Há alguns dias, li um texto postado no Facebook pela minha amiga Letícia Ilges, que está voltando de uma temporada longa em Portugal e, embora não saiba se a autoria está correta (com esses textos tirados da internet, nunca se sabe!), copiei e compartilho aqui com os leitores do blog, porque gostei muito e me fez pensar e lembrar das vezes que EU "morei fora".
Quando tinha recém completado 17 anos, fui morar um ano em Preston, Connecticut, nos Estados Unidos, como intercambista do Rotary Clube, com duas famílias, os Jennings e os Christensens. Lá, terminei o ensino médio, fiz grandes amizades que cultivo até hoje, aprendi a falar inglês fluentemente, a fazer mergulho submarino, esquiar na neve e, sobretudo, a reconhecer o que significa ser "minoria", forasteiro, expatriado...
Anos depois, já quase no fim da faculdade, fui passar 2 períodos na Alemanha que, juntos, totalizaram 9 meses de vivência na Europa, principalmente entre as cidades alemãs de Munique e Hamburgo, na casa de uma grande amiga que eu havia feito quando morei nos Estados Unidos, com os von Wolffersdorfs. Aqueles meses todos na Europa foram reveladores: entendi, de uma vez por todas, que o mundo é enorme, mas está totalmente ao nosso alcance, e que as possibilidades são infinitas; que tudo é possível e nada precisa ficar no terreno nebuloso dos "sonhos".
Não pretendo me alongar aqui relatando as minhas experiências de vida fora do país (que foram ambas maravilhosas!) - a idéia era apenas compartilhar o texto abaixo e dizer que é uma aventura que eu recomendo a todo mundo - não há quem não tire algum proveito de um período morando em outro país, conhecendo outra cultura, outra língua, outras pessoas, outro jeito de viver.
Morar no exterior muda a visão de mundo da gente, desperta uma chama dentro de nós e alarga os nossos horizontes de um jeito que, depois, eles nunca mais voltam a ser como antes.
Por mais que a gente sofra de saudades e passe bastante trabalho, não conheço ninguém que tenha se arrependido ou não recomende a experiência!
em Wessling, subúrbio de Munique, revisitando a minha família alemã, com o Peg, em 2007
os von Wolffersdorfs, muito joelho de porco, Sauerkraut (chucrute) e cerveja alemã
minha "irmã" alemã, a Uli, e as famosas wurst alemãs, na Arena de Munique - estádio de futebol sede da Copa do Mundo de 2006
com os Christensens, em Preston, EUA, numa visita em 2006
levei toda a família, mais uma vez, para conhecer minha família americana - visitando o submarino Nautilus
logo que o Felipe nasceu, em 2009, mais uma visita aos Jennings e aos Christensens, em Connecticut
russos, yankees e brasileiros reunidos na Nova Inglaterra
o pequeno viajante, recém-nascido, foi conhecer os Jennings nos EUA
Torço que o Felipe tenha as mesmas oportunidades que eu tive (e saiba aproveitá-las!), mesmo sabendo que morrerei de saudades a cada dia passado longe dele.
Se você também, algum dia, tiver a oportunidade de ir morar no exterior por um tempo, ou puder proporcionar essa experiência maravilhosa ao seu filho, nem pense duas vezes: você (ou ele) só tem a ganhar!
Não é apenas aprender uma nova língua.
Não é apenas caminhar por ruas diferentes ou conhecer pessoas e culturas diversificadas.
Não é apenas o valor do dinheiro que muda.
Não é apenas trabalhar em algo que você nunca faria no seu país.
Não é apenas conquistar um diploma ou fazer um curso diferente.
Morar fora não é só fazer amigos novos e colecionar fotos diferentes.
Não é só ter horários malucos e ver sua rotina se transformar.
Não é só aprender a se virar, lavar, passar, cozinhar.
Não é só comer comidas diferentes, pagar suas contas e se preocupar com o aluguel.
Não é só não ter que dar satisfações e ser dona do seu nariz.
Não é só amar o novo, as mudanças e também sentir saudades de pessoas queridas e algumas coisas do seu país.
Não é apenas já saber que é alguém do Brasil ligando quando toca seu celular e aparece numero privado.
Não é só a distância.
Não são apenas as novidades.
Não é só uma nova vista ao abrir a janela.
Morar fora é se conhecer muito mais...
É amadurecer e ver um mundo de possibilidades a sua frente.
É ver que é possível sim, fazer tudo aquilo que você sempre sonhou e que parecia tão surreal.
É perceber que o mundo está na sua cara e você pode sim, conhecê-lo inteiro.
É ver seus objetivos mudarem.
É mudar de idéia.
É colocar em prática.
É ver sua mente se abrir muito mais, em todos os momentos.
É se ver aberto para a vida.
É não ter medo de arriscar.
É aceitar desafios constantes.
É se sentir na Terra do Nunca.
É querer voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar.
É querer voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar.
Morar em outro pais é se surpreender com você mesmo.
É se descobrir e notar que, na verdade, você não conhecia a fundo algo que sempre achou que conhecia muito bem: você mesmo!
Fabiana Colossi Libanio
Ola!
ResponderExcluirEu adoro o blog de voces, já acompanho tem muito tempo, mas acho que é a primeira vez que eu comento.
