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blogagem coletiva: o pequeno perrengueiro

Introdução

E eis que vamos dar início a mais uma blogagem coletiva Viagens em Família/Pequeno viajante!

Lembram da nossa última blogagem coletiva (quando vários blogs amigos escrevem sobre o mesmo tema)? Foi sobre a primeira viagem do pequeno viajante - naquela primeira edição, mais de 30 blogs participaram, contando como foi a primeira viagem da família, um sucesso total!

Desta vez, o assunto eleito em enquete foram os perrengues que a gente passa viajando em família.

E, nesse tema, somos hors concours. Ninguém nos bate. Família que passa perrengue unida, permanece unida!

Breve histórico familiar

Fui até olhar no dicionário - "perrengue": dificuldade, aperto, sufoco. É nóis, kkkkk...


A minha família é perrengueira desde sempre. A coisa já começa pela bisavó do Lipe, que na primeira viagem de avião foi flagrada pela aeromoça fazendo um esforço descomunal para abrir a janela do avião...

A minha mãe, comigo em Toledo (Espanha), sofrendo de jet lag sem querer assumir, teve uma crise de labirintite e gritava no banheiro do restaurante "socorro, tá tendo um terremoto aqui!"...

Meu pai, o campeão dos campeões, conhecido regional e internacionalmente como o maior dos avoados, é do tipo que fura o pneu da frente do carro na estrada e troca o pneu de trás (aquele que estava bom)!

Isso para contar apenas uma historinha de cada um, as primeiras que me vêm à cabeça, até porque logo teremos uma terceira edição das nossas blogagens coletivas e então contaremos mais sobre as viagens da nossa infância, com nossos pais. Aí então eu volto aos meus para narrar mais perrengues dos meus ascendentes! (porque as viagens da minha infância/juventude já eram cheias de trapalhadas...)

Quem puxa aos seus...e ainda consegui me juntar com um companheiro de viagens, cujo dia é hoje comemorado, que, embora negue veementemente, é perrengueiro de carteirinha!

Na verdade, o Peg é o maior perrengueiro da paróquia, protagonista-mor dos nossos maiores sufocos!


No que deu? Ora, no nosso pequeno perrengueiro Felipe, que aos 4 já tem carteirinha da FUNAI plastificada, carimbada, rotulada e selada!

Eu não sei se é fruto da nossa desorganização, desatenção, karma ou o quê, mas não tem viagem nossa que não dê perrengue. Será sina?!?

O que eu sei, entretanto, é que esses apertos, no final das contas, viram sempre boas histórias para contar! São justamente os sufocos que passamos viajando que a gente fica relembrando e morrendo de rir nos churrascos da família - com vocês também não é assim?

E esse é um ponto que é preciso destacar: pensando nos nossos perrengues familiares - dezenas, senão centenas deles - percebi que, na maioria das vezes, é muito difícil ESCREVER sobre um perrengue: eles só são engraçados para quem (sobre)VIVEU àquele momento cretino! Mesmo quando contamos um aperto destes para os amigos (nos matando de rir), muitas vezes dá para ver que eles riem só para não perder os amigos, porque não acharam a menor graça...

passando perrengue aí, amigo???

Já contados

Como não dava para contar todos num único post, até porque CADA perrengue daria um post próprio, comecei fazendo um levantamento de algumas das nossas trapalhadas mais históricas, que já foram vergonhosamente escancaradas aos 4 ventos por aqui (e nisso percebi que o blog é cheio de histórias perrengueiras!!!) - segue, portanto, com muito orgulho, o rol de alguns dos perrengues mais estrondosos que já constam do blog:

Índia: iniciando por Mumbai – um choque cultural de 6000 volts – parte 1: nossa chegada caótica em Mumbai em 2004, a primeira vez

mais uma da série "perrengues": alguns dos nossos sufocos na classe platskartny dos trens transiberianos

o carrinho mais guerreiro que já conhecemos: algumas das vezes que o carrinho do Felipe estragou na estrada

a primeira vez que um carrinho do Lipe estragou em viagem: em Bogotá, 
gordinho com 11 meses, a rodinha não aguentou o tranco!!!




6 dias na África do Sul em 2004 - e 1534Km rodados na mão inglesa!!! vários dos nossos perrengues entre Jo´burg e o Kruger Park, incluindo a vez que nos perdemos na Suazilândia!

todos os perrengues de dirigir na mão inglesa pela primeira vez na vida!


só o amor constrói...você sabia? das tantas vezes que os indianos ofereciam "colo" para o Peg! Sem contar da ocasião em que, em Changanacherry (a minha definição de "fim do mundo", ou de "lugar onde o Judas perdeu as botas"), subimos no ônibus e tchan tchan tchan tchannnnn: éramos 4 passageiros com bilhete para o mesmo assento! 

uma das vezes em que o nosso ônibus quebrou e nos ofereceram uma "caroninha"...


Detalhe: na Índia, isso é muito comum, os lugares numerados não valem nada, cada um se vira como pode e os ônibus viajam superlotados. Sabe quando você acha "agora sim, não cabe nem mais uma mosca aqui dentro"? Pois é aí mesmo que o bus pára de novo no meio da estrada, pela milionésima vez, e embarcam mais 12!!!

