Indonésia: visitando Yogyakarta, na Ilha de Java - saiba qual a melhor época para visitar, como chegar e se locomover, onde ficar, onde comer e um roteiro perfeito de 2 dias
* Viagem e texto da minha colega Rochelle Jelinek, que viajou pela Indonésia há 2 meses com a Anália, minha irmã, que vocês já conhecem de outras viagens 😂
Sei que muitos brasileiros estão "indignados" com a Indonésia, em razão da tragédia que aconteceu lá com uma brasileira na semana passada. Eu já disse mais do que deveria sobre o assunto lá no Instagram, mas, o que eu não disse, é que nós amamos conhecer a Indonésia!
Estivemos no país em 2011, no meio de uma viagem de volta ao mundo, com o Lipe bebê, e eu obviamente não tinha tempo, naquela época, de escrever aqui no blog. Acaba que nunca publiquei muitas dicas sobre as nossas andanças na Indonésia 😕
Agora, recentemente, minha irmã e a Rochelle, minha colega, que é uma super roteirista de viagens (tão boa quanto eu hahahaha), estiveram na Indonésia, passaram por diversas ilhas (estiveram praticamente nos mesmos lugares que eu, 14 anos atrás, confirmando que esse é de fato o melhor roteiro para quem vai pela 1ª vez!), e eu pedi que a Rochelle escrevesse um relato da viagem delas - isso porque ela já contribuiu com diversos relatos de viagem aqui no blog, de Mendoza na Argentina à Rota Ecológica de Milagres em Alagoas, sempre com as dicas mais top, enquanto que a Anália - embora escreva super bem - é uma imprestável em matéria de escrever relatos de viagem aqui pro blog (até hoje a miserável não foi capaz de escrever sequer um postzinho sobre o Jalapão, me digam se não tenho razão de reclamar!?).
Enfim, sem mais delongas, as incríveis dicas da Rochelle para você desbravar esse país maravilhoso que é a Indonésia:
Indonésia: o que você precisa saber
Primeiro de tudo: a Indonésia é um país transcontinental formado por ilhas (mais de 17.508 ilhas, das quais 6.000 são habitadas!!!!) - e Bali é apenas uma delas - sendo algumas situadas na Ásia e outras na Oceania.
As ilhas mais conhecidas da Indonésia são Java (onde fica a capital Jakarta), Sumatra, Bali, Borneo, Lombok e Komodo (sim, a dos dragões!).
Alguém aí jogava War??? Lembra que tinha que entrar pelas ilhas de Sumatra e Borneo para conquistar a Oceania???
A Indonésia é o 3º país mais populoso do mundo, ficando atrás apenas da Índia e da China.
Apesar de terem muitas coisas culturais parecidas, há outras tantas diferentes, a começar pela religião - Bali é a única ilha cuja religião predominante é o hinduísmo, nas demais a religião predominante é o islamismo, por exemplo.
A vontade era de explorar muito mais, mas, num roteiro apertado em 20 dias, tínhamos que escolher as ilhas a visitar.
Queríamos muito ter ido a Komodo (dizem que é incrível!), mas precisaria pelo menos mais 3/4 dias - de Bali são 3hs de vôo até a ilha das Flores, e de lá mais 1h de barco até o Parque Nacional de Komodo.
Então escolhemos Java, Bali, Gili e Nusa.
Sobre o povo da Indonésia
Os indonésios fazem parte do grupo populacional dos austronésios, que ocupou as ilhas Indo-Pacífico, de que também fazem parte os polinésios, os maoris, os aborígenes.
A língua oficial é o indonésio bahasa, embora a população fale diferentes dialetos próprios dos grupos étnicos de que descendem.
Leia mais aqui:
Sobre a melhor época para ir à Indonésia
Na Indonésia, as monções ocorrem em época diferente do restante da Ásia, onde chove de abril a setembro e a temporada seca é de outubro a março.
Por isso, é difícil “casar” essa viagem com outros países da região.
A melhor época (seca) na Indonésia é de final de abril a setembro, pois chove praticamente todos os dias de outubro até início de abril.
Nós fomos no final de abril e foi perfeito, todos os dias com sol e ainda não tão cheio de turistas como a alta temporada (julho e agosto), quando tudo fica mais caro.
