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Minas Gerais: feriadão em Belo Horizonte, Inhotim, Ouro Preto, Mariana e Congonhas

Como aproveitar um feriadão em Minas Gerais
Já escrevi tantas vezes aqui no blog que tenho muita vontade de conhecer as cidades históricas de Minas Gerais que, cada vez que um leitor vai lá, acaba tendo que escrever um post para o blog. 

Foi assim com a Karin e a família dela, que foram passar um fim de semana prolongado em Minas Gerais e voltaram para deixar todas as dicas aqui no blog!

Com vocês, as dicas da família da Karin Wentzel para um feriadão aproveitando o melhor de Minas Gerais, incluindo Belo Horizonte, o Inhotim, Ouro Preto, Mariana e Congonhas:

Roteiro resumido em Minas Gerais

Sexta-feira: Belo Horizonte
  • Praça da Liberdade 
  • Pampulha 
  • Restaurante Xapuri 
  • Mercado Central 
  • Circuito Liberdade 
Sábado: Inhotim

Domingo: 

Feira de Artesanato em Belo Horizonte

Ouro Preto:
  • Museu da Inconfidência 
  • Praça Tiradentes 
  • Mina da Passagem 
  • Casa dos Contos 
  • Morro de São Sebastião 
  • Igreja São Francisco de Assis 
  • Igreja Pilar 
  • Igreja Pretos do Rosário 
  • Restaurante Bene da Flauta
Segunda-feira:
  • Ouro Preto
  • Mariana
  • Congonhas
  • 12 Profetas de Aleijadinho
  • Bom Jesus do Matozinhos

Diário de bordo em Minas Gerais

Saímos de Porto Alegre com um voo direto até BH, duas horas e meia e já estávamos lá para curtir um feriado prolongado, amo voo direto! Antes de pousarmos, conseguimos ver algumas crateras abertas na terra, ou sejam, as mineradoras. 

Locamos o carro numa locadora que oferece o serviço de van do aeroporto até o local de retirada. O aeroporto e a locadora são próximos, mas um pouco distante da cidade de Belo Horizonte - levamos cerca de 30 minutos. 

Passamos pelos prédios da Cidade Administrativa de Minas Gerais projetados por Oscar Niemeyer e, como estava cedo para fazer o check-in no hotel, aproveitamos e fomos dar uma volta na Lagoa da Pampulha. 

Paramos na Igreja São Francisco, cartão postal da cidade, também projetada por Niemeyer e considerada Patrimônio Mundial. Atualmente está fechada para reformas, mas consegue-se ver as obras pintadas por Portinari dentro da igreja através do vidro e os azulejos pelo lado de fora. 

Há um parque de diversões que fica no outro lado da rua, mas estava fechado na hora que fomos, se estivesse aberto com certeza nosso filho andaria em alguns brinquedos. 

Igreja São Francisco

Saindo dali, fomos em direção ao centro, Mercado Central. Há estacionamento no piso superior com valores de 15 minutos (R$3,00), 30 (R$ 6,00) ou 1 hora (R$ 9,00) e assim por diante. 

Aproveitamos para dar uma volta e experimentarmos alguns queijos, curtindo a atmosfera do local. Há bancas com pimentas, queijos, doces de leite, cerveja, panelas, botecos vendendo cerveja com petiscos, peixes ornamentais, pássaros, enfim, vale o passeio e se perder pelos corredores. 

Para quem quiser trazer uma lembrancinha sugiro o doce de leite Viçosa, uma delícia, e eles têm lata de 400 gramas. 

banca no Mercado Central

Almoçamos num restaurante ali perto e fomos para o hotel descansar um pouco. 

Ficamos no Bourbon Hotel, pessoal atencioso, café da manhã maravilhoso e bons quartos. Na frente há um McDonald’s.

vista do nosso quarto no 12º andar 

Mais tarde fomos até a Praça da Liberdade, onde está o MM – Gerdau Museu de Minas e Metal, que possui um acervo riquíssimo de pedras preciosas e minerais. 

A entrada é gratuita e nosso filho ficou saltitando de alegria toda vez que descobria alguma pedra guardada em algum armário, ou vendo nas lunetas encravadas no chão. Há minerais projetados de forma holográfica, possibilidade de estudo das características com a lupa em uma sala com uma variedade imensa, entre outras atividades. 

Passamos cerca de 2 horas e depois fomos para a cafeteria que fica no primeiro piso. Provamos um delicioso bolo de pão de queijo com geleia de pimenta e tomamos um café. Só em lembrar dá vontade de voltar! 

No mesmo piso tem uma lojinha que vende pedras e artesanato local e com um vendedor super atencioso que explica as diferentes características dos minerais. 

 imagem holográfica

MM- Gerdau Museu de Minas e Metal

Perto da Praça está a Biblioteca Pública, o Edifício Niemayer, e na Praça tem o Centro de Apoio Turístico. 

Edifício Niemeyer

Pela noite fomos até o bairro Lurdes, onde há vários botecos com clima familiar e agradável. Escolhemos o Almanaque Choperia, que possui espaço kids (pago). 

