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Viajando de motorhome pela África do Sul e Suazilândia - a experiência da família da Mirtes rodando 7082Km pelos 2 países

Dicas de viagem de motorhome pela África do Sul e Suazilândia - a experiência da família da Mirtes rodando 7082Km pelos 2 países.
No último post, publicamos o relato da Mirtes, do blog Juntos na Estrada, sobre a viagem de motorhome da família pela Suazilândia

Agora, chegou a vez de dar a palavra à Mirtes para que ela nos dê dicas da viagem de motorhome que ela fez com a família pela África do Sul

Foram 7082Km rodados em 30 dias pelos 2 países, e o que eu mais gostei foi que eles acabaram concluindo o mesmo que nós: viajando de motorhome a gente "economiza" muito tempo e a viagem "rende" muito mais, sem falar na delícia que é ter liberdade no roteiro e a flexibilidade de não precisar de reservas antecipadas. 

Leia também: Roteiro de viagem pela África do Sul em 30 dias de motorhome

Acho que a mosquinha das viagens de RV picou a Mirtes


Nas férias de janeiro desse ano (2017), eu, marido e filha de 10 anos fizemos uma viagem maravilhosa pela África do Sul com uma passadinha pela Suazilândia

Conhecer a África era um sonho antigo, e que não estava nos planos por agora, mas...rá! Surgiu a oportunidade e nem pestanejamos em nos jogar. Estávamos ansiosos por uma roadtrip de motorhome, muito influenciados pelas aventuras do Pequeno Viajante, e como o país tem uma infra ótima de estradas e campings, vimos a oportunidade perfeita de realizar os dois sonhos.

Foram 28 dias de motorhome, e mais um em hotel, e olha, foi pouco para tudo o que queríamos ver e fazer! 



Esqueça a ideia de que a África do Sul é apenas safáris, museus sobre o apartheid e as praias e pontos turísticos da região de Cape Town

O país é enorme e cheio de surpresas e, nos 7082Km que rodamos, vimos e fizemos de tudo um pouco: trilhas entre montanhas, passeios a praias lindas, atividades de aventura com tubarões, tirolesas e boias, visitas a museus encantadores e a uma vila africana e, claro, muito safári!!! 

Além disso, vimos paisagens das mais diversas, passamos por cidades grandes e modernas, outras pequenas e completamente inspiradas na colonização inglesa, e ainda muitas outras com as fortes tradições africanas. 

Estar em um motorhome ajudou muito a conseguirmos seguir o roteiro, pois rende uma ótima economia de tempo com fazer e desfazer malas, parar para comer e dormir, preparar a família para algum passeio. 

Tudo fica muito simplificado! 



Informações gerais

Os brasileiros não precisam de visto para entrar nem na África do Sul nem na Suazilândia, bastando o passaporte válido, e os procedimentos de migração são bem simples para os dois países. 

Mas atenção! Ao entrar na África do Sul foi solicitada a certidão de nascimento de Letícia, documento que nós não tínhamos levado (já que nunca nos foi pedido) e foi um baita susto! 

No final das contas, a carteira de identidade dela resolveu a questão, e nós tivemos que apresentá-la também na entrada da Suazilândia e na saída da África do Sul. 

Já no Brasil descobrimos que as regras mudaram em junho de 2015, e o país passou a exigir a apresentação da certidão de nascimento para todos os menores de idade que entram ou saem de lá, sejam sul-africanos ou estrangeiros. Não me perguntem nem o motivo da exigência nem o fato da carteira de identidade ter sido aceita, já que contém as mesmas informações do passaporte, mas não esqueçam de levar a certidão para evitar problemas.



A África do Sul exige a CIV – carteira internacional de vacinação para a febre amarela e, se você ainda não tirou a sua, não perca tempo, primeiro porque estamos tendo surtos da doença em alguns estados brasileiros, e é prudente que você se vacine, independente de onde more, e segundo porque o procedimento para a CIV é muito simples e você já fica tranquilo para esse e outros destinos (o número de países que exigem a CIV tem aumentado) para o resto da vida – já que desde o ano passado a vacina passou a não ter limite de tempo de validade, bastando uma única dose na vida. 

Quanto à malária, grande parte da África do Sul está livre desta doença, e no nosso roteiro apenas a região do Kruger Park e a Suazilândia possuem incidência. 

Depois de buscar informações, resolvemos não tomar a medicação profilática, mas nos proteger da picada do mosquito. Levamos repelente daqui, daqueles mais recomendados e de duração mais longa, mas compramos um sul-africano assim que chegamos lá, e nas áreas com risco redobramos a atenção com repelente e calças compridas.



Na África do Sul a moeda é o Rand, e na Suazilândia o Lilangeni (no plural, Emalangeni), e a segunda é pareada à primeira. 

Quando fomos, a cotação era de, aproximadamente, 4 rands (ou 4 emalangeni) para cada real. A melhor moeda para levar é mesmo o dólar, que pode ser trocado nos bancos – geralmente as melhores cotações – ou nas casas de câmbio. Mas, se for ficar poucos dias na Suazilândia, nem precisa se preocupar em comprar emalangeni, porque lá o rand é amplamente aceito, do mercadinho à bilheteria do museu nacional.