Sobre os vôos para a Indonésia
O vôo Brasil-Bali estava custando cerca de R$ 9.800,00 (e olha que pesquisamos e compramos com 6 meses de antecedência). Mas existe uma maneira de fazer isso muito mais barato, que é indo por outro hub e depois pegando um vôo low cost (na Ásia há centenas deles) para o destino final.
Nós fomos para Singapura (custou R$ 6.800,00) e, de lá, os vôos low cost custavam cerca de R$ 150,00 para qualquer outro país próximo.
Isso também funciona via outros hubs, como Bangkok ou Kuala Lumpur, que possuem vôos low cost para vários outros países próximos.
Sobre o dinheiro que se usa na Indonésia
Na Indonésia a moeda é a rúpia indonésia que, quando viajamos, a conversão era 1 real = 2.870 rp.
É tudo muuuuito barato para nós brasileiros.
Um hotel charmoso custa cerca de R$ 100,00/diária, um almoço ou jantar cerca de R$ 15,00 por pessoa.
Apenas a bebida alcoólica não era barata, com preços equivalentes ao Brasil, e às vezes mais caro, tipo uma cerveja long neck = R$ 15,00.
Importantíssimo: a maioria dos locais na Indonésia só aceita dinheiro (cash) e não cartão, inclusive e especialmente locais oficiais, como os templos e outras atrações, e até mesmo hotéis e restaurantes.
Nossa 1ª ilha na Indonésia foi Java, onde ficamos em Yogyakarta.
Não fomos a Jakarta, que é a capital, porque não era nosso objetivo - preferimos cultura, história e praias.
Yogyakarta
Yogyakarta é a capital da província homônima e tem uma rica cultura javanesa, em que se destacam a fabricação do batik e a dança ramayanna.
A cidade tem cerca de 300.000 habitantes, e é um pólo educacional com 19 universidades.
Por volta do século VIII, foi o centro da cultura hindu-budista javanesa, época em que foram construídos numerosos candis (templos hindus e budistas), dos quais se destacam os de Prambanam (hindu) e de Borobudur (budista), que foram abandonados no século XIV, após a ilha de Java ter sido convertida ao Islã (depois foram "encontrados" no século XVII e restaurados).
A região foi dominada pela expansão do islamismo e se tornou um Sultanato.
Durante a 2ª Guerra Mundial, a área foi ocupada pelos japoneses, que governaram a região até serem derrotados no final da guerra.
Em 1945, foi fundada a República da Indonésia, mas, curiosamente, por um acordo para que o Sultanato apoiasse a criação da República, foi autorizada a manutenção do Sultanato.
A Indonésia é, portanto, uma República Presidencialista, mas a região de Yogyakarta tem um Sultanato, cujo sultão é o governador.
Borobudur |
Chegada em Java: como ir ao centro
O Aeroporto de Yogyakarta fica longe do centro, a 45Km da cidade (cerca de 1h30min de carro).
De trem, leva cerca 40min até a estação central, e há também shuttle DAMRI (leva cerca de 1h30min), que custa 50.000IDR (mas ambos demoram para sair e não tem em todos os horários), e chegando no centro ainda teríamos que pegar táxi ou Grab para o hotel.
Outra opção seria fazer todo o trajeto de Grab (309.000IDR = R$ 105,00).
Nós optamos por reservar transfer pelo Booking (custou 250.000rp = +- R$ 80,00), com a empresa Ghania Trans (whatsapp +62 813-2694-5580) - super confiável e um pouco mais barato que o próprio Grab, com excelente serviço e ótimo carro. Depois acertamos direto com eles para nosso retorno ao aeroporto, e pagamos menos ainda, custou 200rp = cerca de uns R$ 60,00).
Como se locomover em Yogyakarta
Para uma experiência tradicional/local, para andar pela cidade, vale pegar um ojek (tipo um táxi, puxado por uma moto), becak (puxado por bicicleta) ou andong (puxado por cavalo).
Também pode-se usar o Grab (o “Uber” da Ásia) e as corridas saem bem em conta.
Para ir aos templos, recomendo carro alugado com motorista, que explico mais adiante.
ojek em Yogyakarta |
Onde ficar em Yogyakarta
A maioria dos blogs indica ficar perto da Rua Malioboro, que é a principal rua de comércio local.
