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Route 66 de motorhome: dicas de viagem

Route 66 de motorhome: dicas de viagem

Route 66 de motorhome

Route 66 de motorhome: dicas de viagem

A Renata Pistoresi escreveu um relato completo da viagem que ela fez aos EUA - Rota 66 de motorhome e cruzeiro da Disney - com o marido e os filhos em dezembro/janeiro de 2024.

Como são 2 viagens bemmm diferentes, eu vou dividir o relato dela em 2 partes: nesta 1ª parte, vocês ficam com o relato da viagem de motorhome pela Rota 66.

Veja também o relato da Renata de como foi o cruzeiro no navio Disney Wish em família.

Há um tempo atrás, a Renata já havia feito uma viagem em família pela Europa, passando pela Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França, Suíça, Liechtenstein e Áustria, e também fez um relato super completo aqui pro blog: Europa de motorhome no inverno: roteiro de 30 dias da Família Pistoresi

Route 66 de motorhome
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Rota 66 de motorhome

Desta vez, eles chegaram aos EUA por Los Angeles, alugaram um carro para ficar uns dias passeando pela metrópole e, na saída de Los Angeles, pegaram o motorhome para fazer uma viagem incrível pela Rota 66 com direito a alguns desvios, passando pela Califórnia, Nevada, Arizona, Novo México, Texas, Oklahoma, Kansas, Missouri e Illinois.

Leia mais sobre estes destinos aqui no blog:

Com vocês, o relato da viagem de motorhome da família pela Rota 66:

Route 66 de motorhome
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Los Angeles

Dia 1 - 23/12: Chegamos em Chicago bem cedo, e pegamos conexão para Los Angeles, mais 4 horas de voo, mas devido ao fuso horário (-4 horas) chegamos às 9h da manhã. Retiramos nosso carro que já estava alugado e fomos para o hotel, The Westin Bonaventure Hotel, tomamos um banho e saímos para almoçar no Shake Shack, nosso lanche preferido dos EUA! 

Esse hotel em que nos hospedamos foi escolhido aleatoriamente e lá descobrimos que inúmeras séries e filmes já foram filmados lá, e foi bem legal saber e ver os cartazes de alguns filmes que tiveram ele como cenário. Um hotel mais antigo, mas muito grande e bem cuidado. Apesar de não terem feito serviço de arrumação, por falta de comunicado interna, nós gostamos bastante dele.  

Los Angeles (LA) estava muito vazia, mas estávamos hospedados em uma região mais empresarial, era final de semana e véspera de Natal. 

Já começamos nosso passeio indo conhecer o California Science Center, residência permanente do ônibus espacial Endeavour. Como já era final da tarde, passamos pelo museu e fomos direto em nosso ponto de interesse. Espetacular, incrível poder conhecer o Endeavour, que realizou 25 missões entre 1992 e 2011, quando o programa de ônibus espaciais da NASA terminou, e está em exibição desde 2012. 

As crianças ficaram em êxtase, pois é muito grande, muitos detalhes que pudemos ver! Agora em 2024, ele foi preso a um enorme tanque de combustível externo (nós vimos) e seus 2 foguetes propulsores, como se fosse decolar. O edifício em volta ainda será concluído, então está fora de exibição por enquanto, sorte nossa ter visto em seus últimos dias na horizontal. 

Visitamos o museu que conta sobre o Endeavour e sobre coisas normais, mas interessantes, que acontecem dentro dos foguetes, como a alimentação, ir ao banheiro, e também mais complexas, como a sala de comando, e tudo mais sobre o assunto, aprendemos muito.  

Já estava fechando, então saímos e aproveitamos para jantar e conhecer o famoso Farmer’s Market, e lá sim tinha muita gente, um baita trânsito para chegar e estacionar, e por fim passeamos e jantamos lá, escolhemos um restaurante aleatoriamente porque estava tudo muito cheio, mas aí o cansaço realmente chegou e, após jantarmos, fomos na loja Dylan’s Candy, porque as crianças pediram (não há como ver essas lojas e não querer comer os doces!), andamos por lá um pouco para conhecer e fomos embora dormir. 

No inverno escurece por volta de 17hs e essa sensação de precisar dormir chega mais cedo também, ainda mais depois de voar a noite toda e passear o dia inteiro. 

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Hollywood e Beverly Hills

Dia 2 - 24/12: Fomos conhecer a famosa calçada da fama em Hollywood, tomamos um café por lá e saímos andar no boulevard, foi bem legal sair procurando estrelas, as crianças entraram na brincadeira e começaram a procurar e tirar fotos nos nomes que eles conheciam! Andamos por tudo, entramos no Hall do Dolby Theater, onde são realizadas as cerimônias do Oscar, passeamos pela frente do Teatro Chinês também procurando nomes na calçada da fama deles, que é onde tem a tradição de colocar as mãos e assinar na calçada, escolhemos uma loja para entrar e ver os souvenires, pois lá tem muitas, então escolhemos uma grande que gostamos e ficamos lá um tempinho vendo e comprando alguns.  

Saindo de lá, fomos passear em Beverly Hills, o famoso bairro badalado, com ruas e casas lindas! Não poderiam faltar fotos nos letreiros e saímos andando pelas ruas e vendo as lindas casas e então estacionamos e fomos caminhar pela Rodeo Drive, rua com lojas de grifes e marcas famosas. Estava um dia de sol lindo e temperatura que consideramos super agradável para passear na casa dos 10/12 graus. 

De lá fomos em um shopping, pois precisávamos comprar os presentes de Natal das crianças. Mateus já não acredita mais em Papai Noel, mas a Isa sim, e não poderia desapontar ela, que havia pedido um menino reborn. Malabarismo para ficar sozinha e comprar os presentes deles. Conhecemos a loja American Girl, e minha filha ficou encantada com as bonecas, e lá mesmo encontrei um menino reborn, e para Mateus um Lego na loja ao lado.  

De volta para hotel e banho tomado, saímos para nosso jantar de Natal no Cecconi’s, que meu marido já havia reservado, e foi uma delícia nosso jantar e nossa noite de Natal.  

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Venice Beach e Santa Monica

Dia 3 - 25/12: Ao acordar, os presentes trazidos pelo Papai Noel estavam lá ao lado da cama das crianças e foi uma euforia quando viram. Tomamos café na Starbucks dentro do hotel e fomos passear em Venice Beach, andamos no pier sobre o mar e depois fomos conhecer os canais, e eles são muito lindos! Foram construídos em 1905 para ser a Veneza na América. O ideal é sair caminhando entre um e outro, é cheio de casas bonitas e charmosas em volta.  

De lá fomos para Santa Monica, no famoso pier. Estava muito lotado, muitos latinos passeando por lá, era feriado de Natal e acredito que contribuiu para a lotação. Almoçamos na famosa rede Bubba Gump, foi legal a experiência, mas não repetiria, não é muito nosso paladar as comidas de lá.  

Andamos por todo pier, vimos leões marinhos, ficamos observando as longas faixas de areia da praia e imagino que no verão deva ficar lotado de banhistas e surfistas, afinal estamos na Califórnia! E, mesmo sendo inverno, tinha vários sufistas na água.  

O marco final da Route 66, ou, para nós, o início, fica no pier de Santa Monica, e claro que fizemos umas fotinhos por lá.  

Saímos a andar e fomos no Tonga Park, que fica do outro lado da rua, em frente ao pier, e lá tem um playground bem legal para as crianças. 

De volta ao pier, fomos na roda gigante do Pacific Park, e em 2 brinquedos de acertar o alvo e ganhar bichinhos de pelúcia, coisas que as crianças amam fazer!  

