Menu

Kathmandu, Nepal: principais atrações e o que você precisa saber antes de viajar

Tudo o que você precisa saber para visitar Kathmandu, no Nepal, e os seus principais pontos turísticos.

Kathmandu, Nepal: principais atrações e o que você precisa saber antes de viajar
Tudo o que você precisa saber para visitar Kathmandu e os seus principais pontos turísticos

Kathmandu, a capital do Nepal, é uma cidade com uma variedade enorme de atrações culturais. Um lugar vibrante, incrível, que parece saído de um livro de estórias, cheio de tradições que contam a história do país atravessado pelo Himalaia.

Eu sempre brinco que, se alguém não tem coragem de ir à Índia - que, para nós, é a maior de todas as viagens, que então comece pelo Nepal, mais especificamente por Kathmandu, uma meca de hippies, mochileiros, trekkers, alpinistas...uma cidade super cosmopolita num lugar onde não se imaginaria encontrar uma cidade cosmopolita, entende?

Quem já leu livros de montanhismo sabe que Kathmandu é onde todas as grandes aventuras começam, um lugar por onde já passaram os maiores aventureiros do mundo.

Mas isso não quer dizer que Kathmandu seja um "plano B" para quem ainda não criou coragem de enfrentar o caos da Índia - não, pelo contrário: Kathmandu tem caos suficiente para, por si só, encher vários dias das suas férias hehehehe...tanto que nós já estivemos lá 3 vezes e ainda não nos demos por satisfeitos - sempre queremos voltar à capital nepalesa, lugar de gente amistosa, pacífica, zen e hospitaleira!

Muitas buzinas, carros e motocicletas vindo de todos os lados, vacas e riquixás pelas ruas (infelizmente, em menor número a cada nova visita nossa), fios de luz emaranhados de uma forma além da razão, o cheiro de incenso queimando saindo pelas portas das lojinhas de produtos falsificados do Thamel e se misturando aos cheiros de curry dos restaurantes... Ninguém passa “imune” por Kathmandu: é um lugar marcante demais, mas não tem bem como explicar o porquê de as pessoas se apaixonarem pela cidade, já que não é um lugar bonitinho, nem charmosinho, tem muita sujeira e todo tipo de poluição. À primeira vista, Kathmandu pode até assustar os desavisados - é preciso VIVER a cidade, estar lá por inteiro, sem pré-conceitos, sentindo os odores e sabores do Nepal, a energia daquele lugar, para se apaixonar...ou não hehehe... Tem que ir lá para entender, e vá preparado para o choque cultural!

Veja também outros posts sobre Kathmandu e suas principais atrações:

Já publiquei 2 posts contando tudo sobre os 2 hotéis onde nos hospedamos na nossa última viagem a Kathmandu:


Nas nossas 2 viagens anteriores ao Nepal, inclusive com o Lipe bebê, tínhamos nos hospedado na Kathmandu Guest House, um hotel com história no Thamel, praticamente uma instituição nepalesa, situado num antigo Palácio Rana. 

Kathmandu Guest House foi o 1º hotel a abrir no Thamel no final dos anos 60. De Ricky Martin a Jeremy Irons, muitos famosos já se hospedaram lá, além de inúmeros brasileiros, como nós hehehe...

Kathmandu, Nepal
Kathmandu Guest House

Kathmandu, Nepal
Kathmandu Guest House

Kathmandu, Nepal
Kathmandu Guest House, nosso hotel nas 2 primeiras viagens ao Nepal

Onde comer em Kathmandu

Escrevi um post super completo com todas as dicas possíveis de alimentação em Kathmandu, desde inúmeras dicas de restaurantes, até as comidas e cervejas que você não pode deixar de experimentar numa viagem ao Nepal, quanto custa comer no Nepal, cuidados básicos que você deve ter com a alimentação para não adoecer, lugares imperdíveis para comer na trilha ao Everest Base Camp e até como é comer no Nepal com crianças.


Kathmandu, Nepal
Lipe mandando ver um dal bhat tarkari no Nepal

Vídeo do nosso trekking ao Everest Base Camp

Um pouco da história do Nepal

A história de Kathmandu se mistura com a história dos Newaris, os principais habitantes do Vale do Kathmandu.

A fundação da cidade data do século 12, época da Dinastia Malla, quando a cidade floresceu e era conhecida como Kantipur.

O 1º assentamento se originou de uma rota de comércio com o Tibet: comerciantes e peregrinos se hospedavam em hospedagens como Kasthamandap, que mais tarde deu nome à cidade.

A maior parte dos famosos templos de Kathmandu datam do século 12 até o século 15, quando o Vale se dividiu em 3 reinos independentes: Kathmandu, Patan e Bhaktapur.

Veja também:


A rivalidade entre as 3 cidades-estado levou a uma série de guerras que deixou as 3 vulneráveis à invasão do Vale em 1768 pela Dinastia Shah, que posteriormente unificou o Nepal e tornou Kathmandu a sua capital.

Durante a Revolta Maoísta, entre 1996 e 2005, dezenas de milhares de nepaleses se mudaram para a capital, fugindo da violência política no interior, e a infraestrutura de Kathmandu, que já não era das melhores, foi praticamente destruída nos terremotos de abril e maio de 2015.

Nós mesmos tivemos a nossa cota de perrengue com a guerrilha maoísta durante uma viagem ao Nepal em 2004, veja aqui: Fronteira da Índia com o Nepal: nada é tão ruim que não possa piorar

Nos terríveis terremotos, milhares de pessoas morreram e muitos dos monumentos mais famosos do Nepal foram destruídos, infelizmente.

Estivemos no país novamente em 2011, antes dos terremotos, e a situação naquela época era muito melhor do que o cenário de destruição que encontramos em 2021, tristemente.

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
Kathmandu, Nepal

Chegando em Kathmandu: vistos nepaleses

O Nepal está muito mudado!!

Ficamos positivamente impressionados com a super organização do Aeroporto de Kathmandu.

Desembarcamos do avião e já havia um ônibus esperando para nos levar até o terminal. Logo na entrada, éramos os primeiros da fila e nos pediram para ver os exames de Covid e certificados de vacinação. Depois pediram para ver os formulários de aplicação para os vistos (que eu já tinha preenchido online e levado impressos - se você não trouxer, terá que preencher no aeroporto) e nos mandaram passar no guichê para pagar os vistos: U$ 50 cada visto de 30 dias (tem vistos + baratos para 15 dias também). Pode pagar em euros ou dólares. Tudo isso foi feito em menos de 5min, sério! Uma organização impressionante!

Depois fomos para a fila do tourist visa, onde nos pediram pra ver os cartões de embarque do voo em que chegamos e a reserva de hotel (traga impressa!). Tiraram nossas fotos, impressões digitais e, em menos de 15min, já estávamos na esteira, esperando as nossas malas! Inacreditável.

Aliás, na esteira tinha um Beagle farejador coisa + fofa! 🐕

Até os indianos estavam respeitando as filas, sem atropelos nem amontoamentos de gente. O aeroporto todo bonito, mais moderno, totalmente reformado!

Kathmandu, Nepal
formulários CCMCC de saúde que tem que preencher antes de viajar

formulários CCMCC de saúde que tem que preencher antes de viajar
formulários CCMCC de saúde que tem que preencher antes de viajar

Kathmandu, Nepal
formulários de aplicação para os vistos on-arrival - eu já tinha preenchido online e levado impressos

Kathmandu, Nepal
formulários de aplicação para os vistos on-arrival - eu já tinha preenchido online e levado impressos

Kathmandu, Nepal
formulário preenchido para visa on arrival

Kathmandu, Nepal
chegando ao Aeroporto Internacional de Kathmandu

Kathmandu, Nepal
guichê para pagamento dos vistos nepaleses: U$ 50 por cada visto de 30 dias

Kathmandu, Nepal
guichê para pagamento dos vistos nepaleses: U$ 50 por cada visto de 30 dias

Kathmandu, Nepal
visto para o Nepal comprado na chegada ao país

Chip de celular para usar no Nepal

Pegamos as nossas bagagens da esteira do Aeroporto de Kathmandu e fomos direto à lojinha da Ncell (operadora de telefonia celular nepalesa) no aeroporto comprar um combo de 20 GB de internet válidos por 1 mês + SIM card, tudo por U$ 8.

Compramos 2 pacotes e pagamos em dólares.

Preenchemos um formulário, nos pediram fotos 3x4 (eu trouxe 💪), pagamos, e o moço configurou nossos celulares. 30min depois de colocar os pezinhos no Nepal, já estávamos prontinhos da Silva Xavier, com vistos grudados nos passaportes (o visto nepalês é um adesivo) E com internet funcionando nos nossos celulares 😅

Durante o trekking ao Everest Base Camp, dias depois, acabamos comprando outros simcards para usar a internet, desta vez da Everest Link, que é a única operadora nepalesa que funciona bem depois de Namche Bazar. Expliquei aqui: Quanto custa o Trekking ao Everest Base Camp no Nepal

Mas, na região do Vale do Kathmandu, esses simcards da Ncell são excelentes.

Nunca foi tão indolor chegar a um país asiático! Ainda estou tentando entender se o Nepal mudou tanto assim, ou se fomos nós que mudamos e aumentamos tanto a nossa zona de conforto que os pequenos perrengues e frios no estômago são incapazes de nos afetar hoje em dia 🤔

Ainda lembro da 1ª vez que chegamos ao Nepal, em 2004, vindos da Índia de ônibus pela fronteira terrestre, sendo interpelados pela guerrilha maoísta, perrengue pesado, caos, infecção intestinal pegando...

