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Roteiro de viagem pela África do Sul em 30 dias de motorhome

Roteiro de viagem pela África do Sul em 30 dias de motorhome.
áfrica do sulSe você ainda não leu, precisa ler os 2 primeiros posts desta série da Mirtes sobre a viagem de motorhome da família dela pela África do Sul e Suazilândia

No primeiro, ela conta sobre a viagem pela Suazilândia:


No segundo, você vai encontrar dicas gerais de viagem pela África, sobre vistos, documentos que você precisa levar, plano de saúde, cuidados médicos, moeda, cotação, segurança, internet, aluguel de motorhome, como é o trânsito e como são os campings, além de uma prévia do roteiro: 


E agora, para encerrar a série com chave de ouro, este post lindo com todos os detalhes do roteiro de 30 dias da família:

Durban

Durban é a terceira maior cidade do país, e possui a maior população indiana fora da Ásia. 

Foi nossa entrada e saída do país, mas acabamos aproveitando pouco a cidade, parte porque o tempo ficou ruim nas nossas duas passadas por ela, parte porque não priorizamos as cidades grandes mesmo. 

Mas gostamos muito do que vimos, em especial o Victoria Market, um enorme mercado no centro da cidade que mistura a Índia e a África, em alimentos frescos, temperos, roupas, artesanatos e muito mais. Achei o melhor lugar para compra de souvenir que passamos em toda a viagem, tanto em variedade quanto em preço.




Outro lugar que adoramos foi o Temple of Understanding, o maior templo Hare Krishna do hemisfério sul. É lindo e de uma paz incrível. Pena que a chuva insistente não nos deixou aproveitar muito suas áreas externas. 

A chuva também atrapalhou o passeio pelas praias da cidade, que acabamos conhecendo de dentro do motorhome mesmo, mas se o tempo estiver bom, essa é uma ótima opção, já que lá as águas têm uma temperatura bem mais agradável que no sul do país.


Drakensberg National Park

A região de Drakensberg era um dos meus maiores interesses nessa viagem, já que as fotos que tinha visto na internet me deixaram apaixonada! 

Drakensberg é uma cordilheira que se estende por mais de 1.000km, e o seu parque nacional fica na região da fronteira leste com o Lesoto, um pequeno país encravado no meio da África do Sul. 

São muitas opções de trilhas, cachoeiras e visuais de cair o queixo. 

O Amphitheatre, um platô de 5km de extensão, é o principal cartão postal de toda a região, e eu queria muito ter feito a trilha que leva a ele, mas seria um desafio ainda grande demais para minha Leti Aventureira, que já fez várias trilhas menores conosco. 

Assim, escolhemos a trilha circular que leva à Tiger Falls e foi ótimo. Tivemos que nos contentar em ver o Amphitheatre de longe, e já ficamos no lucro, porque vê-lo sem estar encoberto de nuvens não é fácil! 

Queríamos muito ter visitado o Bushmen Cave Museum, um sítio de pintura rupestre que está entre os mais famosos do país, mas eu tive um mega mal estar que acabou nos atrasando e perdemos o horário de fechamento. 

Aliás, um alerta importante, principalmente para quem vai no verão como nós, o sol só se põe perto das 20h, mas os horários de encerramento de quase tudo (de atração turística ao comércio local) é cedo e muito rigoroso. Entre 16h e 17h muita coisa fecha, mesmo com o sol brilhando forte.








Tsitsikamma

Descobri o Parque Nacional de Tsitsikamma já no segundo tempo do meu planejamento da viagem, e só sosseguei quando consegui encaixá-lo – ainda bem. 

Foi lá que optamos em fazer o Canopy Tour, uma espécie de arvorismo com tirolesas, atividade que está disponível em sete pontos do país, e no Tsitsikamma acontece na floresta de árvores gigantes, que podem chegar a 700 anos de idade. 

É uma atividade para a família toda, e no nosso grupo tinha um menininho de no máximo 6 anos de idade. Adoramos descer as tirolesas, e junto à adrenalina estão visuais incríveis que só da copa das árvores é possível.



Outra atividade de aventura que fizemos lá foi o Blackwater Tubing, onde descemos em boias as corredeiras do trecho mais tranquilo e seguro do Rio Storms. 

Eles aceitam crianças a partir de 6 anos e garantem que darão atenção especial a elas, mas confesso que esperava uma atenção melhor. Sugiro que quem vá com criança reforce que o guia deve acompanhá-la, porque é impossível para nós, participantes, ficarmos sempre perto da boia da criança – é a correnteza do rio quem decide em grande parte para onde as boias vão ;)




Tsitsikamma é cheio de opções de aventuras, e a mais famosa é o Bloukrans Bungy, o maior bungy jump do mundo, a 216m do Rio Storms – mas definitivamente não somos aventureiros suficientes para isso, e tive certeza disso quando li depoimentos de pessoas que ficaram 2-3 dias com dores de cabeça após o salto. Passo.

Adoramos as atividades que fizemos, mas não tenho dúvidas de que o melhor de Tsitsikamma é o que você vê. 

Simplesmente ir ao parque nacional e ver as ondas arrebentando nas rochas, observar os dassies (espécie de roedor fofo que tem aos montes lá), fazer a trilha à foz do Rio Storm e cruzar suas pontes suspensas já vai te fazer ganhar a viagem. 





Fora do parque nacional ainda tem a ponte sobre o canyon do Rio Storms, que é de arrepiar! 