Comemos os famosos churros de metro e pegamos o carro já de noite para voltar ao hotel, que ficava mais um menos 1 hora de lá.

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Los Angeles - Anaheim

Dia 4 - 26/12: Este foi nosso último dia em LA, fizemos o check-out no hotel, e solicitamos guardar nossas malas. Então saímos pela manhã para chegar o mais próximo possível dos letreiros de Hollywood

Paramos em uma Starbucks para tomar nosso café da manhã e seguimos pela estrada nas montanhas para o letreiro. Estacionamos próximo ao Lake Hollywood Park e subimos a pé para ter a melhor vista. Claro que tinha muita gente por lá! Tiramos fotos, ficamos observando, e foi bem legal! Paramos no playground do parque para as crianças brincarem, e meu marido aproveitou para voar o drone por lá.   

Saímos a andar de carro na região, onde ficam os maiores studios, como Warner Bros, Universal, Paramount, entre vários outros, e eles são gigantescos! Você pode fazer passeios dentro dos estúdios, mas, com as crianças, achamos que não daria muito certo e resolvemos então não fazer.  

Fomos no Walt Disney Carolwood Barn, que é um celeiro e mini-ferrovia construído por Walt Disney em seu quintal, pois ele era apaixonado por trens. Mas abre somente uma vez por mês e não tivemos essa sorte de encontrar aberto, mas poder ver pelo lado de fora já me deixou bem contente. 

De lá seguimos para o Griffith Park, e paramos no Shane’s Inspiration Playground, um parquinho muito legal para as crianças e ficamos um bom tempo por lá para eles brincarem.  

Lá fica o Carrossel onde Walt Disney levava suas filhas para brincarem, carrossel esse que inspirou ele a criar o parque e o carrossel da Disney Califórnia, que foi o único parque onde ele realmente esteve. Fomos até o carrossel, mas infelizmente estava fechado, continua no mesmo lugar, cercado, mas sem funcionamento.  

Seguimos então para o Griffith Observatory, parando antes para um lanche na entrada do parque, e depois estacionamos o carro, mas como estava muito cheio tivemos que estacionar na parte de baixo e subir a pé até o observatório. De lá tem uma linda vista de LA e também da placa de Hollywood.  

Passeamos dentro do observatório, as crianças amaram aprender mais um pouco sobre o universo, e ainda puderam ver o telescópio que ficar aberto para visitação. Estávamos lá no fim do dia e foi lindo ver a noite chegar com a vista da cidade. 

Descemos ladeira abaixo para o estacionamento e voltamos para o hotel em LA para buscar nossas malas. Depois seguimos para Anaheim.

Preferimos nos hospedar próximo à Disney para ir ao parque no dia seguinte e depois estarmos lá pertinho quando saíssemos do parque de noite. 

Chegamos no Hotel Lulu, que já estava reservado, e pedimos uma comida no quarto para descansarmos, já que o dia seguinte seria intenso de parque! 

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Disneyland California

Dia 5 - 27/12: Não acordamos muito cedo, pois já estava combinado que ficaríamos no parque até os fogos, que acontecem somente 22:30hs! 

O horário de funcionamento da Disneyland California é bem extenso em relação a Orlando e Paris, pois ela abre 8:30 e fecha meia-noite. 

Tínhamos café da manhã incluso na diária, e foi um café típico americano, com lanches, ovos, bacon, panquecas...não é muito o que gosto de comer e, apesar de achar bem oleoso, estava bom meu lanche, já as crianças amam as panquecas com caramelo, chantilly, bacon, ovos...

Saímos em direção ao parque a pé, era menos de 10 minutos caminhando e foi super tranquilo, achei ótima a localização. 

Me encantei com a Disneyland California - saber que foi o único parque no qual Walt Disney realmente esteve faz ser mais especial. 

O Castelo da Bela Adormecida é bem menor do que o de Orlando, mas é lindo também e nesse pode entrar e ver a exposição que conta a história da Bela Adormecida. 

Dessa vez não assistimos shows, as crianças não queriam ir à Fantasyland, o que eles queriam era diversão em montanhas russas e brinquedos mais radicais. Mas, mesmo assim, passamos um tempo no Mickey’s Toontown, onde tem as casas no Mickey, Minnie, Pateta, Pluto, Pato Donald e Tico e Teco, e nós amamos, é um encanto, e essa é a única Disney que tem essas casas, e onde podemos encontrar vários personagens ao longo do dia! 

Tiramos fotos com Pato Donald, Pateta, Mickey e Minnie lá! Somente com a Minnie pegamos fila. Do Mickey andamos por toda casa linda dele e, no final, ele estava lá para fotos, foi uma grata surpresa que amamos.  

Brincamos muito o dia inteiro, conseguimos aproveitar muitos brinquedos dessa vez usando o Genie+ que é um fura-fila, marcávamos o horário e chegávamos no brinquedo na hora sem pegar toda fila, mas não são todos brinquedos que têm essa opção, e só pode marcar um por vez ou após 2 horas depois de ter marcado um, mas, com isso, já ajudou a diminuir algumas filas e aproveitar mais o que queríamos no parque. 

Os fogos? Vimos de longe, porque estávamos indo para brinquedos ainda! 

Fomos caminhando para a saída e meus filhos queriam mais e mais brinquedos. Isso já era mais de 23hs e, muito cansados, paramos comer uma pizza antes de chegarmos no hotel e desmontarmos na cama.

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Pegando o motorhome em Los Angeles

Dia 6 - 28/12: Não conseguimos acordar a tempo do café da manhã do hotel, pois cansamos muito no dia anterior. 

E foi dia de retirar o motorhome que seria nossa casinha nos próximos 14 dias e então devolver o carro. 

Paramos na lavanderia próxima ao hotel para a 1ª lavagem de roupas da viagem. 

Seguimos para a Cruise America para buscar nosso RV. 

Burocracias feitas, motorhome entregue. Não houve muitas explicações e nem conferências, nós paramos e conferimos todos os funcionamentos, de água, gás, aquecimento e tudo que usaríamos durante nossos dias morando nele e estava tudo certo. 

Nunca devemos sair com o RV da locadora sem ver se está tudo funcionando, para não ter problema depois. A entrega em LA não foi bem explicada, mas, como sabíamos como funcionava, fomos nós mesmo testando tudo.  

Fomos devolver o carro e “almojantar” na churrascaria Fogo de Chão, pois já estávamos com vontade de comida brasileira e nada melhor que um bom churrasco.  

Seguimos para um Walmart, para fazer compras para o básico de limpeza (não gostei da limpeza do motorhome, achei um pouco encardido e fiz uma boa faxina, mas, como nos EUA você acha tudo para facilitar a vida, com lenços de limpeza eu fui limpando tudo), café da manhã, lanche rápido e roupas de cama e banho. 

As locadoras alugam, mas achamos o valor muito alto, e comprando gastamos 3x menos do que pagaria no aluguel. No fim da viagem, em Chicago, nós doamos tudo em um local onde eles distribuem para pessoas que precisam.  

Compras e limpeza feita, nos instalamos e seguimos em direção à saída de LA para não pegar o trânsito do dia seguinte dentro da cidade. Paramos em um estacionamento do Walmart e pernoitamos lá. 

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Route 66

Dia 7 - 29/12: Iniciamos oficialmente a Route 66, conhecida também como Mother-Road

A Rota 66 já foi a estrada mais famosa do mundo, estabelecida em 1926. Inicia em Chicago e termina em Santa Monica, tendo 2.448 milhas (3.939km) de extensão, e 3 fusos horários diferentes. 