Todas essas histórias estão aqui no blog, em textos hilários que o Peg escreveu na época - vejam esse aqui, que é garantia de boas risadas: Fronteira da Índia com o Nepal: nada é tão ruim que não possa piorar - mas, no final, tudo dá certo!

Também lembro bem da 2ª vez que chegamos a Kathmandu, em 2011, com o Lipe bebê, aquele trânsito e calor dos infernos, tudo pegajoso, barulho, poluição, buzinas incessantes, dezenas de nepaleses nos cercando na porta do terminal oferecendo todo tipo de serviço, de haxixe a quartos em casas de família, e uma barganha feroz para conseguir um táxi até o Thamel, bairro turístico da capital Kathmandu.

Aqui tem fotos da nossa 2ª viagem ao Nepal, com o Lipe bebezuco.

Nesta 3ª viagem ao Nepal, chegamos em Kathmandu tranquilamente num domingo à noite, friozinho de 16°C, nem trânsito tinha...parecia outro país 😳

Kathmandu, Nepal
chegando a Kathmandu em 2011 com o Lipe bebê

Kathmandu, Nepal
voando Yeti Airlines no Nepal

Kathmandu, Nepal
money exchange e lojinha da Ncell no Aeroporto de Kathmandu

Kathmandu, Nepal
compramos um combo de 20 GB de internet válidos por 1 mês + SIM card, tudo por U$ 8

Kathmandu, Nepal
na esteira de bagagens do Aeroporto de Kathmandu tinha um Beagle farejador coisa + fofa! 🐕 

Kathmandu, Nepal
mensagens de texto da Ncell - tudo em inglês

Como ir de/para o Aeroporto de Kathmandu

Fomos os primeiros passageiros do nosso voo a sair do aeroporto, depois de trocar alguns poucos dólares numa casa de câmbio, para pagar o táxi até o Thamel, conversando com o Lipe por videochamada!!

Trocamos um pouco de U$ ainda no aeroporto (tem casa de câmbio ao lado do guichê na Ncell) e, depois de barganhar um pouquinho, vimos que ninguém faria a corrida num domingo à noite por menos que isso, então pagamos 700 rúpias pelo táxi (U$ 6).

Até então, a melhor cotação que encontramos pelo dólar foi de U$ 1 = 116 rúpias nepalesas.

As outras corridas que fizemos de táxi de/para o Aeroporto de Kathmandu durante a semana e durante o dia custaram 500 rúpias, tanto chamando o táxi através do hotel, quanto chamando por meio do aplicativo Pathao, que é o equivalente ao Uber local.

Então saiba que uma corrida do Aeroporto ao Thamel e do Thamel ao Aeroporto custará entre 500 e 700 rúpias, dependendo do horário. 

Kathmandu, Nepal
já saímos do aeroporto num táxi super conectados à internet, conversando com o Lipe por videochamada!

Kathmandu, Nepal
para vocês terem uma ideia de como as coisas evoluíram por lá, este era o aeroporto doméstico de Kathmandu na 2ª vez que estivemos lá, em 2011

Kathmandu, Nepal
o terminal doméstico ainda tinha estas balanças de "farmácia"

Kathmandu, Nepal
hoje em dia este é o pórtico de entrada do Aeroporto de Kathmandu

Kathmandu, Nepal
e este é o desembarque do terminal doméstico

Kathmandu, Nepal
aplicativo Pathao, que é o equivalente ao Uber no Nepal

Trocando dólares em Kathmandu

Nós levamos dólares americanos nesta viagem e fizemos câmbio várias vezes, por várias cotações diferentes da rúpia nepalesa

Inicialmente, chegando lá, trocamos apenas U$ 20 no Aeroporto de Kathmandu, apenas para poder pagar um táxi até o hotel. A taxa de conversão no aeroporto nem era ruim - U$ 1 = rúpias 118 - mas eles cobram taxa de 2%. Por U$ 20, nos pagaram 2320 rúpias. 

Depois, no Thamel, à noite, trocamos apenas U$ 100, pois achamos a taxa de câmbio muito ruim: U$ 1 = 116 rúpias. Nos pagaram 11.600 rúpias por U$ 100. 

No dia seguinte, pesquisamos em mais 3 casas de câmbio e, finalmente, encontramos uma cotação boa: trocamos U$ 1000 por 118.500 rúpias, a uma cotação de 118,5 rúpias por dólar. 

Depois, antes de seguirmos para Lukla, trocamos mais U$ 500 por 58.500 rúpias (cotação de 117 rúpias por dólar).

Importante: não deixe para trocar dólares ou tentar pegar dinheiro em ATMs em Lukla ou Namche Bazar - as cotações certamente serão piores do que em Kathmandu, isso SE você encontrar um ATM funcionando! Organize toda a questão do dinheiro ANTES de sair da capital Kathmandu.

Leia mais aqui: Quanto custa o Trekking ao Everest Base Camp no Nepal  

Então, em resumo, trocamos U$ 1620 em Kathmandu e a média das cotações que fizemos foi de U$ 1 = 118 rúpias
Kathmandu, Nepal
essas casas de câmbio abundam em Kathmandu - pesquise a cotação em pelo menos 3 delas antes de trocar a maior parte do seu dinheiro

Kathmandu, Nepal
procure por placas de 'money changer' ou 'money exchange' no Thamel, o bairro turístico de Kathmandu

Kathmandu, Nepal
rúpias nepalesas

Gastos em Kathmandu

Já publiquei um post super completo com todas as informações sobre os custos da nossa viagem ao Nepal.

Veja aqui: Quanto custa o Trekking ao Everest Base Camp no Nepal 

Então vou me limitar aqui a colocar uma lista de gastos que tivemos em Kathmandu para que vocês possam ter uma ideia dos custos na capital nepalesa.

Para ler mais sobre as nossas comprinhas em Kathmandu, o que vale a pena deixar para comprar/alugar lá, e o que não vale a pena, veja este post: Trekking Everest Base Camp: o que levar na mochila

E mais:


Gastos em Kathmandu:

20 GB de internet válidos por 1 mês + SIM card = U$ 8 (compramos 2 pacotes) - pagamos em dólares
Táxi do aeroporto ao hotel no Thamel: 700 rúpias
Vistos nepaleses: U$ 50 cada um = U$ 100
Jantar no restaurante Black Olives: 2.440 rúpias (com gorjeta e cervejas)
Almoço na Fire and Ice Pizzeria: 1.530 rúpias
2 garrafas de água 1L: 40 rúpias (20 cada)
2 entradas Pashupatinath: 2.000 (1.000 cada)
Táxi de Pashupatinath ao Thamel: 400 rúpias
Jantar no New Orleans Café: 1.740 rúpias
Café da manhã na French Creperie: 1.640 rúpias
2 entradas Swayambunath: 400 rúpias (200 cada)
Táxi do Buddha Park até o Thamel: 300 rúpias
1 água: 30 rúpias
Jantar no Roadhouse Cafe: 3.240 rúpias
Táxi do Thamel ao aeroporto: 500 rúpias
Táxi do aeroporto de Kathmandu ao hotel no Thamel: 500 rúpias
Lavanderia em Kathmandu: 100 rúpias por Kg de roupa suja (lavamos 3Kgs e pagamos 300 rúpias)
Almoço Himalayan Java Café em Boudhanath: 1.700 rúpias
Jantar Roadhouse Café em Boudhanath: 1.525 rúpias
Água mineral: 20 rúpias
Ingressos Durbar Square em Patan: 2.000 rúpias
Almoço Café du Temple em Patan: 1.200 rúpias
Jantar na Fire and Ice Pizzeria em Kathmandu: 3.155 rúpias
Almoço no restaurante OR2K no Thamel: 1.855 rúpias
Jantar no Himalayan Java Café em Boudhanath: 1.100 rúpias
Testes Covid com amostras coletadas no Hotel Arushi: 2.000 rúpias cada teste (total: 4.000 rúpias)
Lanche no Tandoori Food Land em Durbar Square: 350 rúpias
Ingressos Durbar Square: 1.000 rúpias por pessoa (total: 2.000 rúpias)
Almoço na French Bakery: 1.750 rúpias
Sabonete: 120 rúpias
Jantar no Rosemary Kitchen: 2.420 rúpias
Almoço no Mitho Restaurant: 1.700 rúpias
Chocolates para viagem: 700 rúpias
Táxi Pathao (aplicativo) para aeroporto: 500 rúpias
Imagem de Buda: 1.500 rúpias
Pendente de colar: 200 rúpias
Pilgrims Bookhouse: 1.550 rúpias (compramos 2 livros + 1 ímã)
2 camisetas North Face: 5.000 rúpias
2 jaquetas: 42.000 rúpias = U$ 356
Jaqueta Lipe: 5.300 rúpias
Bandeirinhas de orações e incensos em Boudhanath: 800 rúpias (50 cada bandeirinha x 10 e 300 rúpias pelos incensos)

Kathmandu, Nepal

Aluguel de moto em Kathmandu

E aí, prontos pra enfrentar o caótico trânsito nepalês num passeio de scooter pelo Vale do Kathmandu?

