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De Salto, no Uruguai, até Salta, no norte da Argentina - dicas práticas para atravessar o Chaco

Trecho de 2 dias e 1400Km de Salto, no Uruguai, até Salta, no norte da Argentina, atravessando o Chaco - dicas práticas
Continuando com o detalhamento do nosso roteiro, rumo ao Atacama, foram 2 dias de muita estrada, de Salto, no Uruguai, até Salta, no norte da Argentina, atravessando o Chaco

No total, quase 1400Km, divididos assim: 

* Dia 14/12 (2ª) Salto, Uruguai - FRONTEIRA - Presidência Roque Sáenz Peña (Chaco argentino): 700Km, 8hs no Google Maps - Hotel Atrium Gualok

* Dia 15/12 (3ª) Presidência RS Peña - Salta (Argentina): 650Km, 7h20min no Google Maps - Hotel Alejandro I


no umbigo da América do Sul

Já contei como foi a viagem de Jaguarão - RS até Salto - Dayman, no Uruguai, com dicas práticas, de onde comer, do que fazer e até perrengues a evitar. Neste primeiro dia, atravessamos o Uruguai de um lado a outro. 

Depois de um dia de curtição nas Termas de Dayman, no parque aquático mais legal do Uruguai, o Acuamanía, seguimos viagem pela Argentina. Em Dayman nos hospedamos no Hotel Village.

Também já publiquei o post com o nosso orçamento e roteiro de 28 dias até o Atacama e Norte da Argentina. 

Veja mais dicas de organização da viagem em como planejar uma viagem econômica ao Atacama e Norte da ArgentinaNesse post, expliquei, em 10 capítulos, como planejamos esta viagem, desde a escolha do destino, os documentos necessários, os itens para o carro, o que você precisa providenciar, onde pesquisar...está super completinho, vale a pena dar uma espiada!


Fronteira


Atravessamos a ponte sobre a Represa Salto Grande, no Rio Uruguai, e os trâmites de imigração estão unificados do lado argentino. 

Estacionamos, descemos com os documentos e uma moça nos atendeu e fez a saída do Uruguai e a entrada na Argentina. Só nos pediu RG ou passaporte e o documento de propriedade do veículo. Mais nada, nem a carta verde. 


Quando voltamos ao carro e cruzamos a fronteira, um militar argentino espichou o olho para dentro do carro e nos deu tchauzinho e 'buen viaje'. 


A fronteira fica entre Salto, Uruguai, e Concordia, na Argentina. Já conhecíamos os centros das 2 cidades, então passamos reto. 






Gasolina


Abastecemos logo depois de cruzar a ponte e entrar na Argentina, num posto marca-diabo onde a gasolina Super 95 estava um pouco mais barata do que no posto YPF ao lado. 

Colocamos 740 pesos argentinos = 50l = 14,69 pesos/l.

Em reais, o litro da gasolina está R$ 3,86 (fazendo a conversão de 14,69 pesos/l a 3.804). É o mesmo preço da gasolina no Brasil




Estradas


As estradas argentinas, na região de Entre Ríos, estão ótimas, parecendo um tapete! 

Em alguns trechos, o limite de velocidade era de 120km/h

Depois que chegamos à Província de Corrientes piorou bastante e, pra piorar mais ainda, começou a desabar água de baldes do céu. 

Depois de Mercedes, melhora de novo. 



Polícia Argentina


A primeira abordagem da polícia 'caminera' foi na cidade de Mocoretá, ainda na Província de Entre Ríos. O policial só pediu a carta verde e a carteira de motorista e foi 'muy amable' :)

Passando Mercedes, havia uma barreira policial também, mas o policial aparentemente estava mais interessado nos carros que vinham pela outra pista, e então passamos reto. 


Passamos no total por uns 10 postos de controle policial neste trecho da viagem, mas só fomos abordados no primeiro. 




Pedágio

Logo depois da cidade de Mocoretá, veio o primeiro pedágio, onde pagamos 13 pesos argentinos (menos de 1 dólar). 

Pouco antes de Corrientes, outro pedágio, desta vez de 8 pesos.



A viagem

Depois de Mercedes, contornamos a Reserva Provincial Esteros del Iberá, famosa por ser um local excelente para observar capivaras, jacarés e aves. 

É um pântano, uma mistura de Taim com Pantanal, que atrai muitos gringos em busca de um bom lugar para observar pássaros. 

Paramos para abastecer 300 pesos argentinos = 19l = 15,79 pesos/l. Como os postos de combustíveis não são muito frequentes nessa região, decidimos abastecer sempre que tivermos oportunidade, para evitar o risco de que nos falte gasolina. 




Compramos empanadas e coca-cola por 40 pesos no posto de gasolina e seguimos viagem, aproveitando que o Lipe dormia.  

Choveu muito a viagem inteira. E isso que ainda não havíamos chegado ao Chaco


Tem que ter muito cuidado para não aquaplanar. A solução foi ir devagar.




Corrientes

Em Corrientes descobrimos o Centenario Shopping Mall e levamos o Lipe para almoçar no McDonald's

Na praça de alimentação tem um playground com brinquedão e vários jogos eletrônicos. 




Corrientes tem uma linda avenida 'costanera' e várias praças. 

Saímos de Corrientes em direção a Resistencia, na Província de Chaco, pela Puente Belgrano, que atravessa o Rio Paraná


Na viagem de volta, em Rosario, cruzamos novamente o Rio Paraná que, com 4.000Km, é o segundo maior rio do continente americano (só perde para o Amazonas, claro!). 



Mais estrada


Passamos direto por Resistencia e pegamos a RN (Ruta Nacional) 16 até nosso destino: Presidencia Roque Sáenz Peña.

