A Rachel Verano é ex-editora da Revista Viagem e Turismo e tem um blog super legal, com ótimas dicas de viagem, no site Viaje Aqui (http://viajeaqui.abril.com.br/), da Editora Abril.
Eu sempre acompanho o blog dela, o Viajar Bem e Barato, e esses dias fiz um comentário num post, indagando porque a Revista Viagem e Turismo só faz reportagens de viagens com crianças para parques temáticos e resorts.
Meu comentário:
"gostei da matéria, mas não entendo pq, apesar de incentivarem as pessoas a viajar, vcs insistem na idéia de q viagem com crianças é sempre para parques temáticos e lugares do gênero, de preferência com outros casais q tb tenham filhos…isso é tão clichê…a gente viaja pelo mundo todo com nosso filho de 2 anos, q já andou por 23 países conosco, principalmente na Ásia, e não tem drama nenhum, mistério nenhum! porque vcs não fazem uma matéria sobre casais mochileiros q viajam pelo mundo com os filhos? isso sim seria novidade! o post começa falando de casais q abrem mão de viajar por causa dos filhos, mas a matéria não desfaz essa concepção, ao contrário, incentiva, mostrando q viagens com crianças são só essa coisinha meio água com açúcar…"
Isso sempre me incomoda, tanto que deixei de assinar a revista há tempos, porque parece que depois que as pessoas têm filhos só podem viajar para a Disney! Então ela me mandou um e-mail, bem legal, concordando conosco (ela mesma é uma super viajante), e convidando a gente para dar um depoimento no blog dela.
Como eu não recuso oportunidade de incentivar as pessoas a viajarem com os pequenos, escrevi um textinho e ela publicou lá no Viajar Bem e Barato (http://viajeaqui.abril.com.br/blog/viajar-bem-barato/).
O post da Rachel ficou assim:
Volta ao mundo com um bebê a tiracolo
por Rachel Verano em 9 de setembro de 2011
Passeio de elefante na Tailândia
Meu último post incomodou um pouquinho a Cláudia Pegoraro, uma gaúcha mãe do Felipe, um pequeno viajante de 2 anos de idade que já viajou por inacreditáveis 23 países. A reclamação da Cláudia tinha menos a ver com o post em si (uma novidade no mercado brasileiro para turismo de aventura) do que com a maneira como se costuma ver uma viagem com os pequenos. Para ela, não existe isso de desafio, aventura, loucura. Nada de bicho de sete cabeças. Quer saber? Eu concordo plenamente com ela. E foi por isso que ela topou escrever pra gente umas linhazinhas do meio da viagem de cinco meses de volta ao mundo dela com a família (com o marido e o Lipe, claro!), contando como tudo começou:
“A primeira viagem grande que fizemos com o Lipe ele ainda não tinha nem 3 meses, foi aos Estados Unidos e Canadá. Depois, com 11 meses, fomos à Colômbia, bem mais “exótico”, e ele deu os primeiros passinhos no Museu do Ouro, em Bogotá… também fomos a Fernando de Noronha, que foi um desafio com um bebê de 1 ano e 6 meses. Hoje ele está com 2 anos – completou no meio da Rússia, na ferrovia Transiberiana, e já conhece mais de 20 países, a maioria na Ásia.
Família unida em Luang Prabang, no Laos
Já perdi as contas de quantas viagens já fizemos com o Felipe. Já teve Uruguai, Paraguai, Argentina, várias pelo Brasil… Antes dele nascer, a gente achava que depois nós só iríamos para a Disney e tal, mas depois da primeira viagem, que vimos que não tem mistério, fomos ficando cada vez mais corajosos. Claro que fizemos vários testes, em viagens curtas, perto de casa, até nos animarmos a fazer esta verdadeira “volta ao mundo” de cinco meses, mas o que foi decisivo mesmo foi que a gente ama viajar e não seríamos felizes longe da estrada. E também o fato de que o Felipe é uma criança muito saudável e é muito parceiro! Eu e o Peg já tivemos várias diarréias nesta viagem, por exemplo, e ele, por incrível que pareça, nada até agora! Há algum tempo eu achava que seria uma loucura levar um bebê para a Índia, por exemplo, mas a gente vai ganhando confiança a cada viagem que dá certo. E acabamos sempre sempre incluindo no roteiro passeios que ele curta também, é claro. Como piscina, zoológico, parquinho, andar a cavalo, de elefante, essas coisas…
Lipe devorando a comida indiana: sem mistérios!
As pessoas sempre nos perguntam “mas porque trazer um bebê para uma viagem assim”?? O que nos motiva é o prazer de estar na estrada. Sem o Felipe, a gente não viria (óbvio que a gente não ia ficar nem 15 dias longe dele), então a solução é levá-lo. Não tem nada de meritório nisso, é até meio egoísta: a gente PRECISA viajar, então ele tem que viajar junto. Simples assim. Nós sempre viajamos, desde sempre. Conheci bem a Europa e os Estados Unidos antes dele nascer, também já tínhamos vindo duas vezes para a Ásia, então depois que ele nasceu a gente voltou a alguns lugares que já conhecíamos e acrescentou novos destinos.
Família completa em Moscou, na Rússia
Também comentam conosco “mas ele não vai lembrar de nada…” Não acredito que ele vá lembrar, mas tenho certeza que ele vai adorar ver as fotos. Eu adoraria ter uma foto minha com 3 meses em Times Square ou com 2 anos na Praça da Paz Celestial, em Pequim. Acredito, sim, que as viagens contribuem no sentido de dar a ele esperteza. Ele está sempre ligado, cuida quando vem carro e, como a gente anda na rua o dia todo, ele é muito mais esperto do que as crianças da idade dele nesse sentido. É claro que ele já sabe de coisas que outras crianças brasileiras nunca viram, como por exemplo viajar de trem, comer de palitinho, ter sua camiseta puxada por macacos no Nepal…”
É isso ai, Cláudia! Uma ótima viagem para vocês três e muitas fotos pro Lipe (estas que ilustram o post já ficaram pra posteridade)! Acompanhe a viagem do pequeno no blog Felipe, o pequeno viajante.
Segue o link:
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