Já tínhamos alugado motocas em lugares de trânsito infernal antes, como na Índia e, pior ainda, no Vietnam, mas não em capitais, e sim em lugares mais tranquilos, como Goa e Vang Vieng, então até eu mesma me surpreendi com a nossa coragem (ou seria inconsequência/loucura) de nos jogarmos na fogueira por vontade própria 🤣

Mas, no final, passamos 3 dias e 1/2 explorando lugares como Boudhanath, Kirtipur, Bhaktapur, Patan e Kathmandu de scooter e, juro, não tem como ficar + divertido que isso 🤪

Quem nos acompanhou na viagem a Zanzibar deve lembrar que alugamos motoca lá também, e foi divertidíssimo!

Mas atenção: esse tipo de aventura só é recomendado se você souber o que está fazendo! O Peg já teve moto, tem carteira de motorista categoria A (específica para dirigir motos), e nós temos estômagos fortes - não é atividade pra quem tem coração fraco!

Mostramos muito mais lá nos stories, espia lá!

Como recebemos um monte de perguntas sobre nossa fiel parceira - a scooter que alugamos para explorar Kathmandu - vou tentar responder tudo aqui:

🏍 O trânsito no Nepal funciona na mão inglesa e sim, é complicado pra quem nunca dirigiu na mão inglesa (nós já alugamos até motorhomes em países de mão inglesa, como a nova Zelândia, então o Peg está acostumado).

🏍 O aluguel da scooter por 3 dias e 1/2 ficou por 2.700 rúpias (800 rúpias por dia e + 300 rúpias por 1/2 dia), o que é bem barato, menos de U$ 7 por dia (lembrando que U$ 1 = 118 rúpias).

🏍 Tem que usar capacete sim, inclusive o carona, e eles vêm incluídos no aluguel.

🏍 A gasolina eu achei cara para os padrões locais. U$ 1 = 118 rúpias e 1L de gasolina custa 136,25 rúpias, o que significa que cada litro de gasolina custa + de 1 dólar. Ainda bem que a moto/scooter gastava uma miséria de gasolina e, com 4L de combustível, deu pra rodar uns 100Km 🤣

🏍 Não tínhamos nenhuma indicação de local para alugar moto - simplesmente demos uma volta a pé pelo Thamel e, em menos de 10min, encontramos uma micro locadora de motos e bikes. O Thamel é assim, não há o que não haja. Se um turista precisa de alguma coisa, seja lavanderia, trocar dinheiro, alugar saco de dormir, comprar purificadores de água, organizar uma viagem ao Butão ou conseguir uma moto de aluguel, no Thamel ele consegue! Amo ❤

🏍 Não tem muita burocracia para o aluguel, não. Na verdade, sequer pediram carteira de motorista (para dirigir scooter não precisa). Só pediram um passaporte pra ficar retido lá de garantia de que íamos devolver a moto. Para não deixarmos o passaporte do Peg, que era o motorista e poderia precisar apresentar o documento para a polícia no trânsito, deixamos o meu passaporte de garantia.

🏍 Estacionamento para moto em Durbar Square: 90 rúpias (por 4hs).

Movidos a aventura 💛

O problema de viver grandes aventuras é que a gente vai subindo a régua e inventando cada hora uma novidade kkkkk o nível de adrenalina necessário para manter a pulsação ok vai ficando cada vez mais alto.

Certeza que esses passeios de motoca no Nepal, com o Peg dirigindo na mão inglesa, são muito + "perigosos" do que uma aterrisagem no "aeroporto + perigoso do mundo"!

E aí, prontos para viver algumas aventuras no Vale do Kathmandu com o selvagem da scooter amarela???

Kathmandu, Nepal
quem vem na nossa carona??

Kathmandu, Nepal
scooter amarela que alugamos em Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
abastecendo a motoca num posto de combustíveis em Kathmandu

Kathmandu, Nepal
entender a sinalização de trânsito pode ser um pouquinho complicado...

Kathmandu, Nepal
e os postos de combustíveis são meio precários...

Kathmandu, Nepal
posto de combustíveis em Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
o trânsito nepalês é para quem tem estômago forte

Kathmandu, Nepal
mas, depois que você pega o jeito, fica se sentindo mais um local no meio da multidão de motocicletas

Kathmandu, Nepal
o jeito é entrar no clima

Kathmandu, Nepal
como o trânsito é pura anarquia, acaba sendo também super lento, e acidentes são raros

Kathmandu, Nepal
não tivemos nenhum problema com a nossa motoca amarela!

Quando entregamos nossa scooter alugada na locadora, várias pessoas me disseram nas mensagens dos stories do Instagram que se sentiram aliviadas hehehehe...

Vocês são engraçados! Minha mãe tem sangue de barata, mas tem gente no Instagram que fica nervosíssima quando a gente 'apronta' essas coisas de passear de moto no trânsito nepalês.

Mas quero contar uma coisa pra vocês, que percebemos desde a nossa 1ª vez no Nepal, e que é fato tanto em terras nepalesas, quanto na Índia e no Vietnam: a gente NUNCA vê acidentes de trânsito por lá, mesmo com todo aquele caos! 

Isso acontece porque, apesar da bagunça e do caos, o trânsito é bem lento, em torno de 40Km/hora, então acaba que raramente alguém colide justamente devido à anarquia. 

Por incrível que pareça, no meio da confusão, as coisas funcionam e, para quem anda de motoca, simplesmente não existem congestionamentos, o que já é uma super vantagem com relação a pegar táxi ou andar de tempo (o terrível e abarrotado e sufocante transporte coletivo nepalês - veja foto abaixo).

Kathmandu, Nepal
'tempo' é como se chama o abarrotado e sufocante transporte coletivo do Nepal

Além disso, andar de táxi seria muitooooo + caro do que pagamos pelo aluguel da nossa scooter amarela!

Por último, sobre as buzinas: nesta parte do mundo, buzinar é como dar um "hello", é como dizer "oi, estou aqui". Não é como no Brasil, que uma buzinada é praticamente um xingamento. O Peg, quando dirige por estas bandas, adora tacar o dedo na buzina kkkkk...é como se fosse mandando contínuos "Namastês" pros coleguinhas.

Kathmandu, Nepal
os selvagens da motocicleta em Kathmandu

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
o contrato de aluguel deixava claro que a moto não tinha nenhum tipo de seguro hehehe...

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
1L de gasolina custa 136 rúpias em Kathmandu, o que significa que cada litro custa + de U$ 1 (118 rúpias)

Kathmandu, Nepal
local onde alugamos nossa scooter em Kathmandu

Exame PCR em Kathmandu

No dia seguinte, deixaríamos Kathmandu em direção ao nosso próximo destino - as ilhas Maldivas - que exigiam que fizéssemos testes PCR para podermos entrar no país, então fizemos os exames no hotel mesmo: o técnico vai coletar o material no hotel e nos entregam o resultado lá mesmo, tudo por apenas U$ 17 cada teste! 

Bem prático e barato, né?? Pensar que no Brasil pagamos R$ 350,00 pelos RT-PCRs...

Em Kathmandu, é possível fazer testes PCR por algo entre 1000 e 2000 rúpias, em diversos hospitais: Star Hospital, Grande Hospital, Manmohan Hospital, Medicity Hospital, etc, mas achei que essa extrema comodidade de coletar as amostras e receber os resultados impressos em inglês no nosso hotel valia as poucas rúpias que eles cobram a mais pelo serviço.

É sempre bom avisar aos técnicos que o PCR está sendo feito para voar, porque daí eles têm a preocupação de copiar o seu nome bem direitinho do seu passaporte, e o resultado vem impresso, com QRcode, com a sua foto, nome e endereço do laboratório - tudo isso é exigido pelas Maldivas. 

Não esqueça de conferir todos os dados no laudo quando receber o resultado, é importante que esteja tudo certinho!

O resultado leva menos de 10hs pra ficar pronto.

Kathmandu, Nepal
exame PCR para Covid que fiz em Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
essas eram as exigências para viajar ao Nepal na data da nossa viagem

Kathmandu, Nepal
mas esses requisitos mudam a todo momento, então informe-se bem antes de viajar!

2 coisas irritantes no Nepal

Acho que vocês já perceberam que eu amo o Nepal, né? Não fosse assim, não teria "repetido" o destino de viagem pela 3ª vez! 🤣

Mas existem coisas no Nepal que são realmente detestáveis (mesmo que sejam compreensíveis), e acho que vale a pena avisar aos marinheiros de 1ª viagem:

1. Costumo dizer que o Nepal é o único lugar no mundo - pelo menos o único que nós conhecemos - onde você tem que pagar para visitar as praças principais das cidades

É realmente assim. 

Você não está pagando para visitar um museu, um ponto turístico específico - você tem que pagar para atravessar uma praça que, ok, é onde estão os principais templos e palácios da cidade, mas continua sendo apenas uma praça, já que você não pode entrar nos templos e palácios. 

Ah, dirão alguns, mas o $$ arrecadado pelo menos servirá para restaurar os prédios históricos, muitos deles completamente destruídos no terremoto de 2015! 

Quem dera!! 

Se vê muito pouca reconstrução, mesmo 6 anos após os desastres, e sou capaz de apostar que a maior parte do $$ está indo para bolsos corruptos. Bem triste! 

E a pior parte é o seguinte: como é um lugar aberto, se você não está bem avisado, vai caminhando pela rua bem tranquilo, sem sequer saber que está entrando na zona "paga". 

Claro, existem alguns quiosques de venda de ingressos, mas nada é sinalizado como deveria, e existem vários lados das praças por onde é possível ir entrando sem nem saber que aquela é a tal Durbar Square...daí vêm os fiscais te cobrar o ingresso e ferrou: tem que pagar as 1.000 rúpias por pessoa, que, afinal, não são pouco dinheiro (em torno de U$ 8,50). 