Nós percorremos a Route 66 ao contrário: começamos pelo estado da Califórnia, fizemos um desvio passando por Nevada e voltamos à rota passando pelo Arizona, Novo México, Texas, Oklahoma, Kansas, Missouri e Illinois. 

A Route 66 era o desejo dos jovens americanos das décadas de 50 e 60, que sonhavam cruzar os EUA e chegar à ensolarada Califórnia. 

Muitas histórias se passaram nessa rodovia, fazendo parte de filmes e do imaginário de muitas pessoas. Há muitos que tentam preservar a história, e foi isso que nós vimos ao longo da nossa viagem. Cruzar essa rota de motorhome é um sonho que se tornou realidade, e foram 14 dias de muita aventura e histórias pra contar! 

Pé na estrada e nossa 1ª parada foi no Wigwam Motel. Os quartos parecem barracas indígenas, e tem uma lojinha com vários souvenirs, onde já garantimos uma placa com os nomes de todos os estados que cruzam a rota.  

Em San Bernardino fomos no Museu do McDonald’s, que fica no local onde os irmãos Richard e Maurice McDonald’s fundaram a 1ª loja. O museu é privado, porém gratuito, e foi fundado por Albert Okura, um grande fã que comprou o local e, apesar de ele já ter falecido, o museu continua aberto para os fãs. Há muitos itens que contam a história, além dos brinquedos do McLanche feliz do mundo todo e desde o início. A placa na entrada é a original da 1ª loja. Saímos de lá com muita vontade de comer lanche do Mc e fomos no que encontramos mais próximo para almoçar.  

Mais à frente, em Victorville, paramos no California Route 66 Museum, também gratuito e com muitas coisas que representam o auge da rota. Foi bem divertido passear por lá com as crianças, e os administradores foram muito simpáticos!  

Seguimos para Barstow e paramos no Railroad Museum, um museu de vagões de trens a céu aberto. As crianças se divertiram subindo em todos os vagões! Era um fim de tarde com pôr do sol lindo e ficamos lá algum tempo. A parte interna do museu já estava fechada, mas super valeu pararmos para ver os trens.  

Seguimos para Peggy Sue’s, um diner super tradicional que existe desde 1954, e que é a cara da rota! Jantamos comida americana tradicional (leia-se: algum tipo de lanche!) e as crianças hot-dogs com milk-shakes. O diner é estilo anos 50, e tem uma lojinha bem legal para bisbilhotar.  

Fomos para o KOA Calico pernoitar.

KOA é uma rede de campergrounds espalhados por todo o país. RV são muito comuns nos EUA, e a estrutura para viajar de motorhomes ou trailers é ótima, em todo lugar tem RV Parks ou campings para pernoitar, ou até passar alguns dias, pois há campings que se parecem com resorts, têm estrutura completa.  

Route 66 de motorhome

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A caminho de Las Vegas

Dia 8 - 30/12: Todas as noites, quando estacionávamos no RV Park ou camping, o Rô conectava energia ao RV, a água direta, e o cano de descarte na fossa, e pela manhã ele desconectava tudo e guardava, e completava o tanque de água. 

Após isso começava nossa viagem do dia e, neste dia, seguimos para Calico Ghost Town, uma cidade-fantasma. Fundada por volta de 1881, teve seu auge na mineração de prata, com mais ou menos 500 minas, produzindo mais de $20 milhões em um período de 12 anos, mas, por volta de 1890, a prata ficou desvalorizada e, com o declínio do comércio, a cidade acabou ficando totalmente abandonada. 

Em 1966, a cidade foi doada por um empresário e, em 2005, o então governador Arnold Schwarzenegger concedeu a ela o título de “California’s Silver Rush Ghost Town”, e então o local se transformou em um grande museu céu aberto, com prédios originais e conservados e outros reconstruídos. A entrada é paga e lá você caminha por uma legítima cidade do Velho Oeste, onde passeamos até por uma mina subterrânea. 

Saindo de lá paramos em uma parte bem famosa da rota com a inscrição Route 66 no asfalto para tirar fotos - por sorte tinha gente lá e eles tiraram fotos nossas.  

Na estrada, passamos pelo famoso Café Bagdá, que deu até nome para um filme, mas ele estava fechado para férias coletivas. E isso aconteceu algumas vezes ao longo da viagem, pois alguns comércios fecham no inverno. 

Seguimos na estrada pelo deserto, deserto esse que era movimentado demais - acredito que por ser 30 de dezembro e no caminho para Las Vegas - então entramos no estado de Nevada, e para Vegas fomos. 

Estávamos com problema no motorhome, pois havia acendido a luz de injeção, então fomos direto na Cruise America de Las Vegas, e tivemos que trocar de veículo, o que levou algum tempo. Veículo trocado, e já era noite, mas então fomos conhecer a tão famosa Las Vegas. 

Antes paramos no outlet, pois precisava comprar tênis e algumas roupas que não levamos para as crianças e estava esperando um bom outlet para as compras.  

Saindo de lá, paramos no famoso letreiro de Las Vegas, e havia uma fila gigante para fotos, masssss fomos do ladinho e tiramos a nossa, mesmo com gente ao fundo - não perderia tempo numa fila por uma foto! 

Passeamos de motorhome mesmo passando pela Strip e por todos aqueles hotéis gigantes e iluminados. Realmente Las Vegas é outro mundo, e tem o mundo dentro de uma cidade, ou melhor, dentro de uma grande rua!  

Já era tarde e, cansados, fomos para o camping Las Vegas KOA at Sam’s Town estacionar o RV e descansarmos.  

Route 66 de motorhome

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Las Vegas

Dia 9 - 31/12: Saímos logo pela manhã para conhecer Las Vegas, estacionamos o motorhome em um parking público próximo da Strip (baixamos o app e pagamos o parking por lá) e fomos caminhar, pois tínhamos muito para conhecer.  

Ao atravessar a Strip, entramos no The Cosmopolitan, demos uma volta por lá e fomos tomar nosso café da manhã na Starbucks, e seguimos para o Bellagio, conhecemos o cassino, o jardim de esculturas de flores naturais, que, apesar de eu ter achado exagerado (como tudo em LV), é lindo, porque são flores naturais e você não vê uma que não esteja linda e perfeita. 

O hall de entrada do hotel possui um teto de flores de vidro lindíssimo feitas à mão pelo renomado artista americano Dale Chihuly. Seguimos para fora pra ver as famosas fontes dançantes e logo que chegamos começou o show das águas, que é maravilhoso e grátis, só esperar o horário para assistir. 

Caminhamos até o Caesar’s Palace, e andamos no interior para conhecer um pouco. 

Las Vegas é você passear de hotel em hotel! Todos eles têm cassinos, shoppings, teatros, e muito entretenimento. Fomos até o Treasure Island comprar ingressos para assistirmos o espetáculo Mystére, do Cirque Du Soleil, pois quando resolvemos assistir já não consegui mais comprar online, mas presencial deu tudo certo. 

De lá seguimos para o The Venetian e almoçamos em um ótimo restaurante italiano, Matteo’s. Após um pouco de descanso fomos andar pelo hotel e shopping com seus tetos pintados imitando o céu! Parece fim do dia lá o tempo todo. Tem até passeio de gôndola pelos canais dentro hotel. Os hotéis são gigantescos, andamos muito e muito pouco perto da quantidade de hotéis-entretenimentos que há por lá.   

Seguimos de volta para o Treasure Island para assistir o melhor espetáculo que já vimos! 30 anos em cartaz não devia ser menos do que incrível! Esse é o espetáculo mais circense do Cirque Du Soleil e achamos simplesmente maravilhoso, são incríveis e inimagináveis as acrobacias!  