E é gratuito. 




Para fechar minhas dicas de Tsitsikamma tem a Big Tree, uma trilha sobre passarelas de madeira por uma floresta linda que culmina na maior árvore da região. 

Adoramos!






Rota Jardim

A famosa Rota Jardim é um trecho da rodovia N2, no litoral sul da África do Sul, que é todo marcado por praias lindas. 

Muita gente que vai a Cape Town opta por alugar um carro e subir a rota parando em algumas praias. O interessante é que não há uma definição única de onde ela começa e onde termina, e os limites mais amplos que vi vão de Port Elizabeth a Cape Town. Não sei qual está mais correto, mas sei que em todo esse trecho litorâneo as praias são lindas demais!

Eu realmente recomendo que se faça esse trajeto com veículo próprio para ter liberdade de parar e seguir onde/quando quiser. 

São muitas praias, a maioria super agradável e bonita, a estrada é boa e bem sinalizada, ou seja, é mesmo um convite a uma roadtrip independente. Se tiver sorte e pegar céu de brigadeiro como nós, suspeito que não se arrependerá de nenhuma parada que fizer. 



Nós paramos em Port Elizabeth, Jeffreys Bay, Tsitsikamma (que falei acima), Plettenberg Bay, Knysna, Gansbaai, Hermanus, e em praias lindas no Cabo Agulhas e na Península do Cabo. 

Em algumas só paramos por algumas horas, em outras dormimos, mas em todas ficamos encantados pela beleza local. 

De todas, a minha favorita foi Knysna, que além de praias lindas possui uma enorme lagoa com uma ilha, penhascos e vistas maravilhosas. Além disso, a cidade é muito charmosa, um balneário sofisticado, com casas lindas – onde Leti viu uma placa de “vende-se” e disse que queria comprar! - e vale um passeio despretensioso por ela. 

Knysna é muito turística, e tem um waterfront super badalado com várias opções de passeios em diferentes embarcações – são bem disputados nos finais de semana, e nós mesmos acabamos não conseguindo embarcar no dia planejado...até pensamos em ficar para ir no dia seguinte, mas Leti não quis abrir mão da gruta de Cango Caves, então ficou para uma próxima vez. 






Port Elizabeth tem um centro histórico bem interessante, Jeffreys Bay é um badalado point de surfistas, Plettenberg Bay tem um mirante lindo e uma praia bem propícia para banho, em Gansbaai fizemos o mergulho com tubarões brancos e Hermanus, além de linda, tem um calçadão super agradável com várias obras de arte. 

Em várias, como Hermanus e Knysna, se pode avistar baleias na época certa (setembro), o que deve ser um espetáculo encantador. 

E tem muito mais que não vimos. Acho que, se perguntar a várias pessoas que fizeram essa rota, perceberá que nenhum roteiro foi igual ao outro, dependendo dos interesses e da disponibilidade de tempo. 

Aliás, aqui também o tempo foi um carrasco...queria ter ficado mais em cada praia e ter conhecido outras, mas tínhamos ainda muito a rodar e conhecer.








Cabo Agulhas e Península do Cabo

Acho que tanto o Cabo Agulhas quanto a Península do Cabo fazem parte da Rota Jardim (embora muitos não concordem), mas preferi falar deles separadamente por serem mais densos mesmo. 

Primeiro é preciso dizer que é o Cabo Agulhas o verdadeiro ponto extremo sul do continente africano, embora seja o Cabo da Boa Esperança, que fica na Península do Cabo, quem leva a fama. 

É que era o Cabo da Boa Esperança, antigo Cabo das Tormentas, que atormentava os navegadores europeus, em especial os portugueses, que não conseguiam passar por ele para chegar à Índia. Mas ele está totalmente no Oceano Atlântico! É no Cabo Agulhas, a oriente do primeiro, que os dois oceanos – Atlântico e Índico – se encontram.

No Cabo Agulhas, a maior atração é sem dúvida o marco do extremo sul do continente, que é o ponto que separa (ou une) os dois oceanos. 

Outro ponto imperdível é o Farol do Cabo Agulhas – estacione no farol e depois da visita siga a pé pelas passarelas de madeira que ficam na praia e que te levarão ao marco dos dois oceanos. 

É possível subir até o topo do farol por um conjunto de escadinhas bem íngremes, e lá do topo ter uma vista linda da praia. 

No caminho para o farol, há a praia de Struisbaai, que super vale uma parada.






A Península do Cabo fica muito próxima de Cape Town, e pode ser visitada como um passeio de lá, mas não faça um passeio rápido! 

Aliás, eu sugiro um dia inteiro para conhecê-la. 

O caminho já vai surpreender, pelas curvas que contornam as montanhas e mostram visuais e praias maravilhosas. Mas o que todos querem ver é o Cabo da Boa Esperança, que lembramos das aulas de história. 

O cabo faz parte do Parque Nacional da Table Mountain, e tem uma portaria de acesso onde é cobrada uma taxa diária (135 rands por pessoa) – o Cabo Agulhas também faz parte de um parque nacional, mas nesse não há portaria. 

Cruzada a portaria, prepare-se para muitas paradas. A estrada e as praias são lindas, de verdade, valerão vários minutos de contemplação.

Existem dois marcos de navegação importantes no parque: os padrões a Bartolomeu Dias e a Vasco da Gama – respectivamente o primeiro e o segundo navegador, ambos portugueses, a dobrar o Cabo da Boa Esperança. 