Então fique avisado: entrou na Durbar Square de uma dessas cidades, mesmo desavisado, terá que pagar a entrada! 

Isso acontece tanto em Kathmandu, quanto em Patan e Bhaktapur. Se não quiser pagar, nem se aproxime! 

O único local que visitamos sem que ninguém nos cobrasse para simplesmente caminhar pela cidade foi Kirtipur (e eu adorei!).

Os outros pontos turísticos, como Pashupatinath (1.000 rúpias, bem caro) e Swayambunath (baratinho), também são pagos. E acho que Boudhanath também é pago, só não nos cobraram porque estivemos lá 2x já mais pro fim da tarde, quando os fiscais de ingressos já deviam ter ido embora. 

Acho essa prática de cobrar ingressos dos turistas para simplesmente circularem pelas praças horrível. Ainda se no ingresso estivesse incluída a visita a algum museu, ou algo assim, seria mais justo...mas não! Quando há algum museu por ali, eles ainda têm o desplante de cobrar à parte! 😓

Isso só espanta os turistas que, se pudessem passear por ali livremente, comeriam nos restaurantes, beberiam nos bares, fariam compras nas lojinhas e mercados de artesanato situados ali, e acabariam deixando muito mais $$ do que o valor do ingresso em si.

Kathmandu, Nepal
entradas para passear na praça principal de Patan

Kathmandu, Nepal
ingresso que você precisa pagar para poder circular pela praça principal de Kathmandu

Kathmandu, Nepal
os ingressos para visitar Pashupatinath são bem caros para os padrões nepaleses (U$ 8,50)

2. Mas a coisa não fica por aí: além de cobrar ingressos, e ingressos bem caros, para tudo, o Nepal, assim como vários outros países da região, tem uma prática de cobrar ingressos absurdamente mais caros dos turistas estrangeiros do que dos turistas locais e daqueles vindos de alguns países membros da SAARC. 

Pois é, quando você ver essa sigla, já sabe: significa South Asian Association for Regional Cooperation. 

É uma organização regional do sul da Ásia que inclui o Afeganistão, Bangladesh, Butão, a Índia, as Maldivas, o Nepal, o Paquistão e o Sri Lanka. Turistas desses países pagam valores de ingressos bemmmmm baixinhos, enquanto que os demais turistas (nós) pagam os ingressos caros. 

Passamos por essa raiva no Sri Lanka, na Índia, nas Maldivas, e no Nepal é a mesma coisa 💩

Kathmandu, Nepal
o Nepal cobra ingressos absurdamente mais caros dos turistas estrangeiros do que dos turistas locais e daqueles vindos dos países membros da SAARC

Kathmandu, Nepal
a diferença de preços dos ingressos para turistas estrangeiros e para turistas vindos de países da SAARC é enorme

Tibet e Butão via Kathmandu

Quando contei nos stories do Instagram que, depois do nosso trekking ao Everest Base Camp, teríamos um destino-surpresa, muita gente achou que íamos para o Butão ou para Tibet - mesmo porque, se vocês olharem nossos primeiros stories na hashtag #PVnoEverest, esse era o nosso plano original, antes da pandemia: conhecer estes 2 lugares, que são alguns dos poucos países que ainda não conhecemos na Ásia!

Mas aí veio a pandemia, o mundo se fechou, e o Tibet e o Butão continuam fechados até hoje - ainda hoje pesquisei, e o Butão continua exigindo quarentena de 5 dias mesmo de pessoas vacinadas!

Quando estávamos no Nepal, diziam por lá que os planos dos chineses eram de reabrir as fronteiras do Tibet em julho de 2022, mas tudo ainda muito incerto. 

Então ainda não foi desta vez que finalmente conhecemos esses 2 lugares que habitam minha 'wishlist' há tento tempo!

A coisa está enrolada! Já perdi as contas de quantas vezes tentamos ir ao Tibet sem sucesso. Na última vez que fomos à China, também deu ruim. 

Veja aqui: Barrados no Tibet

Mas o que eu quero contar pra vocês aqui é que, quando for possível novamente viajar por estes países, não tem jeito mais prático e mais barato de ir ao Tibet e ao Butão do que via Nepal, organizando tudo em Kathmandu! 

Sei que, no Brasil, o Butão tem a fama de ser um lugar de turismo carérrimo, onde só se pode ir com agências gastando uma fortuna por dia, mas a verdade não é bem assim. Em Kathmandu existem dezenas de agências de viagens baratex que organizam tours e todos os permits necessários para ir ao Butão, por preços bem razoáveis.

Para ir ao Tibet, eles até me garantiram que não é necessário vir do Brasil para o Nepal já com o visto chinês no passaporte; disseram que basta chegar em Kathmandu e deixar o passaporte com eles por uma semana que eles organizam tudo - mas aí já não tenho certeza, acho melhor checar com o Consulado da China no Brasil antes, para ver se essa informação procede, e se é mesmo possível para brasileiros obterem vistos chineses em Kathmandu.

Sei também que o visto indiano é facilmente obtido em Kathmandu, porque esse nós já fizemos lá!

Ou seja, o Nepal, além das montanhas, também oferece várias possibilidades de viagens bacanas e em conta pelos arredores! 

Isso para não falar de todos os lugares interessantes que você pode conhecer DENTRO do Nepal, como por exemplo: 
  1. Lumbini (local de nascimento de Sidarta Gautama, o Buda);
  2. Pokhara (lugar lindo às margens do Lago Fewa); e
  3. Chitwan (parque nacional considerado Patrimônio da Humanidade, onde você vai ver rinocerontes, tigres e elefantes), etc. 
Kathmandu, Nepal
agência de viagens em Kathmandu, Nepal

Curiosidades nepalesas

Vocês conhecem alguma outra bandeira que não seja retangular? Acho que a bandeira nepalesa é a única no mundo que tem esse formato raro, todo enviesado.

Mas essa não é a única curiosidade nepalesa - o Nepal é cheio de peculiaridades, como, por exemplo, um fuso horário único no mundo, de 8h45min de diferença para o Brasil!

Um fuso de 8h45min realmente não é para os fracos - acordamos ao meia-dia no dia seguinte à nossa chegada! 🤣

O calendário nepalês também é totalmente diferente! Ele se chama Bikram Sambat, também conhecido como calendário Vikrami

É um calendário histórico Hindu usado no subcontinente Indiano e é o calendário oficial do Nepal. Na Índia é usado em alguns estados. Eles usam como referência meses lunares e anos solares siderais, pelo que entendi. No Nepal, eles usam esse calendário desde 1901, quando foi instituído pela Dinastia Rana. 

O Ano Novo no Nepal começa no 1° dia do mês de Baishakh, que normalmente cai ao redor dos dias 13 a 15 de abril no Calendário Gregoriano. 

Atualmente eles estão no ano 2078, ou seja, viajamos para o futuro! E o pior de tudo é o seguinte: como me alertou um leitor, viajamos no tempo e descobrimos que no futuro, em 2078, ainda tem Covid 🙈

E uma última dica interessante sobre o Nepal: eles não usam o app Uber, e sim o aplicativo Pathao, que é o equivalente nepalês ao Uber - bem prático e evita ter que barganhar com taxistas!

Kathmandu, Nepal
acredito que a bandeira nepalesa é a única no mundo que tem esse formato raro, todo enviesado

11 principais atrações de Kathmandu

A capital do Nepal, Katmandu, foi capital real durante grande parte de sua existência e, como resultado, o local é lar de vários palácios, mansões, templos antigos e jardins internos que contribuem para dar um refresco ao caos das ruas.

Com uma população multiétnica de Hindus e Budistas, a cidade é vibrante e colorida, cheia de celebrações culturais e festivais religiosos, como Indrajatra, Dashain e Gaaijatra, quando a população de todo o Vale do Kathmandu se reúne para observar tradições religiosas de vários séculos.

Apesar de o Nepal ser conhecido como um destino de trekking e aventura em função das famosas trilhas do Circuito de Annapurna e do Everest Base Camp, não é nenhuma surpresa que Kathmandu figure em muitas listas de top destinos a conhecer - nós mesmos estivemos 2x no Nepal, para somente na 3ª viagem fazermos um trekking!

Apesar de ter sido brutalmente atingida por um terremoto em 2015, a maioria dos locais mais importantes e impressionantes de Kathmandu sobreviveu ilesa à destruição ou já foi restaurada, então aqui estão as 11 principais atrações e locais que você deve visitar ao explorar a capital do Nepal:

Kathmandu, Nepal
Lipe explorando Kathmandu, no Nepal

Kathmandu, Nepal
Praça do Palácio de Kathmandu

1. Praça Durbar de Kathmandu

As atrações turísticas mais famosas de Kathmandu ficam situadas ao redor da sua Durbar Square e de outras 2 praças adjacentes - embora o local ainda não tenha sido completamente restaurado depois do terrível terremoto de 2015 (ainda há muito a fazer!), ele continua sendo o coração cultural, religioso e histórico de Kathmandu, e até do Nepal, eu diria! Um verdadeiro museu a céu aberto. 
Era nesta praça que os reis da cidade eram então coroados e onde viviam - Durbar significa Palácio.
A Praça do Palácio de Kathmandu ainda hoje preserva o legado de arquitetura tradicional mais espetacular da cidade.