Saímos de lá tarde da noite e a Strip já estava fechada para a comemoração de ano novo. Las Vegas tem a comemoração de ano novo que mais se parece com o Brasil no exterior. Muita gente na rua, muitos brasileiros inclusive. Nossa idéia não era ficar, mas as crianças estavam animadas e nos sentimos seguros, então fomos no motorhome pegar casacos e voltamos para a Strip. 

Os restaurantes só estavam atendendo com reservas ou pacotes de jantar de ano novo e não era o que queríamos, então conseguimos um lanche mesmo com fila menor e essa foi nossa ceia, mas foi um lanche delicioso, Earl Of Sandwich

Eram 23:30hs quando bateu o sono na Isa, e tivemos que entreter ela para não dormir, já que faltava pouco! Fomos para a Strip aguardar a queima de fogos no ano novo, e após contagem regressiva soltaram os fogos e foi lindo de ver! 

Em vários hotéis os fogos exatamente iguais iluminando o céu de Las Vegas! Happy New Year!! Bem-vindo 2024! 

Após os fogos, a multidão já começou a se dispersar e nós também fomos para o motorhome e voltamos para o mesmo camping novamente pernoitar.  

Foi intenso e maravilhoso nosso último dia do ano em Las Vegas! Estar viajando só nós 4 é sempre uma delícia, já colecionamos ótimas memórias de viagens com as crianças, e anos novos por diferentes lugares, tanto no Brasil, como no exterior. Eles são crianças, e claro, agem como crianças, mas são super companheiros de bater perna e conhecer novos lugares, e sou grata por poder conhecer e apresentar tantos lugares junto das minhas preciosidades. 

Route 66 de motorhome 

Chegando ao Arizona

Dia 10 - 01/01: Saímos logo pela manhã de Las Vegas em direção à Hoover Dam, uma grande usina construída no deserto entre os estados de Nevada e Arizona. Imensa, mas não tanto quanto nossa Itaipu. 

Estava bem cheio, pois muita gente faz bate e volta de Las Vegas. Fomos circundando-a de RV, e paramos em um mirante mais alto para observar. 

Entramos no Arizona, e seguimos até Kingman, uma cidade pequena e charmosinha. Lá paramos no Mr D’z Route 66 Diner para almoçar, restaurante típico americano, pedimos uma comida, mas não gostamos muito, o lugar é bem legal, mas definitivamente não gostamos de almoçar ou jantar nesses diners, são comidas mais gordurosas, das quais não gostamos muito.  

Fomos até a Hackberry General Store, mas já estava fechada. Essa foi uma das lojas que inspirou o filme 'Carros' - aliás, o filme foi totalmente inspirado e criado na Route 66. Encontramos referências do filme por todo o caminho, e é muito legal de ver, as crianças amaram. 

Pernoitamos no KOA Journey em Seligman

Route 66 de motorhome

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Seligman, Williams e o Grand Canyon

Dia 11 - 02/01: Seligman é uma cidadezinha pequena que dá vontade de entrar em todas as ruas que vemos! Ela também foi inspiração para a cidade do filme Carros, e os moradores cuidam para termos a experiência de estarmos em Radiator Springs. 

Na loja Cupper Cart tem de tudo, desde souvenirs até museu. 

Caminhando pela rua principal fomos até o RoadRunner, um café cheio de souvenirs com a cara da rota, e lá tomamos um capuccino e café delicioso! 

De volta à estrada, seguimos sentido Williams, a cidade-base para quem vai ao Grand Canyon.

Só paramos no McDonald’s para comprar lanches e seguimos para conseguirmos conhecer o Grand Canyon, porque ele é imenso, mas nós não tínhamos idéia de que era tão grande e magnífico! 

Já conhecemos alguns canyons, mas o maior do mundo é realmente impressionante. Acessamos pela borda sul e fizemos paradas em vários mirantes (Mather, Maricopa, Hopi e Mohave Point) até chegar no melhor mirante (Pima Point) para ver o pôr do sol. 

Ver aquela imensidão e o Rio Colorado cortando ao meio é uma benção de Deus, ficamos maravilhados com tamanha beleza. 

O parque é imenso, pois o canyon possui quase 500Km de extensão, e larguras que vão 200m a 30Km com 1,5Km de profundidade. 

Você pode ficar de 3 horas a 3 meses por lá que terá muito para conhecer, há campings e hotéis dentro do parque. 

Optamos por voltar até Williams, onde passeamos pelo charmoso centrinho e jantamos uma carne muito boa no Restaurante Rodeo

Pernoitamos em um RV Park bem próximo ao Bearizona, o parque de ursos onde iríamos no dia seguinte. 

Route 66 de motorhome

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Bearizona Wildlife Park, Cratera de Barringer e o Novo México

Dia 12 - 03/01:  Logo pela manhã fomos ao Bearizona Wildlife Park para conhecer ursos de pertinho. 

É um parque com 160 acres que se dedica ao gerenciamento, conservação e educação responsáveis da vida selvagem. Ele é um lar para animais órfaos. E você dirige seu carro dentro dos habitats naturais. Vimos alguns animais que não conhecíamos, como bisões, lobos do ártico e o tão esperado urso - pudemos ver alguns descansando e até caminhando! 

As crianças ficaram em êxtase por poderem ver assim tão de pertinho. Depois estacionamos e fizemos um rápido passeio pela parte por onde é possível caminhar e ver os animais e suas “casas”.  

No dia anterior, o motorhome começou a fazer um barulho na bomba d’água, então fomos até uma autorizada da Cruise America em Flagstaff, que estava no caminho, e logo o técnico identificou e fez a troca, mas, com isso, perdemos um bom tempo, que atrapalhou os planos do dia.  

Após a troca, seguimos viagem até a famosa cratera do meteoro do Arizona, a Cratera de Barringer, que deve ter sido formada há 50.000 anos por um meteorito de aproximadamente 50m que atingiu a terra a uma velocidade de 40.000Km/h, deixando uma cratera com pouco mais de 200m de diâmetro. 

A explosão foi equivalente a mais de um milhão de quilos de dinamite. É inacreditável e incrível poder ver! É uma cratera gigantesca, e parece impossível ter sido formada por algo “pequeno” perto do “buraco” formado. A propriedade é particular, e muito bem cuidada, com museu, loja e café, e eles se denominam como a cratera mais bem preservada do mundo. 

Nosso plano era conhecer a Floresta Petrificada, mas não foi possível, ficou para uma próxima viagem. 

Paramos em Holbrock, e conhecemos o Wigwam Motel, onde os quartos parecem tendas indígenas, cheio de carros antigos. Motéis nos EUA são hotéis de beira de estrada, e há muitos deles pela Route 66, com seus lindos letreiros em neon.  

De lá seguimos até Gallup, entrando então no estado do Novo Mexico, e tendo que adiantar 1 hora em nossos relógios devido ao fuso horário. 

Lá jantamos no Applebees e fomos até o USA RV Park para pernoitar. O tempo estava mudando, estava chovendo, e havia previsão de neve. 

Route 66 de motorhome

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Old Town Albuquerque e Santa Fé

Dia 13 - 04/01: Quando acordei e abri a cortina do motorhome foi uma surpresa linda! Estava tudo branquinho, havia nevado muito! Que delícia ver a paisagem mudar de um dia para outro! Não estávamos preparados com calçados adequados, meu marido colocou sacos plásticos nos pés para ir fazer os serviços do RV, e fiz o mesmo para as crianças saírem para ver a neve! Ela estava um pouco alta, então bastava afundar os pés e ficariam com os calçados molhados. 

