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Japão - as dicas essenciais da viagem do Rodrigo e da Elisângela

Japão - as dicas essenciais que você precisa para organizar uma viagem ao país na época da floração das cerejeiras.
Conheci o Rodrigo pelos comentários dele aqui no blog e no Facebook, e logo percebi que tínhamos a mesmíssima percepção das viagens que fizemos pelo Japão - a viagem dele foi poucos meses depois da nossa. Como as dicas dele eram sempre completíssimas e eu sempre concordava com tudo o que ele escrevia, não perdi tempo e logo pedi a ele um relato da viagem deles. 

Pois o Rodrigo e a Elisângela não perderam tempo - escreveram um relato de viagem completíssimo pelo Japão, com dicas essenciais para quem está planejando uma viagem ao país. O relato é tão completo que não coube tudo em um post só - este é o primeiro, com dicas gerais para o planejamento da viagem, e aqui estão os outros:

Japão - o roteiro de 18 dias de viagem do Rodrigo e da Elis

Não percam!

Com a palavra, Rodrigo e Elisângela:


viajando pelo Japão na época da floração das cerejeiras

Realizei, com minha esposa, em abril de 2017, o sonho de conhecer o Japão

Fomos motivados por uma boa promoção (Air China, de São Paulo – Tóquio – São Paulo), que ainda nos dava a chance de ver o país na época da floração das cerejeiras - o “Hanami”, que é a contemplação das flores Sakura!

Estivemos lá entre os dias 28 de março e 15 de abril. 

Fizemos um roteiro de 18 dias, com esta sequência de cidades: 

* Hiroshima (2 noites), 
* Kyoto (7 noites), 
* Takayama (2 noites), 
* Tokyo (7 noites).


Castelo de Osaka, no Japão

Noções iniciais

“18 dias? Isso tudo?”... 

Foi o que ouvimos dos amigos, pois as 2 viagens anteriores foram roteiros europeus com a mesma duração, que mesclaram 4 países cada um. 

Eu só digo uma coisa: se apenas uma coisa que me deixou triste no final, foi o tempo da viagem... Muito pouco! O Japão merecia mais! Muito mais! Vai ficar bem claro isso para quem ler todo esse relato que vou escrever.

Há muito o que ver, e a gente não se cansou. 

Há muitas lojas enormes e cheias de coisas boas, não dá tempo de ver tudo; o tax free é descomplicado (desconto do imposto na hora de pagar, só mostrando o passaporte e fazendo a compra acima de um certo limite...que era 5400 yens, que dá uns 50 dólares...diferente da Europa, que dá um trabalho chato de buscar a restituição do imposto no aeroporto). 

Tudo no país é divertido...nas estações de trem e metrô tem musiquinha de videogame quando o trem chega...até ir no banheiro, com as privadas tecnológicas, é diferente!!! 

O povo é extremamente cativante, educado, eficiente, elegante, sociável (tiramos fotos com vários deles). Eles saem educadamente da frente quando notam que estamos querendo tirar uma foto de um lugar. A gente fica emocionado com tanta gentileza!

Percebi que as pessoas, no Brasil, não têm a menor ideia do que é o Japão. São muitas coisas que surpreendem! A gente ouvia dos amigos “ah...mas a comida é estranha...só peixe cru...e ouvi dizer que é um país bem caro...” 

Querem saber mais? Nunca comemos tão bem e gastando tão pouco numa viagem ao exterior. Ficamos fãs das redes Family Mart, Lawson e Seven-Eleven. Tem dessas em quase toda esquina, a comida prontinha, arrumadinha e fresquinha (as marmitas japonesas são os bentos), a gente paga no caixa e eles já esquentam na hora pra gente, se quisermos. Tem muitas opções. Em geral não é gorduroso nem muito condimentado. Achei uma comida leve. Uma refeição sai de 4 a 5 dólares. Um suco 1 dólar. Uma barrinha de chocolate 1 dólar - delicioso! Mais uma surpresa, pois eu não imaginava que chocolate japonês era tão bom! É daqueles que não dá vontade de parar de comer, pois nada lá é enjoativo ou muito doce! Recomendo o Ghana, o Meiji, o Dars, e até o Kit Kat de Chá Verde, que também gostei!

