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Viagens em família: acabamos em Bariloche, SEM o pequeno viajante!

A gente gosta de viajar em família.

É, parceria para viajar é uma coisa difícil de se arranjar. Quando uns têm férias, ou outros não tem. Quando os outros têm dinheiro, a gente não tem. E é difícil encontrar gente que seja parceira para viajar. Porque, para mim, parceria de viagem boa é gente que tem vida própria, que não se ofende por qualquer coisa, que se vira sozinho. Bom é quando a gente faz juntos os programas que todos querem fazer e se separa na boa para fazer os programas que nem todos querem fazer. Mas não é fácil encontrar gente assim.

Também tem a questão do dinheiro. Uns pretendem gastar 10 mil na viagem, outros 1000. Como compatibilizar orçamentos tão diferentes? E, mesmo que os orçamentos sejam idênticos, as prioridades, no mais das vezes, são diversas: uns querem gastar em restaurantes, ou em compras, outros preferem priorizar hospedagens bacanas e outros ainda (como nós) poupam na comida, nas compras e na hospedagem para poder gastar os tubos nos passeios.

Eu sempre viajei sozinha. Fui 2 vezes sozinha à Europa de mochila nas costas quando estava na faculdade, lá pelos 20 anos. Conhecia muita gente nos albergues em que me hospedava, passeava com eles, às vezes até seguia viagem junto por um tempo. Em Roma, me enturmei com um pessoal e fiz muitos passeios com eles. Na Inglaterra, conheci uma turma e fui com eles até Barcelona. Mas dificilmente passava disso.

Com a família é diferente. Com a família a gente pode brigar à vontade. Pode colocar a boca e não fica aquele climão.

Quando morei nos EUA, minha mãe, vó e tia foram me visitar e nos divertimos horrores entre Boston, Washington D.C. e New York. Até hoje nos matamos rindo das histórias da tia Dadá em NY.

Na Europa, a Miminha também foi me encontrar e ficamos um tempão viajando juntas. Cada vez que chegava perto da data do vôo de volta dela a gente dava um jeito de transferir a passagem para ela ficar mais um pouquinho. Acabamos no meio do deserto do Saara no Marrocos, viajando com beduínos. Uma aventura e tanto.

Já viajamos bastante com os meus pais. Fomos aos EUA 2 vezes, viajamos de carro até o Canadá, passamos uma semana em Paris, atravessamos toda a Itália de carro juntos. É sempre uma gritaria, uma brigalhada, e a gente sempre se diverte horrores. Sempre sobram muitas histórias para contar. E isso porque a gente tem muita intimidade, podemos discutir à vontade, sem mágoas. Nos conhecemos bem, temos os mesmos interesses e prioridades, e as viagens são bem combinadas antes de partirmos, ou seja, temos os mesmos planos. Então acaba dando certo.

Para viajar com crianças, viagens em família também são ótimas. Na nossa primeira grande viagem com o Lipe, eles foram junto, e isso nos deu muita tranquilidade. Quando fomos a Noronha, a ajuda da Miminha também foi fundamental para aproveitarmos alguns passseios que não teríamos podido fazer com o Lipe (como mergulho e snorkel).

Então, quando pensamos em como comemorar o aniversário de 70 anos do meu pai, a idéia foi unânime: uma viagem em família. Não tínhamos qualquer dúvida. Como já estávamos planejando ir a Bariloche esquiar em agosto, o resto da família abandonou os planos de fazer um cruzeiro familiar e resolveram nos acompanhar à Argentina, para uma aventura na neve.

Foi muito legal. Nos divertimos demais. Alugamos um apartamento enorme. Fizemos muitos churrascos. Tiramos milhares (mesmo!) de fotografias de floquinhos de neve despencando do céu. Tomamos garrafas e garrafas de vinho e de Quilmes. Minha irmã foi com o namorado. Outros 2 casais de amigos nossos também se juntaram à expedição. Alugamos 2 carros para fazer passeios pela região. Fomos todos à Colônia Suíça comer curanto. Demos muitas risadas. Fizemos várias guerrinhas de bolas de neve.

Só faltou o pequeno viajante. Resolvemos deixar ele, uma, por causa da escolinha, e duas, porque pretendíamos passar uma semana esquiando, depois dos passeios em família, o que realmente fizemos, e o Lipe ainda não tinha condições de aprender a esquiar - o ideal é a partir dos 4 aninhos. Então, o batizado do gordinho nas pistas ficou para o ano que vem. Mas a saudade doeu demais. Ficamos quase 2 semanas longe dele e eu jurei que nunca mais.

NUNCA MAIS.