Eles ficam meio distantes um do outro, e os acessos não são dos melhores – acabamos visitando apenas o primeiro. 

Mas os queridinhos dos turistas mesmo são o Cape of Good Hope e o Cape Point Lighthouse - e aí é preciso explicar, porque nós mesmos ficamos perdidinhos quando vimos esses dois pontos no GPS. 

Se olhar o mapa, o extremo sul da península forma duas pontas, na mais a oeste, está a placa do Cape of Good Hope, aquela que aparece em tantas fotos como o extremo sul do continente africano (mas a placa diz “extremo sudoeste do continente africano” – e ninguém pode acusá-los de mentir, né?). 

Na outra ponta está o Cape Point e seu farol, com uma estrutura bem legal e uma vista maravilhosa. 

Um funicular te leva ao farol, e a estrutura conta com estacionamento, lojinha de souvenir (uma das mais caras da viagem) e restaurante. 

Ambos possuem trilhas para se subir aos mirantes, e estavam muuuito cheios de gente. 






Na volta para Cape Town, aproveitamos para ir a Boulders Beach em Simon’s Town, conhecer os fofíssimos pinguins sul-africanos. 

Já tinha lido a recomendação de preferir vê-los em Stony Point, do outro lado da False Bay, que é mesmo menos famosa, mais barata, menos muvucada e tão legal quanto, mas estávamos com o roteiro meio apertado e já estávamos ali mesmo. 

Realmente estava lotado, mas como já chegamos perto de fechar, tinha muito mais gente saindo do que chegando. 

Não precisa dizer nada sobre eles, né? São mesmo bichinhos muito fofos e lindos, e observá-los soltos na praia e no mar é encantador. 

A colônia é enorme, vimos muuuuitos pinguins nas pedras, na areia e no mar. Filhotes, jovens e adultos, chocando ovos, cruzando, nadando...ficamos muito tempo pelas passarelas que nos separam deles, admirando e fotografando.





Cango Caves

Fizemos um desvio na “nossa Rota Jardim” (porque cada um tem a sua) logo depois de Knysna para visitar um ponto turístico bastante badalado da África do Sul: as grutas de Cango Cave

O lugar tem uma estrutura muito boa, e você poderá escolher entre dois roteiros, um menor e mais comum e um de aventura. A diferença entre eles é que o segundo tem o percurso aumentado por um trecho com direito a fendas e passagens estreitas – se você estiver na dúvida se consegue ou não passar por todas, ao lado da bilheteria há totens de madeira para um teste prévio!

Particularmente eu adoro visitar cavernas e grutas, e pelo jeito marido e filha também. Nunca perdemos a oportunidade de encaixá-las a nossos roteiros. 

No caso de Cango Cave, a visita é bem interessante, com salões enormes, muitos e lindos espeleotemas, iluminação estrategicamente colocada para valorizá-los e bons guias.




Na ida à gruta, aproveite para apreciar os visuais maravilhosos das montanhas e o artesanato com ovos de avestruz – a região é a maior criadora de avestruz do país. 

Paramos em uma fazenda para comprar ovos de avestruz decorados com pinturas e/ou talhados, um trabalho lindo – a lojinha fica na beira da estrada e seus preços são bem melhores que os das lojas. 




Cape Town

Cape Town é mesmo o principal destino turístico do país, e na cidade, nada é mais turístico que a Table Mountain, uma cadeia de montanhas perto do mar que pode ser vista de vários pontos da cidade – e claro, com um platô (aparentemente) plano que lembra uma mesa. 

Vou passar a dica que recebi: chegue a Cape Town olhando para o céu, e na primeira oportunidade em que ele esteja aberto na região da Table Mountain simplesmente vá para lá. 

É que é muito comum que o tempo esteja nublado e a montanha encoberta, e é melhor não arriscar. Nunca deixe para visitá-la no último dia na cidade. Se ela está visível, simplesmente vá!

Pude comprovar que esta é uma boa dica. Chegamos a Cape Town no meio da manhã, com um céu azul de brigadeiro, e sem nem pestanejar fomos visitar a Table Mountain. Saímos de lá no final da tarde, e foram muitas horas de encantamento com as belezas da cidade vista de cima. 

No dia seguinte, no meio da manhã, avistamos a montanha e estava tudo nublado! 

No topo da página inicial do site do bondinho, onde é possível também comprar ingressos, há um banner com a situação de visibilidade da montanha, e a informação se o bondinho está funcionando ou não – sim, eles param o bondinho se as condições do tempo não forem favoráveis.

Para os mais aventureiros, o bondinho não é o único meio de chegar ao topo da Table Mountain! Há várias trilhas para chegar lá, e vimos grupos se aventurando na subida ou na descida. 

Para descer, há ainda a opção do rapel, e vimos o grupo Abseil Africa em atuação lá. 

Nós fomos pelo tradicional, e subimos e descemos de bondinho. Já lá em cima, depois de muita contemplação e fotos, nos aventuramos pelas trilhas do topo, que ficam à direita de quem está saindo do bondinho (passando por toda a estrutura de restaurantes, praças e mirantes). 

Ficamos o resto do dia lá e foi maravilhoso. Os visuais são apaixonantes e você nem sente o tempo passar.









Saímos da Table Mountain por volta de 18:30h, mas o sol ainda estava forte. 