Saindo de lá já paramos na Starbucks para comprar nosso café da manhã e seguimos pela estrada. Precisávamos abastecer o gás e iríamos procurar em Albuquerque, capital mundial do balonismo. 

Bastante chuva e às vezes neve pelo caminho. Depois de alguns postos (já procurados previamente no Google Maps) encontramos gás para o RV.  

Fomos então até o Old Town Albuquerque, um centrinho super charmoso, com construções em Adobe (uma técnica de construção com tijolos de terra crua, palha e água e depois secados ao sol), então todo o centrinho tem cor de terra, o que dá um charme especial ao local. 

Almoçamos em um restaurante super charmoso, High Noon Restaurant & Saloon, onde aproveitei para provar o bolo de carne, um prato típico da região, e aprovei, delicioso!  

Saindo de Albuquerque, fomos no sentido de Santa Fé, a capital do Novo México, e ficamos encantados! A capital mais linda que conhecemos nessa viagem, toda em construção de Adobe, o que deixa o lugar muito charmoso! 

Até o Capitólio segue o padrão de cor, e além disso é o único Capitólio redondo dos EUA. Passeamos pelo centro, vendo as lojinhas, igreja, praça, tudo coberto pela neve! 

Já de noite seguimos até Santa Rosa, onde pernoitamos no RV La Loma

Route 66 de motorhome

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Chegando ao Texas

Dia 14 - 05/01: Logo cedo aproveitei a lavanderia ao lado do RV e fui lavar as roupas. Roupas limpas, saímos conhecer Santa Rosa, e logo encontramos uma igreja muito bonita, Santa Rose of Lima, e paramos para conhecer e rezar. 

Fomos conhecer o Blue Hole, um pequeno lago com água cristalina, que faz o buraco ser de um azul lindíssimo! Com 24m de profundidade, ele é explorado apenas por mergulhadores. 

Seguimos o caminho até Tucumcari, uma cidadezinha típica da Route 66, e lá vimos a paisagem de uma cidade nevada com um céu azul maravilhoso!  

O posto com a bomba de combustível mais antiga da rota ainda em funcionamento está nessa cidade, além de lojinhas típicas, motéis e letreiros neon.   

Já entrando no Texas e adiantando mais 1 hora aos nossos relógios devido ao fuso horário, eu dirigi um pouco, até chegarmos ao MidiPoint, ou seja, na metade exata da Route 66, que marca 1.139 milhas - seja para Los Angeles ou Chicago, nosso destino.  

Na estrada sentido Amarillo, paramos no famoso Cadillac Ranch, criado em 1974 por Chip Lord, Hudson Marquez e Doug Michels, que foram membros do grupo de arte Ant Farm. 

Eles enterraram 10 cadillacs inclinados na mesma posição. De longe é muito bonito, mas, de perto, tem muita sujeira, latas de tinta spray jogadas aos montes em volta dos carros. Os cadillacs tinham as cores originais até que os visitantes começaram a grafitar neles, e a moda continua, todos podem levar tinta spray (nosso caso!) ou comprar no trailer que fica na entrada e vende souvenires e tintas, para fazer sua pixação até que chegue alguém e faça outra por cima.  

Route 66 de motorhome

Route 66 de motorhome

Seguimos para Amarillo (com trilha sonora - Amarillo By Morning) e, após passarmos pela cidade, fomos até o famoso The Big Texan Steak Ranch, um restaurante típico texano, com cortes deliciosos de carne. 

Há uma loja que vende todo tipo de souvenir, um jogo de tiro ao alvo que as crianças gostaram, e o restaurante com cabeças e chifres de boi e alces enfeitando por todo lado. E, no meio do restaurante, há uma mesa sobre um palco, para quem quiser comer o bife com 2Kg mais acompanhamentos, e quem conseguir dentro de determinado tempo não paga! É assim que funciona desde quando abriu o restaurante em 1960. Tem que ter muiiiito estômago! 

O Big Texan é uma mistura de museu e restaurante, é a atração de Amarillo. É um passeio de almoço ou jantar imperdível! 

Saímos para a estrada já de noite. Íamos pernoitar em Shamrock, mas, no caminho, havia 2 monumentos para visitar, eu já estava chateada por ser de noite, pois queria poder conhecer durante o dia. Então vimos a sombra de uma cruz no céu, e fiquei emocionada. Nossa parada seria para ver a Cross of Lord Jesus e, quando chegamos, vimos que era lá. 

A luz iluminava a cruz, que fazia sombra no céu, e é possível avistar na estrada de longe, fiquei agradecida pela oportunidade, porque é muito bonito e, se fosse de dia, nós não teríamos visto. Um santuário lindo e emocionante com a via sacra em volta da cruz gigante que ilumina no céu, a última ceia e Jesus na cruz, todas as estátuas em tamanhos reais. Além de uma cascata muito bonita. Foi uma benção poder conhecer esse santuário. 

Logo que saímos, já vimos a tal da caixa d’água inclinada propositalmente! Na época foi uma forma de chamar a atenção para um restaurante, e ela continua por lá, ícone da rota, mas não há mais o restaurante.  

Fomos até o Texas RV Park em Shamrock para passarmos a noite. 

Route 66 de motorhome

Route 66 de motorhome

Oklahoma City e arredores

Dia 15 - 06/01: Saímos para passear de motorhome por mais uma cidade-fantasma, porque, apesar de morar pessoas lá, a impressão que temos é de que não mora ninguém, ainda mais aos finais de semana! 

Encontramos o Conoco Tower Station, um posto restaurado que é uma graça, possui loja e café, mas era domingo e por isso estava fechado. Passamos então por toda cidade, que parecia ser fantasma, e vimos a prisão de um único aposento. 

Entramos no estado de Oklahoma e fomos até até Erick. Lá conhecemos a Sandhill Curiosity Shop, que estava fechada (lembra que é domingo e tudo estará fechado!), mas, só de ver por fora, já foi muito divertido, ficamos vendo e tirando fotos das placas penduradas pra todo lado. 

Essa foi a loja inspirou a Lizzie’s Curio Shop da Pixar. A avenida é larga e comprida, com vários prédios de tijolos e alguns murais muito bonitos e bem pintados. Se é fantasma, está bem cuidada, mas não parecia ter muitos moradores.  

Nosso destino do dia era Oklahoma City, mas, no caminho, paramos em Clinton no Oklahoma Museum (fechado, domingo!). Conhecer por fora já foi ótimo. O bom é que mesmo as atrações fechadas sempre têm o que conhecer do lado de fora. 

A próxima parada foi o Route 66 Park, um playground muito divertido para as crianças.  

Em Oklahoma City fomos primeiro em Stockyards City, e então aqui sim nós nos sentimos dentro de um filme de cowboys! 

Almoçamos no Cattlemen’s Cafe, em funcionamento desde 1947, e não é nada menos do que muito bom para comer carne! Restaurante super típico, com autênticos cowboys por lá e pelas ruas nas quais saímos caminhar para conhecer após o almoço. 

Lojas de artigos country, muitas botas, chapéus, selas e tudo que se possa imaginar e em grande quantidade. Lá há um mercado onde acontecem leilões diários, então havia muitas carretas enormes e caminhonetes gigantes dos cowboys. 

Saindo de lá fomos até Bricktow, em Oklahoma City, um bairro repleto de prédios de tijolinhos vermelhos e que possui vários bares e restaurantes, e há um canal onde tem passeios de barco - é um bairro muito charmoso.  Passeamos de motorhome pela cidade e, claro, pelo Capitólio. 

