Dicas para você conhecer a Itália, ou melhor, a Sicília, de "O Poderoso Chefão", por Eugênio Paes Amorim
Quando meu querido colega Eugênio Amorim me contou que faria uma viagem no final de abril pela Sicília com a esposa Karina (gravidíssima!), especialmente com foco em conhecer os cenários "mafiosos" do clássico do cinema "O Poderoso Chefão", eu logo me interessei por esse roteiro fabuloso e pedi a ele que compartilhasse tudo aqui no blog, para que outros fãs da trilogia de Francis Ford Coppola possam aproveitar essas dicas incríveis.
Com vocês, a Sicília de "O Poderoso Chefão", nas palavras do Amorim:
Amorim e Karina na Sicília, Itália |
Roteiro de viagem pela Sicília de 'O Poderoso Chefão'
Chegamos a Palermo em uma segunda-feira, em voo direto de Roma, pela Ita Airways, com duração de uma hora.
Era meia tarde quando alugamos um carro e tomamos a autoestrada até o centro histórico da capital.
Estacionamos com facilidade, na rua mesmo, e encontramos nosso Palermo In Suite Aparthotel, um prédio antigo, típico italiano, feio por fora mas muito bem cuidado em seu interior. Cerca de 90 euros a diária. Excelente, bem no centro.
Os preços, aliás, são das melhores coisas na Sicília.
Ainda no final da tarde caminhamos pelo centro histórico.
Passamos pelo teatro antigo, onde foram filmadas cenas inesquecíveis de O Poderoso Chefão III, em especial a morte de Mary Corleone, e caminhamos pela via principal da cidade, que estava fechada por ser feriado da Unificação Italiana.
Muita gente na rua, famílias inteiras, com crianças nos carrinhos, cachorros, bares lotados e muita conversa alta.
Ainda na 1ª noite, jantamos uma bela bisteca Fiorentina no Restaurante La Bracia, em plena Palermo, mais bem feita do que em Firenze, e bebemos um honesto Nero D’Avola.
A comida custou cerca de 30 euros para os dois e o vinho em torno de 18 euros.
centro histórico de Palermo |
teatro em Palermo onde foram filmadas cenas inesquecíveis de O Poderoso Chefão III, em especial a morte de Mary Corleone |
passeio de carruagem em Palermo, Sicília |
Como nosso tempo era curto, já na manhã de terça-feira seguimos rumo a Savoca, a cidade que representou Corleone nos filmes da trilogia de Francis Ford Coppola.
Estrada cheia, pois ainda era feriado, e motoristas malucos.
Deixamos de entrar na afamada praia de Cefalu porque a fila na saída da autoestrada estava gigante.
Seguimos até Messina, onde conhecemos o lendário estreito e uma cidade comum, sem muitos atrativos.
Na sequência, agora rumo a sudeste, andamos mais um pouco, sempre por estradas repletas de túneis (foram pelo menos uns 50!).
Logo a seguir saímos da autoestrada e conhecemos a bela praia de Roccalumera, guinando à direita, por uma vicinal, de onde avistamos, ao alto da montanha, a bela Savoca.
Subimos o monte e encontramos uma cidadezinha com facilidade para estacionar, e um centro de dezenas de casas, poucos restaurantes e bares.
Obviamente, bebemos uns drinks no Bar Vitelli, onde Michael Corleone pediu Apollonia em casamento e, em meio a uma infinidade de gatos (marca da cidade), saboreamos uma bela bruscheta.
Jantamos, após, uma perfeita pasta ao pepperoni, no Restaurante Pipispezzi.
Antes da volta ao B&B Il Padrino, onde nos hospedamos em Savoca, num espetacular sobrado antigo, com as neves do Etna ao fundo, apreciamos a luz do luar e a paisagem do terraço existente no centrinho.
Savoca, cenário de O Poderoso Chefão |
na igreja de Savoca, Michael Corleone e Apollonia se casaram |
Na manhã da quarta-feira, conhecemos a Igreja de San Nicoló, onde Michael Corleone casou com Apollonia, visitamos o museu da cidade e partimos.