Seguimos então para a Signal Hill, o por do sol mais famoso da cidade, que também faz parte do Parque Nacional da Table Mountain. 

O caminho é lindo, com vistas maravilhosas da cidade. Lá em cima tem um estacionamento e uma das molduras da Table Mountain (existem várias espalhadas pela cidade, e garantem ótimas fotos com a Table Mountain ao fundo), mas o que todos querem fazer mesmo é se esparramar no chão (forrado com uma tela), tendo a vista do mar, e esperar o por do sol.

Muitas famílias, muitos picnics, muito vinho, um clima delicioso. 

Ficamos pouco tempo, e não esperamos os últimos raios de sol...uma pena, mas ainda não tínhamos fechado camping e estávamos cansados demais – e o sol só iria de vez por volta das 20:00h.



Ficamos apenas 2 dias em Cape Town mesmo, por uma opção de privilegiar o interior e as cidades pequenas, já que o tempo não nos permitiria aproveitar ambas com a calma que merecem. 

Então, o segundo dia foi dedicado à história do apartheid, e começou com uma visita ao District Six Museum, um pequeno museu no centro da cidade que conta como os sul-africanos foram violenta e irracionalmente retirados de suas casas e encaminhados para um “bairro de negros”, e em seguida o bairro do sexto distrito praticamente destruído.

Chocante, mas imprescindível para uma visita à cidade, um bom retrato do que aconteceu em vários outros locais pelo país. 

A dica é aproveitar a ida ao museu para fazer uma boa caminhada pelo centro da cidade – esse também pode ser um bom momento para comprar batas africanas e outros souvenirs nas banquinhas da rua, ou aproveitar para fazer câmbio nos bancos, como nós fizemos.




De lá, seguimos para o V&A Waterfront, para fazer a travessia até Robben’s Island, a famosa ilha em que Mandela ficou preso por 18 anos. 

O ingresso já estava comprado pela internet, e essa é uma importante dica – o passeio é muito procurado, principalmente no verão, quando fomos, e são apenas dois barcos por dia, um pela manhã e outro à tarde. 

O trajeto até a ilha é curto, mas, principalmente no inverno, o mar pode estar bastante agitado. 

A ilha, que além de cárcere para prisioneiros perigosos, já foi hospital psiquiátrico e de leprosos, é hoje um museu, e todo o tempo que os visitantes ficam lá é monitorado por guias que vão contando toda a história da ilha e do seu prisioneiro mais famoso. 

Depois do barco, o trajeto é feito por ônibus, e há duas paradas principais: em uma lojinha/lanchonete em que se tem uma vista linda de Cape Town e da Table Mountain, e no complexo de celas, onde a mais importante é a que abrigou Mandela. 

No complexo de celas, passamos a ser guiados por ex-prisioneiros da ilha, o que torna tudo muito emocionante. O nosso era uma simpatia, e nos informou que foi preso por fazer parte do movimento estudantil e ter participado da organização de boicotes aos transportes públicos. 

Não é um passeio leve, mas é uma oportunidade única de entender de forma mais próxima esses fatos tão importantes da história sul-africana e mundial.





O passeio todo dura cerca de 3h30min e, de volta ao W&A Waterfront, pudemos aproveitar um pouco sua excelente estrutura. 

São vários restaurantes, lojas, praças, palcos com apresentação de música e parques infantis. 

Como última atração do dia, fomos na sua famosa roda-gigante – eu confesso que não me empolgo muito com roda-gigante, e não achei essa nada de mais, mas admito que a vista é bonita, e a filha adorou. 




Karoo

Quando começamos a pensar nos safáris que faríamos, o Kruger Park logo saltou aos olhos. 

Além desse, planejávamos fazer safáris na Suazilândia, mas ainda haveria espaço para mais um. 

As opções são tantas na África do Sul, entre parques nacionais e parques e reservas privadas, que essa escolha não é uma tarefa fácil. 

Optamos por irmos apenas a Parques Nacionais, os SAN Parks (South African National Parks), e mesmo assim as opções eram muitas. 

Então encontramos o Karoo National Park, e ele pareceu perfeito, já que é a porta de entrada para o deserto da Namíbia, região que sonho tanto conhecer. 

Foi nossa estreia em safáris, e minha expectativa estava muito mais para os morros avermelhados do que para os animais, mas o Karoo foi tudo isso e muito mais!

Chegamos lá no meio da manhã e já seguimos direto para o nosso primeiro safári. O dia estava absurdamente lindo, com o céu azul num contraste perfeito com os morros avermelhados, e eles eram ainda mais do que eu havia sonhado. 

Sei que não se comparam aos morros de areia vermelha do deserto da Namíbia, mas são lindos e me deixaram encantada. 

Os animais também estavam lá, e vimos muitos, cada um mais lindo que o outro. No Karoo há apenas um dos chamados big five (os cinco pop stars do mundo dos safáris africanos): o leão, mas nesse dia ele não apareceu. 

No dia seguinte, começamos o safári cedinho, horário em que os animais estão mais ativos (olha a vantagem de dormir no motorhome no camping do próprio parque), e dentre os muitos animais que vimos, dois ganharam o dia: um tímido suricato que quase não se deixou fotografar (são típicos do deserto da Namíbia e nem imaginava encontrar algum na viagem) e o rei da selva! 