De volta à estrada, já de noite, fomos até Pops 66 em Arcadia, onde há uma garrafa de refrigerante gigante e colorida toda iluminada! É um restaurante típico americano antigo, mas bem conservado, e ele possui mais de 700 rótulos de refrigerantes. 

Mais à frente já estava o Arcadia Round Barn, um celeiro redondo que pode ser visitado internamente, mas já era noite quando passamos por ele e só visitamos por fora mesmo, e vimos algumas máquinas agrícolas antigas em exposição, além de, claro, o próprio celeiro redondo.  

Nosso último destino era o Rock Cafe em Stroud, mas não chegamos a tempo de conhecê-lo aberto (fechou antes do horário informado no Google), inclusive nossa ideia era jantar por lá, mas não foi dessa vez! Conhecemos por fora, assim como fizemos inúmeras vezes nessa viagem, seja fechado pelo horário, ou porque era final de semana ou férias na temporada. 

Fomos até o Warrior RV Park em Tulsa para pernoitar.  

Route 66 de motorhome

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De Tulsa ao estado do Missouri

Dia 16 - 07/01: Logo pela manhã saímos a passear em Tulsa, era domingo, as crianças estavam dormindo ainda e estava quase tudo fechado! Passamos pela Tulsa Cave House, uma famosa casa na cidade que parece ter saído direto do filme dos Flintstones. 

Fomos no centro do universo, um círculo no chão onde você tem uma experiência acústica, ao se posicionar bem no centro dele. Como a Isa ainda dormia, eu e Mateus fomos lá e depois o Rô. 

Tulsa já foi a capital mundial do petróleo, e o Golden Driller, um gigante amarelado de 25m com sua torre de petróleo não deixa os visitantes passarem por lá sem saberem disso. 

Conhecemos também o Buck Atoms Comic Curious, um cowboy gigante, e lá há uma lojinha e algumas esquisitices da rota para ver. Do outro lado da rua está o famoso letreiro Meadow Gold, com um relógio no topo e muitos murais super bonitos pela cidade. 

Paramos em um playground super bacana que vimos no caminho, para alegria das crianças. Saindo de lá fomos provar um breakfast no IHOP, porque café americano pra nós é almoço! O IHOP é uma rede de breakfast que funciona 24hs e, apesar de não ser muito o que gosto de comer, tinham uns ovos benedict deliciosos, e as crianças amaram as panquecas, ovos, salsichas, bacons e as bebidas também. 

Na estrada paramos conhecer a Blue Whale em Catoosa, uma baleia azul construída em um lago. Foi um presente do marido para esposa que fez a alegria dos filhos e de todos os moradores da região nos anos 70, e hoje é ícone da rota.  

Entramos no Kansas e a 1ª parada foi em Baxter Springs, onde vimos postos com bombas antigas de gasolina, murais pelas ruas, e mais uma cidade que, apesar de bem cuidada, parece fantasma, pois quase não vimos pessoas. Fomos até a única ponte de concreto, de 1923, que ainda resiste na Route 66, mas onde não podem mais trafegar veículos, somente a pé, e os veículos usam uma ponte ao lado.  

Seguimos para Riverton, um local que eu queria muito conhecer! Uma espécie de mercearia, loja, floricultura e tudo que se possa imaginar vende ali! É a única loja em funcionamento contínuo e com a mesma família desde 1925, e já foi inclusive inspiração para um curta da Disney. Um senhor muito simpático nos atendeu e ficou muito feliz em saber que somos brasileiros e estávamos fazendo o trajeto da rota completa.  

Fomos para Galena, outra cidade cheia de prédios de tijolinhos que parecem abandonados e alguns realmente estão. 

As cidades da Route 66 tiveram seu auge nos anos 50 e 60, mas, com a chegada das autoestradas, as cidades da rota entraram em declínio. A Route 66 foi oficialmente desativada em 1985. 

O Kan-O-Tex Service Station & Diner é um charmoso posto que serviu de inspiração para o filme Carros. E lá encontramos o verdadeiro Mat, um Harvester 1951 que trabalhava nas minas da cidade. Além dele há um outro que se parece mais com o Mat do filme, e um caminhão de bombeiros. 

Há também um posto de gasolina antigo da Texaco que é uma graça, e lá vimos o Doc Hudson, também do filme Carros. 

Em Galena as crianças puderam brincar dentro de uma City Jail, que é uma grande caixa feita com grades de ferro, que servia para prender o bandido onde quer que ele estivesse. 

Todas essas cidades realmente parecem cenários de filmes, parecemos estar dentro de tantos filmes que já assistimos, bem com cara de sessão da tarde! 

A passagem pelo Kansas foi rápida, mas cheia de história! Entramos no Missouri, e paramos em Joplin, onde vimos murais lindos, e o mais bonito foi o mapa da Route 66 com a metade de um carro vermelho colado no mural.  

Nossa próxima parada foi o Gary’s Gay Parita ou Sinclair Station, mas, quando chegamos, já estava escuro e fechado. Mesmo assim, rendeu boas fotos e pudemos ver as bombas de gasolina e mobílias externas. 

Como viajamos no inverno, às 17hs já estava escuro e quase tudo fechado, então fomos vendo o que pudemos, mesmo que de noite. 

Nosso destino era o Red’s Giant Hamburg, em Springfield (MO), o 1º drive-thru do mundo, e foi, sem dúvida, um dos melhores hamburgueres que já comemos! Ele é de 1940, fechou e reabriu em 2019 com os mesmos hamburgueres da época (sorte nossa!). 

Passeamos pela cidade de motorhome e seguimos para o Rustics Wood RV Park, em Strafford. A beleza de rodar de noite é podermos ver os letreiros em neon, que são o charme da rota. 

Route 66 de motorhome

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De St. Louis ao estado de Illinois

Dia 17 - 08/01: Aproveitei novamente a lavanderia boa do RV Park e depois seguimos para Cuba, era um dia bem chuvoso.

Em Cuba vimos a maior cadeira de balanço, com 12m de altura, que já esteve por algum tempo no livro Guinness dos recordes. Vimos também muitos murais lindos pela cidade.  

Nosso destino era St. Louis, a capital do Missouri e maior cidade da rota entre Los Angeles e Chicago. 

St. Louis é uma cidade super bonita, rodeada pelo Rio Mississipi. 

Seu cartão postal é o Gateway Arch, com 192m de altura, no qual subimos até o topo para ver a cidade do alto. O parque onde fica o arco é muito bonito, e mesmo com muito frio passeamos, mas a chuva atrapalhou um pouco. 

O arco tem um sistema parecido com o de uma roda gigante, entramos dentro de um elevador super pequeno e vamos sentados vendo o arco por dentro, foi muito legal, porque é diferente de subir em um prédio alto. Lá em cima você está no arco, então é como andar em uma lombada grande. 

Há um museu repleto de história, tanto da construção do arco, como do Missouri, no subsolo do arco, que foi construído entre 1963 e 1965. 

Em St. Louis vimos também uma antiga ponte de ferro com uma curva, que já foi muito usada, mas hoje está desativada para carros. 

Saímos da cidade debaixo de muita chuva e seguimos para Collinsville, já entrando em nosso último estado, Illinois

Paramos para jantar no Colton’s, um ótimo restaurante para quem gosta de carnes, daqueles típicos restaurantes texanos com balde de amendoim sobre as mesas, que fez a alegria das crianças, mas principalmente do Mateus! Ainda chovia bastante quando saímos, mas passamos para conhecer a Catsupe Bottle, que é uma caixa d’água em formato de catchup. 

Fomos até o Double J Campground em Chatham para pernoitarmos. 