Nós estivemos uma noite lá visitando e saímos correndo, um lugar meio bastantão, lotado, até difícil de caminhar, cheio de lojas com roupas muçulmanas tipo hijab e burca, e lojas de badulaques para turistas. Parecia uma 25 de Março muçulmana.
Nossa sugestão é ficar na área de Prawirotaman, que é um bairro melhor, com alguns restaurantes charmosinhos, cafeterias da moda, galerias de arte javanesa, vários hotéis charmosos também (e a preços mais em conta que no centro, perto da Malioboro!).
Nós ficamos no Adhistana Hotel e amamos tudo, quartos, localização, piscina e café, com diárias a U$ 30.
Outras sugestões que ficam bem próximas:
Agung Guest House: diárias a U$ 24
Greenhost Boutique Hotel Prawirotaman: diárias a U$ 50
Adhistana Hotel |
Onde comer em Yogyakarta
A gastronomia é com certeza uma das facetas da cultura de um local.
Para quem ama comida asiática como nós, é um deleite: não deixe de provar os diferentes tipos de nasi campur (um combinado com uma porção de arroz, várias pequenas porções de legumes, carnes e molhos), nasi goreng (arroz com vegetais), mie goreng (macarrão de arroz com vegetais), espetinhos satay (espetinhos de frango, carne, porco ou peixe com molho de amendoim maravilhoso!) e os vários tipos de curry, que são os pratos mais tradicionais indonésios, acompanhados de uma cerveja local, como Bintang, Singa, Tiger ou Singaraja.
A Anália amou os nasi campur e mie goreng e experimentou vários ao longo da viagem, e eu os curry e os satay.
Mas quem não curte comida asiática, vai encontrar facilmente comida ocidental, como pizzas, massas tipo spaguetti e hamburguer, por exemplo.
Em toda Indonésia, procure por warungs, que são restaurantes tradicionais familiares, onde se come melhor, mais barato, e a real comida típica.
Em Yogyakarta, há vários restaurantes na rua principal de Prawirotaman, como ViaVia, Yam Yam (adoramos!), The House of Sate, todos perto dos hotéis indicados.
Basta caminhar e encontrar um que te agrade.
Nós queríamos experimentar o Warung Bu Ageng (dizem que o nasi campur de lá é maravilhoso), mas estava fechado no dia que fomos lá.
Saiba mais sobre a gastronomia da Indonésia aqui.
O que fazer em 2 dias em Yogyakarta
Em Yogyakarta você precisa de pelo menos 2 dias para ver as principais atrações.
As principais atrações turísticas de Yogyakarta são o templo Borobudur (cerca de 1h30min do centro) e o templo Prambanam (cerca de 1h do centro).
Há vários passeios em grupo conjugando ambos (podem ser comprados no Get Your Guide, ou na Viator, ou até mesmo direto no seu hotel), custando cerca de R$ 130,00 por pessoa, mas tenha em conta que cada um destes templos fica para um lado diferente do centro da cidade, e para fazer ambos num mesmo dia perde-se muito tempo em deslocamento (cerca de 3hs para ir de Borobudur até Prambanam) e fica mais cansativo, além destes passeios não terem incluída a visita ao topo do templo de Borobudur.
Como teríamos apenas 1 dia e meio na cidade, para otimizar o tempo, nós optamos por alugar um carro com motorista/guia (lembre-se que na Indonésia é mão inglesa) por um dia, o que nos custou IDR 650/R$ 200,00 pelo dia inteiro.
Alugamos pela car rental yogyakarta (+62 858-6608-0084), e nosso motorista/guia/fotógrafo foi o Adir, discreto e super resolutivo, falava bem inglês, e prestou um excelente serviço.
A empresa de transporte que nos buscou/levou ao aeroporto também tem esse serviço e custa praticamente o mesmo valor (Ghania Trans - whatsapp +62 813-2694-5580).
Quase todas as empresas cobram entre 600.000/650.000rp por 12hs de serviço, incluído carro, motorista e combustível.
Importante: observar os dias que estão abertas as atrações.