Quanto à segurança, é preciso atenção, como em qualquer país com desigualdades sociais tão fortes, mas não nos sentimos inseguros em nenhum lugar. 

Fomos com o seguro saúde do cartão de crédito (Visa Platinum) e também não tivemos problemas nem necessidades de acioná-lo. 

Quanto à internet, ainda no aeroporto compramos chips Vodacom na sua loja própria, e tivemos sinal de razoável a bom em praticamente todo o país, com exceção do Kruger Park que, como esperado, só tinha sinal nos portões de entrada, e mesmo assim não era bom. 

Na Suazilândia ficamos apenas 2 noites e acabamos não buscando internet lá. 



O motorhome

Alugamos o motorhome pela Maui, que é bem conhecida na Austrália e Nova Zelândia, e toda a negociação foi feita por e-mail. 

O atendimento não foi dos melhores, digamos que as atendentes são econômicas com as respostas...mas também não tivemos problemas. 

A retirada foi feita no aeroporto mesmo, na hora que chegamos, e a devolução também foi no aeroporto, na véspera de voltarmos.

Alugamos um modelo para 4 pessoas, e foi ótimo para nós. Havia duas mesas que viravam camas de casal, e eram bastante confortáveis. 

O valor já incluía o kit cozinha completo, inclusive com taças de vinho – que são imprescindíveis numa viagem à África do Sul, as roupas de cama e toalhas de banho, e achamos que valeu a pena. Adorei o fato dele ser cheio de armários e porta-trecos! Tudo tinha seu lugar certinho e não foi difícil estabelecer uma rotina nele.




As estradas da África do Sul são muito bem conservadas e sinalizadas, e se não fosse mão-inglesa teria sido tudo muito mais fácil rsrsrs...

Mas sério, Thiago nunca tinha dirigido um motorhome ou qualquer veículo maior, e muito menos na mão-inglesa, mas apesar da insegurança inicial, em uns três dias já estava totalmente adaptado. 

O trânsito todo se inverte e é mesmo muito estranho andar do “lado errado” da rua, mas o nosso cérebro tem uma capacidade de adaptação incrível e logo sai deduzindo tudo.



A estrutura de campings também é muito boa, embora, é claro, a gente tenha ficado em campings de todo tipo, uns muito bons e outros nem tanto. 

Não fizemos nenhuma reserva antecipada, utilizando o app Caravanpark no celular para localizar o camping mais próximo de onde queríamos dormir. 

Os sul-africanos têm uma cultura de camping muito forte, embora eles usem muito mais traillers que motorhomes, mas as férias escolares são em dezembro, e em janeiro os campings estavam bem vazios. 



Nosso roteiro

Fechar um roteiro terrestre para a África do Sul em 28 dias foi um desafio e tanto! 

Como disse, o país é enorme e diverso, as distâncias são muito grandes, e dependendo de onde se está, você vai querer parar a todo instante para uma foto. 

Foram 7082Km no total e ficou muuuita coisa de fora. 

Além disso, a estrutura turística é muito boa e ampla, e é uma pena que a maioria dos brasileiros se concentre apenas nas regiões do norte, por conta do Kruger Park e de Johanesburgo, e do sul, por Cape Town e pela Rota Jardim

Tivemos bons campings em todas as regiões, e as opções de passeios são tantas que é de enlouquecer! Juro, nunca fiquei tão excitada com o número de opções para montar um roteiro quanto na África do Sul! 





Chegamos e partimos por Durban, na província de KwaZulu-Natal, e nossa rota (quase) circular descia até Cape Town, primeiro pelo interior, depois pelo litoral, e depois subia novamente pela região central do país, passando por Johanesburgo e Pretória, chegando até o Kruger Park, quando descemos novamente pela Suazilândia e voltamos a Durban

Algumas coisas entraram no roteiro já lá, e outras acabaram saindo. Foi a viagem com roteiro mais aberto que fizemos, e foi uma experiência muito boa. 

Ter liberdade no roteiro é fascinante, principalmente quando se visita uma região com tantas opções de experiências e atividades.






No próximo post, continuamos com o relato da viagem da família da Mirtes - aguarde que vêm aí todos os detalhes do roteiro de 30 dias!

Você já foi à África do Sul? Tem alguma dica legal? Conte pra gente, deixe as suas dicas nos comentários!

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Veja os vídeos das nossas viagens de motorhome clicando nos links abaixo:

            


            


Veja o post da Mirtes sobre a Suazilândia e também o roteiro de viagem pela África do Sul em 30 dias de motorhome.

Para ler mais sobre a África do Sul, não perca este post incrível sobre o país da Zani Raphaelli, contando da viagem da família com filhas gêmeas de 3 anos em slow travel e muitos esportes radicais

A minha viagem de 6 dias e 1534km rodados pela África do Sul está aqui.

Para ler mais sobre a África do Sul, não deixe de visitar o blog de viagens em família da Mirtes Juntos na Estrada.


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Claudia Rodrigues Pegoraro

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