Viagem em família sem o nosso pequeno não é viagem em família! 

PS. No final, descobri que existe uma vantagem em não levar o Lipe nas viagens conosco: a gente não fica triste quando as férias terminam e temos que voltar para casa - ao contrário, ficamos felicíssimos!!!

nosso apartamento alugado, superbem localizado


o apartamento era enorme, dava para 3 casais tranquilamente


muitas parrilladas

apartamento com parrilla é um luxo

muitos flashes no Cerro Campanário



família buscapé

toda a turma reunida (só faltaram o fotógrafo, Medeiros, e o pequeno viajante)

muitas guerrinhas de bolas de neve

Miminha pos-avalanche

momento mais frio da viagem: -10°C


policia caminera brasileira em ação

tchurma reunida no Centro Cívico

Cerro Otto

no restaurante giratório, foram digeridas 10 trutas patagônicas

no Circuito Grande, a caminho de Villa La Angostura

Cerro Bayo, em Villa La Angostura

nosso Classic alugado por 2 dias, que nos acompanhou em muitas aventuras

fomos recebidos com uma nevasca na cidade, coisa incomum

na parada de colectivos (ônibus) da empresa 3 de Mayo

mandando ver num curanto, na Colonia Suiza

Cascata Los Alerces, a caminho do Cerro Tronador

paradinha para flashes na ida para Villa Traful


restaurantezinho mexicano altamente recomendável: Días de Zapata

o batizado do pessoal nos esquis foi hilário

até o papai snowboarder resolveu experimentar!

alugando equipamento na Scandinavian: média de 100 pesos por dia
 
o Eduardo foi a revelação do dia, mesmo com dezenas de tombos

a dinda Anália com sérias dificuldades para "se juntar os pedaços"

aos pés do Cerro Tronador

a paisagem estava linda!

e a turma fez novas e altas guerrinha de bolas de neve

enquanto a vovó Miminha, que estava sem as botas de 50 pila, se encharcava os pezinhos...

o glaciar Ventisquero Negro foi a grande surpresa da viagem: já tínhamos ido a Bariloche 4 vezes e finalmente fomos conhecê-lo!


Para ler mais, todas as nossas postagens sobre a Patagônia estão organizadas aqui


Para encontrar seu hotel em qualquer lugar da Argentina, clique aqui:






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Claudia Rodrigues Pegoraro

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11 comentários:

  1. concordo com cada linha!!!! e Bariloche é tudo, né? Ainda volto para esquiar.

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  2. A dinda e o Dado já estão loucos pela próxima viagem com toda patota!!!! Não pretendemos esperar até os 70 da miminha!!!!
    bjão

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  3. Meu Deus como conseguiram se pendurar daquele jeito no teleférico?!!!
    Muuuito legal!!! Adorei.
    Também senti a falta do pequeno viajante...
    Abraços.

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  4. é tudo montagem, Denise! eles tiram essa foto da gente na saída do Cerro Otto e custa bem baratinho - fica engraçado, né?!?!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Estou indo pela primeira vez, é comum nevar em setembro? E gostaria de dicas para que tipo de sapato devo levar, pois moro no nordeste, não gostaria de comprar muitas coisas de frio!

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    Respostas
    1. Oi Marcia! Não é "comum" nevar em setembro, mas já aconteceu várias vezes! Em agosto já pegamos muita neve...mas tb não pensa que é muito comum cair neve na cidade - o mais comum é nevar lá no Cerro Catedral, viu?! Tens que levar um sapato muito bom, pq sapato que não é impermeável estraga qualquer passeio! Ano passado minha mãe foi de botas de couro no Ventisquero Negro e ficou com os pés ensopados, um perigo de adoecer, sem contar que estraga o passeio! Não precisa ser sapato "de frio", mas tem que ser um tênis ou botina impermeável! Em último caso, até umas botas de borracha, mas é importante que seja impermeável. Eles tb alugam lá, não sei se vale a pena, pq todas as de aluguel que eu vejo são de péssima qualidade e chulepentas! Também existem uns sprays impermeabilizantes que podes testar nos teus tênis, se forem bem fechados, talvez funcione...
      bjokas, Claudia @pequenoviajante

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  7. Oiii querida, estou indo em julho a Bariloche pela 2 vez, porém, com um grupo de 6 pessoas dessa vez, vi que você alugou um apartamento, ainda tem o contato? agradeço..

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  8. Puxa Jessica, não tenho :-(
    Mas entra no Google e coloca "inmobiliarias Bariloche", vai aparecer um monte! Daí tu entra nos sites das imobiliárias e vê fotos, preços...

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