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Svalbard na Noruega: relato de viagem

Svalbard na Noruega: relato de viagem pelo arquipélado localizado no Círculo Polar Ártico

Svalbard na Noruega

Svalbard na Noruega: relato de viagem pelo arquipélado localizado no Círculo Polar Ártico da Janete Furtado de Mendonça

Organizei a viagem a Svalbard, na Noruega, durante o ano de 2022, porém viajamos em fevereiro de 2023.

Há anos eu estava planejando uma viagem, na qual Svalbard, ilha da Noruega, cuja capital é Longyearbyen, fazia parte do roteiro. Porém, precisei adiar algumas vezes, por diferentes motivos, como conciliar o período que eu queria ir com as férias do meu marido, com o clima do Círculo Polar Ártico e, depois,  precisamos adiar devido à pandemia.  

Svalbard na Noruega

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Melhor época para ir a Svalbard

Primeiro eu queria ir no final de dezembro, e já tinha até realizado algumas reservas de hotéis. Porém, pesquisando muito, apesar de encontrar poucas informações na internet e algumas ainda equivocadas, fui procurando vídeos no YouTube, Instagram e conheci pessoas que vivem em Svalbard. 

Foi aí que descobri que, no período de meados de dezembro até meados de janeiro, são 24hs de escuridão total em Svalbard. Então precisei adaptar meu roteiro, pois queria ir no inverno e ver a ilha coberta de neve, mas também queria conhecer o local e para isso precisava de claridade pelo menos por algumas horas durante o dia.

Fomos para Svalbard de 23 a 26/02/2023. Em fevereiro, são poucas horas de claridade, das 9 às 16hs.

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Como chegar em Svalbard na Noruega

Não existem voos diretos do Brasil para Svalbard. Sendo assim, comprei nossos bilhetes saindo de Guarulhos para Oslo, com conexão em Lisboa. 

Há voos diretos de Oslo para Svalbard, porém tínhamos um roteiro que incluía outros países da Escandinávia. 

Então comprei o bilhete de ida saindo de Tromso para Longyearbyen, pela SAS (Scandinavian Airlines), e a volta de Longyearbyen para Londres (com conexão em Oslo), pela mesma companhia aérea.  

O voo direto sai as 12:15hs, horário local, e dura 1h45min. Há dias em que não tem voo direto saindo de Tromso - nesse caso é preciso fazer conexão em Oslo.

No verão há voos todos os dias. 

Comprei nossas passagens para Svalbard com 3 meses de antecedência, no valor de R$ 1.500,00 cada trecho, por pessoa, totalizando R$ 6.000,00.

Chegando em Svalbard, após um voo bem tranquilo, enquanto esperávamos nossa bagagem na esteira,  do nada começamos a ouvir uma música linda, tocada num violino. E, ao me informar com um músico,  pois haviam várias pessoas com instrumentos musicais no nosso voo, ele disse que faziam parte de uma orquestra e que iriam fazer uma apresentação naquela noite, num restaurante local.  

Me interessei, mas, consultando o site para adquirir os bilhetes, já estavam esgotados.  

Assim que pegamos nossa bagagem, saímos do aeroporto e havia alguns ônibus estacionados em frente. Um deles foi buscar os músicos e nos dirigimos ao outro. O motorista deixa o bagageiro aberto e você mesmo coloca a sua bagagem lá. Como haviam muitas pessoas, ele mandou entrar, pois estava nevando e ventando bastante, e depois passou em todas as poltronas com a maquininha de cartão de crédito. Pagamos aproximadamente R$ 50,00 por pessoa até o hotel.

No dia de retornar ao aeroporto, o nosso voo era às 7hs. 

O ônibus para o aeroporto passa na porta do Radisson Blu Polar Hotel às 5h30min e as pessoas de outras hospedagens precisam se deslocar até esse hotel, caso queiram ir de ônibus, que custou R$ 55,00 por pessoa. 