Pois é, observamos de muito perto (ao lado do motorhome) três leões adultos, dois machos e uma fêmea. Nossa!!! Foram muitas fotos, vídeos e mais de uma hora observando o vai e vem deles entre as moitas, em busca da melhor sombra. Foi aí que nos apaixonamos por essa “coisa de safári”! 

Ficar horas observando o comportamento de um animal, esperando ele se mostrar ou ficar no melhor ângulo para uma foto ou simplesmente uma observação? Sim, nós curtimos! Muito!!!

A estrutura do Karoo National Park é muito boa, uma lojinha com ótimas opções de comida, bebida (inclusive vinho) e souvenir, a preços bem melhores que os do Kruger, por exemplo. 

O restaurante também parece muito bom, mas não experimentamos. 

O camping é ótimo, com boa cozinha e lavanderia (com máquinas de lavar e secar), e ótima vizinhança (tartarugas, passarinhos e pequenos roedores). 









Kimberley

Precisávamos de uma cidade para dormir entre o Karoo e Johanesburgo, e foi meio por acaso que descobri o Big Hole, em Kimberley, nada menos que o maior buraco aberto pelo homem do mundo. 

O que me chamou atenção foi simplesmente a foto do Big Hole e o azul inacreditável de sua água, mas a visita a Kimberley nos proporcionou muito mais que isso. 

O tal buraco é o resultado de anos de escavações numa das mais produtivas minas de diamantes que já existiu. Foram anos e anos de picaretas, pás, carrinhos de mão, e mãos humanas (em sua esmagadora maioria negras) e muitas toneladas de diamantes abastecendo o mundo, que deram origem àquele imenso buraco, que encheu de água por ter atingido um enorme lençol freático. 

Acontece que a descoberta de diamantes na África do Sul, que aconteceu em Kimberley, provocou a maior corrida de diamantes do mundo, e novos conflitos no país, fazendo a Inglaterra avançar novamente para regiões já autônomas, o que deu início à chamada Guerra dos Boeres, episódio importantíssimo da história sul-africana. 

Entender sobre esse período da história ajuda inclusive a entender melhor como essa sociedade chegou ao regime do Apartheid. Para quem gosta de história, conhecer Kimberley é um prato cheio!

Com o ingresso se visita, além do Big Hole, um museu super interessante, que conta sobre como se dá a formação dos diamantes, a história da descoberta de diamantes em Kimberley, o funcionamento da mina, sua ascensão e queda, e uma réplica da antiga cidade da época de funcionamento da mina, com casas, lojas, serviços como barbearia e cafeteria – uma verdadeira viagem no tempo! 

Apesar de sua decadência, Kimberley é uma cidade grande, com shoppings e muitos serviços, ideal para uma parada no meio da viagem.







Soweto/Johanesburgo/Pretória

Como aconteceu com Cape Town, tivemos passagens rápidas pelas outras cidades grandes do país, muito mais rápidas do que elas mereciam, mas era o que dava para fazer, já que nosso maior interesse era mesmo o contato com a natureza e a cultura africana. 

Passamos apenas uma tarde no Soweto, mas foi tempo suficiente para rodar bastante conhecendo o maior bairro destinado a negros do período do Apartheid (na verdade o Soweto era um conjunto de bairros onde os negros da região de Johanesburgo eram levados após serem retirados dos bairros destinados aos brancos com a implantação do regime).

Hoje é uma cidade independente, bastante populosa e, apesar dos avanços que teve nos últimos anos, é impossível não perceber como ainda é empobrecida e carente de infraestrutura. 

Chegamos na hora da saída das escolas e nos atrapalhamos para encontrar nosso primeiro destino, o que nos permitiu ver e fotografar muito da vida do bairro. 



Acho que a principal atração do Soweto são suas ruas, casas e moradores – eles formaram o maior símbolo da segregação racial da África do Sul. 

Mas a segunda, certamente, é uma rua em particular, que recebe a casa de Nelson e Winnie Mandela, e do arcebispo Desmond Tutu, a única rua a ter dois prêmios Nobel da Paz. 

A Mandela House foi transformada em museu e está aberta para visitação, com muitos objetos da família e muito da história de Mandela, antes, durante e depois da prisão, e também do período como presidente da África do Sul. Tivemos um ótimo guia lá, super animado e engraçado, respondeu todas as nossas perguntas e fez dezenas de fotos com a nossa máquina. 




No quarteirão seguinte, do outro lado da rua, está a casa em que morou Desmond Tutu, mas essa é de propriedade privada e não pode ser visitada. 

Ao longo de dois ou três quarteirões, muitas lojinhas e barraquinhas de artesanatos, e rapazes cantando e pedindo trocados – apesar da bagunça, não me senti ameaçada, mas é melhor não marcar bobeira. 



Queríamos ainda ir ao Museu Hector Pieterson, que conta a história dos levantes ocorridos no Soweto na época do Apartheid, uma época de muita violência, que tem na figura de Hector, um menino de 13 anos morto nos braços de um amigo em um destes confrontos, um símbolo, mas o museu estava fechado em reforma.

Em Johanesburgo ficamos um dia inteiro, e o plano era ir ao Museu do Apartheid pela manhã e, à tarde, conhecer outras atrações da cidade. Rá! 

O fato é que só conseguimos sair do Museu do Apartheid às 17h, praticamente expulsos quando o museu fechou. Almoçamos na lanchonete de lá e foi uma imersão total. Pena que não é possível fotografar as áreas internas, mas o museu é muito detalhista em todos os acontecimentos anteriores, durante e posteriores ao regime. 

