espanhóis que colonizaram a região da Argentina) no bodegón El Burladero, na Recoleta, onde saboreamos uma tradicional paella española regada a sangria. 

Pois é, os argentinos novamente conseguiram nos surpreender! Espetacular.


Mendoza, Argentina


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Buenas, e os vinhos? 

Como não queríamos despachar (e pagar por) caixas de vinhos no avião, anotamos todos os rótulos que degustamos e gostamos, para comprar na fronteira da Argentina, quando atravessamos de carro na volta pra casa. 

Quais são? 

Como diriam os argentinos, basta ser Malbec.

Veja outros posts sobre Mendoza aqui no blog: 



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Claudia Rodrigues Pegoraro

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