Fomos quase sempre, todos os dias, nessas lojinhas de conveniência. Dá fome só de lembrar...também ganhamos muito tempo com isso! 


nossa primeira refeição típica – marmita japonesa

chocolates japoneses

Dicas de ouro para planejar a viagem

Fiquei sabendo, de antemão, de todos os pontos turísticos de cada lugar pelo site Japan Guide

 É só procurar em “destinations”. É todo em inglês e já faz uma classificação por relevância do que há para ver em cada cidade, diz de forma bem objetiva como chegar, diz o preço do ingresso (se tiver), os horários de abertura, te informa se está havendo reformas no local, tem dicas de locais que são destaques para ver cerejeiras ou cenários de outono, fazem a previsão e um acompanhamento da floração das cerejeiras, e muito mais! 

Um espetáculo! 

Não sei se algum outro país tem um site oficial assim tão bom...Japão é Japão!


cerejeiras em flor no Japão

Falando de roteiro - uma ideia inicial

Para compensar o cansaço do voo longo e o preço da viagem (que tem aumentado nos últimos meses), não dá pra pensar em ir ao Japão com muito pouco tempo...mas, se não tiver como, considere pelo menos 2 semanas.

Prioridades para um roteiro curto?

Tokyo e Kyoto. 

A primeira é simplesmente a maior cidade do mundo, inesgotável, algo que talvez só encontra, nesse mundo, num mesmo patamar, New York, Paris e Londres. 

A segunda é a essência do Japão, a cidade que foi capital do país por 1000 anos antes deste posto passar para Tokyo, cheia de templos lindos e muita cultura. 

O detalhe é que essas cidades, além de serem destaque inquestionável, ainda admitem a possibilidade de inúmeros bate-e-voltas!

Apenas para dar alguns exemplos de bate-e-volta: 

Tokyo pode ser base para Yokohama, Nikko, Hakone, região dos lagos do Monte Fuji. 

Kyoto pode ser base para Osaka, Nara, Himeji, Ise, e até Hiroshima (mas não recomendo, pois Hiroshima já tem muito o que ver para apenas um dia de bate-e-volta).

Veja também:

Japão - o roteiro de 18 dias de viagem do Rodrigo e da Elis
Monte Fuji - relato de um passeio bate e volta de Tóquio ao Lago Kawaguchiko

primavera no Japão

Dicas de ouro para o transporte

Se a ideia for conhecer o país, uma ótima ideia é o Japan Rail Pass

É possível fazer uma viagem e ficar só em Tokyo, ou só em Kyoto, e já há muito o que ver. Mas acho que é uma experiência muito mais completa ir nas duas, e ainda fazer o complemento com outras cidades.

Funcionou bem: os bate-e-voltas no Japão são uma boa ideia, pois o sistema é bem eficiente, há trens com frequência, há como se planejar com o site do Hyperdia para checar as saídas de trens (até a plataforma de embarque eles informam). 

É muito melhor se deslocar sem malas do que ficar num troca-troca evitável entre um número maior de hotéis.

Como andamos: nós costumamos usar aplicativos de smartphone que utilizam mapas off line. Assim, não dependemos de internet, e só usamos o GPS do celular para nos localizar, já que os mapas já estão gravados na memória do celular. 

Um aplicativo que sempre usamos é o Here We Go. Porém, não havia mapas do Japão para este app. A solução foi outro app, o Maps.me. Funciona da mesma forma. Permite você baixar mapas gratuitamente. Mas, diferente do Here, em que é preciso baixar de uma região ou país inteiro, o Maps.me permite baixar mapas de cidades específicas.

Mais uma dica importante: tirando foto toda hora e ainda usando o celular para se orientar, a bateria vai embora rápido e no meio do dia. É imprescindível ter um carregador portátil de celular.


viajando pelo Japão de Shinkansen com o Japan Rail Pass

Floração das cerejeiras 

O que eu faria diferente no roteiro:

A minha ideia de roteio foi ir primeiro para bem longe (Hiroshima), pra depois ir voltando aos poucos, com deslocamentos menores, mas não foi favorável para ver as cerejeiras no melhor momento. 

Não observei isso ao fazer o roteiro, mas a floração começa no extremo sul do Japão e logo em seguida já ocorre em Tokyo. Alguns dias depois é que ocorre em Hiroshima, Osaka, Kyoto e Nara. 