Na Hanuman-Dhoka Durbar Square, como a praça é formalmente conhecida, você encontra os templos e edifícios históricos mais importantes e interessantes da cidade, como o complexo do Palácio Real de Hanuman Dhoka, que foi a residência principal da família real até cerca de um século atrás; o Templo Taleju, do século 16, com seus incríveis 37m de altura; a máscara branca gigante de Seto Bhairab e a estátua preta assustadora de Kala Bhairab; e o Kumari Bahal, uma estrutura de 3 andares de tijolos vermelhos toda esculpida, construída em 1757, onde vive a Kumari, uma menina escolhida para ser a "deusa viva" de Kathmandu, encarnação de uma deusa hindu (explico melhor abaixo), dentre outras das mais importantes construções históricas do Vale do Kathmandu. 

O nome "Palácio Hanuman-Dhoka" vem da estátua de Hanuman colocada na entrada do palácio real em 1672 pelo Rei Pratap Malla.

Kathmandu, Nepal
quiosque onde você paga o ingresso para entrar na Hanuman-Dhoka Durbar Square

Kathmandu, Nepal
Templo Mahendreswor, de 1562, construído durante o reinado de Mahendra Malla - este templo fica no extremo norte da Praça do Palácio e é dedicado a Shiva - dentro dele há uma Linga (símbolo fálico) e uma pequena imagem do touro de Shiva, Nandi

Kathmandu, Nepal
Templo Taleju, construído em 1564 pelo Rei Mahendra Malla, com 36,6m de altura e 3 telhados em estilo pagoda - até pouco tempo atrás, os nepaleses acreditavam que trazia má sorte construir uma casa mais alta do que este templo - ele só é aberto ao público uma vez ao ano, durante o festival de Dashain

Kathmandu, Nepal
Kathmandu Durbar Square

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
estátua de Hanuman, o deus macaco Hindu - essa estátua fica em um alto pedestal de pedra e data de 1672, época de Pratap Malla

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
muitas demonstrações de fé acontecem todos os dias na Praça Durbar de Kathmandu

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
Praça Durbar de Kathmandu

Kathmandu, Nepal
muitos edifícios da Hanuman-Dhoka Durbar Square ainda não foram reconstruídos após o terremoto

Kathmandu, Nepal
oferendas em um dos templos da Praça Durbar de Kathmandu

A capital nepalesa tem tantos templos que foi criada a expressão em inglês "templescape" para adjetivar a paisagem local (derivada de "landscape"). É fácil passar horas caminhando pelos arredores das 3 praças interligadas, se maravilhando com os templos e vendo o mundo passar por ali.  

Como eu disse antes, muitos dos principais templos ali em Durbar Square foram danificados (quando não totalmente destruídos) pelo terremoto de 2015, sendo ainda necessária muita restauração para reparar os danos, mas outros prédios que merecem atenção são o Kasthamandap, ou Pavilhão de Madeira, que deu nome à capital nepalesa, e o Maju Dewal, um templo construído em 1690 para o deus hindu Shiva.

A maior parte da arquitetura ao redor da praça é no estilo "pagoda", e os edifícios foram construídos entre os séculos 12 e 18, durante as dinastias nepalesas Malla, Shah e Rana.

A família real, que vivia lá, se mudou há mais de 100 anos para o norte da cidade, mas a praça sempre manteve a sua importância histórica, social e comercial.

Comece seu passeio em Basantapur Square, a grande praça aberta ao lado da Freak Street (falo mais sobre esta rua abaixo), e siga então no sentido horário ao redor da Durbar Square.

A Praça Basantapur era um antigo estábulo real de elefantes, hoje em dia cheia de bancas vendendo souvenirs e artesanato nepalês. É um lugar onde você precisa barganhar bem para fazer uma boa compra - não pague o primeiro preço que eles pedirem!

Com todos esses monumentos turísticos ali ao redor, a Durbar Square é a principal praça de Kathmandu, tombada como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO desde 1979, e encontrar um lugar com comida boa por ali, que não seja super caro e pega-turista, pode ser desafiador. 

Deixei uma ótima dica de onde comer em Kathmandu Durbar Square neste post: Onde comer em Kathmandu, Nepal

Sejam budistas ou acreditem no hinduísmo, os nepaleses têm muita fé, e demonstrações das fés budista e do hinduísmo abundam por todo o Vale do Kathmandu. Numa caminhada de 10min, você verá dezenas de manifestações de fé em Kathmandu - basta saber reconhecê-las!

Os ingressos para adentrar a Durbar Square são cobrados em cabines situadas estrategicamente para que nenhum turista deixe de pagar, e eu recomendo que você use o "crachá" que comprova o pagamento do ingresso de forma bem visível, senão os fiscais virão toda hora te encher o saco. 

Importante: esse ingresso é válido apenas por um dia, mas, se você pretende passar pela Durbar Square outras vezes durante a sua estadia em Kathmandu, basta ir até o escritório deles ali na praça mesmo, levando o seu passaporte e uma foto, para fazer um "visitor pass" - com este passe, o seu ticket passa a ter a validade do seu visto nepalês, e então você não precisará pagar para cruzar a praça novamente. 

Informações práticas:
  • Funciona diariamente, com museus abertos das 10 às 16hs
  • Ingressos: 1.000 rúpias (= U$ 8,50)
  • Dicas: tem quem goste, mas eu fugiria dos guias e exploraria por conta própria
Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Parêntesis: a Kumari

Preciso abrir um (...) aqui para contar a vocês um pouquinho sobre a Kumari, meninas que são escolhidas para ser as "deusas vivas" de Kathmandu.

Kumari significa literalmente "a virgem".

Os Hindus acreditam que a Kumari é a reencarnação da deusa guerreira Taleju, uma manifestação de Durga.

Os Budistas, por outro lado, acreditam que ela seja a deusa tântrica Vajradevi.

O Kumari Ghar, onde vive a menina, foi construído pelo Rei Jaya Prakash Malla quando ele se sentiu culpado depois de ofender a Kumari real da época. Em um ato de expiação, ele construiu um novo lar para ela, em 1757, que foi renovado em 1966.

Preste atenção nas incríveis sacadas e janelas de madeira entalhada - provavelmente é o pátio mais bonito de Kathmandu!

Kathmandu, Nepal
Kumari Ghar

O edifício está localizado perto da entrada sul da Praça Durbar de Katmandu, e a melhor hora para ver a deusa viva é entre 9 e 11hs da manhã e das 16 às 18hs.

Você paga (caro) para visitar a Praça Durbar, mas não precisa pagar nenhuma taxa adicional para visitar Kumari Ghar - se algum esperto por ali tentar te cobrar algo, é golpe.

Nas primeiras vezes que estivemos lá, não me recordo se vimos ou não a Kumari, mas nesta última visita tivemos a oportunidade de ver a menina na janela do Kumari Bahal - com um ar triste e um rostinho cheio de maquiagem pesada.

Todos os dias ela faz aparições ocasionais da sua varanda, onde a galera espera para vê-la.

Infelizmente (ou felizmente!) não é permitido tirar fotos ou filmar a menina, então vocês terão que se contentar pesquisando no Google se quiserem ver uma imagem do rostinho da atual Kumari.

As Kumaris são sempre meninas Budistas da etnia Newari de uma casta específica, e cada uma das 11 cidades do Vale do Kathmandu tem a sua própria Kumari, embora a Kumari de Kathmandu seja de longe a mais importante.

A escolha da Kumari é como se fosse um concurso público: as meninas são selecionadas com 4 ou 5 anos de idade, e precisam preencher 32 requisitos físicos, dentre eles "coxas de um cabrito, peito de um leão e cílios como os de uma vaca".

Dizem que eles fazem até provas de colocar as candidatas em potencial num lugar escuro cheio de cabeças de búfalos, máscaras assustadoras e barulhos, para selecionar as meninas que permanecem calmas...acredita-se que, se uma candidata não está assustada, como a maioria das crianças certamente estaria numa situação dessas, ela é a próxima reencarnação de Taleju.

É um troço bem pesado 🥵

Além disso, o mapa astrológico da escolhida não podia conflitar com o do rei - agora que o Nepal não é mais uma monarquia, não sei como ficou esse requisito heheh...

Se preenchidos todos os pre-requisitos, a menina se muda para Kumari Bahal na Praça Durbar, onde ela passa a levar uma vida de "privilégios", totalmente isolada do mundo exterior, saindo de lá apenas durante festivais específicos e para cumprir deveres religiosos, como se fosse realmente uma deusa viva, até alcançar a puberdade.

Algumas vezes por ano ela desfila pela cidade carregada em um palanquim, porque os pés da Kumari não podem jamais tocar o chão.

Mas...quando a menina começa a menstruar, a festa termina: seu espírito de deusa deixa o seu corpinho de menina junto com o sangue, ela volta ao status de mortal e deve voltar à casa dos pais, onde uma transição bem difícil para a "vida normal" de mera mortal em sociedade a espera. É realmente uma coisa bem complicada para a criança.

E aí o processo de seleção da nova Kumari recomeça.

Li inclusive que as antigas 'Kumaris' frequentemente têm dificuldade até para "arranjar marido", pois há ainda a crença de que os homens que casam com ex-Kumaris morrem jovens.

Deusmelivre que minha filhinha fosse escolhida como Kumari, mas, para a sociedade nepalesa, é uma honra enorme ter uma "deusa-viva" na família!

Fecha parêntesis.

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Casamento com Lorde Vishnu

Essas meninas que aparecem nas fotos que ilustram este post não são Kumaris (como expliquei, a Kumari não pode ser fotografada), embora pudessem ser, e a semelhança física, de roupas e make-up, com a real Kumari é enorme, isso eu posso garantir.