Sardinha em lata é apelido! Além disso, as mochilas vão penduradas e amarradas no teto do veículo, enquanto você reza que elas cheguem ao destino junto com você!

na Bolívia também passamos vários perrengues com ônibus que estragavam...

ou então era o nosso 4X4 que estragava...

rodoviárias superlotadas (Bolívia)

a rodoviária onde Judas perdeu as botas: Changanacherry, Índia

depois de um tempo, com o costume, as estações ferroviárias indianas tornaram-se até familiares para o Felipe, que nem esquentava com os ratinhos desfilando por ali...

one mistake, game over! sobre o sufoco de viajar com um pequeno sapeca


o pequeno viajante prestes a enfiar o pé na roda da bicicleta: nosso pior momento

de volta à Índia!!! perrengues indianos


Mais recentes

Antes do Felipe, com certeza as confusões em que nos metíamos eram mais obtusas e até alarmantes. Depois do Lipe, passamos a viajar de um jeito um pouco mais calmo e menos desorganizado, o que certamente contribuiu para que os apertos diminuíssem consideravelmente, mas eles não desapareceram - a nossa média continua suficientemente alta para garantir o título de reis do perrengue!

É verdade - só na última viagem, em menos de 2 semanas, foram 3 perrengues inéditos!

O primeiro eu já contei por aqui, lembram da nossa volta de barco da Praia do Sono, em Trindade?


"Ocorre que...começou a ventar, o tempo e o mar viraram e mal terminamos nosso peixe voltamos correndo para o barco para fazer o caminho de volta, que foi o maior perrengue da viagem e um dos momentos mais assustadores da minha vida com o Lipe: o barquinho parecia feito de papel no meio daquelas ondas gigantescas que nos jogavam para tudo que era lado, parecia que nós estávamos os 4 numa montanha russa, e eu me forçando a cantar a musiquinha das "poderosas" para distrair o pequeno, que estava achando tudo - como sempre - divertidíssimo! #momentosdepânico

o barco vira-vira: na ida, sol, céu azul e muitos sorrisos...


Eu normalmente não sou cagona para nada, adoro uma aventura (e até um perrengue!), mas naquele momento senti um medo indescritível. As ondas pareciam da altura de uma casa de 2 andares vindo na nossa direção! E o barco era daqueles que não têm mais de 1,5 metro de largura...

Quando nós éramos só nós dois, numa situação dessas, se houvesse um acidente, saltaríamos do barco e nadaríamos até a terra firme, que não estava longe, enfim, daríamos um jeito...mas com o Lipe a bordo tudo muda de figura, e a gente fica se culpando de ter colocado ele numa situação de risco assim..."

Depois teve o perrengue do passeio de escuna em Búzios, que eu ainda vou detalhar mais por aqui quando escrever o post sobre a Região dos Lagos, mas posso adiantar que foi o passeio mais cafona da nossa vida, ouvindo um funk estridente do início ao fim, acompanhados das pessoas mais estranhas que já vimos na vida!



O Peg queria me matar, mas o Felipe adorou, já que tinha uma piscina e um monte de crianças dentro da escuna! No final, tivemos que rir - coincidência ou não, foi o maior "ajuntamento" de gente estranha e cafona que já vimos reunidas em um único lugar, com música de última categoria de brinde!

Já na hora de vir embora, um último perrengue de despedida: nosso voo saía do Rio de Janeiro tipo 7hs da manhã, então acordamos antes das 5 para não haver correria. Descemos, carregamos e entramos no carro alugado, colocamos os cintos de segurança e o Peg girou a chave na ignição - surprise, suprise: O carro estava Mortinho da Silva Xavier, nem sinal de vida dava! E a hora do voo chegando!

Foi uma correria só, chamando o porteiro do prédio para ajudar a empurrar, tentar fazer o carro pegar de arranque, desistir, sair atrás de um táxi antes das 6hs da manhã em pleno feriado no Rio de Janeiro, Felipe meio dormindo sem entender o que estava acontecendo, Peg descarregando as mochilas do porta-malas...STRESS! Até que finalmente uma alma caridosa sob a forma de um taxista apontou no horizonte e nos levou em quinta marcha do Jardim Botânico até o Galeão!

A única coisa que não me estressou no episódio todo foi abandonar o carro alugado ali mesmo, no meio da rua - ora, se a Thrifty me aluga um carro que me deixa numa situação dessas, porque haveria EU de me preocupar com eles?!? Mais tarde, quando liguei pro 0800 da locadora, para avisar sobre o ocorrido, ainda pedi o reembolso dos R$ que gastamos com táxi, seguindo a máxima que diz que o ataque é a melhor defesa, kkkk...

Por aí vocês vêem como as coisas acontecem conosco! Agora imaginem a quantidade de sufocos que já enfrentamos nas nossas andanças mundo afora com o Felipe. Só a passagem pela Índia já rendeu dezenas de perrengues dos mais variados! 

Ratos

Teve a vez que pisei num rato morto no meio da rua em Varanasi (detalhe: de chinelo de dedo!); a vez que um rato roeu as Havaianas do Peg durante a noite no nosso "hotel-palafita" em Palolem, Goa; a vez que estávamos num daqueles restaurantes com colchonetes em cima de estrados e, enquanto esperávamos o pedido, nos entretínhamos com a correria dos ratinhos por baixo das nossas pernas...

ao fundo na foto, nosso "hotel-palafita", infestado de roedores

Comidas

Uma vez, num trem indiano, umas meninas ofereceram salgadinhos para o Felipe, e ele começou a ficar vermelho e suar, daí resolvi provar um dos salgadinhos que eles estavam comendo e entendi: era pimenta pura - pobre criança! 


Aliás, perrengues relativos à comida na Índia é a coisa mais comum do mundo, praticamente cada refeição é um sufoco, literalmente, porque a gente parece que vai sufocar com tanta pimenta!