Colocamos gasolina de novo num posto de gasolina logo que passamos Resistencia: 550 pesos arg = 36l = 15,13 pesos/l. 


Tem que aproveitar para abastecer e ir ao banheiro sempre que vê um posto! 

Em Makalle, já na Província do Chaco, outro pedágio - 8 pesos argentinos.



Presidencia Roque Sáenz Peña

Presidencia Roque Sáenz Peña é a cidade que todo mundo usa de base para pernoitar quando vai de carro do Brasil para o norte da Argentina, é um ponto comum de parada neste roteiro.


Chegamos com o por do sol. A cidade é um horror de feia. Parece aquelas cidades fronteiriças asiáticas, mas sem o charme. 





Em Presidencia Roque Sáenz Peña, ficamos no Hotel Atrium Gualok, na rua San Martin 1198.

Depois de rodar o dia todo por 'esteros' e charcos, embaixo de muita chuva, esse hotel 5 estrelas nos pareceu um oásis. Embora ele esteja um pouquinho decadente, com certeza é o melhor lugar pra ficar num raio de 400Km! E o preço é ótimo para um hotel 5 estrelas. 

Um dos amigos que mencionei que já se hospedaram lá me disse que o hotel destoa tanto do resto da cidade, que "parece até ser lavagem de dinheiro", e é bem isso kkkk...

Nosso pré-requisito era que o hotel tivesse piscina, e a piscina do Atrium Gualok é imensa e, embora não seja aquecida, mesmo à noite a água estava quentinha e nós nos esbaldamos.

Depois de mais de 700Km, precisávamos urgentemente descarregar as baterias acumuladas do Lipe! 

Leia o post completo sobre o Hotel Atrium Gualok.

tomadas argentinas

Dia seguinte


Muitas plantações de girassol na estrada - parece que P.R.S. Peña é uma das maiores produtoras do país. 


Abastecemos 300 pesos arg = 19,75l = 15,19 pesos/l em Avia Teray

Pegamos uma reta interminável de uns 500Km hoje, na RN 16 (ruta nacional). 





Minha idéia de férias perfeitas: na Pampa del Infierno, penetrando no Chaco 'Impenetrable' kkkkk (essa região é chamada assim por causa dos arbustos espinhosos quase intransponíveis)!

Passando Río Muerto, a segunda abordagem policial. O policial nos pediu CNH, CRLV e 'seguro' (carta verde). E tchau


Nesse trecho da viagem quase não vimos mais postos de controle policial e nem pedágios. 


Perto de Taco Pozo, outro posto policial, mas não nos abordaram. 


Tem que ter cuidado com os cavalos soltos na pista nessa região. 




Abastecemos de novo em Taco Pozo: 450 pesos arg = 29,82l = 15,10 pesos/l.


Depois de Taco Pozo, nosso primeiro trechinho de estrada de rípio - apenas 2 ou 3Km - e logo melhorou de novo. 


A paisagem mudou radicalmente uns 200Km antes de chegarmos em Salta e eu revezei com o Peg na direção. 


Chegamos nas montanhas, finalmente! Tudo muito verde e bonito e estradas ótimas de pista dupla, com muitas curvas depois da reta infinita! 


Quase chegando em Salta, outro pedágio - 8 pesos argentinos. 





GPS e mapas


GPS com mapas - para baixar os mapas da Argentina, Chile e Uruguai para o GPS de graça: 


Mas levamos também os indispensáveis mapas de papel, um de cada país. 



Dinheiro


Para ler sobre câmbio de dinheiro e o orçamento/gastos da nossa viagem, leia esse post: roteiro e orçamento para uma viagem de carro de 28 dias ao Atacama e Norte da Argentina, com passagens pelo Uruguai e Bolívia





Na estrada a conexão de internet da Movistar foi bem ruim. Raramente tinha cobertura. Mas também, estávamos em pleno Chaco argentino... 

A conexão só foi melhorar quando chegamos em Salta! 

Gastos
* gasolina - 740 pesos argentinos
* pedágio - 13 pesos argentinos
* gasolina - 300 pesos argentinos
* 3 empanadas + refri - 40 pesos argentinos
* pedágio - 8 pesos argentinos
* almoço McDonald's - 227 pesos argentinos
* 2 chips celular Movistar pre-pago - 100 pesos
* crédito 2 celulares - 80 pesos
* pedágio - 6 pesos argentinos
* banheiro - 1 peso argentino
* gasolina - 550 pesos argentinos 
* pedágio - 8 pesos argentinos
* hotel - 610 pesos argentinos (com desconto pro pequeno viajante)
* gasolina - 300 pesos argentinos
* gasolina - 450 pesos argentinos
* pedágio - 8 pesos argentinos

Você já atravessou o Chaco argentino?? Conte para a gente, deixe a sua dica na nossa caixa de comentários!



Veja como foi nosso passeio:







Todos os posts sobre esta viagem estão em Atacama e Norte da Argentina - se você quiser ler todos em sequência (do último para o primeiro), é só clicar!

Leia o nosso roteiro e orçamento para uma viagem de carro de 28 dias ao Atacama e Norte da Argentina, com passagens pelo Uruguai e Bolívia


Não foi a nossa primeira vez em nenhum destes países - já conhecíamos inclusive o Atacama e a Bolívia - então, se você quiser saber sobre as nossas viagens anteriores a estes países, é só clicar em UruguaiArgentinaChile Bolívia

Veja nosso roteiro de um mochilão de 30 dias pelo Peru, Bolívia e Chile

Também fizemos uma viagem incrível pelas Patagônias argentina e chilena

Leia sobre mal da montanha ou soroche

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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