Nós chegamos em Yogyakarta no sábado à tardinha, e iríamos embora na segunda à tardinha.
Porém, os templos de Borobudur e Prambanam só abrem a área dos jardins nas segundas-feiras, e não abrem a parte da estrutura interna, assim como o Palácio do Sultão, que só abre para visitantes pelas manhãs, das 8h30min às 12h30min, e não abre nas segundas.
Tivemos que encaixar quase tudo no domingo.
Também gostaríamos de ter ido assistir o Ballet Ramayanna no templo de Prambanam, mas no sábado não haveria tempo hábil, pois o espetáculo começa às 19hs, e nós estaríamos chegando no aeroporto nesse horário, e não tem espetáculos no domingo, nem na segunda.
Também tem apresentações do ballet no templo Purisawata, perto do palácio, mas nos mesmos dias e horários, e também não tinha nos domingos.
Nossa sugestão é organizar para visitar Yogyakarta entre terças e sábados, quando está tudo aberto, pois nos domingos e segundas há muitos locais fechados à visitação.
Dia 1 em Yogyakarta
Com nosso motorista privado, visitamos primeiro o Kraton, a área do Sultão, que inclui o Palácio e o pavilhão dourado Bangsal Kencana (custou 15.000 rp).
Ali tivemos um episódio inusitado, quando um grupo de excursão de indonésias nos parou e chegaram a fazer fila para tirar fotos conosco, porque ali as “exóticas” éramos nós.
E isso se repetiria várias vezes ao longo da viagem! Exceto em Bali, que é bem turística, vimos pouquíssimos ocidentais em outros locais do país.
Dali fomos ao castelo das águas TamanSari (custou 15.000 rp) e na mesquita subterrânea Sumur Gumuling.
Depois passeamos pelos becos da região para ver onde/como moram os javaneses naquela área e visitamos um mercado local de comidas e roupas.
Dica extra: perto dali, próximo à saída do Kraton, tem umas ruas com várias lojinhas de batik que foram os mais lindos que vimos em toda a Indonésia e não encontramos parecidos em mais nenhum lugar.
Na Luwes Putera Batik tinha todos os tipos de sarong, desde somente o tecido para amarrar (tipo canga), até saias, shorts, vestidos e roupas em geral feitas com batik.
Compramos uns lindíssimos para usar como saia ou canga.
Já era meio-dia e fomos em direção à cidade de Borobudur.
Nosso motorista nos levou a um restaurante próximo ao templo, bem voltado pra turistas, mas a comida era bem local e o preço também: comemos mie goreng com molho agridoce chamado koloke chicken e tomamos chá gelado (comida + bebida custou cerca de R$ 15,00 por pessoa).
Dali fomos para o templo Borobudur, o maior templo budista do mundo, construído no século 8.
Importante: existem tickets só para visitar os jardins (ground ticket - cerca de R$ 100,00), que podem ser facilmente comprados até mesmo no próprio local.
Tenha em mente que a maioria dos passeios em grupo/excursões só levam a essa parte geral dos jardins.
E existem também ingressos para a estrutura e topo (structure ticket - 455.000rp = R$ 160,00, esse sim vale a visita!
Os tickets para visitar o topo e a estrutura só podem ser comprados no site oficial e com bastante antecedência, porque são vendidos em número limitado de 15 pessoas por hora.
Então, assim que souber a data que estará em Yogyakarta, já compre os seus ingressos, para não correr o risco de ficar sem.
Os melhores horários são o início da manhã (8h30min e 9hs), ou mais no final da tarde (14h30min e 15hs), que são menos cheios e também menos calor.
A visita ao topo só pode ser feita com guia (incluído no ingresso) e dura cerca de 1h.
No total, a visita ao complexo dura de 2 a 3hs, pois tem também os deslocamentos internos, realizados numa espécie de carrinho de golf, filas e etc.
É absolutamente incrível pensar que esse templo foi construído todo com as pedras apenas encaixadas entre si, sem qualquer tipo de massa ou cimento entre elas, e esteja ali intacto mais de 1.300 anos depois.
Leia mais aqui: Borobudur é tudo isso, sim!
Site oficial - procure por temple structure ticket
Voltamos para a cidade quando já estava anoitecendo - em Yogyakarta anoitece cedo, por volta das 17h30min/18hs.