Um pouco antes desse horário, já fomos para a fila para pegar o ônibus, em meio a uma tempestade de vento e neve (caso queira optar por outro tipo de transporte, tem táxi também). 

Chegando no aeroporto, foi bem tumultuado, pois o check-in era realizado apenas nos totens, mas alguns deram problema e apenas um deles funcionou. 

Tinha um guichê funcionando, me dirigi até lá, porém não me atenderam.

Depois a fila para o raio-x foi muito demorada (havia apenas um raio-x), com poucos funcionários.  

E, para melhorar o perrengue, ficamos quase 2hs na sala de embarque, aguardando as condições do tempo melhorarem para então embarcar, caminhando em meio a rajadas de vento e neve. 

Conclusão: mais de 3hs de atraso, e perdemos o voo de conexão em Oslo.

Mas nada disso tirou o encanto da Ilha de Svalbard. Mais um sonho realizado, com experiências únicas vividas lá, centenas de fotos e muitos vídeos.

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Onde ficar em Longyearbyen, Svalbard

Ficamos hospedados no Radisson Blu Polar Hotel, Spitsbergen.

Quando pesquisei antes de viajar, descobri que é de lá que saem a maioria dos passeios e também é parada para o ônibus que sai do aeroporto na chegada à ilha, e para quem vai do hotel para aeroporto, situado na rua principal da capital do arquipélado. Por isso, é um hotel bem conveniente para quem procura onde se hospedar em Longyearbyen, Svalbard.

Fizemos o check-in, e o que facilitou bastante é que uma das funcionárias era chilena.

O hotel é bastante movimentado. Logo na entrada, antes da recepção, tem um pub, onde nós fizemos nossas refeições todos os dias. 

O hotel também tem um restaurante - o mesmo onde é servido o café da manhã - que também abre no jantar, porém o cardápio não nos agradou.

Escolhi o Radisson Blu Polar Hotel devido a já conhecer essa rede de hotéis, e também porque os passeios das agências de turismo saem da frente do hotel, o que é bem conveniente.

O ônibus que sai do aeroporto deixa os passageiros na porta do hotel, e busca os turistas no hotel para levar ao aeroporto. E, como saímos de madrugada, o hotel ainda embalou um pequeno café da manhã para viagem, contendo uma caixinha de suco, pão com  queijo, presunto e legumes e uma fruta.

Pagamos, por 3 diárias, R$ 3.500,00, aproximadamente, na categoria escolhida. Mas eles oferecem categorias de quartos mais caros também.

O café da manhã é maravilhoso, com muitas opções e bem farto. 

Em Svalbard há vários outros hotéis, alguns mais caros e outros mais simples.

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Passeios em Svalbard

Deixamos nossas malas no quarto e voltei à recepção para comprar os passeios ali mesmo. É o mesmo preço das agências de turismo.

A agência de turismo da qual compramos os passeios, na recepção do Radisson Blu Polar Hotel, foi a Hurtigruten Svalbard, mas há também a Discover Svalbard e outras mais. 

Os passeios são diferentes, dependendo da estação do ano. Existem alguns específicos para o inverno e também outros específicos para o verão. E  muitas opções de atividades em Svalbard.

Eu queria muito fazer um passeio de moto de neve, com trajeto total de 70Km, porém era necessário falar inglês ou norueguês, devido às instruções do guia. 

Indaguei à recepcionista se teria algum problema fazer esse passeio sem falar esses idiomas, e ela recomendou que não fizéssemos. ´

Então comprei os bilhetes para o passeio Ice Cave (caverna de gelo) para a tarde do dia seguinte e o City Tour para a manhã do 2º dia. 

Há outros passeios de inverno, como trenó puxado por cachorros huskies siberianos, porém já vivenciamos essa experiência em Ushuaia.  

Também tem a caça à aurora boreal, mas já tínhamos visto aurora boreal por 2 noites na Finlândia, e os passeios de moto de neve, com percursos mais longos também.  

Após resolver a questão dos passeios, fomos andar pela rua principal, para conhecer o local.  

Há um pequeno shopping, lojas e um mercado. Entramos e compramos algumas coisinhas para comer antes de dormir.

Svalbard na Noruega

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Museu de Svalbard

Na manhã do 1º dia, fomos conhecer por conta própria o Museu de Svalbard, que era muito próximo do hotel.

Para entrar no museu, é necessário tirar os calçados e colocar tipo uma sapatilha descartável.  

Tem uma sala com bancos, onde você pode sentar para retirar e depois colocar os seus calçados, e também um armário onde deixá-los. E tem espaço também para deixar os casacos, porque é quente dentro de todos ambientes fechados.  

O bilhete do museu custou aproximadamente R$ 80,00 por pessoa, lembrando que em Svalbard a moeda é a coroa norueguesa, NOK, como eles dizem.

Não trocamos dinheiro nessa viagem,  pois usamos cartão em todos os pagamentos. 

O museu conta a história da ilha, tem vários animais da região empalhados e a simulação de uma usina de carvão. 

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Ice Cave em Svalbard

No início da tarde, ficamos na porta do hotel aguardando o veículo da agência de turismo que iria nos levar à uma Caverna de Gelo em Svalbard, e observei que tinham várias pessoas e outros carros de agências ali, mas é porque a maioria dos passeios saem desse local, ou seja, da frente do Radisson Blu Polar Hotel.  

Assim que chegou o nosso veículo, um caminhão-esteira, com uma espécie de baú de vidro no lugar da carroceria, logo o guia já chamou nosso nome.

Fomos dentro da cabine junto com outras 3 pessoas. E outras pessoas entraram no baú. 

O percurso do hotel à caverna de gelo é lindo, totalmente coberto de neve por todos os lados. Em Svalbard não existem árvores.

Chegando no local, o guia entrega a cada turista um capacete com lanterna e um acessório com grampos para fixar no calçado, próprios para andar no gelo e não escorregar.  

Logo à frente, tinha uma portinhola aberta, com um buraco.  

Algumas pessoas entraram na nossa frente e, ao entrar, fiquei apavorada, pois são vários degraus de gelo, bem estreitos, sem ter onde se apoiar. 

Eu estava com luvas e tentava me apoiar na parede de gelo. 

Mais abaixo, encontrei uma corda, somente num dos lados e, depois de alguns degraus, a escada virava para a direita, o que dificultava ainda mais a descida.

Acho que, ao todo, eram uns 10 a 12 degraus.  

Assim que conseguimos descer, ficamos parados num corredor estreito e não saímos do lugar, pois um turista que estava atrás do guia fazia muitas perguntas e ele ficava respondendo, porém só os que estavam próximos ouviam a conversa. 

Eu e meu marido ficamos agoniados de ficar naquele lugar, parados, e comentamos de retornar, sair daquele local. E tivemos sorte, pois um pequeno grupo de turistas com um guia vinham do lado contrário, sentindo saída da caverna, e aproveitamos e saímos junto com eles,  o que foi uma benção,  pois esse outro guia nos auxiliou na subida da escada, até chegarmos do lado de fora.

Então entramos no nosso caminhão e ficamos aguardando até que terminasse a expedição dentro da caverna. 

Assim que retornaram, conversei com a turista que estava ao meu lado, e ela relatou que, mais à frente da caverna, era necessário se arrastar para atravessar uma parede que tinha apenas 50cm de altura. Ou seja, essa atividade poderia ter mais critérios, pois é apropriada apenas para pessoas mais jovens, com altura e peso normal. Esse passeio custou aproximadamente R$ 800,00 por pessoa. 

Uma informação sobre o passeio na caverna de gelo: a cada ano ela modifica o seu interior.

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Onde comer em Svalbard

Ao chegarmos no Radisson Blu Polar Hotel, fomos direto comer no pub, pois estava sempre lotado, então aproveitamos que tinha acabado de abrir e havia algumas mesas disponíveis.

O pub abria às 17hs. 

No cardápio, a opção de comidas eram pizzas - apesar de poucas opções - e alguns sanduíches. 

As pizzas são do tamanho padrão da Europa, do tamanho de um prato, ou seja, individuais.  

Meu marido precisava comer 2 pizzas. 

O valor de 3 pizzas e 2 refrigerantes era de, aproximadamente, R$ 350,00 reais. 

Depois ainda fomos caminhar pela rua principal, fomos ao mercado e entramos numa galeria, com poucas opções de lojas e cafés, restaurantes, etc.

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City Tour em Svalbard

No dia seguinte, de manhã, saímos para explorar o entorno do hotel, a rua principal e o mercado, porém logo começou a nevar bastante. Então voltamos para o hotel e aguardamos o nosso outro passeio, que era um city tour. 

Logo chegou o nosso ônibus, embarcamos, e ele passou em alguns outros hotéis para pegar outros turistas.

O City Tour em Svalbard é bem interessante: 1h30min a 2hs, passando por muitos locais.

A 1ª parada para fotos é na placa que indica o limite permitido para as pessoas caminharem livremente, pois, a partir desse ponto, somente pessoas armadas com rifles podem passar, por segurança, pois corre-se o risco de se deparar com ursos polares, já que a população de ursos em Svalbard é maior do que o número de habitantes da Ilha de Svalbard, que é de, aproximadamente, 3 mil pessoas, de mais ou menos 50 nacionalidades diferentes, sendo a maioria norueguesa.

Encontrei e conversei com pessoas que trabalhavam no hotel e no supermercado, de várias nacionalidades: argentinos, chilenos, asiáticos e africanos.

Em relação às armas, não é qualquer pessoa que pode carregar consigo e usar. Precisa fazer um curso ou treinamento e receber uma licença do governo. Então muitos moradores carregam consigo um rifle, que têm até lugar apropriado para acondicioná-los nas motos de neve. 

Os guias precisam andar armados. Inclusive, nosso guia do passeio na ice cave, ao descer do veículo, já colocou um rifle nas costas.  

Porém, nos informou que há anos não aparece um urso na cidade. E, quando saem em expedições, seja a passeio ou a trabalho, caso encontrem um urso, só podem atirar se estiverem correndo risco. E, mesmo assim, devem atirar apenas para espantar o animal, e não para matar, que seria a última opção, óbvio.

Em seguida, seguimos por um caminho onde pudemos ver algumas renas se alimentando - elas fuçam a neve, formando buracos, para encontrar algo para se alimentar.

Passamos também ao lado dos sítios onde são criados os cachorros huskies que fazem os passeios de trenós, e ainda em frente às várias minas de carvão, a maioria delas desativadas.

Em alguns locais, o ônibus para e os turistas podem descer para tirar fotos.  

Continuando, o ônibus para próximo ao Cofre de Sementes, ou Svalbard Global Seed Vault, onde  pudemos descer e caminhar até a frente do cofre, que é muito interessante, pois é uma construção que adentra as rochas da montanha (um bunker), contendo mais de 1 milhão de espécies, que preservam culturas, a fim de proteger a segurança alimentar global, em caso de catástrofes. 

Após essa parada, continuamos contornando as montanhas, passando pelo porto, pela igreja, etc. No final do city tour em Svalbard, o ônibus nos deixou no hotel. 

Minha opinião sobre o city tour em Svalbard é que vale a pena para qualquer idade.

Nosso passeio city tour em Svalbard custou aproximadamente R$ 200,00 reais por pessoa, com 2hs de duração. Eles oferecem 2 horários, de manhã e à tarde.

E mais uma informação útil: usei o chip de celular da Easysim4U e funcionou perfeitamente! Até na caverna de gelo o meu marido fez uma chamada de vídeo pelo WhatsApp, e pegou super bem!

No site Visit Svalbard você encontra muitas informações sobre Svalbard.

Para mais dicas, veja nossos posts da Noruega

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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