Lembro de ocasiões em que estávamos viajando de trem, mortos de fome, daí o trem parava numa estação e víamos pessoas vendendo mangas (ou goiabas) na plataforma - o Peg desembarcava, ia correndo lá comprar frutas para a gente matar a fome e, enquanto ele metia a mão no bolso para pegar o dinheiro para pagar, a vendedora já tinha partido a manga pela metade e tacado-lhe pimenta!

É impressionante, bobeia eles colocam pimenta até no café! O mesmo acontecia com goiabas, como contei neste post aqui, onde relato a maioria dos nossos apertos com comidas indianas: nos apaixonamos pela comida indiana...foi a Índia que mudou ou fomos nós?!?


Emagrecemos muito na nossa primeira viagem à Índia, de tanta fome que passamos por culpa da tal da pimenta.

Comprei umas latas de compota, bem feliz, achando que ia conseguir matar a fome - triste engano: a porqueira da compota era pura pimenta! Encontramos um MacDonald´s em Mumbai e entramos voando, crente que íamos encher a barriga com um Big Mac - triste engano: o Big Mac era pura pimenta! (mesma coisa em Jaipur - é, a gente não perdia a esperança!)


Nunca mais vou esquecer de uma noite no sul do país, recém chegados na cidade, raivosos de fome, saímos à procura de alguma coisa, QUALQUER coisa para comer e, entre calçadas cheias de ratazanas do tamanho de gatos e padarias cheias de padeiros com unhas imundas, já nos conformando que íamos dormir mais uma noite com a barriga roncando, descobrimos um boteco que vendia Kit Kat (sabe aquele chocolatinho???) - imagina o estrago que fizemos no estoque de Kit Kat do homem?!?



Mas não foi só na Índia que a comida rendeu furadas. Espia só essa iguaria vietnamita aí abaixo:



No Peru, inocentemente, resolvemos pedir o prato típico: cuyo

Adivinhem o que veio para o nosso prato?? Um porquinho da Índia, inteirinho, até com os dentes!!! 



Na Mongólia, mais inocentemente ainda, resolvemos experimentar a bebida típica do país, sem saber que se tratava de...leite de égua, blarghhhhh

Isso sem contar de todas as vezes em que pedíamos alguma comida do cardápio apontando com o dedo, sem ter nem ideia do que se tratava, e ficávamos torcendo que viesse algo palatável - numa destas oportunidades, o prato veio cheio de cebolas cruas, inteirinhas...

Na Bolívia também nos deparamos com açougues ao ar livre (sem qualquer tipo de refrigeração) e fetos à venda em praça pública!




Mas é na China, onde sabidamente tudo que se move vai parar no prato, que a comida pode render os maiores apertos: vimos desde um gato sendo escalpelado em pleno mercado público com o uso de um maçarico, cachorrinhos em menu de restaurante e delícias tipicamente chinesas, como pintinhos,  escorpiões, gafanhotos e besouros fritos, em banquinhas de rua! 

Saiba mais sobre as especialidades chinesas nesse post: bola de touro é fichinha




Dinheiro

Trocar dinheiro seguido dá perrengue.

No Camboja, tivemos um problemão com uns policiais safados na fronteira, que praticamente nos obrigaram a trocar dólares por riels (a moeda local) por uma cotação absurda para nos dar o visto de entrada no país (isso para não falar nas estradas cambojanas, assustadoras!!!). 

fronteira cambojana

checando as condições da via, parceiro???


Em Burma, stress com uns cambistas sem-vergonha que nos levaram para um cafofo (trocar dinheiro lá é barra-pesada porque o oficial é com cotação absurda e o câmbio negro é perrengue) e não queriam nos deixar ir embora, batia água lá fora e o Lipe berrava...nem é bom lembrar!

pelo menos ficamos com um "bolo" de dinheiro depois do aperto!


Um dos piores momentos que já passei em viagem foi em Kota Bharu, norte da Malásia: chegamos à noite e usamos nossos últimos ringgits (moeda local) para rachar um táxi com outros gringos até um albergue.

Ocorre que todas as casas de câmbio estavam fechadas (para trocarmos dólares) e deu um tilt geral que nossos cartões de crédito ficaram todos bloqueados e/ou não funcionavam - resultado: estávamos os 3 sozinhos, num país desconhecido, sem um p. pila no bolso...e o Felipe chorando de fome!

Dei 2 mamadeiras de leite, mas ele chorava e pedia CO-MI-DA! Sabe aqueles momentos que tu pára, chora e pensa "que m. que a gente tá fazendo nessa p. de lugar?!?"

Até que, depois de tentar passar os cartões em 2 ou 3 restaurantes e todos negarem (#maiorvergonhadavidadapessoa), desisti e voltei para o albergue, já desesperada (o Lipe e o Peg esperavam lá), quando uma gringa que estava ali na recepção, compadecida da minha cara de enterro, se ofereceu para trocar U$50 para mim!!! Nunca fui tão feliz...

Em Beijing, fomos pegar um riquixá para ir de um ponto ao outro (lá os riquixás não são tão comuns), e depois de muito barganhar, acertamos que o preço seria 20 yuan. Pois bem, chegando no destino, o Peg sacou 20 yuan e entregou pro cara...e não é que ele se enfezou, e dizia que tínhamos acertado 200 yuan!?!

Começou uma gritaria horrorosa, o cara se preparou para sair no braço com o Peg, chegaram uns amigos dele, e eu peguei o Lipe no colo e saí voando dali para chamar um policial...por sorte eles são pequenininhos, e quando o Peg engrossou de verdade eles baixaram a bola!