O que ocorreu é que, no dia em que estivemos na Durbar Square de Kathmandu, assistimos a uma celebração estranha, para dizer o mínimo (mostrei + lá nos stories).

Inicialmente pensei que pudesse ser a escolha de uma nova Kumari, mas perguntei para uma das mães que estavam por ali acompanhando as filhinhas e ela me explicou, toda orgulhosa, que se tratava do "casamento" da filha de 7 anos.

Eu devo ter feito uma careta tão grande que ela resolveu me explicar melhor: era o dia de casar a filha com Lord Vishnu, um dos mais importantes deuses hindus!

Dei um suspiro de alívio, e ela me explicou que eles fazem vários rituais, oferendas, pintam os pés das meninas com uma tinta vermelha, andam com as crianças pra lá e pra cá todas empetecadas, cheias de penteados e maquiagens - parecem umas mini-mulheres-bem-peruas 😒

As menininhas não pareciam muito alegres com a função toda - sabe aquelas coisas que dão a impressão que se trata de mães frustradas se realizando através das filhas!? - mas quem sou eu (que não sei praticamente NADA da religião hindu) para criticar a cerimônia, né!?

Cada religião tem as suas esquisitices, sem dúvida nenhuma! Mas que foi interessantíssimo acompanhar, ah, isso foi!

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

2. Freak Street

Jhochhen Tole, rua que ficou conhecida como 'Freak Street' desde a década de 60, é uma pequena rua no centro de Kathmandu, ao sul da Durbar Square, que ganhou este nome devido ao fato de que era lá que os hippies (ou 'freaks') se hospedavam e passavam o seu tempo quando estavam na capital nepalesa - hoje em dia, o destino dos turistas mochileiros é o Thamel, bem mais ao norte da cidade, que substituiu a Freak Street, junto com o turismo de trekking no Nepal. 

A Freak Street era um dos pontos da 'hippie trail', destino final da Estrada para Kathmandu, que virou até título de um livro clássico da literatura de viagem, o "Road to Katmandu: An Account of Life on the Hippie Trail from Istanbul to Katmandu", do Patrick Marnham.

Estrada para Kathmandu
livro clássico da literatura de viagem, "Road to Katmandu"

Esse livro fantástico conta a história da peregrinação de Patrick Marnham da Turquia ao Nepal em 1968. Ele viajou mais de 3 mil milhas, passando por Ancara e Ararat, Teerã e Mashad, Herat, Kandahar e Cabul, Peshawar, Lahore e Varanasi, na Índia, antes de finalmente chegar a Kathmandu. A sua jornada foi uma mistura maravilhosa de tortuosas viagens de trem, caminhões letais, desertos selvagens, montanhas e aldeias isoladas. 

É a história de uma geração que estava fugindo de uma vida convencional e de como eles se encontraram - ou se perderam - no caminho. Os jovens irrequietos do Ocidente, que queriam se distanciar das frustrações políticas e sociais nos seus próprios países, tinham contato em Kathmandu, em 1ª mão, com a fascinante e exótica cultura, arte, arquitetura e estilo de vida único que se vivia então no Nepal. 

É, sem dúvida, uma visão bem sedutora da trilha hippie e daqueles que a forjaram, antes que as viagens aéreas low cost encolhessem o mundo.
A Freak Street foi o epicentro hippie de Kathmandu desde o início dos anos 60 até ao final dos anos 70. 
Nesse período, a principal atração turística do Nepal eram as lojas administradas pelo governo que vendiam haxixe legalmente. Hippies de todas as partes do mundo viajavam até a Freak Street em busca de 'cannabis' - o lugar era uma espécie de nirvana hippie, já que haxixe e marijuana eram vendidos legal e abertamente em lojas licenciadas pelo governo.

Entre os visitantes, os Beatles, Jimi Hendrix e Cat Stevens, que escreveu sua famosa canção Kathmandu num dos botecos de Freak Street.   

Mas...o que é bom, dura pouco hahaha...no início da década de 70, o governo nepalês começou a perseguir os hippies de Freak Street e deportá-los para a Índia, em parte devido à pressão dos EUA, que queriam acabar com o fumacê, pois o Presidente Nixon havia decidido que o uso de drogas era o inimigo público nº 1 e jovens americanos estavam fugindo pro Nepal pra evitar as convocações para a Guerra do Vietnam.

O governo nepalês acabou impondo regras para os turistas, inclusive sobre o modo de se vestir e sobre a aparência física, e tornou a produção e venda de haxixe e marijuana ilegais no Nepal, o que acabou afastando os hippies do país, que abandonaram completamente o Nepal no final da década de 70.

Por sorte, o turismo hippie foi rapidamente substituído pelo turismo de trekking e cultural e, hoje em dia, a área de Freak Street, em Basantapur Square, é um local super movimentado, onde famílias nepalesas vivem e negociam, e ainda existem lá várias lojas de artesanato, livros antigos, studios de tatuagem, restaurantes e alguns hotéis baratos, reminiscentes da era hippie.

A história do seu passado hippie e a posição privilegiada, numa área de comércio importante no centro de Kathmandu, ainda fazem da Freak Street um destino popular entre turistas e locais.

Kathmandu, Nepal
cafe em Freak Street

Kathmandu, Nepal
Basantapur Square em Kathmandu
Basantapur Square em Kathmandu
Basantapur Square em Kathmandu

3. Kirtipur

4. Estupa Boudhanath

5. Templo Pashupatinath

6. Templo dos Macacos de Swayambhunath


Kathmandu, Nepal
Templo de Swayambhunath

7. Amideva Buddha Park

Clique aqui para ler: Amideva Buddha Park em Kathmandu

8. Museu do Palácio Real Narayanhiti

9. Patan Durbar Square

10. Bakhtapur Durbar Square

11. Thamel e arredores

Thamel é o bairro turístico de Kathmandu, meca de mochileiros há décadas.

Já comentei aqui no blog que tem gente que vai a Kathmandu e não vai ao Thamel nem a passeio, se hospedam em outros bairros mais chiques da cidade, afastados do centro e da muvuca...

Eu não consigo sequer cogitar estar em Kathmandu e não ficar hospedada no Thamel...seria mais ou menos como ir a Fez e me hospedar fora da Medina, ir a Marrakesh e não ficar num Riad, ou ir a Beijing e não ficar num Hutong, ir ao Japão e não me hospedar num Ryokan...simplesmente não dá, perde completamente o espírito da coisa!!

Inclusive, vocês vão notar que a grande maioria dos restaurantes que eu recomendo em Kathmandu ficam situados justamente no Thamel - porque é lá que a gente circula a maior parte do tempo quando estamos em Kathmandu - nas nossas 3 viagens ao país, o Thamel foi a nossa base de hospedagem.

Já deixei muitas dicas de onde comer no Thamel aqui: Onde comer em Kathmandu, Nepal

Passamos momentos incríveis lá, conhecemos pessoas extraordinárias naquelas ruas que cheiram a incenso e, às vezes, quando eu fecho os olhos, é para o Thamel que eu volto, com todo o barulho, buzinas, riquixás e lojinhas de bugigangas! 

Veja aqui as resenhas sobre os hotéis onde nos hospedamos em Kathmandu:


Kathmandu, Nepal
Thamel, o bairro turístico de Kathmandu

Kathmandu, Nepal
pequenos templos estão espalhados pelo Thamel

Kathmandu, Nepal
o Thamel é um dos únicos lugares onde ainda se vê ciclo-riquixás pelas ruas

Kathmandu, Nepal
ruas enfeitadas com bandeiras de orações no Thamel

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
ruas do Thamel

Kathmandu, Nepal
carga chegando às lojas do Thamel

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

O Thamel é uma perdição de lojinhas de souvenirs e livrarias.

A mais famosa é a Pilgrims Bookhouse, famosa por ser uma das maiores livrarias do mundo especializadas em livros de aventura e montanhismo, mas existem várias outras, e todas despertam meu lado consumista 😳

Atenção neste TUTORIAL em 2 passos simples - "Como proceder quando você entra numa das maiores livrarias de livros de aventura do mundo e quer levar 13Kg em livros para casa": 1. Assume derrota e compra tudo logo; e depois
2. Passa o resto das férias fazendo conta de cabeça se vai ter que deixar o rim direito no balcão da Azul em Guarulhos! FIM do tutorial 🤷‍♀️

No final das contas, a nossa dívida na Pilgrims Bookhouse deu apenas 1550 rúpias - fomos super econômicos, e compramos somente 2 livros + 1 ímã de geladeira.
Visitando uma outra livraria no Thamel, também aproveitamos para comprar um ótimo mapa do trekking ao EBC por 200 rúpias - assim não teríamos desculpas para nos perder pelo Himalaia.

Leia também:


Kathmandu, Nepal
Pilgrims Bookhouse

Kathmandu, Nepal
assumindo derrota na Pilgrims Bookhouse

Kathmandu, Nepal
a Pilgrims Bookhouse é uma das maiores livrarias do mundo especializadas em livros de aventura e montanhismo

Kathmandu, Nepal
uma coleção irresistível de livros do Tintin, meu aventureiro predileto

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
livros infantis sobre a conquista do Everest

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
Pilgrims Bookhouse em Kathmandu

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
compramos também um ótimo mapa do trekking ao EBC por 200 rúpias
No Thamel, visitamos também uma lojinha de souvenirs bem pequeninha, chamada Nepal Art & Curio, na frente do New Orleans Café, que, para mim, é uma das melhores lojinhas para comprar artesanato no Thamel, com um proprietário queridão que sabe barganhar na medida certa e não fica te empurrando porcarias.