Pedimos ao nosso motorista para nos deixar na rua Malioboro, para vermos o comércio local.
Vale a visita pela experiência de ver como/onde os locais vão e compram. Mas é um local caótico, com multidões - lembre-se que a Indonésia é o 3º país mais populoso do mundo.
Entramos em algumas lojas, mas a maioria vende só roupas para muçulmanas e produtos locais.
Dali pegamos um ojek para retornar para o hotel, e jantamos no maravilhoso Yam Yam próximo dali, onde pedimos um Tom Ka Gai (sopa de frango com leite de coco e gengibre) e um Pad Thay (macarrão com legumes), que estavam bárbaros.
Nós gostaríamos muito de ter assistido à dança tradicional javanesa na apresentação do Ramayana Ballet, mas, infelizmente, não tinha nem no Prambanam, nem no Purisawata no domingo à noite.
Para quem estiver em Yogyakarta num dia de espetáculo, sugiro visitar o templo Prambanam à tarde e já ficar para ver a apresentação no horário do por-do sol com o templo ao fundo.
Dia 2 em Yogyakarta
Fomos visitar o templo hindu Prambanam, do século 8, dedicado à tríplice divindade do hinduísmo: o deus Brahma (criação), o deus Shiva (destruição) e o deus Vishnu (conservação), um complexo composto de mais de 240 pequenos templos.
O maior e mais alto templo deste complexo, conhecido como Loro Jonggrang, coberto com relevos das lendas do Ramayana, é considerado o templo mais elegante e belo de Java.
Embora Borobudur seja maior e mais famoso, particularmente nos encantamos mais com Prambanam.
Em Prambanam também tivemos momento paparazzi, com as mulheres locais querendo tirar fotos conosco, as “exóticas”!😂
É fácil visitar o templo Prambanam por conta própria, bastando pegar o ônibus verde Trans Jogja (cerca de R$ 5,00 por pessoa), linha 1A, na Malioboro Street, e descer no ponto final da linha (leva cerca de 1h do centro até lá) ou ir de Grab, que é fácil de chamar para ir e para voltar (cerca de R$ 30,00 o trecho, e leva uns 20 min até lá).
Nós fomos e voltamos de Grab para otimizar nosso tempo.
Os tickets podem ser comprados na página oficial (400.000rp, cerca de R$ 150,00), são comprados para o mesmo dia, e pode-se visitar em qualquer horário.
Veja mais informações aqui.
Na volta de Prambanam, vale passar por Kota Gede, antiga capital do reino muçulmano (Sultão Agung), tradicional vila onde tem artesanato tradicional javanês e ourivesaria (fabricação de itens de prata), e onde se pode observar pelo bairro que, nas casas hindus, tem a flor de lótus, nas muçulmanas a caligrafia típica e, nas residências cristãs, tem a cruz.
No retorno para Yogyakarta, estava um calor de 40ºC, e aproveitamos um pouco a piscina do nosso hotel para refrescar.
Nós queríamos almoçar no Warung Bu Ageng (pois dizem que o nasi campur de lá é maravilhoso), mas estava fechado. Fica a dica.
Decidimos ir de novo no Yam Yam, porque amamos a comida de lá.
De tarde, fomos visitar o Batik Winotosastro, bem próximo da Prawirotaman, para ver a fabricação de batik, uma técnica especial de tingimento dos tecidos usados para fazer os sarongs (as “saias” indonésias, usadas por homens e mulheres).
Incrível ver como surgiram o que conhecemos como “cangas” sendo feitas à mão.
Existem vários tipos de “carimbos”, que são marcados com uma espécie de cera no tecido. Depois, passam por, pelo menos, 4 tingimentos, até o tecido ficar pronto com o padrão.
Alguns batiks, em tecidos mais delicados como seda, chegam a levar 3 meses para ficar prontos, feitos os desenhos inteiramente à mão.
Depois, era hora de partir pro aeroporto, para pegar nosso vôo para Bali.
É preciso se organizar para não perder a hora, porque, como já falei, o deslocamento da cidade de Yogyakarta ao aeroporto leva cerca de 1h30min.
Leia mais sobre a Indonésia aqui.
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