A floração dura uns 10 a 15 dias, mas o auge (full bloom) menos de uma semana! E o início do fenômeno não tem dia exato pra começar. Há até uma previsão pelo site do Japan Guide, mas a previsão vai mudando conforme se aproxima o dia. Então, é difícil acertar! 

Nos últimos dias em que estivemos em Kyoto, pegamos o início da floração lá. Já em Tokyo, pegamos a floração do auge, já se encaminhando para o final. 

“Que tenso!”, eu pensei...parecia que estávamos fugindo da cerejeira!!! Mas, ainda assim, conseguimos ver árvores bonitas em alguns dias!!

O que fazer, então? É difícil acertar em cheio o tempo todo da viagem, pois a data da floração pode variar de ano para ano. Então, nem digo que seria melhor ter feito Tokyo primeiro e depois Kyoto - pois, se atrasasse, eu veria o início da floração nos dois lugares; já se antecipasse, eu veria o final da floração por onde passasse. 

Então, para garantir de ver o tão esperado full bloom, a gente teria que ficar o tempo todo no mesmo lugar (por um bom tempo), o que não daria para fazer, ou então, a melhor solução seria: começar uns 3 dias em Tokyo, ir para os outros lugares do país, e voltar para Tokyo para passar no final uns 4 dias...acho que este seria o roteiro mais ajustado, para “cercar” as datas e garantir de ver o full bloom das cerejeiras em flor pelo menos em um lugar!





Relato da viagem - a chegada ao Japão

Chegamos e, como se não bastasse a longa viagem de mais de 30 horas de São Paulo-Madrid-Pequim-Tokyo (Narita), tinha todo o deslocamento para Hiroshima. 

Mas, antes, mais 2 tarefas:

1ª tarefa: fazer o câmbio de uma parte do dinheiro (foi uma boa ideia, pois o aeroporto é cheio de opções e não é exploratório por causa da conveniência, pois são bancos e seguem um preço bem próximo e referenciado). 

No terminal 1 do Narita, tínhamos 4 opções no andar 1F: Keiyo Bank e Mizuho Bank (lado sul); Bank of Tokyo e Resona Band (lado norte). 

Comparei apenas os dois primeiros e fui no Mizuho. Depois disso, tínhamos que sair do aeroporto. Descemos para o andar B1F (Rail Station).

2ª tarefa: trocar o voucher do JR Pass na JR East Travel Service Center. 

Ali, teve uns 20 minutos por causa da fila para ser atendido (muitos turistas pegando os passes). Mas é tudo pertinho. 

Dali, já estávamos próximos da estação onde pegamos o trem Narita Express, já incluído no passe. Fomos para a estação Shinagawa, em Tokyo. É a opção mais fácil para trocar para o trem-bala, o Shinkansen (nesta estação, as plataformas do Narita Express e do Shinkansen são bem próximas...basta subir a escada rolante, e descer para o outro lado). 

Tudo bem sinalizado. E lá fomos nós, de trem bala! Tempo nublado, nada de ver o Monte Fuji do trem.


chegando no Narita Airport

Chegando em Hiroshima, a opção planejada para ir ao hotel foi pegar um dos bondes que saem da estação de trem e vão para a cidade. 

Aliás, escolhemos um hotel que ficava bem fácil de achar, bem na frente de uma estação de bonde com o nome fácil de lembrar pelo trocadilho engraçado que dá pra fazer (Kanayamacho). 

É o Hotel Chisun Hiroshima

Para pagar o bonde, mais uma vez, tudo bem pensado e facilitado. Se você não tiver troco para pagar, não tem problema. O bonde (e isso também é assim em muitos dos ônibus urbanos que andamos) tem máquina para trocar o dinheiro. Você põe uma nota de 1000 yens e saem várias moedas da máquina. Pronto! Você já tem o dinheiro trocado para pagar ao descer do bonde! 

Quer mais facilidade ainda? O site do bonde mostra direitinho como tudo funciona, por onde entra e sai do bonde...Japão é Japão!

Foi o único hotel sem café da manhã. Mas isso não fez muita falta, pois havia um Family Mart bem ao lado, e foi quando a gente descobriu esse mercado que nos ajudou tanto (amor à primeira vista!).