Aliás, saiba que, no Nepal, a regra é barganhar e pedir desconto em TUDO, até no rolo de papel higiênico - sim, é beeeem cansativo! O proprietário dessa lojinha é expert em tirar música dos healing bowls, nos fez uma demonstração incrível (mostrei um pouquinho lá nos stories!).

Os healing bowls são normalmente feitos de uma mistura de 7 metais diferentes, num processo de fabricação bem minucioso e artesanal, que atribui poderes de cura. Eles vêm em vários tamanhos, inclusive uns enormes que você pode entrar pra dentro!

A cura acontece a partir das vibrações 🙏

Kathmandu, Nepal
Nepal Art & Curio

Kathmandu, Nepal
o proprietário dessa lojinha é expert em tirar música dos healing bowls

Kathmandu, Nepal
uma das melhores lojinhas para comprar artesanato no Thamel
Compramos umas mini-bandeirinhas de orações que são a coisa + querida do mundo para amarrar nas nossas mochilas e espalhar bons desejos pelo mundo. Duas por 150 rúpias, depois de barganhar. Na volta do trekking, voltei lá e comprei algumas dessas mini-fofurinhas para sortear entre os leitores + queridos do blog.

Já comentei em outro post sobre as lojas que visitamos no Thamel e arredores, e também sobre o melhor local no Thamel para aluguel de equipamentos e compra de purificadores de água para quem pretende fazer trekkings no Nepal, a Goreto Gear Traders.


Visitamos várias lojas no Thamel e não temos dúvidas de que o melhor lugar para alugar sacos de dormir em Kathmandu é a Goreto Gear Traders, que, por pura coincidência, descobrimos que ficava situada dobrando a esquina do nosso hotel, o Flying Yak (basta colocar Goreto Gear no Google Maps que ele te leva lá).  

Existem várias lojas no Thamel que alugam esse tipo de equipamento, jaquetas de plumas, etc, mas nem sempre são sacos de dormir de boa qualidade, para temperaturas negativas, e às vezes os vendedores são chatos, insistentes...então, atualmente, a Goreto é considerada a melhor. 

E, como haviam me dito, o vendedor lá realmente é ótimo, não fica oferecendo coisas desnecessárias, os preços são fixos, não precisa barganhar, e ele até me disse que eu podia comprar purificadores de água numa farmácia, que os que ele tinha à venda não eram os melhores. Ponto pra ele! 👏

Além disso, uma coisa super importante pra mim é que os sacos de dormir que alugamos deles estavam bem limpinhos! E ele ainda nos deu um "tutorial" de como guardar os sacos de dormir dentro do saco protetor hehehe - não é fácil!

O aluguel de sacos de dormir para temperaturas bemmmm negativas custava 100 rúpias por dia (U$ 1 = 117 rúpias) e reservamos na véspera para buscar no dia seguinte. Talvez em épocas de mais movimento seja melhor reservar com um pouco mais de antecedência. 

Definitivamente não vale a pena comprar um saco de dormir caríssimo como são esses e que dificilmente usaremos novamente, pois os outros trekkings que ainda quero fazer na vida não envolvem temperaturas de 20 graus negativos 🙏🤣

Em Kathmandu, além do aluguel dos sacos de dormir, tínhamos uma outra pendência importante: comprar purificadores de água!

Como já expliquei aqui, os comprimidos purificadores de água são muito caros no Brasil - na Decathlon, 10 pastilhas de Clorin estavam custando R$ 15,00

Olha que absurdo! 

Então a dica é que você deixe para comprar esses comprimidos purificadores de água lá em Kathmandu, onde são super baratos e fáceis de encontrar no Thamel.

Compramos pastilhas de 2 marcas diferentes para experimentar qual a melhor, porque tínhamos medo que deixassem muito gosto na água. Recomendo que você faça o mesmo.  

Um deles custou 250 rúpias (pouco mais de U$ 2) e o outro 160 rúpias (pouco mais de U$ 1), ambas caixinhas com 50 comprimidos, suficientes para tornar potáveis 50L de água. 

As únicas coisas que deixei para providenciar lá em Kathmandu foram justamente o saco de dormir e os purificadores de água!

Kathmandu, Nepal
Kathmandu, Nepal

Arredores do Thamel

A área de comércio local mais interessante de Kathmandu, antropologicamente falando, fica a nordeste da Durbar Square e ao sul do Thamel. 

No Thamel, o comércio é 100% voltado para turistas. O comércio local, onde os nepaleses de fato fazem suas compras, fica na região situada entre Indra Chowk e Asan Tole, um lugar caótico que é simplesmente o melhor resumo de Kathmandu. 

Em Asan Tole você vai encontrar um cruzamento eternamente superlotado, com uma feira de verduras e especiarias - é, aliás, o melhor lugar para comprar temperos nepaleses! 

Ali também fica o Templo de Annapurna

A junção de Asan Tole é completamente tomada por vendedores oferecendo desde rabos de iaques até cocos. Se você conseguir aguentar as multidões neste que é o lugar mais movimentado da capital nepalesa, terá uma aula sobre o Nepal ali. 

Indra Chowk marca o tumultuado encontro de 6 ruas do centro da cidade - imagina a muvuca! Ali fica situado o Templo Akash Bhairab

É um lugar tradicionalmente conhecido pelos seus vendedores de tecidos e cobertas - os comerciantes cobrem todas as plataformas do Templo Mahadev com as suas mercadorias à venda. 

Por ali também fica a junção de Kel Tole, onde está o Templo de Seto Machhendranath (uma imagem com o rosto branco), que atrai igualmente Hindus e Budistas.

Perto dali, em Bangemudha, você verá, num pátio escondido, a Kathesimbhu Stupa, um modelo em miniatura, de 1650, da estupa de Swayambhunath, lugar de peregrinação de tibetanos.


Kathmandu, Nepal
os comerciantes cobrem todas as plataformas do Templo Mahadev com as suas mercadorias à venda

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
em Asan Tole você vai encontrar um cruzamento eternamente superlotado, com uma feira de verduras e especiarias

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
Asan Tole é o melhor lugar para comprar especiarias e temperos no Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
o melhor do Nepal é o nepalês!

Kathmandu, Nepal
vendedor de verduras em Asan Tole

Kathmandu, Nepal
as lojas são agrupadas pela espécie de produtos vendidos

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Quando você estiver pensando que não tem como permanecer ali, lembre-se que nós passeamos por toda essa região com o Lipe num carrinho de bebê, com 2 aninhos recém completados! Respire fundo e siga em frente!

A bagunça é tão organizada que as lojas são agrupadas pela espécie de produtos vendidos, como num bazar, e nós deixamos nossa motoca alugada estacionada num estacionamento pago por ali!

Tempos atrás, essa rua era o início da rota de comércio entre Kathmandu e o Tibet. Hoje em dia, é uma área cheia de templos, feiras e lojinhas vendendo tudo o que você imagina. 

Vou deixar registrados aqui também outros lugares que estavam na minha lista para visitar em Kathmandu e arredores, mas não chegamos a ir nesta viagem (já estivemos em alguns deles em viagens anteriores): 
  1. Garden of Dreams
  2. Monastério Druk Amitabha
  3. Jardim Botânico Godavari
  4. Nagarkot
Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
antigamente, essa rua era o início da rota de comércio entre Kathmandu e o Tibet

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

The North Face ou The North Fake?

Para encerrar a sessão "compras & preparativos" em Kathmandu, depois de resolver a questão do aluguel do saco de dormir e da compra dos purificadores de água, fomos finalmente visitar as lojas de marcas esportivas que eu queria conhecer na capital nepalesa. 

O Thamel é lotado de "North Fakes" - lojas que vendem produtos esportivos, como calças de trekking, jaquetas, camisetas e fleeces falsificados, de melhor ou pior qualidade. 

Essas lojas têm preços bons e qualidade duvidosa e, como não curto muito coisas fake, preferimos ir nas lojas originais. Sim, elas são caríssimas, mas duram pra sempre e não te deixam na mão. Tenho um anorak da Columbia que me acompanha há uns 15 anos, um fleece da North Face que já completou pelo menos 10 aniversários, e assim por diante. 

Prefiro economizar e comprar UMA coisa boa do que um monte de porcarias, sem falar que não curto colaborar com crime & pirataria. E aqui não vai crítica a quem compra nessas lojas, tanto que mostrei várias nos stories, inclusive umas jaquetinhas North Fake para bebês que são uma fofuraaa - eu é que não gosto desse tipo de economia furada. 

Mas sei que tem muita gente que precisa comprar MUITA coisa, porque não tem quase nada das roupas necessárias para esse tipo de trekking, e aí fica pesado mesmo comprar tudo de uma vez só - e, se garimpar bem, se consegue coisas de ótima qualidade nos fakes de Kathmandu! 

Como a gente já tinha tudo o que precisávamos, fomos nas lojas originais da The North Face, da Mountain Hardwear, Marmot, RAB, da Columbia, etc, só para passear mesmo...e acabamos fazendo umas comprinhas!

Pois é...livrarias e lojas de roupas de aventura têm o poder de despertar meu lado consumista!

As lojas de Kathmandu têm preços que regulam com os dos EUA, e são bemmm mais baratas que o Brasil, então, se precisar comprar alguns itens, é tranquilo deixar pra adquirir lá, que tem muito + variedade que no BR! 