Fatores climáticos

Já contei dos problemas que tivemos com as chuvaradas no sudeste asiático: as monções nos pegaram em Agra! (sobre a enchente que enfrentamos no riquixá em Agra). Mas os fatores climáticos já renderam muitos outros perrengues...


Na Indonésia, em Jakarta, do alto do vigésimo segundo andar, estávamos estranhando o fato de que o nosso quarto de hotel parecia "se sacudir" de vez em quando - ou nós é que estávamos ficando loucos?!?

Resolvi chamar a recepção e perguntar se aquilo estava realmente acontecendo, ao que o moço me respondeu, na maior naturalidade: "Ah, sim, não se preocupe, nós temos vários terremotos por dia aqui na Ilha de Java!"

Ahã. 

Em Dahab, no Egito, e em Bangkok, na Tailândia, cometemos o erro de pegar quartos de hotel sem ar condicionado, em temperaturas de mais de 40 graus - foram as piores noites das nossas vidas, indo ao banheiro (no corredor) de 10 em 10 minutos tomar chuveiradas para voltar e deitar molhados embaixo do ventilador e assim aguentar o tranco. 

Uma vez, quando o Lipe tinha apenas 6 meses, numa roadtrip até a Argentina, pegamos um calorão inacreditável de 41 graus; tão forte que eu não me animava a descer do carro com o Felipe com medo que ele passasse mal.


Noutra ocasião, num trem indiano, o Lipe queimava de febre - por sorte, na mesma cabine ia um médico, que examinou ele e nos deu o diagnóstico: era puro calor!

Dito e feito: chegamos ao nosso destino (BodhGaya), colocamos o guri no chuveiro, gelamos o quarto de hotel com o ar condicionado e em 5 minutos ele estava zerado de novo!

Lembro de outros calorões insofismáveis que passamos, daqueles que a gente acha que não vai sobreviver, em Jaisalmer, na Índia. O garçom do restaurante, vendo que estávamos assoleados, informou que fazia 51 graus!!!

penando no trem expresso a caminho de Jaisalmer

Mas não é só o calor que pode causar estragos.

Um dos perrengues mais assustadores que já passamos foi numa travessia gelada nos Andes, na fronteira entre Argentina e Chile, quando o carro (alugado) começou a deslizar no gelo da estrada e tivemos que parar no acostamento, à noite, embaixo de uma nevasca, para trocar os pneus.

E o problema maior nem era esse - o grande drama era que o posto de fronteira argentino fechava daí a alguns minutos e, se não chegássemos a tempo, não conseguiríamos atravessar! (como sempre, no final deu tudo certo)


Das vezes em que passamos mal

Eu lembro de 3 infecções intestinais: Marrocos (quase desmaiei de fraqueza no meio da Medina de Fez, saí de lá carregada até o hotel), Londres (passei a noite inteira no vaso, já que o banheiro do albergue era compartilhado, no corredor, e não dava tempo de ir e voltar...), e Jaipur (é claro que eu não ia passar impune por todos aqueles lassis!). 

Mas sufoco mesmo, literalmente, foi na Trilha Inca até Machu Picchu, no Peru, numa manhã em que os trilheiros do nosso grupo saíram desarvorados, num ritmo louco, e eu, esportista sofrível, tentando acompanhar, simplesmente tive um ataque de falta de ar e quase fui parar no oxigênio, por causa da altitude!

Resultado: o Peg, meu herói, teve que carregar a minha mochila (e + a dele!) em todas as subidas daquele dia, porque eu mal me aguentava de pé! 


O Peg também já teve infecção intestinal na estrada, adquirida na Índia e narrada com riqueza de detalhes sórdidos (e hilários) aqui neste post - fronteira da Índia com o Nepal - nada é tão ruim que não possa piorar, mas no final tudo dá certo! - nossa chegada calamitosa no Nepal.

Mas problema mesmo ele teve também durante o nosso mochilão pela Bolívia, no dia em que atravessou a Isla del Sol de lado a lado vomitando sem parar por causa do soroche (mal da altitude)!


Sustos

No interior da Rússia, em Krasnoyarsk, ficamos um dia HORAS E HORAS esperando um trem que não havia jeito de chegar na plataforma, e os outros passageiros, todos russos, muito agitados, andavam para lá e para cá, e NINGUÉM, nem uma viva alma, conseguia nos explicar o que estava acontecendo.

Nós percebíamos que eles estavam super nervosos, e o Lipe também já estava rançando horrores de estar há horas naquela estação de trens, até que um santo que conseguia misturar mímicas com algumas palavras em inglês conseguiu finalmente nos explicar que o maldito trem, que nós estávamos prestes a embarcar, havia descarrilhado antes de chegar na estação, ferindo e matando centenas de passageiros.

Resultado: conseguimos um quarto na própria estação e por ali mesmo decidimos ficar. Aquele definitivamente não seria um bom dia para viajar de trem. 


Na Nova Zelândia (sim, sim, até no país mais perfeitinho do mundo nós conseguimos passar perrengue!), resolvemos fazer free camping uma determinada noite, só que, quando chegamos no local onde o estacionamento de motorhomes era permitido, já havia anoitecido e não dava para enxergar nada direito, nem com os faróis do veículo.

Então acabamos estacionando em qualquer lugar...SÓ QUE, logo começou a chover de balde, e nós, encolhidinhos dentro da campervan, escutávamos aquela chuvarada lá fora, e um barulhão de água correndo, como se fosse uma correnteza, e de repente começou a bater um medão que a gente tivesse estacionado num lugar perigoso, que pudéssemos ser levados pela correnteza...mas naquele ponto já não havia nada que a gente pudesse fazer, senão cruzar os dedos e torcer que a noite terminasse bem (e seca!). Imaginem o susto! 