No outro dia, acordamos cedo e fomos para Inhotim, homenagem ao Sinhô Tim, pela Serra da Rola Moça, paisagem linda com estrada sinuosa, própria de serra. 

É um museu a céu aberto I N C R Í V E L!

Serra da Rola Moça

A entrada em Inhotim é de R$ 44,00, e criança e estudantes pagam meia. 

Tinham nos avisado para levarmos as carteiras de vacinação da febre amarela, mas não foi solicitado. O lugar disponibiliza repelentes na entrada.

Pegamos trajeto com transporte para otimizarmos nosso tempo, R$ 40,00 por pessoa, e mesmo assim caminha-se bastante. 

Iniciamos nossa aventura pelo circuito rosa, cada obra de arte é uma descoberta, com muitas formas de interação. Já estou pronta para voltar, é um lugar fantasticamente lindo!

Edegard de Souza, 2009

A única obra que não recomendam para crianças é a Galeria de Miguel Rio Branco, mas se os pais quiserem podem levar. Depois do meu marido ter entrado e ter visto a obra, achou que não era nada demais para nosso filho de 6 anos ver. Ele estava mega curioso por causa da não indicação, mas depois que entrou sentiu um pouco de medo e pediu para ir para o outro lado da instalação. 

Almoçamos no Oiticica, buffet a quilo delicioso. Nos indicaram irmos cedo, e conseguimos lugar facilmente. 

Seguimos, depois, com carinho de golfe, para o circuito laranja, e posteriormente para o circuito amarelo.

Não esqueçam de levar biquíni, maiô ou sunga para um banho na piscina na obra de Jorge Macchi - não permitem que crianças desacompanhadas tomem banho ali. 

Além de passarmos por todas as obras que estavam abertas (algumas estavam em manutenção), visitamos também o viveiro das plantas, afinal, os jardins são lindas obras de arte em Inhotim.

Chris Burden, 2009

Saímos pelas 17:30 horas, quando fecha o parque, e o transporte dos carrinhos de golfe para de funcionar. 

Os motoristas desses carros são muito atenciosos e estão sempre dispostos a dar qualquer informação. 

Voltamos para BH e resolvemos jantar pelo hotel. Queríamos ter conhecido o Restaurante Xapuri, mas nosso filho dormiu na viagem e aí quem tem criança sabe como é ir para qualquer restaurante com uma criança dormindo. 

No domingo, fizemos check-out e passamos na Feira de Artesanato antes de pegar a estrada para Ouro Preto. 

A Feira tem comida, artesanato (como o nome diz) e também muitas roupas, e outras coisas, vale a passada. Fica na Praça Afonso Pena - além da Feira, a praça tem brinquedos de parques de diversão. 

Pegamos a estrada e fomos direto até Mariana, na Mina da Passagem

A mina é particular, e a entrada custa R$ 88,00, mas estava em promoção por R$ 70,00. Criança até 6 anos não paga, e crianças acima de 6 anos pagam meia, assim como estudantes. 

Há estacionamento gratuito na entrada, onde se compra o ingresso. Havia um restaurante ali, mas está fechado já faz algum tempo, pelo que me informaram. 

Para se chegar na mina, há uma espécie de trenzinho que desce/sobe os 120 metros de profundidade e os 350 metros de comprimento, puxado por cabo.

entrada para a Mina da Passagem - lugar onde vendem o ingresso, tem banheiros e onde funcionava um restaurante 

A mina atualmente pertence a uma família brasileira, e não está mais em funcionamento para extração, por ser inviável financeiramente. 

Há um museu e uma lojinha, e logo ao lado pega-se o trenzinho para descer. 

Devido às escavações feitas, foi atingido o lençol freático, e atualmente pessoas fazem mergulho, mas para isso é preciso ter habilitação especial. 

A mina tem galerias grandes, e a guia faz uma explicação de como ela funcionou, mostra algumas pedras, em especial a Pirita, ou "falso ouro", como é chamada.

lago formado pelas águas do lençol freático devido às escavações 

Seguimos para o centro de Mariana e almoçamos no Lua Cheia, uma delícia, buffet a quilo com preço justo. 

Há mesas dentro e também na parte de fora, sabor caseiro e pessoal atencioso. 

Fomos caminhando até a praça Gomes Freire e subimos até a Praça Minas Gerais, onde fica a Igreja Nossa Senhora do Carmo, que estava fechada. 

Em frente, fica a Câmara Municipal de Mariana,  onde funcionava a cadeia e administração da cidade em 1768. 

Descendo pela rua, para o lado esquerdo, fica a Associação Marianense dos Artistas Plásticos. Quando passamos, havia um escultor fazendo uma peça sacra, e ele nos deu toda atenção, explicando como realiza o seu trabalho. 

Fomos para Ouro Preto, cerca de 20 minutos adiante, e fizermos o check-in no Grande Hotel Ouro Preto, também uma obra de Niemeyer, que fica ao lado da Casa dos Contos e perto da Praça Tiradentes. 