Rapidamente, pela autoestrada, saindo à direita, encontramos a pequena Forza D’Agró, igualmente no alto da montanha, com uma bela vista do Mar Jônico, onde conhecemos outra igreja que foi cenário de “O Poderoso Chefão”.
Igreja de San Nicoló, onde Michael Corleone casou com Apollonia |
Forza D’Agró |
Logo já descemos e, andando mais um pouco, aportamos na linda Taormina, onde, após uma chegada tumultuada por viadutos confusos, ingressamos no centro da cidade até a nossa maravilhosa hospedagem, Hotel Ariston and Palazzo Santa Caterina.
Este foi o melhor hotel da viagem. Uma bela piscina, bom quarto, ótimo serviço de bar e restaurante.
Pela manhã, conhecemos o belo teatro grego local, partindo depois ao centro histórico, belíssimo e movimentado, onde almoçamos e fizemos algumas comprinhas até o final da tarde.
Taormina |
o Hotel Ariston and Palazzo Santa Caterina em Taormina foi o melhor hotel da viagem |
belo teatro grego de Taormina |
À noite, mais bar e restaurante, no próprio Hotel Ariston.
Na manhã da quinta-feira, nosso dia mais viajado, seguimos pela autoestrada até Siracusa, onde conhecemos o teatro grego e o anfiteatro romano, no interior do parque histórico da cidade e, em seguida, seguimos estrada rumo ao sul da Ilha da Sicília, visando Agrigento.
conhecemos o teatro grego e o anfiteatro romano, no interior do parque histórico de Siracusa |
Siracusa |
Então, por indicação de moradores locais, chegamos a um dos pontos altos da viagem: Ragusa Ibla, patrimônio histórico e cultural da Unesco, erguida nas escarpas, totalmente antiga, com muitos prédios sem pintura, remontando milhares de anos.
Ali, ainda pela correria, visitamos algumas igrejas e o centrinho, não sendo possível andar no trenzinho que faz o percurso por toda a cidade - ele só sai quando existe lotação, e naquele momento não havia.
um dos pontos altos da viagem, Ragusa Ibla |
Ragusa Ibla |
patrimônio histórico e cultural da Unesco, erguida nas escarpas e muito antiga |
Seguimos de novo, por uma estrada cheia de curvas e montanhas, repleta de oliveiras e vinhas, até San Leone, às margens do Mar Mediterrâneo, nas proximidades de Agrigento.
Nosso hotel, situado a apenas 3Km do Vale dos Templos - o Hotel Costazzurra Museum & Spa - tinha boas instalações, mas uma comida bem ruim.
Dali, na sexta-feira pela manhã, conhecemos o Vale dos Templos, com várias construções históricas gregas, onde tomamos um belo sol (as temperaturas estiveram sempre agradáveis, na marca dos 14 aos 23ºC), com uma breve passada pelo centro histórico de Agrigento, no alto do monte e, a seguir, tornamos ao Aeroporto de Palermo, por uma bela autoestrada, segura e com poucas curvas e montanhas.
Vale dos Templos de Agrigento |
Bem! Este é o resumo da nossa viagem à Sicília, onde destacamos o preço e qualidade da comida, o delicioso canollo, as boas estradas, mas, principalmente, a acolhida carinhosa que os sicilianos nos proporcionaram.
O povo da Sicília é extremamente gentil, são amáveis, e bastante alegres e sorridentes.
Foi fácil estacionar nos lugares por onde andamos, os parquímetros eram muito baratos - tipo 2 euros o turno, e pagamos apenas 2 pedágios em todo o entorno da ilha na viagem (uns 10 euros cada). Na Itália, o pedágio é cobrado por trecho andado. A gasolina estava cara pra nós.
Usamos a locadora Centauro Rent a Car e deu tudo certo. Custou cerca de 60 euros diários o aluguel de um Peugeot bem bom 1.4.
As autoestradas eram ótimas e as estradas vicinais bem boas. Paisagens lindas, repletas de oliveiras e limoeiros.
A propósito e ao final, esqueçam a lenda de que eles falam dialeto. Todos nos receberam com o bom, belo e claro italiano gramatical.
motoristas muito loucos nas estradas da Sicília |
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