No outro dia, quando amanheceu, é que fomos perceber que havíamos estacionado ao lado de um córrego que, com a chuva, encheu e fazia aquela barulheira toda, que, aos nossos ouvidos assustados, soava como as próprias Cataratas! 

Mas, no final, como sempre, valeu a pena, porque a vista, do lugar onde estávamos, era deslumbrante, com o Fox Glacier se derretendo por cima das montanhas...



Máquinas fotográficas

Nós temos um sério karma com máquinas fotográficas.

Vejam só os acontecimentos dos últimos anos e digam se vocês não concordam comigo:

Compramos uma máquina novinha em folha na B&H, em New York City (Nikon Coolpix), e nos tocamos para o Vietnam. Lá pelas tantas, estávamos nós tentando pegar umas cobras, lá pelo Delta do Rio Mekong, no sul do país, quando, na função de cobra prá cá, cobra prá lá, o Peg deixa a máquina cair no chão. Nikon nº 1 estragada. 

a última foto da Nikon nº 1


De raiva, na volta dessa mesma viagem, por New York, compramos outra, idêntica (Nikon nº 2)!

Tempos depois, Canadá. Estávamos nós em Quebec, felizes da vida, fotografando o famoso Chateau Frontenac, cartão postal da cidade, quando vem um vendaval e carrega máquina (a Nikon nº 2) com tripé e tudo! Nikon nº 2 espatifada. 

esse foi o exato momento que a Nikon nº 2 se espatifou


Voltamos da viagem e resolvemos testar, a troco de nada, a Nikon nº 1, que estava jogada no fundo de uma caixa de tralhas eletrônicas aqui em casa. Adivinhem??? Nikon nº 1 funcionando perfeitamente!

Passou-se o tempo, resolvi que precisava de uma máquina nova. Comprei então uma Sony Cybershot, em Beijing, China, e seguimos viagem para Tailândia.

testando a máquina nova na loja da Sony em Beijing


Pois não é que, um belo dia, fazendo umas comprinhas no Mercado de Chatuchak, em Bangkok, de olho no Lipe (para não perder o guri de vista na multidão), me furtaram a máquina da bolsa sem que eu percebesse??? Sony nº 1 perdida. 

vítima de furto na muvuca de Chatuchak


Ah, mas eu não ia deixar um ladrãozinho estragar a minha viagem! No dia seguinte, mal amanheceu e eu já estava num shopping de eletrônicos em Bangkok (Pantip Plaza), comprando outra, idêntica, até da mesma cor de rosa pink! (Sony nº 2)



Nova passagem de tempo, estava eu novamente feliz da vida, fotografando toda a Nova Zelândia com a minha máquina rosa pink nº 2 quando, descendo da campervan para comprar comida pro Lipe, a danada cai do meu bolso e racha o visor!!! Sony nº 2 perdida. 

a última foto da Sony nº 2


Como eu não podia simplesmente sentar e chorar, comprei a Sony nº 3, só que, desta vez, resolvi mudar a cor, já que o rosa pink realmente não me deu sorte!


Guias de viagem

O guia da Lonely Planet da China mostra o Tibete como um país independente, e para os chineses isso é um crime contra a segurança nacional, por isso a polícia chinesa, ao revistar nossas malas no trem de Guilin (China) a Hanói (Vietnam), resolveu confiscar o maldito! 

Foi um susto horroroso, até porque foi no meio da madrugada, os policiais invadiram a cabine do trem e foram direto perguntando sobre guias de viagens que nós estivéssemos carregando...o Peg suava frio, achando que iam matar ele no paredão e ainda enviar a conta da bala para a mãe dele hahaha...mas ao final eles apenas nos explicaram que para eles aqueles guias de turismo eram criminosos e por esta razão seriam confiscados de plano e posteriormente incinerados - que vontade de chorar, iam queimar meu guia, pura e simplesmente!!!!



Fiquei fula com aquela história, e já em Hanói mandei um e-mail para a Lonely Planet, em Londres, reclamando do ocorrido.

Claro que eu também entendo que o Tibete deve ser reconhecido pela comunidade internacional como um país independente, e que Lhasa deve ser apontada no mapa como uma capital de país...ocorre que, todas as pessoas que compram o guia da China, é porque pretendem viajar pela China, e se para os chineses isso é contra suas leis, o fato de colocarem estas informações no livro pode colocar os viajantes/consumidores em sérios problemas! 

Nem preciso dizer que, sérias como são estas editoras, recebi, em uma semana, um outro guia chinês de presente pelo correio e um pedido de desculpas pelo ocorrido, com a afirmação de que a nova edição viria com as necessárias correções (o que eu não cheguei a confirmar em nenhuma livraria)...

Já em Marsa Matrouh, no norte do Egito, aconteceu o episódio que ficou registrado no nosso currículo perrenguístico e nos anais da família como a "surra Lonely Planet": pedimos informações a uns bobalhões que estavam passando na rua e os chatonildos ficaram falando bobagens e gracinhas - o Peg, já irritado com o assédio dos egípcios depois de várias semanas viajando pelo país, se irritou com as criaturas e saiu dando "LonelyPlanetaços" neles (batia nas costas dos caras com o nosso guia!!!)...éeeee, guias de viagem também servem para defesa pessoal! 

vê se tem cabimento a pessoa se incomodar num lugar assim?!?