Uma maravilhosa aula de história, com textos, fotos, vídeos, áudios e objetos. Foi quando conseguimos entender melhor como era a África do Sul antes e como a sociedade sul-africana chega a esse absurdo regime de segregação, o que leva à crise e ao final do regime, e como foi o período depois da queda do regime, um período delicadíssimo da África do Sul. 

Leti ficou um pouco cansada, mas a verdade é que ela também gostou muito do museu. Fomos contando, sempre com um filtro mais suave, os acontecimentos para ela. 




Bom, de resto, passamos de motorhome mesmo pelo centro da cidade, cruzamos a ponte Nelson Mandela, e seguimos para o camping.

No dia seguinte, fizemos um desvio no roteiro para visitar o maravilhoso Maropeng e Sterkfontein Caves, mas no final do dia conseguimos encaixar uma passagem relâmpago por Pretória, a capital do Executivo sul-africano. 

Foi tudo muito rápido, e além de uma passagem de motorhome pela cidade, visitamos o Freedom Park já perto do seu encerramento. 

O Freedom Park foi construído a pedido de Mandela para homenagear os heróis que lutaram pela liberdade no país. 

Ele fica numa região alta da cidade e é muito amplo, com várias áreas. 

Conseguimos visitar as principais, como o memorial em homenagem aos mortos em conflitos no país, o enorme muro formado por um total de 75 mil nomes destes heróis nacionais escritos em placas como tijolinhos, e o anfiteatro, com uma pira eternamente acessa. 

Outra coisa sensacional é o mirante de onde se pode ter uma visão linda da cidade. 

Mas o que mais gostei mesmo foi a enorme exposição permanente que conta de uma forma super visual e criativa a história da África do Sul, desde a evolução humana, as migrações, os primeiros povos, os colonizadores, até o apartheid e os dias atuais. 

Fiquei encantada, e morrendo de dor por não poder ficar mais tempo e ver com mais calma. Muito interessante, muito mesmo! 







Maropeng e Sterkfontein Caves

As Grutas de Sterkfontein foram os locais dos mais importantes achados paleontológicos humanos na África do Sul, destacando-se os fósseis “Mrs Ples” – o crânio mais completo da espécie de parente mais distante do homo sapiens, e o “Little Foot” – um esqueleto quase completo da mesma espécie, mas ainda mais antigo. 

As escavações e estudos nas grutas continuam, mas é possível visitar alguns setores, e nós, que adoramos visitar cavernas, achamos sensacional! 

Dentro das grutas houve bem pouca intervenção, é tudo bem rústico, o que para mim é uma ótima vantagem (e nesse aspecto se diferencia bastante da visita a Cango Caves), mas a estrutura externa é bem legal, e antes da entrada da caverna há uma exposição com várias réplicas de fósseis e explicações sobre as descobertas na gruta, lojinha, lanchonete e banheiros. 

Toda a visita é acompanhada por um guia, e há alguns trechos bem estreitos, mas nada muito complicado de passar.





Com a região famosa por essas descobertas, foi criado, a alguns quilômetros das grutas, o Maropeng – o berço da humanidade, um museu interativo sobre a história da evolução humana, que está encravado em um monte e, sinceramente, superou todas as nossas expectativas. 

Nossa filha ficou encantada, e nós também! 

Desde o big bang, as transformações do Universo e da Terra, o surgimento da vida, a evolução das espécies, até os dias de hoje, a diversidade humana, os 5 sentidos, a linguagem, a escrita...e tudo interativo, sensorial, muito divertido! 





Rota Panorâmica

A chamada Rota Panorâmica é a região dos cânions verdes do Blyde River, que conta ainda com cachoeiras lindas, e não é à toa que a rota recebeu esse nome. 

O lugar é encantador, de belezas naturais únicas. Está localizado próximo ao Kruger National Park e no caminho entre este e Johanesburgo, portanto, relativamente fácil de ser visitado por quem está de veículo próprio. 

Nossa pretensão era, ao sair de Pretória, já dormir bem próximo da cidade de Sabie para iniciar o trajeto de visitação aos pontos da rota bem cedo e conseguir ver tudo. 

Mas saímos de Pretória tarde e pegamos fog na estrada, o que nos fez parar bem antes do planejado. 

Com isso, e com o aperto na reta final do roteiro, iniciamos a Rota Panorâmica com a nítida sensação de que não conseguiríamos ver tudo o que planejamos, afinal, seriam muitos pontos de interesse. Mas nós conseguimos! 

Tudo é muito pertinho, e estarmos de motorhome e não termos parado para comer em restaurante facilitou as coisas. 

Assim, se você estiver de veículo próprio e tiver pelo menos um dia para a região, vá! Garanto que não se arrependerá – prepare ou compre uns sandubas se não estiver de motorhome e se jogue ;)

O caminho para Sabie já é lindo e garante visuais incríveis. 

Entre Sabie e Graskop (principal cidade da rota), estão Mac Mac Pools, Mac Mac Falls e o vilarejo de Pilgrim’s Rest. 

Apesar da água fria, um mergulho na Mac Mac Pools é um bom começo de dia! 





A entrada para Mac Mac Falls fica um pouco depois na estrada, e para mim é a cachoeira mais bonita da região. 

Pilgrim’s Rest é um verdadeiro museu a céu aberto! 