Sou super fã do estilo de vida de vocês, sou apaixonada por viagens e meu sonho é conhecer cada cantinho desse mundo! Tenho 19 anos, e já viajei muitas vezes, mas só pelo Brasil. Sai do país uma vez, mas que valeu por muitas! Fiz um intercambio de 2 meses em Vancouver no último verão pra estudar ingles e foi a melhor experiencia que eu poderia ter tido! Gostei muito do post e do texto, senti tudo isso que a autora do texto relatou! rs Não vejo a hora de ir de novo, sou louca pra fazer um período da faculdade fora, como voce.
Estou sempre fazendo campanha aqui em casa pra conhecermos lugares novos e diferentes e espero que eu consiga arranjar um marido que também ame viajar, porque quero ser como voces quando crescer!
Parabéns pelo blog e pelo Felipe, ele é muito fofo! xD
Beijos!
oi Mariana! sempre ouvi falar maravilhas de Vancouver! nós conhecemos apenas a costa leste do Canadá, e temos planos de passar 3 meses em algum lugar de língua inglesa (o Peg quer estudar inglês também!), estamos entre Cape Town, NY ou Vancouver...qual escola tu frequentou? obrigada pelos elogios ao blog e ao Lipe e saibas que também dá para viajar sozinha, viu?!?! embora seja muito legal ter alguém que a gente ama junto para compartilhar as descobertas do caminho, não precisa esperar até arranjar um marido para começar, heheheheh! bjo grande, Claudia
ExcluirQue post mais empolgante!! Eu não tive a oportunidade de morar fora, apenas fiz algumas viagens por aí. Mas quero muito proporcionar tudo isso a minha filha! Realmente viajar é algo que nos enriquece!!
ResponderExcluirOii! Vancouver é uma cidade linda, cheia de parques, montanhas, estações de esqui, tudo muito limpo, organizado, as pessoas são muito simpáticas e acolhedoras, tudo feito para receber bem os viajantes.
ResponderExcluirEu estudei na ILSC (http://www.ilsc.ca) e adorei, os professores são ótimos, com vários tipos de aulas e todas dinâmicas. Poder estudar em uma sala com pessoas do mundo todo é um experiência única, com certeza!
É, quando eu fui pro Canadá estava sozinha e foi uma ótima experiencia, viajar sozinha também tem suas vantagens. Acho que viajar é bom de qualquer jeito, não é?
Beijos!
Claudia e Marlon, li nos comentários anteriores que estão na dúvida entre cidades para estudar ingles... Fiz meu intercambio em Cape Town, por 45 dias! Foi sem dúvida a melhor experiência da minha vida, não somente por morar fora, mas por ter a certeza que se você conseguiu entender os capetownianos falam... Ah vc entende inglês de qualquer lugar do mundo! Pois um país com tantos dialetos oficiais te garante os mais diferentes sotaques possiveis, inclusive ser atendido por uma equipe de Klosas, falando ingles cantado e estourando um Cloc cloc no meio.. Pegar um taxi com os muçulmanos em Bo Kaap e aquele inglês britânico carregado com sotaque indiano... É engraçado que o que muitos amigos reclamavam no inicio do interncambio por nao entenderem, era a minha maior paixão.. querer conversar mais e mais.. Trabalhava em hotelaria aqui no Brasil e era a melhor pessoa que falava inglês, mesmo sendo a que teve menor tempo de intercâmbio (óbvio que não aprendi tudo lá, estudei ingles dos 4 aos 16 anos, mas a fluência se deve ao meu intercâmbio) e era chamada pra atender todos os telefonemas e principalmente os hóspedes indianos na recepção. Estudei na EF e super recomendo! Escola excelente, bem equipada, com Wifi e com vista permanente pra Table Montain!
ResponderExcluirFora o aprendizado Cape Town é uma delícia, linda, cosmopolita.. apaixonante! Sem contar que as estradas são muito boas e bem sinalizadas o que me permitiu alugar um carro e conhecer cidades muito bacaninhas como Hermanus (Cidade das Baleias), Strusbaai, Cape Agulhas, sem auxilio de GPS, apenas um mapa rodoviário e a coragem de dirigir na mão inglesa... Pretendo voltar com meu marido assim que meu filho fizer 4 anos, pra leva-lo num safari! Rs!
Beijos para vocês e para o Lipe!
Oi Ju,
ResponderExcluirAdorei a dica! Eu amei nosso safari na África do Sul, foi um dos dias mais memoráveis da minha vida, saí extasiada do Kruger Park! Morro de vontade conhecer Cape Town :-(
Bjokas, Claudia
Realmente viajar ou morar em lugares tanto fora do Brasil quanto aqui mesmo, pois sou gaúcha mas já morei em Goiais,Parana,São Paulo, Espírito Santo e minha aventura no exterior foi em 2007 quando fiz 25 anos de casada eu e meu marido fomos a Europa e olha que só foram 10 dias Portugal, Espanha e França foi incrível demais, dias preciosos que realmente fizeram a diferença em nossas vidas, concordo totalmente com o texto acima !!!
ResponderExcluirAdriana, com certeza! Não falei sobre isso no post, mas morar em outros lugares no Brasil mesmo com certeza deve ser uma grande experiência! Imagino que sair do RS para o norte do país deve ser como ir para outro país, tudo muito diferente, costumes, comidas e até o sotaque!
ExcluirBeijos