Em Dharamsala, no norte da Índia, também aconteceu trapalhada com o guia: o Peg, sentado em um banquinho na beira de um penhasco (leia-se: Himalaia), resolveu aventurar-se a brincar com um macaco...resultado: o louco do macaco abriu um bocão, mostrando os dentes, avançando e rosnando pro louco do Peg, que deu um pulo, atirando o guia montanha abaixo!!! 

tá achando o macaco engraçadinho, Peg? espera um pouquinho então!


É óbvio que fiz ele descer montanha abaixo para resgatar meu livrinho amado, né?!?!?

E, já que estamos falando em macacos, não custa contar de um perrenguinho sofrido pelo Lipinho: estávamos nós em Swayambhunath, um complexo religioso importante em Kathmandu, no Nepal, quando, do nada, um macaco se grudou na camiseta do Lipe, e puxava, puxava...pobrezinho, até hoje tem medo de macacos!

olha lá o macaco que atacou o Lipinho!


Conclusões

Vixi, esse post já se alargou demais, e ainda tem outros tantos perrengues para contar...tem o cadáver de bebê flutuando no Rio Ganges, o nosso suposto sequestro na Tailândia, a cama quebrada em Halong Bay, a descida no Sancho, a discussão com a guia chinesa no Templo do Céu, a briga com um patife egípcio no Cairo por causa de um lustre azul, os episódios com o fiscal do tram em Budapeste e com a vendedora de passagens de trem em Praga, as confusões carregando malas, mochilas e maletas em estações de bus, trens e aeroportos mundo afora...a lista é simplesmente infindável, e quanto mais vou escrevendo, de mais perrengues vou lembrando, mas o post tem que terminar!

nossa alegria segundos antes de ver o cadáver de um bebezinho boiando no Rio Ganges
em Varanasi, na Índia


minutos depois de mandar a guia chinesa plantar batatas e 
abandonarmos a excursão "veja Beijing em 3 horas"


tentando relaxar com uma sheesha no Mercado Khan al Khalili 
no Cairo, depois do terrível bate-boca


esperando o próximo tram em Budapeste, 
depois que o fiscal sacana nos mandou descer no lugar errado!


quem manda não fazer reservas? 
procurando albergue na chegada em Varsóvia!


Sobre o tema planejamento vs. improviso, dê uma olhadinha neste post aqui.

Talvez um dos fatores determinantes para o nosso elevado índice de perrengues seja o fato de que eu sou extremamente curiosa. Gosto de experimentar tudo e sei, por experiência própria, que só fazendo determinado passeio é que a gente descobre se vale ou não a pena. 

O Peg reclama que eu nos meto em frias, mas não reconhece que, na maioria das vezes, os passeios valem a pena - é só FAZENDO, EXPERIMENTANDO, que a gente fica sabendo como realmente é! 

Se não fizer, por medo, nunca vai se dar mal, mas também nunca vai SABER. É como provar sempre a mesma comida no restaurante - você sabe que vai acertar, mas também nunca vai experimentar nada NOVO!

Esses são apenas alguns dos apertos que já passamos na estrada, com conteúdo mais ou menos tragicômico, e certamente muitos mais virão - só assim teremos ótimas histórias para contar aqui no blog e para os nossos netos!

A conclusão que eu chego é que está corretíssima aquela frase que diz que, no final, tudo dá certo; se não deu certo, é porque ainda não terminou!

Lipinho passando perrengue no Macuco Safári, em Foz do Iguaçu

E você, tem um perrengue familiar para contar pra gente? 

Veja nos blogs que participaram da segunda edição da nossa blogagem coletiva outros perrengues de viagens em família, a maioria deles hilários, e alguns até trágicos, mas todos com final feliz (ótima leitura!!!):


1. Claudia Pegoraro, do Felipe, o pequeno viajante

2. Karen Schubert Reimer, de As Aventuras da Ellerim Viajante

3. Cinthia Rangel, do Boa Viagem

4. Adriana Pas
ello, do Diário de Viagem

5. Francine Agnoletto, das Viagens que Sonhamos

6. Eder Rezende, do Quatro Cantos do Mundo

7. Erica Piros Kovacs, do Viagem com Gêmeos

8. Debora Godoy Segnini, do Gosto e Pronto

9. Ludmyla De Sena Broniszewski, do Two Many Sides of Me


11. Andréia Mannarino, do Mistura nada básica

12. Andréa Barros, Do RS para o Mundo

13. Andrea Martins, do Malas e Panelas 

14. Aryele Herrera, da Casa da Atzin

15. Flávia Maciel, do Bebê pelo Mundo

16. Renato Martins, do Renato Blogging

17. Sut-Mie Guibert, do Viajando com Pimpolhos

18. Andreza Trivillin, do Andreza Dica e Indica Disney


19. Debora Galizia, do Viajando em Família

20. Thiago Cesar Busarello, do Vida de Turista


21. Ana Cinthia Cassab Heilborn, do Travel Book

22. Ingrid Patrícia Cruz, do Viagens em Família

23. Michely Lares, do Viagens da Família Lares

24. Karla Alves Leal, do Cariocando por aí

25. Marcia Tanikawa, d´Os Caminhantes Ogrotur

26. Mônica Paranhos, do Viagens em Família


27. Patricia Papp, do Coisas de Mãe

28. Cynara Vianna, do Cantinho de Ná

29. Cristiane Martins, do Dias Viajando por aí

30. Guilherme Canever, do Saiporaí

31. Paloma Varón, do Viagens em Família

32. Vera Leitão, do Mundo Anfitrião

33. Miriam Vargas Nunes Neto, do Clube de Viagens Moms

34. Flávia Peixoto, do Viajar é tudo de bom

35. Daniella Sousa Reis, do André e Dani + Pedro

36. Ligia Cantarelli, do Sem vírgula antes de etc

37. Luciana Bordallo Misura, do Colagem

38. Kelly Resende, do Bebê Piccolo

39. Susana Spotti, do Viagem Simplesmente

40. Thyl Guerra, do Viajando com palavras

41. Alexandra Aranovich, do Café Viagem

42. Luísa Pinto, do Diário da Pikitim

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Claudia Rodrigues Pegoraro

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38 comentários:

  1. Isso não é um post! É uma crônica, um livro de perrengues!!! Mas muito bacana, intenso, detalhado, verdadeiramente viajado!
    Quase que um índice/resumo de tantas viagens!
    Parabéns por tanta coragem (eu não teria nem um terço!!). Vocês realmente tem um espírito aventureiro!!
    Bjs
    @viagempimpolhos

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    1. É, Sut, tentei fazer um pout pourri dos nossos piores momentos na estrada! Ficaram de fora todas as manhas do Lipe na hora errada, quando a gente tinha que sair correndo com ele no colo e mais uma mochila de 20Kg nas costas para não perder o trem/avião etc - esses perrenguinhos básicos de todo dia, rotineiros, acabaram não tendo espaço kkkkkk
      Obrigada por tudo sempre! :-)
      Beijo, Claudia

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  2. Depois de ler tudo isso acho que ninguém vai ter perrengue nenhum pra contar!!!! Vão pensar "ah, nem foi um perrengue vai?!" rsrs
    O que não falta é história pra contar né?!
    Me diverti muito com o post!!!!
    Beijos

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    1. Capazzzzz, eu não acredito nessa gente que diz não ter perrengue para contar!!!!
      Os nossos são tão rotineiros, que já são até esperados! Quando não dá perrengue eu até estranho, kkkkk
      Bjokas, e obrigada!
      Claudia

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  3. Definitivamente eu não tenho perrengue para contar, rs! Ah! E se eu te encontar por aí não estranhe se eu não chegar perto,mvai que....!!!
    Eu sentadinha aqui no meu sofá estou rindo muito, bjus!
    Aryele

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    1. Aryele, pode esperar, que a tua hora vai chegarrrrrrrr
      kkkkkk duvido tu voltar da Mãe Rússia sem nem um perreguinho pra contar!!!
      Bjokas, Claudia

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  4. Respostas
    1. Ah, tá, Adriana, pó parar! Aquela turma que tu levou pro Chile contigo é que é perrengueira kkkkkkk

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  5. kkkkk a foto do porquinho da India e do Lipe todo embrulhado no plástico estão ótimas!!!

    Adorei o post e os relatos!

    Vocês são ótimos e com certeza muito bem humorados!

    beijos Pati

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    1. Pati, estou louca para ler o teu! Com certeza tu deve ter vários, kkk
      Bjokas, Claudia

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  6. Oi Cláudia,
    Vim dar uma olhadinha nos posts antes de escrever (putz, nem comecei) e parei logo no seu, o primeiro e já demos enormes gargalhadas aqui!!!
    Finalmente começo a pensar que não somos só nós que nos metemos em encrencas!!
    E nunca vi alguém classificar perrengues!!! Adorei!!
    Beijos!!
    Marcia

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    1. ô Marcia, tive que dividir em capítulos, né, porque eram tantos e tão variados que já tava me perdendo em meio a tanto perrengue...kkkk
      Quero muito ler o teu, só imagino perrengues em trilhas e tal...
      bjokas, Claudia@pequeno viajante

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  7. Não é a toa que esse blog está entre os meus preferidos dos preferidos. Adorei o post! Imaginei o trabalho imenso que deu para juntar essas fotos e contar todos esses casos. Só me resta agradecer pelos momentos ótimos que acabei de passar, rindo sozinha, feito doida. Voltarei em breve pra clicar em todos os links. Beijo pra família!

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    1. ahhhh obrigada, Elaine!!!
      Tu nem imagina que feliz que eu fico!
      Deu trabalho mesmo, mas valeu a pena!
      Tenho certeza que o Felipe vai rir muito lendo isso quando crescer :-)
      Bjokas, Claudia

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  8. Claudia seus perregues são ilários, nossa tava morrendo de rir, é porque pimenta nos olhos dos outros não doi.
    Admiro vc mais ainda pois do jeito que sou medrosa, se tivesse acontecido 1% comigo já tinha ficado traumatizada. Mas com certeza deve ser inversamente proporcional a alegria que todas essas viagens lhe trouxeram, por isso continuam.

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br

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    1. ô Desirée, mas diz aí, com TRIgêmeas os perrengues devem ser triplicados também!!!

      Bjokas, Claudia

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  9. Gente, o que é esse post?
    Vocês são perrengueiros profissionais!!!!!!
    Eu não sei se eu me diverti mais com o texto em si, com as legendas ou com as fotos.
    Claudia, tu é uma figura, guria!
    Mas em uma coisa eu pareço contigo: também sou muito curiosa e acho que a gente só conhece vivendo.
    Poxa, acho até que eu comecei a me lembrar de alguns perrengues... kkk

    Beijos! Adorei!