Comemos um lanche no hotel e fomos até o Centro de Informações ao Turista, que fica na Praça. Contratamos um guia para o dia seguinte com van, por R$ 60,00 por adulto. 

 Grande Hotel de Ouro Preto 

piscina do Grande Hotel de Ouro Preto 

No outro dia pela manhã, fomos até a Praça Tiradentes para pegar a van, que nos levou até a Capela do Padre Faria. Depois, fomos para a igreja Nossa Senhora do Rosário, ou Igreja dos Negros, como é conhecida. 

Estava iniciando um velório, então ficamos pelo lado de fora, observando. 

Seguimos em direção à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, onde funciona o Museu de Aleijadinho, que está em reforma. Paramos próximo da casa onde morava Marília - sim, a Marília de Dirceu, pseudônimo de Tomás Antônio Gonzaga. Conta o guia que era na ponte Antônio Dias, logo em frente à casa, que os dois se encontravam e namoravam. 

Seguimos então até a Mina do Palácio Velho, que fica atrás de uma residência. 

A experiência foi fantástica! 

Essa mina é bem menor do que a da Passagem em Mariana, mas também mais didática. O guia nos explicou como viviam as pessoas, e principalmente os escravos, com questões sociais e econômicas da época. 

Foi fantástico!

Saímos e fomos em direção à parte mais central. Almoçamos no restaurante O Sótão, que fica quase em frente à casa de Tiradentes. 

Depois, seguimos para a Igreja da Pilar, considerada a segunda igreja mais rica em ouro do Brasil, com cerca de 400kg. 

Paga-se um valor em cada igreja que se entra, cerca de R$ 6,00 a R$ 10,00. 

Seguimos para a Igreja São Francisco de Assis, considerada a obra-prima de Aleijadinho, e que possui pinturas do Mestre Athaíde, com destaque para o forro da nave principal. 

A igreja fica em frente da Feira de Artesanato. 

A maioria das peças na feira são de pedra-sabão, e os artesãos concluem as peças ali mesmo. 

Jantamos no Benê da Flauta que, como todos restaurantes, estava uma delícia. O ambiente é muito agradável, tem um pessoal tocando, e a vista da lua cheia do andar superior estava divina! 

vista do piso superior do Restaurante Benê da Flauta 

No outro dia, fomos visitar o Museu da Inconfidência e também a Igreja Nossa Senhora do Carmo, que fica logo ao lado do museu. 

A igreja foi projetada por Manoel Francisco de Lisboa, pai do Aleijadinho. 

O museu possui diversas obras de Aleijadinho, e conta a história da Inconfidência, como o próprio nome diz. 

A praça não é o local onde Tiradentes foi morto, conforme pensam muitas pessoas. Na verdade, ele foi morto no Rio de Janeiro, e depois trouxeram a cabeça dele para ser exposta na praça, onde ficou um dia e sumiu. 

Atravessamos a praça e fomos até o Museu de Ciência e Técnica.


É um museu que possui uma variedade enorme de minerais. Diferente do que visitamos em Belo Horizonte, mas com um acervo riquíssimo. 

Não permitem fotografar em ambos os museus. 

Próximo ao Grande Hotel Ouro Preto, está o Museu da Casa de Contos, que serviu para diferentes fins: como local de residência do cobrador de impostos da Capitania de Minas Gerais, fundição do ouro, foi também cárcere para os inconfidentes e, no porão, está a exposição de como era a vida dos escravos na senzala. 

Aproveitamos para uma passada nas lojinhas, e seguimos então para Congonhas. Como nosso voo era só as 22 horas, pudemos estender um pouco.

Igreja Nossa Senhora do Carmo

Em Congonhas estão as obras dos 12 Apóstolos de Aleijadinho, esculpidos em pedra-sabão e expostos fora da Igreja Nossa Senhora do Matozinhos. 

A igreja está sendo reformada, mas o lugar é lindo. Em frente à igreja está o Passo da Paixão, com esculturas esculpidas em madeira.

Saímos dali e fomos para o aeroporto. Inicialmente levaríamos 2hs para ir de Ouro Preto até Confins – Aeroporto, mas, como houve um acidente na rodovia, levamos 4hs - 2hs parados na rodovia esperando. 

Apesar da tensão, conseguimos entregar o carro e embarcar no avião a tempo de retornar.


Obrigada pelo post, Karin! Nós adoramos as dicas! Cada vez mais tenho vontade de conhecer as cidades históricas de Minas, os parques naturais e o Inhotim!

Para ler mais sobre Minas Gerais aqui no blog:

Roteiro de viagem de carro por Minas Gerais: 14 dias entre Ouro Preto, Serra do Cipó, Inhotim e São Thomé das Letras

Inhotim pela Helen, Fernando e seus trigêmeos

Rota do Lagarto com crianças, pela Família Zenke

Hotel Bühler, em Visconde de Mauá - um lugar para curtir em família ou com o seu amor


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Claudia Rodrigues Pegoraro

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