A localidade viveu seu auge com a mineração de ouro, mas com o fim da mina veio também sua decadência, e hoje eles vivem do turismo, atraído pela conservação dos prédios que parecem pertencer à uma cidade fantasma do início do século XX – o acesso não é dos mais fáceis, apesar de curto, e o passeio é meio “pega turista”, se você não ficar esperto. 

Como tínhamos pressa, recusamos todas as ofertas de tours pagos pela cidade, e apenas fizemos um passeio pelas suas ruas, o que é mesmo o mais legal de lá.



Mac Mac Falls
Depois de Graskop, seguindo sua rua principal, tem-se o trecho mais famoso e que realmente ganhou o nome de Rota Panorâmica. 

Com medo de o tempo não ser suficiente, começamos pelo final, e fomos voltando até Graskop, privilegiando as atrações que mais queríamos ver. 

Assim, fizemos o Three Rondavels – a vista mais ampla e bonita do cânion do Rio Blyde, Berlin Falls, Lisbon Falls, God’s Window e Pinnacle


Berlin Falls

Lisbon Falls

Pinnacle

Pelo que percebemos, a Janela de Deus é a atração mais famosa, mas sinceramente não entendo a razão, principalmente depois da vista do Three Rondavels (visão mais ampla e impactante do cânion do Rio Blyde, com os 3 morros em formato cônico – os rondavels). 




Na Janela de Deus, não deixe de seguir o caminho depois da “janela” e fazer a trilha que segue – a vista do topo da trilha é muito bonita, e dá a impressão de estarmos muito próximos do céu, no mesmo nível das nuvens.





Vou recomendar o camping Panorama Chalets & Rest Camp, que tem uma vista linda do cânion, e fica ao lado da tirolesa Big Swing, uma boa opção de aventura para os mais corajosos. 

O centrinho de Graskop também vale a pena ser visitado. 

No dia seguinte à rota, tomamos café na manhã no famoso Harrie’s Pancake e seguimos para o esperado Kruger National Park.


vista do camping

Kruger Park

Acho que o Kruger Park dispensa apresentações. É o maior parque natural da África do Sul, com extensão territorial próxima do estado de Sergipe e, pelo menos entre os brasileiros, é o mais famoso e procurado para safári. 

Fizemos safáris em 4 parques diferentes e, sem dúvida nenhuma, foi no Kruger onde vimos a maior variedade e quantidade de animais – e o seu tamanho certamente é um fator importante para isso.

O Kruger possui 9 portões – por qualquer um se pode entrar e sair – e várias opções de hospedagem espalhadas pelo parque, para todos os gostos e bolsos. 

Vindos de Graskop, entramos pelo portão Paul Kruger, e saímos pelo portão Crocodile Bridge, seguindo em direção à Suazilândia

Leia também sobre a Suazilândia.

Chegamos no meio da manhã de um dia, dormimos 2 noites no parque – a primeira no Skukuza Camp e a segunda no Lower Sabie Camp – e saímos no final da manhã do 3º dia – e nesse tempo todo rodamos apenas o extremo sul do parque! 



A velocidade máxima dentro dele é de 50km/h e, além disso, alguns animais nos consumiam muitos minutos, às vezes horas, em observações, clicks, busca pelos melhores ângulos.

Achamos tudo muito organizado e tranquilo lá. 

No portão de entrada eles já explicam todo o funcionamento do parque, entregam mapa e folhetos e tiram suas dúvidas. 

Se você vai ficar pouco tempo e já sabe exatamente o que vai fazer, o ideal é que, nesse momento, você já reserve e pague tudo: as taxas diárias (de conservação e visita), as hospedagens, os games (o que geralmente nosso imaginário atribui a um safári: passeio em grandes jipes verde-exército com guias especializados para observar animais) e outros passeios que pretenda fazer. 

Mas, se você estiver com bastante tempo e flexibilidade, pode ir fechando as coisas aos poucos nos portões ou rest camps

É legal também, antes de ir dar, uma vasculhada no site do parque e no mapa para ir começando a planejar sua visita.



Muita gente tem dúvidas se vale a pena pagar games no Kruger ou se é melhor fazer o safári com veículo próprio. 

Bem, isso é muito particular, e teremos sempre defensores para qualquer um dos dois tipos. 

Nós chegamos à África decididos a fazer pelo menos 2 games no Kruger e 1 em cada um dos outros parques, mas encontramos em Cape Town uma família brasileira que tinha chegado há pouco do Kruger, e eles nos alertaram: “não precisa pagar pelos games, vimos todos os animais que queríamos no nosso carro mesmo”. 

Resolvemos então tentar primeiro fazer com veículo próprio, para depois analisar a necessidade de game, e a verdade é que desde o primeiro, no Karoo, achamos tão divertido fazer safári por conta própria, e vimos tantos e tantos animais que, mesmo não tendo visto todos que queríamos (faltou a cheeta e, acreditem, o búfalo), não nos arrependemos nem um pouco de não termos feito games nem no Karoo e nem no Kruger (fizemos apenas um no parque Hlane na Suazilândia). 

Vimos vários jeeps de games e ficamos observando o desespero dos participantes para, sentados onde estavam, observar e fotografar os animais. Do nosso motorhome, conseguíamos levantar, trocar de lugar, passar para a outra janela e até usar o banheiro ou preparar um lanchinho enquanto aguardávamos o senhor rinoceronte resolver mudar de posição e virar o chifre ao invés da bunda para nós!