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    1. ah, Karlinha, vc pensou que a gente brincava em serviçoooo? Se é pra perrenguear vamos perrenguear, né??? E tu nem sabe que nojo que me dá de vcs, suas desperrengadas! kkkkk
      Mas isso é verdade: quanto mais a gente lê os perrengues dos outros, mais vai lembrando - conforme eu ia escrevendo, cada vez ia lembrando mais apertos que passamos, tive que parar, senão virava livro!
      Bjokas, Claudia

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  10. Esse post ficou muito divertido! Ele serviu de inspiração para participar da blogagem coletiva. É incrível quanta coisa acontece com a gente enquanto viajamos por aí. Hehehe..

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    1. oi Thiago!
      Que bom te ver por aqui!
      Obrigada, a intenção foi divertir kkkk...no final os perrengues se tornam apenas boas histórias, né?
      Menos aquele teu do quase afogamento! Morro de medo!
      Bjos, Claudia

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  11. Estou aqui morrendo de rir dos perrengues de vcs pelo mundo.kkk

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  12. Achei engraçadíssimo os perrengues! Particularmente, acho que são eles a melhor parte da viagem - a gente fica tensa na hora, mas o que a gente leva da vida são histórias, né!

    Parabéns pelo post, ficou engraçado! O blog de vocês é bem legal, estou descobrindo e curtindo ele aos poucos!!
    Beijos e sucesso! Cla

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    1. Clarissa, que honra a tua visita!
      Adorei, porque eu adoro o teu blog há muito tempo!!!
      Da próxima vez tens que participar da nossa blogagem coletiva! Vai ser dia 12 de outubro, com o tema "as viagens da nossa infância"!!!
      Eu tô tentando convencer as gurias de que perrengue é bom, mas elas não me entendem heheheheh
      Obrigada pela visita,
      Bjoo,
      Claudia@pequenoviajante

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  13. CARAMBA!!! me rasguei de rir aqui lendo seus posts Claudia... o fato de escutar FUNK em escuna em Buzios com um monte de cafonisse em volta foi ótima! #PeloamodeDeusné? sinto vergonha disso... da proxima vez abandona tudo e me procura aqui em Cabo Frio que te levo a uns passeios mais sociais ou ao menos com musicas normais! KKKK Já vi perrengues, mas os seus bateram recordes! gostei! quanto eu for visitar o "país" maravilhoso que é o Sul do Brasil (é assim que chamo essa terra maravilhosa que vc mora) gostaria de ir te conhecer... as suas mochilas são a nossa cara... vamos a Orlando agora e meu marido se recusa a usar mala, só mochila (ex escoteiro, fotografo e japa! quer o que tb né? kkk). bjs e parabéns pelo post. Sabine Kajio

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    1. Sabine, ninguém merece funk na escuna, né?
      Da próxima vez, é CERTO que vou te procurar em Cabo Frio, pode esperar! Eu adorei Cabo Frio! Droga que fui viajar de novo e ainda não escrevi o post sobre a tua city!
      Quando vcs vêm pro sul? E para Orlando? Vamos nos encontrar lá???
      Bjoooo,
      Claudia@pequenoviajante

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  14. Vocês são mesmo os campeões, minha nossa!!! Sobra algum dia sem perrengue nessas viagens, rsrs? ;-)

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    1. Lu,
      Vai pra Índia que tu vai ver!!!! Não há nem uma hora sem perrengue heheheheh
      Bjos,
      Claudia@pequenoviajante

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  15. Isso é que é uma família perrengueira. Agora até achei que não passei perrengue algum.
    Kkkk
    Beijos
    Chris
    Http://inventandocomamamae.blogspot.com

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    1. Que bom que o post te serviu de consolo, Chris!!!! hahahahahaahah
      Perrengue nos olhos dos outros é refresco, né?
      Bjoooo,
      Claudia@pequenoviajante

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  16. Quantos perrengues!!!! Muitas histórias para contar!
    Adorei e ri muito! rsrs Parabéns pelo post.
    Bjs
    Thyl
    www.viajandocompalavras.com
    @viajandpalavras

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    1. obrigada, Thyl!
      Não entendo quem não tem perrengue de viagem! As nossas viagens são puro perrengue hehehehehe
      Bjoooo,
      Claudia@pequenoviajante

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  17. Nossa, fiquei assustada com alguns perrengues.Graças a Deus tudo acabou bem.
    Bjs.

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    1. kkkkkk Aline, nós tb! Mas, depois que passa, vira história pra contar!
      Bjo

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  18. Cara... primeiro de tudo tenho q dozer q ri muito aqui desculpe kkkkkk mas começou com essa da sia vó qierendo abrir janela de avião kkkkkk. Depois tudo mais.. meu Deus! Como vcs são aventureiros! Vc fala de uns locais q sequer eu ja ouvi falar! Imagino quanta bagagem cultural vcs carregam, e Lipe no mesmo caminho! Parabéns pela coragem, e que mais perrengues venham pq em suma, eles são casos da vida, não é mais ou menos assim o poema?:"...o q passou pela vida em brancas nuvens e em plácido repouso adormeceu, foi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida, não viveu. "

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    1. Gerliane, que poema lindo! Muito obrigada! Vou copiar para usar, tá? De quem é? Tenho a impressão de já ter lido isso em algum lugar, é bem famoso, né?

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  19. Muito legal, me reconheci em muitas dessas situações. graças a Deus que podemos rir depois, parabéns pela coragem da família de vcs e acho que o meu modo de viajar é parecido como de vcs.

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  20. Muito legal, me reconheci em muitas dessas situações. graças a Deus que podemos rir depois, parabéns pela coragem da família de vcs e acho que o meu modo de viajar é parecido como de vcs.

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