Alguns RV Parks ou campings onde ficamos foram dicas do site da Motorhome Trips, empresa de Curitiba onde alugamos o motorhome, e outros eu procurava no Google Maps na região que queríamos e sempre encontrava algum, pois nos EUA tem muitos. 

Route 66 de motorhome

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A caminho de Chicago

Dia 18 - 09/01: Este foi nosso último dia na estrada, e a previsão para os próximos dias em Chicago era de tempestades de neve. 

Aproveitamos que tinha uma loja Ross no caminho para comprar botas impermeáveis para as crianças e o Rô. E foi umas das melhores Ross que já entramos - como era cedo, estava organizada, e achamos botas até por U$ 10! 

A Ross é como se fosse um outlet do outlet, se tiver tempo de procurar há muita coisa boa por preços ótimos! No mesmo estacionamento, tinha uma Best Buy, e fomos comprar uma câmera que Mateus havia pedido de Natal, e lá encontramos. 

Seguimos na estrada para Springfield (IL), a chuva deu uma trégua e nossa parada seguinte foi no Capitólio, que entramos para conhecer. 

A entrada é gratuita e super tranquila, basta passar pela segurança (igual de aeroporto) e visitar o prédio, que é lindo, e cheio de história! 

Saindo de lá fomos até o Lincoln Home National Historic Site, pois eu queria conhecer a casa em que Abraham Lincoln viveu. 

A rua, a casa, e uma parte do bairro são bem preservados, e você pode fazer um tour gratuito, basta solicitar os tickets e um guia acompanha até a casa em que Lincoln viveu quando foi presidente. 

A casa só é possível conhecer com guia e foi super interessante aprender como eles viviam, o que faziam, e as crianças também gostaram. Passamos por cada aposento, vendo as réplicas dos móveis, idênticas às que foram do Lincoln e sua família. 

Há mais para visitar e conhecer na rua, mas nosso tempo era curto e ver o principal já me satisfez. 

Saindo de lá, passamos pelo antigo Capitólio, onde Abraham Lincoln governou e fez seu famoso discurso sobre a casa dividida. 

Tínhamos recomendação para almoçar no Maldamer’s, um restaurante bem avaliado de 1884, e vimos que fechava às 14:30hs, mas chegamos lá próximo das 14hs e já não nos atenderam. Fiquei chateada, mas fomos para um italiano próximo, o Saputos Italian Foods, e lá almoçamos uma lasanha deliciosa, tudo muito gostoso, com mobília bem antiga - ele também é um ótimo restaurante. 

De volta à estrada e com chuva, passamos por Atlanta, lá vimos a torre de água sorridente (um 😀 pintado na caixa d’água) e o Bunyon Gigante com seu hot-dog, mais algumas das coisas esquisitas, mas que fazem parte da rota, além de, claro, os murais, sempre lindos!  

Fomos até Pontiac, e lá há um museu de carros Pontiac. Deve ser legal, mas já estava fechado. O que queríamos ver mesmo eram os murais, e foram os mais bonitos de toda a rota! Atrás do museu tem um espaço com vários murais lindos e, claro, fotografamos todos eles! Lá a chuva deu lugar para a neve, e ver nevar foi a alegria das crianças. 

Seguimos para Joliet, última cidade da Route 66 que conheceríamos antes de Chicago. E fomos tentar mais um sorvete famoso na rota, que também estava fechado, pois, como era inverno, eles costumam fechar para a temporada, voltando só na primavera.  

Paramos para ver a Old Joliet Prison, uma antiga prisão de segurança máxima, que funcionou entre 1858 e 2002, e foi usada para gravar séries como Prison Break, dentre outras. 

Tínhamos planejado dormir em um camping bem próximo a Chicago e, como fizemos em toda a viagem, não reservamos nada antes (no verão o recomendado é reservar, pois ficam lotados). Nós simplesmente colocávamos no Google Maps e íamos, e até então todos tinham dado certo, mas esse era dentro de um parque e estava fechado, devido à previsão de tempestade de neve. 

Era nossa última noite, e tínhamos que devolver o RV no dia seguinte pela manhã, e precisávamos de um RV Park ou camping para fazer a limpeza, mas não tinha outro, somente bem fora do nosso caminho. O único jeito foi dormir no estacionamento de um Walmart pelo caminho. Paramos então para comprar uma pizza e seguimos para a nossa última noite. As crianças dormiram e fui então colocar tudo de volta nas malas - essa é a parte chata, porque é pequeno, e acabamos comprando mais do que caberia e tínhamos que fechar as malas - mas no fim tudo sempre dá certo!  

Estava preocupada em passar frio, pois o aquecimento precisa estar conectado na energia, só que eu já havia conversado com a Claudia sobre isso e ela me disse que eles sempre fizeram free camping e nunca passaram frio, e foi com esse pensamento que fui dormir! Mas acordava para aumentar ou diminuir o aquecimento e, por algumas vezes, meu marido teve que ligar o carro para a bateria recarregar, e o aquecimento continuar a funcionar. Não foi a melhor noite, mas deu certo. 

Eu acho que o aquecimento do motorhome estava com problema, porque esquentava ou esfriava muito. Gostamos mais do aquecimento a gás do motorhome da Europa, pois mantém o aquecimento por igual o tempo todo.

Route 66 de motorhome

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Chicago

Dia 19 - 10/01: Logo cedo fomos até o hotel onde nos hospedamos em Chicago, o Hyatt Place Chicago/Downtown - The Loop (ótimo hotel e localização), para deixar as malas, pois assim que devolvêssemos o motorhome já começaríamos a passear.  

Tudo no motorhome é alugado à parte, como kit cozinha (pratos, copos, panelas, talheres...) e roupas de cama e banho. Alugamos o kit cozinha e as roupas de cama e toalhas optamos por comprar, pois saiu por bem menos do que o aluguel. 

No 1º dia de viagem paramos no Walmart e compramos toalhas, lençóis, edredons e deu tudo certo! Mas não iria trazer embora porque faz muito volume, então pensamos em doar para moradores de rua, mas nessa manhã não encontramos nenhum no caminho. 

Na Cruise America, a moça que nos atendeu na devolução contou sobre os centros de doações, e tinha um bem pertinho, o Donation Drop-Off, e então lá nós deixamos toda roupa de cama, cobertas e edredons, e achamos muito bom o serviço, porque você chega e coloca suas doações em um carrinho igual de mercado, os funcionários vão fazer as separações e colocam na “loja” e então pessoas que precisam vão lá buscar, tudo bem organizado. 

Voltamos de Uber até Chicago e ele nos deixou em frente ao Eataly e, com um almoço delicioso, começamos nossos passeios por essa cidade que amamos muito conhecer!  

Saímos a andar pela Magnificent Mile, a rua de compras, cheia de lojas, desde grifes até departamentos. Também vimos alguns prédios famosos, como o The Wrigley Building, Tribune Tower, Trump Tower e a loja da Apple, que vale a pena a visita pela arquitetura, porque ela integra o ambiente externo ao interno. Foi a loja da Apple que eu achei mais linda por conta dessa integração, e ainda de frente para o Chicago River

Saindo dela, atravessamos pela DuSable Bridge e continuamos nossa caminhada. Vimos esculturas de Pablo Picasso e de Miró - “Miró’s Chicago”. 

De volta ao hotel e banhos tomados, pedimos um Uber para irmos até o United Center, a casa do Basquetebol da NBA - Chicago Bulls para assistirmos o time da casa x Houston Rockets. 