A exuberância da vida animal no Kruger é notória e, mesmo não tendo ido na melhor época (o inverno, que é seco e tanto deixa a vegetação baixa quanto obriga os animais a se juntarem nas reservas de água), vimos muitos animais. 

Se no Karoo vimos grupos de 4 a 5 zebras, no Kruger víamos 50, 60 pastando juntas. Impalas então, eram centenas. Elefantes, vimos várias manadas, cruzando a estrada, tomando banho no rio, comendo. Famílias inteiras de girafas e lagos fervilhando de hipopótamos. 

Mas a verdade é que, na natureza, nada é garantido, e poderíamos não ter tido tanta sorte. 

Por exemplo, tivemos a sorte de acompanhar um leopardo lindo guardando e devorando do alto de uma árvore, uma impala que havia caçado, uma coisa bastante rara de se ver. 



Por outro lado, apesar de vários relatos que li de grupos de búfalos no Kruger, não encontramos nem unzinho para contar história, e com isso não conseguimos fechar nossos big five

Em síntese, minha sugestão é ir sim de veículo próprio para o Kruger, e ficar pelo menos 2 dias lá, testando primeiro fazer o safári por conta própria, e então avaliar se vale a pena contratar um game.

Bom, e foi isso! 

Uma viagem deliciosa, muito divertida e culturalmente rica, certamente a mais diversa em experiências que já fizemos, e que acima de tudo nos enche de saudade. 

Claudia, obrigada pelo convite, e pela oportunidade de escrever aqui e relembrar tanta coisa boa que vivemos na África. Espero que meu texto inspire muitos viajantes a desvendar os segredos africanos, como as viagens de vocês têm nos inspirado a buscar mais e mais destinos pelo mundo.





Mirtes, nós que te agradecemos! 

Tu sabes o quanto te enchi o saco para publicar logo estes posts, estava ansiosa para ter as dicas para mim mesma e porque eu já sabia que certamente estes teus relatos inspirariam muita gente, como comprovei pelo enorme número de acessos que tivemos nos teus posts nos últimos dias! Por favor continua contando mais detalhes desta viagem lá no Juntos na Estrada!

E preciso acrescentar uma coisa: concordo em gênero, número e grau com a visão da Mirtes sobre contratar ou não games, tanto que vocês devem ter percebido que sublinhei o parágrafo inteiro!  

Quando nós descobrimos, na entrada do Kruger Park, que não éramos "obrigados" a contratar um game, que poderíamos fazer o nosso safári no Paliozinho que havíamos alugado, nem cogitamos em fazer diferente! Podem dizer que é mania nossa, mas eu não troco a nossa liberdade por nada! Ficava morrendo de pena dos turistas naqueles games, sem poder se levantar, sem poder trocar de posição, e tendo que ir embora antes que os animais se fossem, só porque o motorista do jeep já estava de saco cheio. 

Nós, no nosso carrinho, não tínhamos as opções de fazer xixi ou tirar uma soneca como a família da Mirtes tinha no motorhome, que recomendo com veemência, mas pulávamos do banco traseiro para o dianteiro como se fôssemos macaquinhos, enlouquecidos, mudávamos o carro de posição, dirigíamos de ré na mão inglesa, tudo em busca dos melhores ângulos!

Ou seja, se você quer uma segunda opinião, vá por nós e pela Mirtes e, antes de torrar seus rands num game, tente fazer seu "self-safári" por conta própria!

Não resisti a acrescentar no post da Mirtes 2 fotos da nossa viagem pela África do Sul que ilustram o que relatei acima:




E outra coisa com a qual concordo inteiramente com a Mirtes é que o lugar mais bonito que vimos na Rota Panorâmica foram os Three Rondavels. Não perca! É uma formação rochosa espetacular! Também adoramos os Bourke’s Luck Potholes, no Mpumalanga National Park - vale a parada lá!

Por último, tenho que dizer que Soweto é, de fato, o que há de mais interessante na região de Johanesburgo. Nós visitamos o Museu Hector Pieterson e foi uma verdadeira aula de história. 

Você já foi à África do Sul? Tem alguma dica legal? Conte pra gente, deixe as suas dicas nos comentários!

Para ver muitas fotos desta viagem linda, dê uma espiada lá no Instagram, no perfil @blogjuntosnaestrada. E, para saber os detalhes de cada um destes lugares e passeios, corre lá no blog de viagens em família da MirtesJuntos na Estrada, que, aos poucos, ela está publicando lá tudinho em muito mais detalhes do que aqui!



Veja o post da Mirtes sobre a Suazilândia e o post com as dicas gerais da viagem pela África do Sul

Para ler mais sobre a África do Sul, não perca este post incrível sobre o país da Zani Raphaelli, contando da viagem da família com filhas gêmeas de 3 anos em slow travel e muitos esportes radicais

A minha viagem de 6 dias e 1534km rodados pela África do Sul está aqui.

Para ler mais sobre a África do Sul, não deixe de visitar o blog de viagens em família da Mirtes Juntos na Estrada.


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Claudia Rodrigues Pegoraro

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3 comentários:

  1. Que roteiro incrível e super completo!!! Amei o pouco da Africa do Sul que conheci, mal posso esperar pra voltar! E esse roteiro já vai ficar aqui bem salvo!!!

    :)

    Obrigada, Mirtes!

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  2. Como ler este post e não ficar louca de vontade de ir? Maravilhoso...só faltava detalhar um pouco mais os custos...

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