Compramos 2 jaquetas na RAB (é uma marca britânica excelente) por 42.000 rúpias = U$ 356 e 2 camisetas na The North Face por 5.000 rúpias. Não deu pra resistir kkkk...

Todas essas lojas ficam reunidas num mesmo lugar, na Rua Tridevi Sadak, bem na frente do lindo Templo Tridevi e da ótima Fire and Ice Pizzeria. 

Ali vocês encontram todas as lojas originais que eu mencionei acima, e também produtos da Timberland, LifeStraw, Buff, ThermaRest, Millet, CamelBak, etc. 

Uma coisa legal é que algumas destas lojas têm fotos e painéis autografados por montanhistas que já passaram por lá, com destaque para os alpinistas Sherpas, cujos feitos incríveis são muito pouco divulgados no mundo ocidental, então, para quem gosta do assunto, a visita a estas lojas pode ser bem interessante 😃

Kathmandu, Nepal
The North Face em Kathmandu

Kathmandu, Nepal
as lojas têm fotos e painéis autografados por montanhistas que já passaram por lá, com destaque para os alpinistas Sherpas

Kathmandu, Nepal
são poucos os lugares no mundo onde você encontra macacões de plumas para ataque ao cume de uma montanha de 8.000m à venda no comércio local!

Kathmandu, Nepal
as lojas de produtos originais de boas marcas esportivas ficam todas reunidas num mesmo lugar, na Rua Tridevi Sadak, bem na frente deste templo

Compras em Kathmandu 

Antes de ver as fotos abaixo, atenção para este aviso: não aceitamos encomendas! De NENHUM tipo! Nem pagando em ouro!! Nem se for só um fio de linha! Nem a minha mãe me faz encomendas! 🤪

Desculpe, mas dá para imaginar a QUANTIDADE de gente que gostaria de nos encomendar alguma "coisinha"? Nós não fazemos compras nem para nós mesmos kkkk...

Nas nossas primeiras viagens pela Ásia e África, nós enlouquecíamos comprando. Chegamos a mandar caixas e caixas de compras da Tailândia e da Índia, de container, por navio!

Veja mais:

Vocês não têm ideia, comprávamos coisas gigantes! 

Nossa casa hoje é uma colcha de retalhos de lembranças das nossas andanças pelos 5 continentes. Mas já tem algum tempo que superamos isso, essa necessidade de comprar lembranças e peças de decoração. Fácil falar isso depois que atrolhamos nossa casa de artesanato do mundo inteiro, né!?

Mas é a verdade. 

Acho que a gente só passa dessa fase depois que compra um pouco de tudo que tem vontade nessas andanças mundo afora: guerreiros de Xian, pantufas mongóis, almofadas tailandesas, imagens de Buda de todos os tamanhos, formatos e cores. Por isso, eu entendo perfeitamente quem ainda está na fase de enlouquecer comprando. 

Nós, hoje em dia, só compramos uma ou outra coisinha se for um caso de paixão mesmo, como foi o caso de um pequeno Buda verde que compramos em Swayambhunath nesta viagem. 

Mas Kathmandu é realmente uma perdição no quesito compras, seja nas lojas orientadas para turistas do Thamel, seja nas feiras de artesanatos e souvenirs de Durbar Square, seja nos mercados. 

Você encontra em Kathmandu tudo o que é produzido no Nepal, mas algumas coisas devem ser compradas preferencialmente no seu lugar de origem - para comprar artesanato em madeira ou cerâmica, por exemplo, o melhor lugar é Bhaktapur, enquanto que enquanto as máscaras de papel-maché e os marionetes são originários de Thimi. 

Patan, por sua vez, é o melhor lugar para comprar artesanato de metal, e Boudhanath tem a maior variedade de artesanato Tibetano. 

Se você curte umas comprinhas, prepare a carteira e a paciência para barganhar: você vai querer levar de tudo, desde pashminas, saris, flautas, tabuleiros de xadrez, facas tradicionais Khukuri, rodas de orações, etc. 

Dê uma olhada nestas fotos abaixo e já programe a sua viagem pro Nepal pra fazer todas as comprinhas que você quiser, porque, como comentei antes, eu não levo encomendas hehehe...

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal
mercado de rua em Kathmandu

Lavanderia em Kathmandu

Chegando de volta a Kathmandu depois do trekking ao Everest Base Camp, fomos direto para a lavanderia

No Thamel existem diversas lavanderias que cobram 100 rúpias por quilo de roupa lavada. Nós lavamos 3Kg de roupas sujas e pagamos 300 rúpias, que são menos de U$ 3!

Há uma ótima lavanderia praticamente na esquina do hotel em que ficamos hospedados quando retornamos para Kathmandu, o Arushi Boutique Hotel.

Nós fomos numa lavanderia situada bem pertinho do Hotel Moonlight, ao lado do local onde alugamos uma scooter.

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Gurcas do Nepal: os soldados e as cervejas

Vocês já devem ter percebido que o Peg PRECISA experimentar todas as cervejas locais sempre que nós viajamos, e no Nepal não foi diferente - embora ele obviamente já conhecesse todas elas de viagens anteriores ao Nepal hehehehe... 

As cervejas nepalesas mais conhecidas são:
  1. Gorkha 
  2. Everest
  3. Mustang
  4. Nepal Ice
Kathmandu, Nepal

O Peg diz que a preferida dele é a Gorkha - mas todas elas têm um gosto de Kaiser, e ele detesta as cervejas Kaisers aguadas da vida, então eu desconfio que essa preferência dele se deve mais ao nome da cerveja e a quem ela homenageia do que de fato ao seu gosto kkkkk...

Os Gurkhas são soldados de uma comunidade étnica nepalesa recrutados para uma força de elite a serviço dos Exércitos Indiano e Britânico pelos últimos 200 anos. 

Eles formam os Regimentos Gorkha, e são conhecidos pela utilização de técnicas de artes marciais e do khukuri (uma espada curva nepalesa), e também por serem tão destemidos e ferozes em combate quanto são de bom trato na vida diária. 

Famosos pela sua lealdade, profissionalismo e bravura quando pegam em armas, esses soldados demonstraram suas habilidades em combates recentes, em emboscadas do Talibã, saindo sobreviventes em situações em que ficaram em desvantagem de 30 para 1. 

Um dos soldados Gurkha mais famosos do Nepal é o Nirmal Purja, mais conhecido hoje em dia como @nimsdai, depois do lançamento do seu filme 14 picos. 

Ele é um montanhista nepalês que serviu no Exército Britânico com a Brigada de Gurkhas, e depois fez o impossível: escalou todas as 14 montanhas de mais de 8.000 metros do mundo em apenas 7 meses. 

Se você ainda não viu o filme, não perca! Tem no Netflix, é só procurar "14 Peaks". 

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Em resumo, os baixinhos são o CÃO!!

Tá, e o que essa ceva gelada tem a ver com tudo isso? 

É que, em 2006, os nepaleses resolveram homenagear os seus bravos guerreiros trazendo sua fama para o rótulo dessa cerveja - Gorkha, "Dedicada aos Bravos".

Não poderiam ter feito homenagem melhor, segundo o Peg!!

Kathmandu, Nepal

Expressões Nepalesas e Tibetanas e divindades Budistas e Hindus

E, para completar este post, que já se alongou demais, vou colocar aqui abaixo uma lista de expressões e termos nepaleses e tibetanos que são bem úteis de conhecer para quem vai visitar o Nepal. 

Já nos deparamos praticamente com todas essas expressões durante as nossas viagens pelo Nepal, e achei essas listas bem úteis - vide termos como "dal bhat", pedidos de "baksheesh" ou nosso carregador avisando que ia nos esperar na próxima "chautara" na trilha. 

Por último, uma lista com todas as divindades mais conhecidas no Budismo e no Hinduísmo:

Kathmandu, Nepal
lista de expressões e termos nepaleses e tibetanos que são bem úteis para quem vai visitar o Nepal

Kathmandu, Nepal
divindades mais conhecidas no Budismo e no Hinduísmo

Como falei antes, Kathmandu pode ser um lugar intoxicante e um pouco intimidante ou até mesmo exaustivo, do tipo que dilata as nossas pupilas e promete uma overdose aos 5 sentidos. 

O terremoto de 2015 devastou monumentos importantes da cidade, que ainda estão longe da reconstrução prometida - incluindo os Patrimônios da Humanidade na Durbar Square, mas a alma de Kathmandu está viva - seja nas ruelas que você vai explorar num riquixá, nos templos de séculos passados ou espantando espertinhos no Thamel, você vai encontrar uma cidade transbordando de vida por todos os poros, com um enorme patrimônio histórico, artístico e cultural que não demora a se revelar nas oficinas de artesanato ou nos templos cheios de oferendas de calêndulas. 

É uma cidade que vai te fascinar e te enfurecer na mesma medida, e te manter ocupado por vários dias - vá com o coração aberto!

Já esteve em Kathmandu? Por favor, deixe as suas dicas nos comentários abaixo aqui no blog, assim você ajuda outros viajantes, inclusive para que tenham outras opiniões além da minha!

Deixei muitas dicas desta viagem salvas lá nos destaques dos stories no Instagram em @claudiarodriguespegoraro, espia lá!

Veja todas as fotos que publiquei na #PVnoEverest no Instagram!

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Leia mais sobre o Nepal


Kathmandu, Nepal

Kathmandu, Nepal

Share

Claudia Rodrigues Pegoraro

Comente este Post:

0 comentários: