Adoro falar sobre viagens, dar pitaco nas viagens dos outros, enfim...como é meio óbvio, viagens são meu assunto favorito. E sempre é bom ouvir as histórias das viagens dos outros, né?
Não, não é bem assim...infelizmente, aparentemente existe uma casta de gente estranha, com gostos esquisitos, que parece não gostar de falar de viagens e de ouvir os relatos das peripécias dos amigos...
Pois nós adoramos, sim, ouvir as aventuras dos outros, compartilhar histórias, trocar dicas...e perceber que existem muitos olhares diferentes de um mesmo lugar, sobre uma mesma viagem.
Nós viajamos de uma forma que alguns vêem como "exótica": somos mochileiros com uma criança a tiracolo. Sei bem que tem muita gente (talvez a maioria das pessoas) que pensa que não somos bem certos. Gente que pensa que, "para comer mal e dormir em cama dura é melhor nem sair de casa". Já nós somos do tipo que preferimos dormir no chão d´um trem indiano do que ficar em casa nas férias. "Gostos são gostos", dizia uma 'véia' comendo ranho, kkkkkkk...
Mas, toda esta introdução é, na verdade, para dizer que nós temos o nosso modo de viajar, mas adoramos ouvir também sobre outras formas de ganhar o mundo, sobre as "viagens dos amigos" e, então, resolvemos inaugurar uma nova "seção" aqui no pequeno viajante, intitulada justamente "viagens dos amigos", para termos um espaçoonde os nossos amigos, novos e antigos, pessoais e virtuais, possam contar das suas aventuras, trazer relatos, dicas e histórias das suas andanças.
Esperamos que este espaço seja bem ocupado. Sintam-se - todos - desde já convidados a usarem desta nova seção do blog para nos mandarem as suas histórias (basta me enviar um e-mail com o relato que vocês querem compartilhar e as fotos!). É sempre muito bom conhecer um novo ponto de vista sobre um lugar. Se é um local que a gente já conhece então, fica mais interessante ainda!
E não pensem que só queremos compartilhar aqui relatos sobre países "exóticos": se você, caro leitor, quiser dividir conosco um roteiro incrível que fez em Porto Alegre, por exemplo, ficaremos mais do que felizes em publicá-lo! Fiquem verdadeiramente à vontade para dividir conosco os seus segredinhos de viagem!
E não pensem que só queremos compartilhar aqui relatos sobre países "exóticos": se você, caro leitor, quiser dividir conosco um roteiro incrível que fez em Porto Alegre, por exemplo, ficaremos mais do que felizes em publicá-lo! Fiquem verdadeiramente à vontade para dividir conosco os seus segredinhos de viagem!
E, com muito orgulho, tenho a honra de inaugurar esta nova seção "viagens dos amigos" com o relato incrível (e as ótimas dicas!) da viagem à Índia da minha amiga Jacqueline Rosenfeld!
A Jacqueline costuma viajar por conta própria, mas, conhecedora da fama "difícil" da Índia, estava meio recalcitrante. Eu, que sou da tese de que quem vai à Índia ou ao Marrocos, por exemplo, "de pacote", não fica conhecendo verdadeiramente esses países, dei uma pilha para ela se animar a ir de forma independente. Fiquei feliz quando ela me contou que tinha se decidido, mas depois fiquei bem nervosa, com medo que eles tivessem problemas...
Pois ela, pelo jeito, fez a lição de casa: leu livros, viu filmes, se organizou, foi, viu e curtiu!
Leiam, nas palavras (e fotos) da Jacqueline, como foi a aventura indiana dela e dos seus amigos, e aguardem, porque ela já prometeu uma série de posts - este primeiro é sobre Délhi, mas logo virão outros, sobre Agra e Jaipur!
Com vocês, Délhi, by Jacqueline Rosenfeld:
Com vocês, Délhi, by Jacqueline Rosenfeld:
Ida à Índia. Compramos as passagens pela Turkish Airlines, com parada de alguns dias em Istambul e em Tel-aviv. A Turkish Airlines oferece boas tarifas, especialmente para a Ásia.
Li o livro “Os indianos” – para entender um pouco o país. Ganhei o guia ilustrado da folha. Vi filmes: “Water”, “Um casamento a indiana”, “Quem quer ser milionário” e os famosos “Exótico Hotel Marigold” e “Gandhi”. Pesquisei no Google, nos reunimos com amigos que viveram lá por cinco anos, que nos passaram informações e a quem obedecemos (quase) rigorosamente. Vale dizer, não comer nada cru, nem previamente descascado (e manuseado), não comprar água na rua (o envasamento poderia ser ‘fake’), cuidar com as lentes de contato, lavar as mãos seguidamente, lavar os dentes com água mineral, entre outras coisas. Na verdade, comportamentos de higiene que devíamos seguir sempre. Acatamos para aproveitar integralmente nossos dias na Índia.
Odiamos excursões. Gostamos da aventura urbana, de viver as cidades, ir aos mercados e às feiras, às igrejas, às lojas. Mas confesso que, para a Índia, estávamos nos acanhando, até porque fomos sacudidos com o estupro coletivo - com cruel morte de uma jovem estudante - acontecido em Déli, nosso primeiro porto. Depois, lendo, vi que não é nada inédito. Pelo contrário, a violência contra a mulher é algo bem rotineiro na vida das indianas. É uma desgraça comum naquele país. Por outro lado, não podemos esquecer que eles beiram o bilhão e meio de habitantes. Há pessoas de má índole, como em outros lugares.
Fator importante foi o empurrão da nossa jovem amiga Claudia Rodrigues que nos encorajou a fazer o que sempre fazemos. Viajar por conta. Estruturamos-nos no básico. Hotéis acertados para as cidades a serem visitadas – Déli, Agra e Jaipur. Contato com o hotel em Déli para nos buscar no aeroporto. Até porque tinha lido que muita gente ao sair do aeroporto, tinha vontade de voltar – correndo – para dentro.
Não é bem assim. Mas foi muito bom chegar ao saguão e encontrar dois simpáticos jovens com as placas: Rosenfeld e Macedo (nome do casal de amigos). Amanhecia em Déli. E assim começou nossa aventura na Índia.
Assim, água na bolsa, câmeras no pescoço, pegamos um táxi e começamos a seguir nosso roteiro. Cinco dias em que fizemos bons passeios: (1) casa onde Gandhi passou alguns meses de sua vida; (2) Indira Gandhi memorial museu; (3) Red Fort; (4) Akshardham templo; (5) Humayun tumb; (6) Indian Gate; (7) Gurudwara Bangla Sahib (templo sikh); (8) Qutab Minar – conjunto arquitetônico, com linda torre e tumbas; (9) Lothus Temple; além dos museus, jardins e mesquitas.
A cidade de Deli dispõe de um ônibus, tipo hop-on, hop-off, com parada em muitos destes pontos de interesse turístico. Esta opção nos dá a chance de nos livrarmos dos gananciosos motoristas de taxis e dos tuk-tuks, que acham que tem direito de te arrastar para lojas de tapetes, de sáris, de seda, de chá, temperos, etc.
Foi deslumbrante andar pelas ruas de Deli, vendo mulheres com sáris coloridos, algumas fazendo compras, outras varrendo o chão, homens de turbantes, os loucos tuk-tuks.
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