Foi a 1ª vez que assistimos a um jogo de basquete no estádio e foi incrível! Amamos estádio de futebol, mas o basquete é bem mais do que um jogo, foi um espetáculo, uma energia incrível, ainda mais com o time da casa tendo ganho. 

Tivemos um probleminha na entrada, pois a minha bolsa era maior do que o tamanho permitido, e eu não sabia, nem imaginava e não tinha lido sobre, e o segurança indicou guardarmos no guarda-volume, mas não era uma bolsa grande, era uma transversal média, e nela só estavam nossos passaportes e um pacote de lenços umedecidos que sempre carrego para as crianças, e então resolvemos tentar entrar por outro portão, que, na verdade, era o portão que indicava em nossos tickets, e o segurança desse portão deixou entrar, porque estávamos com crianças! Sorte nossa ter dado certo, mas já fica a dica. 

Voltamos de Uber embora pro hotel, e foi bem tranquilo. Aliás, a estrutura para desembarcar e embarcar nos Ubers é ótima, fechada e aquecida, e o Uber te diz em qual fila ele está e você caminha até ele. 

Route 66 de motorhome

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Chicago

Dia 20 - 11/01: Saímos logo pela manhã para aproveitar o dia frio, mas de céu azul e sol. A previsão do dia seguinte seria de chuva e só tínhamos 3 dias em Chicago. 

Fomos ao Willis Tower, que era próximo ao nosso hotel, e que é o edifício mais alto de Chicago e possui observatório com lindas vistas da cidade e uma parte com chão e parede de vidro que nos faz integrar a paisagem urbana e rende fotos legais. Mateus pisou e não gostou, mas Isadora fez várias fotos, inclusive pulando! 

Ele já foi o prédio mais alto do mundo quando construído, de 1973 até 1998, perdendo o posto para as Torres Petronas na Malásia. Até chegar ao topo, passamos por uma exposição bem legal sobre Chicago, desde a famosa pizza, até os famosos americanos de Chicago, como Michelle Obama. 

Saindo do prédio e atravessando a rua, já encontramos a Giordano’s, famosa pizza e, claro, tínhamos que provar. Verdade seja dita, a do meu marido é muito melhor! Nós gostamos, mas não amamos tanto quanto ouvimos e lemos recomendações. Ela é bem recheada, achamos mais parecida com uma torta, mas como sempre valeu a experiência, e minha recomendação são as bruschettas de entrada, gostamos mais do que a pizza. 

De lá saímos caminhando, e logo à frente me senti dentro do Chicago Fire! Pois passaram alguns caminhões de bombeiros e pararam em frente um edifício, e lá ficaram, aproveitamos para fazer algumas fotos e Mateus ficou fascinado vendo os bombeiros. Vimos prédios famosos como o Chicago Board of Trade, Federal Reserve Bank e Rookery Building. 

Procurávamos pela placa que marca o início da Route 66, mas, chegando lá, estava só o poste, sem placa! Mas, em uma rua próxima, encontramos a placa que marca o fim, e então tiramos nossa foto, já que percorremos ela do início ao fim. Mas Chicago é considerado o início da rota, e a placa marcando o fim eles colocaram lá exatamente para quem percorrer a rota ao contrário, como nós. 

Essa placa fica bem pertinho do The Art Institute, um prédio grande e bem bonito. Caminhamos pelo Gran Park e fomos até a Fonte Buckingham, que estava sem água, e deduzimos que, por ser inverno, a água com certeza congelaria. 

Fomos caminhando e paramos no Maggie Daley Park, um playground muito legal, as crianças amaram, e nós também, com certeza foi o play mais legal da viagem! Após gastarem boa dose de energia, continuamos caminhando até o Millennium Park, e logo avistamos a Crown Fountain, que estava desligada e foi ligada enquanto andávamos na calçada em volta. 

São 2 painéis gigantes de led onde aparecem rostos de pessoas de diferentes etnias e expressões faciais, e sai água da boca, mas não vimos essa parte, acredito que, por estar frio, pode congelar. 

Andamos mais um pouco, procurando o Cloud Gate, uma escultura metálica que parece um feijão gigante, e toda a volta se reflete nela, é lindo, mas estava em reforma para troca do piso desde agosto, e só pudemos observar de longe pelas grades. Uma pena, e mais um motivo para voltar nessa cidade que amamos tanto. 

Logo ao lado estava a pista de patinação no gelo, e claro que as crianças já começaram a pedir. Ela era gratuita, achei muito legal a iniciativa, nós só tivemos gastos com os aluguéis de patins e pinguim para Isadora, e eles se divertiram lá. 

Já de noite resolvemos jantar na churrascaria Fogo de Chão, pois estava com vontade de comida brasileira, e fomos caminhando até lá, só paramos na Garret Popcorn para garantir nossa sobremesa, e ela é simplesmente a melhor pipoca do mundo! Saindo da churrascaria, pedimos um Uber para voltarmos ao hotel e descansar depois de um dia de muita caminhada. 

Route 66 de motorhome

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Chicago

Dia 21 - 12/01: A previsão do dia era de tempestade, de neve! Mas estava mesmo era chovendo, então mudamos os planos e resolvemos aproveitar o dia para ir ao The Field Museum, o museu de história natural, que existe em todas as grandes cidades americanas.  

Gosto muito de assistir Chicago PD, então andar por Chicago estava materializando o que assisto, e os trilhos de metrô de ferro que passam por cima das ruas são parte do cotidiano dessa cidade vibrante, e como não tínhamos andado de metrô ainda, resolvemos encarar um pouco da chuva que não era forte e ir até a estação. 

Descemos próximo ao Grant Park, e a idéia era ver as esculturas “Agora”, mas só foi possível de longe mesmo, nem caminhando conseguimos ir até o museu e, depois de bater perna em 2 mercados próximos, pedimos um Uber que nos deixou em frente à entrada do museu.  

Guardamos os casacos no guarda-volumes e iniciamos nosso tour pelo museu. Mesmo tendo o dia todo, há muito para ver, é impossível ver tudo devagar em um único dia, então íamos andando e parando no que mais era interessante para as crianças, como os animais taxidermizados, as catacumbas e múmias egípcias, a evolução do universo e os dinossauros. E assim caminhamos pelo museu inteiro, e almoçamos na lanchonete que tem dentro.  

Saímos de lá no final da tarde, exausta de andar, mas não queríamos ir para o hotel, só que a cidade parecia fantasma, eles fecham quase tudo quando tem previsão de tempestade, e ao mesmo tempo que dava um medo, víamos que, no museu, estavam organizando um evento, teria alguma festa lá com comes e bebes, e pensava que, se fosse tão ruim assim, não estariam organizando uma festa grande lá!  

Então resolvemos ir até um shopping, porque caminhar na rua era inviável, e outros museus já estavam no horário de fechar. Fomos então para o Water Tower Place e, mesmo no shopping, havia poucas pessoas e algumas lojas estavam fechadas, dizendo que só abririam no dia seguinte, devido à previsão do tempo. 

As crianças amam a loja da Lego, então ficaram lá olhando um bom tempo e depois atravessamos a rua e fomos até o 900 North Michigan Shops, que estava mais vazio ainda, andamos até a praça de alimentação, jantamos uma massa que tinha lá e pedimos um Uber para o hotel. 

Aproveitei que era um pouco cedo ainda e, enquanto as crianças brincavam na banheira, fui lavar roupas na lavanderia do hotel e depois deixar as malas prontas para nosso voo na manhã seguinte. 

Route 66 de motorhome

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No dia seguinte, a Renata e sua família seguiram viagem para a Flórida, onde iam partir numa nova aventura nos dias seguintes, num cruzeiro da Disney - mas isso já é história para o próximo post!

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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