Vamos falar um pouco dos hotéis no Japão?

Todos os hotéis em que ficamos eram padrão econômico, quartos bem pequenos, banheiros pré-montados e com desnível do chão para entrar (degrau), mas todos tinham privadas tecnológicas cheias de botõezinhos, geladeirinha (parece que eles não deixam faltar isso, que na Europa é um certo luxo), cama com despertador, lanterninha do lado da cama, muitas amenidades de banho (outra coisa em que não tem miséria por lá, ao contrário da Europa) e pijama (isso mesmo, parece que dá pra viajar ao Japão e dar férias ao seu pijama!). 

Alguns tinham até chinelinho e pediam pra deixar na entrada do quarto o tênis ou sapato (não é só nos templos que vimos isso, e nos mostra o padrão de limpeza e higiene dos japoneses, que falarei mais adiante).

Não perca também as outras partes do relato do casal, nos links abaixo:

Japão - o roteiro de 18 dias de viagem do Rodrigo e da Elis
Monte Fuji - relato de um passeio bate e volta de Tóquio ao Lago Kawaguchiko

flores Sakura, no Japão


Vídeos do Japão

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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4 comentários:

  1. Muito bom e bem explicado o relato. Estou começando a programar minha viagem para lá. Uma dúvida quanto ao período. Li alguns relatos, principalmente de quem mora lá que essa época da primavera e floração das cerejeiras é a mais cheia tanto de moradores locais quanto turistas, por isso até desaconselhavam a ir sugerindo o outono que é igualmente bonito. Eu sei que para o casal que foi a primeira vez fica difícil comparar mas gostaria, se possível, saber deles se passou a sensação de que se não estivesse tão cheio a experiência poderia ser mais proveitosa.

    Outra dúvida, que talvez seja até esclarecida nos outros posts é quanto à língua. Soube que os japoneses são bem ruins de inglês. Utilizaram algum aplicativo de tradução para auxiliar a comunicação?

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    Respostas
    1. oi Tiago!

      Respondendo suas perguntas:

      Realmente são muitos turistas nessa época, mas com certeza nada que atrapalhasse o passeio. A pior coisa que sentimos foi que isso se faz refletir nos preços sensivelmente mais altos dos hotéis de Kyoto.

      Mas são muitos lugares considerados como "best spots" para ver cerejeiras (veja muitas recomendações aqui http://www.japan-guide.com/e/e2011.html ).

      Às vezes, precisávamos esperar uns segundos para tirar uma foto mais legal na frente de alguma cerejeira mais bonita, sem que aparecesse alguém além de nós na foto. Mas era tudo tranquilo, e é uma época festiva, todos compartilham com alegria o que há de bonito para ver lá. A gente também tirou fotos com turistas japoneses, e você verá algumas nas postagens da nossa viagem.

      Sobre a língua, realmente os japoneses têm um pouco de dificuldade com a pronúncia do inglês, mas eles se esforçam para atender bem, principalmente as pessoas que estão a trabalho em lugares turísticos e de transporte. Achei tranquilo de conseguir informações, em geral, com as pessoas que atendiam nesses lugares. Nas vezes em que houve dificuldade, sempre conseguem chamar uma outra pessoa que trabalha junto e que entende melhor o nosso inglês.

      Também há informações escritas em inglês nas placas de orientação de estações e de indicações ao turista. Há muito material impresso e mapas, em muitos escritórios de orientação turística, sempre fáceis de achar, e que atenderam no que precisávamos. Eu nem sou fluente (falo um inglês básico), mas foi tudo tranquilo!

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  2. Eu falei tanta coisa, mas esqueci de dizer sobre o visto, essencial para a gente entrar lá no Japão!

    Mas como vocês já tinham explicado tão bem aqui no blog sobre como funciona o processo de obtenção do visto japonês, acabei preferindo dicas para a viagem em si, deixando de mencionar esse importante detalhe preparatório!

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  3. Eu concordo com o Rodrigo! Embora seja difícil mesmo entender o inglês falado pelos japoneses, tudo lá é muito bem explicado em placas e cartazes informativos, não encontramos nenhuma grande dificuldade quanto à comunicação!

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